Quarto
“Quarto” (2012, 6 min.) de Leo Pyrata.
A sinopse deste curta de Leo Pyrata é a seguinte: “Quarto (abreviado 4to) é um livro ou folheto produzido a partir de ‘blanksheets’, cada uma das quais é impresso com oito páginas de texto, de quatro de um lado, em seguida, dobrada duas vezes para produzir quatro folhas (isto é, oito páginas de livro). Cada página imprensa se apresenta agora como um quarto do tamanho do ‘blanksheet’ completa”.
“Quarto” é uma experimentação de imagens e edição que reforça na gente nossas convicções pela arte independente e nos faz voltar a ter vontade de ser editor de fanzines. “Quarto” é nossa mente querendo extravasar, querendo vomitar/cuspir idéias no formato de criações visuais pulsantes/delirantes. Pulso-delírio!!! “Quarto” é uma folha em branco preenchida com nossos pensamentos e idéias!
Leo Pyrata já realizou algumas curiosas experimentações em vídeo, como os curtas “Élégie à Rimbaud” (2010), co-escrito com Rimbaud psicografado de livros mofos e “Pornografizme” (2010), algo sobre a política dos afetos em tempos de banda larga. Também trabalhou no longa com direção coletiva “Estado de Sítio” (2011, 91 min.) que mostra um grupo de amigos que, diante da iminência do fim do mundo, segue para um sítio onde passam seus momentos finais em confraternização orgiástica-cinéfila.
Os filmes de Leo Pyrata me lembram as experimentações com imagens e ruídos que o videomaker Anderson Dino realizava nos anos de 1990 utilizando-se de uma câmera de VHS e trilhas sonoras compostas por ele mesmo através de seu projeto de industrial harsh W/W? e que tentei distribuir na época das fitas VHS (as vendas foram quase nulas na época, mas acabei enviando de presente os filmes prá várias pessoas). Acho importante que cada vez mais estejam surgindo jovens produtores com vontade de quebrar padrões estéticos e as regrinhas pré-determinadas da indústria do cinema. Hoje os produtores não dependem mais dos meios de distribuição de antigamente para que seus filmes sejam vistos e curtidos pelos espectadores, então, porque não ousar mais?
Veja também o vídeo clip que ele realizou para sua banda Grupo Porco de Grindcore Interpretativo que a MTV já avisou que não vai passar mas que o Canibuk linka aqui para todos se emocionarem com essa linda peça do romantismo grind.
Nas fotos eu batendo papo com Leo Pyrata (de vermelho) e Flávio C. Von Sperling (de boné) numa pausa da Master Class que rolou em 2011 quando Lloyd Kaufman esteve no Brasil.
This entry was posted on março 5, 2012 at 6:36 am and is filed under Cinema, Vídeo Independente with tags anderson dino, élégie à rimbaud, cinema de belo horizonte, cinema experimental, cinema independente, filme pornografizme, flávio c. von sperling, grupo porco de grindcore interpretativo, kanibaru sinema, leo pyrata, quarto, vídeo com culhões, vídeo foda, vídeo independente. You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0 feed. You can leave a response, or trackback from your own site.
agosto 27, 2012 às 12:29 am
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