Desenhos Eróticos da Buk no Doce Avanço da Faca
Em 2009 quando fiz o média-metragem “Ninguém Deve Morrer” usei os desenhos da Leyla Buk nos créditos iniciais do filme, aliás, Leyla foi a musa inspiradora do “Ninguém Deve Morrer” e graças à uma luz que ela me deu numa madrugada é que o filme se tornou uma produção musical (porra, preciso arranjar grana para tornar o “Ninguém Deve Morrer” um longa), aí entramos no ano de 2010 produzindo nossos postais e eu sem muita motivação prá encarar uma nova produção de filmes até que, ao trabalhar de ator no “A Noite do Chupa Cabras” do Rodrigo Aragão e jurar pro Joel Caetano e o Cristian Verardi que em 2010 eu não ia fazer filme nenhum, eis que pintou na cabeça o roteiro do média-metragem “O Doce Avanço da Faca” e o filmei rapidão.
O primeiro roteiro do “O Doce Avanço da Faca” era surrealista, minha visão sobre um casal (que seria interpretado por 2 mulheres, uma delas no papel masculino) que adorava fazer putarias e, no meio dessas putarias, suas vidas eram “dirigidas” por um documentarista e tudo virava a boa e velha metalinguagem cinematográfica que eu tanto adoro. Neste roteiro havia uma passagem onde a esposa gritava um poema e desenhos eróticos feitos pela Leyla entrariam para ilustrar explicitamente as putarias declamadas.
Leyla fez esses desenhos num traço bem diferente do seu estilo pessoal e homenageando os catecismos do Zéfiro e demais quadrinhos eróticos dos anos 70 e 80, época de ouro dos quadrinhos de sacanagem nacionais. Por alguns problemas de produção, não consegui filmar este roteiro, tive que mudar tudo às pressas e transformar a produção em um filme de vingança gore alucinado. Mas como as ilustrações de Leyla estava ótimas, quis
manter a passagem poética com eles dando vida aos pintos murchos que estarão assistindo o filme depois de finalizado. Mantive o casal, transformei o marido num desenhista de HQs eróticas e, com isso, pude manter os desenhos da Leyla no filme mostrando inclusive o desenhista “criando” em cena os desenhos bolados pela mente insana de Leyla e, também, pude manter a seqüência onde a esposa recita um poema sexual-tarado que será ilustrado pelos desenhos de Leyla homenageando Zéfiro e todos os fanzineiros do passado.
O bom de trabalhar com a Leyla Buk é que, além de versátil, ela também é inteligente (tenho uma queda por pessoas inteligentes). Leyla conseguiu captar bem o estilo dos traços eróticos do final dos anos 70 e criou ótimas ilustrações (vide imagens deste post) que não vejo a hora de editar no filme. Aliás, Leyla e eu, já estamos com um projeto de HQs pornográficas para fazermos juntos e lançar no formato de revistas impressas produzidas de forma independente cheias de idéias pervertidamente tesudas.
Em breve postamos aqui mais desenhos eróticos da Leyla, então no seu estilo pessoal (esses que ilustram o post são estilo anos 70/80 para uso do filme).
outubro 30, 2010 às 11:33 am
ÉGUA, MÁ…
novembro 1, 2010 às 4:08 pm
Muito massa!!!!! Os desenhos estão sensacionais mesmo!
julho 28, 2012 às 12:50 pm
[…] (“Mangue Negro”), Dona Oldina (“Extrema Unção”), Gisele Ferran (“O Doce Avanço da Faca“), Mariana Zani (“Estranha“) e o diretor Seu […]