Canecos de Cerveja
Venham para cá, meus amigos, com seus canecos de cerveja
E vamos beber ao dia antes que ele nos abandone
Abarrotem suas travessas com uma montanha de carne
Pois comer e beber é o que nos traz alívio
Então encham seus copos
Pois a vida vai passar logo
Quando estiverem mortos nunca vão poder brindar ao seu rei
Ou às suas garotas!
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Anacreonte tinha um nariz vermelho, é o que dizem
Mas o que é um nariz vermelho se você é feliz e se diverte?
Que uma talhadeira me parta ao meio!
Prefiro ser vermelho enquanto estou aqui,
Do que branco como uma flor-de-lis – e morto daqui a meio ano!
Então Betty, minha garota,
Venha me dar um beijo
No inferno não há uma filha de hospedeiro assim!
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O jovem Harry se aprumou como pôde
Logo vai perder a peruca e cair para baixo da mesa
Mas encham seus copos e passem eles adiante,
Melhor debaixo da mesa do que debaixo da terra!
Então divirtam-se e brinquem
E tomem um longo trago
Pois embaixo de dois metros de barro é mais difícil de rir!
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O diabo me deixou torto! Mal consigo caminhar,
E maldito seja se consigo ficar de pé ou conversar!
Aqui, patrão, diga para Betty pegar uma cadeira
Eu vou demorar um pouco para chegar em casa,
Pois minha mulher não está lá!
Então me dê uma mão
Pois não consigo ficar de pé
Mas estou feliz enquanto seguir em cima da terra!
Poesia de H.P. Lovecraft, extraída de “A Tumba e Outras Histórias”, editora L&PM.
julho 12, 2012 às 12:09 pm
[…] uma produção, “The Resurrected”, suspense apenas correto que se baseava em conto de H.P. Lovecraft e que teve vários problemas enquanto era […]