Baiestorf, o vilão, Muito Prazer!
Neste ano de 2010 estou interpretando o vilão humano (o vilão bicho-besta é o Chupa Cabras) no novo longa-metragem de Rodrigo Aragão, “A Noite do Chupa Cabras”, que está sendo filmado em Guarapari/ES. Ainda não acabamos as filmagens do longa, em dezembro próximo teremos o quarto e último bloco de filmagens e estou ansioso prá descer o sopapo novamente no monstrengo já que meu personagem luta algumas vezes com as mãos limpas contra o bicho e mostra que é muito pior que o Chupa Cabras. Aliás, Rodrigo Aragão (nenhum parentesco com o Renato Aragão, antes que perguntem) criou um Chupa Cabras extremamente realista. Walderrama dos Santos (que fez o mocinho no “Mangue Negro”, filme anterior de Rodrigo Aragão) fica mais ou menos 4 horas sendo maquiado para incorporar o melhor monstro já criado pelo cinema brasileiro, essa maquiagem fantástica deverá ganhar uma montanha de prêmios porque é muito bem realizada (Chupa Cabras é interpretado pelo Walderrama e possuí um rosto animatrônico lindão para os closes). Estou com várias fotos do monstro aqui guardadas, mas Rodrigo ainda não liberou a divulgação dessas imagens. Além do Chupa Cabras, desço o braço em muitos outros personagens do filme, como no mocinho engraçado interpretado pelo videomaker Joel Caetano e no cadeirante Ricardo Araújo. O que???? Teu personagem bate em cadeirantes???… Sim, minha personagem é
o “demonho” encarnado num corpo humano de tão ruim que é!!!! Minha tentativa é a de criar um vilão cruel estilo canastrões na linha de Santiago Segura e Vincent Price (com um pouquinho das caras e bocas do Bruce Campbell), vamos ver se dá certo e se agrada o público depois de editado (vi poucas cenas minhas no copião, não gosto muito de ver copião dos filmes que não estou dirigindo). “A Noite do Chupa Cabras” deverá ser lançado na metade do ano que vem, 2011, e assim que as imagens do monstrengo estiverem liberadas prá divulgação retomo o assunto em futuro post.
Tenho preferência por fazer vilões nos filmes (vilão sempre tem o que fazer, mocinhos são um pé no saco), já no primeiro filme que produzi/dirigi em 1993, “Criaturas Hediondas”, interpretei um vilão. E.B. Toniolli interpretava o marciano louco Dr. Rottenberg e eu seu ajudante Igor, um metaleiro terráqueo imbecil que servia de escada para as piadas envolvendo invasões interplanetárias. Depois deste fiquei alternando vilões e anti-heróis nos filmes produzidos/dirigidos por mim, na minha galeria de vilões fiz um traficante bêbado no “Blerghhh!!!” (1996), uma bicha psicopata no “Gore Gore Gays” (1998) e um cientista louco no “Sacanagens Bestiais dos Arcanjos Fálicos” (1998). Como, geralmente, meus filmes não definem muito bem a figura dos mocinhos e vilões (não acredito que alguém seja 100% bom ou 100% mal, isso é criação do cinema americano), fiz vários anti-heróis como o líder de uma seita necrofíla no “O Monstro Legume do Espaço” (1995), o Glauber Rocha no “Super Chacrinha e seu Amigo Ultra-Shit em Crise Vs. Deus e o Diabo na Terra de Glauber Rocha” (1997), um viciado demente no “Chapado” (1997), um rastreador picareta e bêbado no “Raiva” (2001), um cineasta bêbado no “A Curtição do Avacalho” (2006), um narrador sarcástico no “Vadias do Sexo Sangrento” (2008), entre outros personagens nem bons, nem ruins, apenas humanos, demasiadamente humanos. Minhas excessões, talvez, tenham sido interpretar um caçador de vampiros no curta-metragem “Nocturnus” (1998, foto ao lado) de Dennison Ramalho (mas sempre vi aquele grupo de caçadores de vampiros como os verdadeiros vilões do filme já que eles eram pagos pelo Vaticano e a Igreja Católica prá mim é, e sempre será, os maiores vilões/ladrões da humanidade) e o apaixonado platônico no filme “O Sonho Segue Sua Boca” (2008) de Dellani Lima, mas no caso deste longa do Dellani a idéia era essa mesma, me colocar num filme de arte (vídeo-poesia) completamente diferente de tudo que já fiz e até achei que me saí bem no papel de um apaixonado platônico cheio de amor e esquizofrenias para dar! (Mas acho que essas duas personagens são anti-heróis, como todos os outros).
Mas não fui somente vilão em filmes, abaixo deixo uma HQ chamada “A Noite do Estripador Necromante” que tinha roteiro do Laudo Ferreira Jr. (que foi o responsável pelas quadrinizações dos filmes do Mojica) com arte do Márcio S.P. onde eu apareço como vilão também, na época Laudo me escreveu perguntando se podia fazer essa homenagem e eu, claro, adorei a idéia de ser vilão numa HQ.
dezembro 14, 2010 às 7:36 pm
que bonitinho…
Super Coio