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Boca do Lixo Style: Download do Sexo Sangrento

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“Vadias do Sexo Sangrento” (2008, 30 min.) escrito, fotografado, produzido e dirigido por Petter Baiestorf. Maquiagens gore de Carli Bortolanza. Edição de Gurcius Gewdner. Com: Ljana Carrion, Lane ABC, Coffin Souza, PC, Jorge Timm e Petter Baiestorf.

lane-abc-chainsaw-em-vadias-do-sexo-sangrentoAo elaborar o “Arrombada – Vou Mijar na Porra do seu Túmulo!!!” (2007), já pensei numa espécie de trilogia da carne, que se seguiu com este “Vadias do Sexo Sangrento” (2008) e “O Doce Avanço da Faca” (2010). Todos com duração de média-metragens para, num futuro próximo, relançá-los como um longa em episódios intitulado “Gorechanchada – A Delícia Sangrenta dos Trópicos”. Inclusive neste ano de 2016 realizei uma exibição deste projeto “Gorechanchada” no Cinebancários de Porto Alegre com grande participação de público, como todos que ali estavam já conheciam os filmes rolou aquele climão de algazarra que tanto faz com que as sessões Canibal Filmes sejam a diversão que são.

ljana-carrion-coffin-souza-em-vadias-do-sexo-sangrento“Vadias” foi filmado no início do inverno de 2008 em 4 dias de filmagens e um orçamento de R$ 5.000,00. Reuni praticamente a mesma equipe de “Arrombada” (que já estava afinada) acrescida de Lane ABC e Jorge Timm (que não estava no elenco do filme anterior por estar em Tocantins). Com um roteiro melhor em mãos, cheio de metalinguagem (tentando avançar nas ideias que estava desenvolvendo na época em produções como “Palhaço Triste” (2005) e “A Curtição do Avacalho” de 2006) e pouca abertura para improvisações, fomos pro Rancho Baiestorf rodar um filme que deveria parecer improvisado do início ao fim (gosto da leveza que o clima de improvisação dá numa produção).

vadias-do-sexo-sangrentoNão lembro de nenhum contra tempo nas filmagens de “Vadias”. Foi um daqueles raros casos em que tudo deu certo e não tivemos problemas. Filmávamos apenas durante o dia (acho que apenas duas ou três seqüências que foram filmadas à noite) e ao anoitecer rolava um jantar regado à muita bebida, o que deixava a equipe e elenco bem descontraídos. O frio ainda não estava castigando, o que foi essencial para manter o bom humor do elenco que passava 90% do tempo pelado pelo set. Amo filmar com equipe reduzida, 12 pessoas no set (incluindo elenco) é o que considero o ideal, bem diferente de “Zombio 2” onde tivemos 72 pessoas trabalhando sem parar durante 23 dias.

ljana-baiestorf-e-coffin-em-vadias-do-sexo-sangrentoO lançamento do filme rolou num esquema muito parecido com o que já havíamos feito com o “Arrombada” e o relançamento de “Zombio” (1999). Desta vez resgatamos e re-editamos o policial gore “Blerghhh!!!” (1996) para relançar e completar o programa das exibições. Logo nos primeiros meses computamos 5 mil espectadores para o filme (em salas alternativas, cineclubes e mostras independentes) e as vendas do DVD duplo do filme foram de quase mil cópias. Possibilitou a produção de “Ninguém Deve Morrer” (2009) e a parte final da trilogia, “O Doce Avanço da Faca” (2010).

Todas as histórias de filmagens de “Vadias” irei contar no livro de bastidores que estou elaborando. Aguardem!!!

Para ler o roteiro de Vadias do Sexo Sangrento.

Para baixar VADIAS DO SEXO SANGRENTO.

Comprar DVD duplo de “Vadias do Sexo Sangrento” com extras e inúmeros curtas da Canibal Filmes de brinde, entre na loja MONDO CULT.

por Petter Baiestorf.

Fotos de bastidores de Vadias:

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Lane ABC e Ljana Carrion.

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Filmagens tão animadas que todos dançavam o tempo inteiro.

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Sangue cor de rosa.

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Bortolanza preparando o elenco.

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Ljana Carrion.

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Lane ABC, Ljana, Bortolanza e Jorge Timm.

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Lane, Ljana e Bortolanza.

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Jorge Timm.

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Lane e Ljana.

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Tapando as vergonhas.

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Souza e Ljana prontos para filmar.

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PC sendo preparado por Bortolanza para a massagem anal.

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PC tento prazeres incontroláveis com a massagem anal.

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Claudio Baiestorf cuidando das motosserras.

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Lane e Souza in Brazilian Chainsaw Massacre.

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Eu olhando pro pinto de Souza.

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Bortolanza, PC e Jorge Timm: Equipe dos sonhos delirantes.

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“Me dê uma expressão de horror!”

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Carli Bortolanza.

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Souza olhando pro pinto de PC.

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Elio Copini, Souza e Timm fiscalizando o orifício pomposo de PC.

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Jorge Timm pronto para receber Lane ABC em seu interior.

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Lane ABC autografando a barriga de Jorge Timm.

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Eu subindo numa árvore para tomadas aéreas.

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Eu tentando descobrir ângulos.

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Arrombada – Vou Mijar na Porra do seu Download!!!

Posted in Cinema, download, Vídeo Independente with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on dezembro 21, 2016 by canibuk

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“Arrombada – Vou Mijar na Porra do Seu Túmulo!!!” (2007, 42 min.) escrito, fotografado, produzido e dirigido por Petter Baiestorf. Maquiagens gore de Carli Bortolanza. Edição de Gurcius Gewdner. Com: Ljana Carrion, Coffin Souza, PC, Gurcius Gewdner e Vinnie Bressan.

Inspirado pelo caso do Juiz Lalau escrevi o roteiro de “Arrombada” em uns 3 dias e chamei uma equipe extremamente reduzida para filmar tudo em 4 dias. Minha ideia era realizar um sexploitation, com muitas cenas de sexo quase explícito, que fosse uma crítica ao poder, mostrar um senador (que também era juiz de direito) se aproveitando da impunidade no Brasil para cometer os mais terríveis crimes, sempre ajudado por seus cães fiéis (um religioso e um profissional liberal, não incluí um militar no bando porque queria deixar a segurança completamente de fora do filme, sem mostrar absolutamente nenhum cão fardado). O filme está cada vez mais atual diante o cenário político – e social – brasileiro, apesar de minha abordagem com toques de humor nonsense em algumas partes do filme.

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As filmagens de “Arrombada” aconteceram no inverno de 2007 e foram extremamente rápidas e sem contratempos. O único problema mais grave que aconteceu durante as filmagens foi que nossa câmera parou de funcionar numa madrugada de externas por causa da umidade, fazendo-nos perder aquela madrugada de trabalhos já que tínhamos apenas uma câmera na produção. Sim, o filme foi feito com orçamento nenhum (acredito que gastamos, ao final de tudo, R$ 1.500,00 na produção). Durante as filmagens algo engraçado era ver a agonia de Coffin Souza com aquele bigodinho Adolf Hitler Stylle, ele estava visivelmente envergonhado de estar usando o bigode daquele jeito, tanto que quando encerramos as gravações a primeira coisa que fez foi ir no banheiro retirar o tal bigodinho da vergonha. Um de nossos passatempos durante as filmagens era convidar ele pra ir até no mercadinho da vila onde estávamos filmando (ele nunca foi junto, lógico).

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Vinnie Bressan, Gurcius, Souza (já sem o bigodinho da vergonha) e Ljana na bebedeira de encerramento das filmagens de “Arrombada”.

Por ser frio demais durante as filmagens, a equipe e elenco se aquecia bebendo vinho vagabundo. Acho que a equipe completa foi Carli Bortolanza, Ljana Carrion, Vinnie Bressan, Gurcius Gewdner, Coffin Souza, PC, Elio Copini, Claudio Baiestorf e eu. Como não rodamos making off desta produção posso estar esquecendo alguém.

cartazarrom“Arrombada” foi lançado em alguns cinemas de SC ainda em 2007, fazendo uma espécie de complemento ao longa-metragem “Mamilos em Chamas” do meu grande amigo Gurcius Gewdner, era uma sessão bastante única na história do cinema brasileiro e o público se divertia demais, nenhuma das sessões foi comportada. No lançamento de “Arrombada” botamos a banda de industrial harsh A Besta para animar o público antes e depois da sessão, também promovemos o re-lançamento de “Zombio” (1999) para essa ocasião e depois desmembramos o programa, com “Arrombada” fazendo sua bilheteria e “Zombio” tendo o re-lançamento à parte. Para as sessões na região de Palmitos/SC, mandei confeccionar um grande cartaz onde se lia “Filmado com meninas da região” e “Não ria!!! Sua irmã pode estar neste filme!!!”, claro que lotou as sessões de caras sedentos pelas garotas da região (Ljana era de Florianópolis, mas a magia do cinema exploitation deve ser mantida). Essas sessões de Palmitos realizamos, ainda, em clima de “proibição”, pessoal chegava meio que escondido nas sessões, tendo um gostinho de estar vivendo nos tempos da lei seca ou da censura militar brasileira. O público adora se sentir parte de algo secreto, é importante fazê-los acreditarem que estão participando de algo fora-da-lei. Claro que o que funcionava 10 anos atrás não quer dizer que ainda funcionará nos dias de hoje.

Para ler o roteiro de Arrombada.

Para baixar ARROMBADA – VOU MIJAR NA PORRA DO SEU TÚMULO!!!

Comprar DVD de Arrombada com extras e inúmeros curtas da Canibal Filmes de brinde, entre na loja MONDO CULT.

por Petter Baiestorf.

Veja o trailer de “Arrombada” aqui:

Algumas fotos de bastidores:

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Gurcius experimentando o olho arrombado.

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Preparando a carne para o churrasco dos poderosos.

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Baiestorf dirigindo Ljana e Souza.

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Ljana repensando a vida e passando frio.

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Ljana sendo maquiada por Carli Bortolanza.

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Repassando o roteiro.

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Elenco se diverte enquanto a equipe técnica prepara alguma tomada.

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Ljana e Souza.

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Baiestorf, Souza e PC.

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Elio Copini colocando as fraldas em Carli Bortolanza.

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Gurcius e Vinnie.

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Erros de gravação geram risadas intermináveis.

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Vinnie e Carli em seu momento Zatoichi.

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Carli Bortolanza preparando o sapato do senador.

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Como cegar um senador.

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Claudio Baiestorf, Ljana, Vinnie e Souza se aquecendo na madrugada fria.

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Repassando o roteiro na madrugada.

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Bortolanza empalando Vinnie.

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Mangueirinhas do chafariz anal.

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Ljana e Gurcius esperando a chamada pra filmar.

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O Chafariz anal de “Arrombada” funciona!!!

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Vinnie e Claudio Baiestorf.

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Por um Punhado de Downloads

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Atenção, muita atenção!

logo-canibal-001Você está penetrando no Mondo Trasho da Canibal Filmes, clicando em qualquer um destes links abaixo disponibilizados você adentrará num universo onde o mal feito é glorificado como o mais valioso dos objetos sagrados, onde a falta de talento é incentivada, onde até mesmo o faxineiro de um grande estúdio conseguiria virar diretor de uma produção. Aqui ninguém é excluído do sonhos de virar uma estrela de cinema. Todas a produções abaixo disponibilizadas foram realizada nos anos de 1990, quando ainda não existiam bons equipamentos de filmagem que fossem baratos e a edição era feita se utilizando de dois vídeo cassetes, o que torna estes filmes ainda mais mongoloides. Estejam avisados, estes links contem o pior do pior, se você acha que possuí bom gosto, clique somente no link da Cadaverous Cloacous Regurgitous. Os links para download estão nos títulos em letras maiúsculas.

Cadaverous Cloacous Regurgitous (1993)

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Demo-Tape

Antes de fazer um filme eu era fanático-radical por noise grind e, junto de meu amigo Toniolli, planejamos montar a banda mais suja do mundo, ou algo assim, afinal éramos apenas uns guris sem nada pra fazer. Eis que nas férias escolares de 1993 fomos para a casa dos pais de Toniolli e gravamos e mixamos a demo-tape “Ópera Indústrial” e intitulamos nossa banda de noise com o belo nome de “CADAVEROUS CLOACOUS REGURGITOUS“. Além de instrumentos tradicionais, também usamos folhas de zinco, motosserras, uma guitarra quebrada com uma corda e, no vocal, uma gravação que Toniolli tinha feito meses antes de porcos sendo castrados. Não satisfeito com essa primeira experiência envolvendo música, em 1999 – desta vez ajudado por meu amigo Carli Bortolanza – gravamos a demo-tape “Anna Falchi”, colocando pra funcionar um projeto de industrial harsh intitulado “Smelling Little Girl’s Pussy” que está junto no zip. “Smelling” não utilizou nenhum instrumento musical, todo o som é produzido com microfonias que criamos com estática de rádio, sujeira sonora e gravamos nos utilizando de uma ilha de edição de vídeo, muitos dos barulhos estranhos captados são oriundos de uma câmera de VHS apontando pra uma tela de TV.

 

Açougueiros (1994)

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Petter Baiestorf em 1994

Logo após finalizar e lançar “Criaturas Hediondas” (1993), oficialmente minha primeira tentativa de fazer um filme, reunimos a mesma turma e fomos para uma casa abandonada (que depois foi reutilizada como cenário para as filmagens de “Eles Comem Sua Carne”) passar dois dias, tempo em que filmamos o “AÇOUGUEIROS“, sendo atacados por terríveis aranhas assassinas durante as madrugadas. Já na primeira noite percebemos que as aranhas era inteligentes e estavam a nossa espreita. Deitávamos em nossos colchonetes e, ligando as lanternas contra o chão, víamos as aranhas se aproximando de nossos corpos com suas oito patas famintas por carne humana. Não dormimos. No dia seguinte filmamos quase todas as cenas do “Açougueiros”, já montando o filme na própria câmera. Anoiteceu novamente. Com medo da volta das aranhas assassinas, todos da equipe dormimos em cima de uma mesa de sinuca. Tão logo desligamos as lanternas, já começamos a escutar os cochichos das malditas aranhas. A madrugada foi louca, com a gente correndo das aranhas pela casa e as eliminando sempre que possível. Lá pelas tantas as aranhas se tornaram mutantes com asas e vinham voando famintas contra a gente. O cozinheiro da produção foi o primeiro a tombar morto diante da fúria das aranhas malignas, tendo convulsões até desfalecer completamente sem vida. Sim, as aranhas haviam se organizado e queriam um banquete… E o banquete era nossa equipe!

 

Criaturas Hediondas 2 (1994)

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Crianças Hediondas

Imediatamente após as filmagens de “Açougueiros”, resolvemos fazer uma continuação do primeiro filme e “CRIATURAS HEDIONDAS 2” tomou forma. As filmagens desta produção aconteceram no sítio de Walter Schilke, que entre outros, foi diretor de produção em “A Dama do Lotação” e de vários filmes de Os Trapalhões. Essas filmagens foram completamente sossegadas, com tudo dando certo e novos colaboradores aparecendo para ajudar o grupo. Após cada dia de filmagens todos retornávamos aos trailers da produção, ganhávamos massagens terapêuticas e participávamos de jantares de gala enquanto uma orquestra de querubins tocava sucessos de Beethoven. Depois de pronto foi exibido, no ano seguinte, na I HorrorCon em São Paulo com relativo sucesso. Neste mesmo ano explodiu a moda Trash no Brasil e ficamos bilionários fazendo filmes ruins.

 

2000 Anos Para Isso? (1996)

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Toniolli em banho de sangue

Sabe-se lá porque, até 1995 eu só pensava em fazer longas-metragens (devia ser algum problema de ego). Mas em 1995 fiz uma experiência em curta-metragem e realizei “Detritos” (curta que atualmente está perdido, mas que continuo tentando achar uma cópia para disponibilizar), gostando bastante da simplificação dos problemas que uma filmagem sempre tem. Então, logo no início de 1996 filmamos “Eles Comem Sua Carne” e um festival de curtas gore da Espanha, tendo assistido “O Monstro Legume do Espaço”, me escreveu solicitando um curta para incluir no festival. Como “Detritos” não era gore, resolvi montar algumas cenas do “Eles Comem Sua Carne” no formato de curta e, assim, surgiu este “2000 ANOS PARA ISSO?“, meu primeiro flerte com cinema experimental.

 

Assista “O Monstro Legume do Espaço” aqui:

Bondage 2 – Amarre-me, Gordo Escroto!!! (1997)

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Denise e Souza

Após as filmagens de “Blerghhh!!!” (1996), tive uma ideia fantástica que rendeu um belo punhado de reais: Fazer um filme de putaria assinado por uma diretora, então combinei com a atriz principal de “Blerghhh!!!”, Madame X, que ela iria assinar nosso próximo filme. Com orçamento mínimo escrevi um roteiro fácil de filmar (sob pseudônimo de Lady Fuck e Carla N. Toscan, afinal, melhor que uma mulher tarada, só três, não?). Fomos pra casa do Jorge Timm, nos trancamos lá durante uns quatro dias e cometemos “BONDAGE 2: AMARRE-ME, GORDO ESCROTO!!!“, com climão de filme de Boca do Lixo final dos anos 70. É uma produção extremamente simples, mas na época do lançamento alardeamos tanto que era escrito e dirigido por mulheres que todo mundo quis assistir.

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José Mojica Marins e seu livro preferido.

 

Fase 98 (1997-98)

Ácido (1997) – este curta filmamos durante as gravações de “Blerghhh!!!” e só montamos um ano depois. Os efeitos de cores sobre as imagens captadas foram inseridas via uma ilha de efeitos analógicos. Acredito que foi meu primeiro vídeo arte, a concepção deste vídeo foi desenvolvida em parceria com o Coffin Souza.

Deus – O Matador de Sementinhas (1997) – No ano de 1997 Carli Bortolanza e eu cuidávamos do castelo da Canibal Filmes, local onde todo o equipamento de filmagem, maquiagens, iluminação e figurinos estavam guardados. Como o tempo de tédio era muito enquanto montávamos guarda para que ninguém invadisse nosso estúdio para roubar ideias e bens materiais, começamos a filmar vários curtas experimentais inspirados em Andy Warhol e Paul Morrissey e, assim, surgiram pequenas brincadeiras como “Crise Existencial”, “O Homem Cu Comedor de Bolinhas Coloridas”, “A Despedida de Susana – Olhos e Bocas” (1998), “9.9 (nove.nove)” e este “Deus – O Matador de Sementinhas”.

“Boi Bom” (1998) – Possivelmente meu filme mais polêmico. Antes de me tornar vegetariano realizei este brutal filme sobre a figura do homem se valendo de assassinato para se alimentar em pleno século XX. Em uma bebedeira falei com Jorge Timm e Carli Bortolanza sobre minha intenção de rodar algo extremamente brutal sobre alimentação envolvendo a matança de animais, mas a ideia ficou ali. Alguns meses depois o Jorge Timm apareceu com tudo combinado, ele já tinha encontrado um abatedouro clandestino que iria nos deixar filmar desde que não identificássemos o local. Chamei o Bortolanza e o Claudio Baiestorf e fomos até o abatedouro filmar. Em tempo: a carne deste boi que aparece no filme foi vendida pra um restaurante – pelo abatedouro, não pela gente – após as filmagens, só vindo a reforçar o que acho da alimentação envolvendo assassinatos. Hoje eu não faria outro filme com este teor, mas não renego o curta, está feito, faz parte de uma fase que eu me preocupava mais em chocar. PACK ÁCIDO+DEUS+BOIBOM.

Assista “A Despedida de Susana – Olhos e Bocas” aqui:

Mantenha-se Demente!!! (2000)

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Bortolanza aplicando fx em Loures

Logo após lançar “Zombio” (1999) escrevi o roteiro insano de “Mantenha-se Demente!!!”, um longa gore que misturava a cultura da região oeste de SC com os delírios japoneses envolvendo putaria com tentáculos. Levantei uma parte do dinheiro necessário para as filmagens e chegamos até a rodar algumas cenas do filme. Mas tudo estava tão capenga e caótico que acabei abandonando o projeto para rodar o “Raiva” (2001). O material filmado acabou por se tornar o curta-metragem “FRAGMENTOS DE UMA VIDA“, montado em 2002. Particularmente, gosto bastante do resultado de surrealismo gore alcançado neste cura improvisado, o que sempre me faz pensar que poderia voltar, hora dessas, a realizar experiências nesta linha.

 

Entrevista com Petter Baiestorf no Set de Zombio 2 (2013)

Acabei de encontrar essa ENTREVISTA que o Andye Iore realizou comigo durante as filmagens de “Zombio 2” (2013). Estou visivelmente cansado mas até que bem lúcido falando sobre o caos que foram os primeiros 12 dias de filmagens de “Zombio 2”. Estou compartilhando com vocês essa entrevista de 17 minutos mais como uma curiosidade mesmo, ela deveria estar nos extras de “Zombio 2” mas por um estranho motivo foi esquecida durante a autoração do DVD oficial de “Zombio 2“. Enfim, palhaçadas de uma produtora de cinema completamente atrapalhada.

Memórias em tom de realismo fantástico de Petter Baiestorf.

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Na Câmara de Torturas de Skin Diamond

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Recentemente descobri, meio que sem querer, os filmes de bondage/BDSM com uma mulata americana/escocesa chamada Skin Diamond que gostei bastante. Skin tem uma interpretação de rosto ótima, faz sexo com vontade, deep throat como deve ser (profundo e completamente babado) e, geralmente, está imobilizada com cordas ou equipamentos de tortura onde é fodida por atores/atrizes pervertidos. Skin, nota-se por sua grande produção de filmes com outras meninas, que é chegada em chupar uma bela bucetinha molhada, tanto que já fez filmes com Belladonna e Katsumi, outras duas taradas por belas mulheres assumidas. Skin é uma incrível mistura de checa, alemã, dinamarquesa, iuguslava com etíope, provando de uma vez por todas que as pessoas mais belas são as que possuem mistura de etnias (este negócio de raça pura é coisa de débil mental, me desculpem).

Skin Diamond nasceu em 18 de fevereiro de 1987 com o nome de Raylin Christensen. Antes de se aventurar no fabuloso mundo maravilhoso da pornografia ela trabalhou numa crechê cuidando de crianças (Ron Jeremy teve emprego semelhante antes de virar lenda pornô). Em 2009 ela estrelou “No Panties Allowed” de James Deen e não parou mais, já tendo estrelado mais de 40 filmes, vários deles dedicados ao bondage, BDSM, humilhação e outros deliciosos fetiches sexuais. Neste ano de 2012 ela foi indicada para o prêmio AVN para a Best Three-Way Sex Scene. No tempo livre ela curte pintar. Atualmente reside em Los Angeles, USA.

“Quando era adolescente eu fiquei obcecada com a “Bizarre Magazine”, eu nunca tinha visto nada como aquilo. Então decidi que era isso que eu queria fazer. Trabalhei, trabalhei e, finalmente, me tornei capa da “Bizarre”. Aí quis ver o que mais eu poderia fazer e me tornei também modelo erótica para grandes designers como Louis Vuitton e da American Apparel!”, nos conta Skin Diamond, explicando um pouco de sua fixação por sexo sadomasoquista. Leia entrevista com Skin no site Rap Industry.

Veja “Carbon Girl” (2010) de Belladonna; “Street Hookers for the White Guy 2” (2011); “Black Anal Beauties 2” (2010) de Mike Adriano; “Kung Fu Pussy” (2011) de Joanna Angel; “This Ain’t Nurse Jackie XXX” (2011) de Stuart Canterbury; “Filthy Cocksucking Auditions” (2012) de Mike Adriano; “Corrupt Schoolgirls” (2012) de Bobby Manila; “In Bed With Katsuni” (2012) de Katsumi e todos os outros filmes onde essa mulata do sexo violento esteja no elenco.

Algumas imagens de Skin Diamond:

Poppin Cherry – Omitto San Episode 1

Posted in Putaria, Quadrinhos with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on maio 28, 2012 by canibuk

Postando o primeiro episódio de “Omitto San”, HQ de sacanagem japonesa. Os próximo episódios vamos postar devagar, dando seqüência a série.

Boquetes Artísticos da Ashley Blue

Posted in Arte Erótica, Entrevista with tags , , , , , on agosto 2, 2011 by canibuk

Oriana Rene Small, mundialmente conhecida pelo nome Ashley Blue, nasceu em Los Angeles, USA, no dia 31 de janeiro de 1984. Em 2002, com apenas 18 anos, iniciou carreira como atriz e diretora de filmes adultos. Em 2008 ela escreveu o livro “Girlvert: A Porno Memoir”, suas memórias de quase 10 anos trabalhando na indústria pornográfica, que foi lançado agora em 2011 pela editora independente A Barnacle Book and Record. Em 2009 Ashley se casou com o fotógrafo Dave Naz, trabalhando cada vez em menos filmes. Ashley tem uma beleza natural que foge dos atuais padrões dos filmes pornôs de hoje em dia, onde as mulheres parecem deusas de plástico e transam fazendo caretas ridículas, não suam, não fedem, nem cheiram!!!

Sobre o livro “Girlvert: A Porno Memoir”: Segundo o crítico Morgan McGregor, a auto-biográfia de Ashley “não é bem escrita, mas é boa!”, friza, “Muito boa!!!”. McGregor continua: “Ashley não é uma escritora, é uma atriz pornô. Ela faz todos os erros de um jovem escritor, ou seja, redundância, voz passiva, metáforas fracas e algumas frases mal construidas. Mas “Girlvert” é divertido de ler e seus episódios não são para fracos”. Os nomes dos capítulos são lindos, coisas como “Double Anal”, “Ass Herpes”, “Anal Fisting”, “Ass Cream Pie and Clusterfuck”, “You can infer what you’re in for here”, etc… Por enquanto o livro continua inédito aqui no Brasil (e a julgar por nosso mercado editorial que só vômita a mesmice de sempre, vai continuar inédito).

Ashley Blue também realiza um trabalho de pintora, segue alguns desenhos dela:

Leyla traduziu uma entrevista com Ashley Blue, realizada pelo escritor, cineasta e pornógrafo Danny Wylde:

Danny: Você é Ashley Blue. Ou costumava ser? Você ainda está atuando?

Ashley:  Sim, eu ainda atuo. Quer dizer, eu ainda faço tudo. Mas eu estou velha. Tenho 29 anos e eu fiz tudo. Ninguém quer ver minha bunda velha em pornô mais. E isso não depende de mim. Isso os telespectadores decidem. E eu entendo. Você fica cansado das pessoas, e você quer pessoas novas quando se trata deste produto saboroso que chamamos de pornografia.

Danny: Você foi uma performer na indústria adulta há quase dez anos, correto?

Ashley: Desde 2002. Então eu arredondo para cima, quando necessário.

Danny: Então, quantos anos você estava em 2002?

Ashley: Vinte.

Danny: Quais são alguns dos  prêmios ou reconhecimentos que você teve durante sua carreira?

Ashley: Ganhei XRCO Performer of the Year. Foi tudo no mesmo ano. Um ano que eu ganhei  tudo. Eles estão todos reservados na prateleira. Dave [Naz] não me deixa colocá-los no armário. Ele diz, “Não, vai colocar essas lá atrás.” E depois eu ganhei Sex Scene Most Outrageous, Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Cena de sexo All Girl. Alguns deles significam muito pouco em comparação com o Performer of the Year. Eu  o ganhei primeiro, depois disso tudo foi como um bônus. E eu realmente sinto que tenho o grande troféu.

Danny: Alguma vez você já realizado em cenas pornográficas que possam ser consideradas grosseiras ou mesmo violentas?

Ashley: Sim, eu tenho.

Danny: Quais são algumas das atividades que você participou em que se encaixam nessa descrição?

Ashley: Violenta e grosseira seria asfixia, tapa na cara, e não apenas de pegar o cabelo, mas realmente  ser agarrada pelos cabelos e ser puxada em direções diferentes. Cuspir na cara. Eu acho que é isso na maior parte.

Danny: Então você foi contratada por três anos com uma empresa chamada JM Productions, certo?

Ashley: Certo.

Danny: Eu só olhei brevemente algumas de suas histórias. Quero dizer, eles foram confrontados com acusações de obscenidade legal, eles foram acusados ​​de serem humilhantes para as mulheres, etc ..

Ashley: Sim, mas nunca condenados por isso.

Danny: Eu li que você era a diretora de Girlvert and Lesbian Bukakke. Isso não é verdade?

Ashley: Eu não sou a diretora de Girlvert. Eu sou o Girlvert, mas eu não sou a diretora. O diretor é muito, muito melhor no pornô do que eu. Nunca haverá uma pessoa tão boa na pornografia como Jim. O Bukakkes Lesbian fiz a direção, supostamente. Mas, basicamente, Jim fez isso também. Ele fez tudo. Eu só administrei todo mundo ao redor, e todos tiveram um momento difícil. E eu realmente não me esforcei muito, naquele momento, no Bukakkes Lésbicas. Eu realmente não gostei de fazê-lo. Eu não deveria ter feito. Eu deveria apenas ter ficado  em volta e ter deixado todos os outros fazê-lo.

Danny: Como você caracterizaria a série Girlvert? Quer dizer, o que é isso tudo?

Ashley: A personagem começou como uma garota fugitiva que é realmente uma espécie de punk. Eu não era o Girlvert no início. Era o contrato de outra  menina que sumiu da face da terra. E eu era a sua substituição. Mas eu não podia tirar nada do punk. Porque isso realmente não é de mim. Eu vi este filme  com ela, e ela tinha um moicano e botas, e aquilo tudo não era a minha. Então nós fizemos isso em uma menina – como rabo de porco, meias altas e saias curtas. E, além disso, ela é apenas uma pessoa realmente torturada que tortura os outros, e é muito furiosa. Todas as coisas que acontecem a  Girlvert, ela inflige sobre outras pessoas. Então ela é como uma espécie de caráter difícil.

Danny: O que lhe interessa sobre esse tipo de conteúdo pornográfico?

Ashley: Isso é engraçado. Para mim é muito engraçado. Eu gosto de ser grosseira. Eu gosto dessa parte. Eu acho que o tema subjacente é muito engraçado. É humor. Isso é o que me faz querer viver cada dia. Eu preciso me fazer rir. Eu realmente não me importo. Não é mesmo sobre ser sexy, porque estes filmes não são sobre ser sexy em tudo. Eles são engraçados. E porque é tão louco, é interessante. E por ser interessante, ele se torna sexy novamente. É tão intenso, que estimula essa parte de você que é ativado por alguém que é inteligente, algo que não é óbvio. Eles não são sobre ser convencionalmente ou tipicamente sexy. Eles vão para além disso. Então é como, “Eu realmente gosto disso. Eu não acho que eu gosto disso, mas …”.  Eu não sei, isso me alimenta.

Danny: Você sabe alguma coisa sobre o elenco para essas produções? E sobre o elenco para estes filmes?

Ashley: Bem, toda cena é anal,então a menina tem que fazer anal. É mais como uma lista de verificação. Será que ela se encaixam nesta pequena história que temos? Não importa quem é. A mais blowup doll que há, às vezes isso é melhor. Quanto mais retardadas elas são, mais engraçado é quando eles estão falando . E Jim  fica irritado. Ele é ótimo, mas ele fica irritado quando ele perde muito tempo. Mas eu acho que é engraçado.

Danny: Então, como você determina, por exemplo, quem é a mais blowup doll? Tipo, você conhece de antemão essas pessoas?

Ashely: Para Girlvert, é muito melhor quando não conhecemos as meninas porque elas são loucas. Elas ficam realmente com raiva de mim. Eu não posso ser mãe delas, porque então o produto não vai ser tão bom. Quando eu começar a me preocupar muito com os sentimentos de alguém, então nós não estamos fazendo nosso trabalho como artistas. Estamos apenas cobrando uns aos outros, e então o produto sofre. É melhor ser mais dissociados. Então, com os artistas do sexo masculino, eu não me importo. Eles estão todos lá apenas para ser atores. Eles querem estar lá. As meninas tendem a querer estar no filme, mas elas não querem fazer as coisas que você tem que fazer para estar no filme. Jim é como o mestre treinando as pessoas para fazerem as coisas. Porque ele é como uma espécie de pai do futebol. Ele é como uma espécie de pai. E eu não sei lidar como ele. É por isso que ele é o diretor e não eu.

Danny: Você já teve casos em que os artistas não quiseram trabalhar uns com os outros?
Ashley: Sim.

Danny: Então o que fazer neste tipo de situação?
Ashley: Você apenas tem que substituir uma das pessoas. E não importa quem é. E realmente varia. Mas  isso aconteceu mais de uma vez. Uma vez, em particular, foi muito ruim. E a menina foi substituída. Ela correu louca e começou a empurrar a câmera.

Danny: Então você já mencionou que um monte de meninas às vezes não querem fazer estas coisas? O que acontece quando as meninas não querem participar dessas atividades?

Ashley: Bem, isso aconteceu comigo. Eu começo a reclamar. Você começa reclamando sobre isso. Isso é o que estou dizendo, em primeira mão. Eu apenas começo a reclamar, e digo: “Eu não quero fazê-lo.” E então se alguém pode falar comigo, eu acabo fazendo. E se eles não podem, então faço outra coisa. É o que acontece com as outras meninas também. Você tenta pela razão. Você tenta apresentá-la de forma diferente. E então se você receber uma recusa, você faz alguma coisa para substituir o que você queria fazer. É aí que você tem que ser muito bom em pensar em seus pés. Porque você não quer que seja manco. Você não quer alguém para assistir o filme e dizer: “eu estou entediado.” Vejo um monte de pornografia chata, e que me deixa muito louca. Alguém tem que estar fazendo alguma coisa para mim, me fazer ficar interessada. E então é sexy.

Danny: Eu li esse livro recentemente de um cara chamado Chris Hedges, e ele tem este capítulo no livro que é muito anti-pornografia. Ele mencionou algo sobre o site Fator Gag JM que diz: “Como muitos de vocês se lembram, por muito tempo, a supervadia Ashley Blue foi a prostituta  oficial da JM. Mas como a planta de um sapato velho, prostitutas pornô se desgastam e precisam ser jogadas fora. Portanto, a nossa maneira de jogar um partido de aposentadoria por Ashley era ter sua cabeça de pistão-fudida uma última vez”. Como você se sente em ser retratado como tal?

Ashley: É apenas uma pequena coisa que eles escreveram. Era para ser engraçado. Eles têm um senso médio de humor. Eu acho isso engraçado. É uma piada, porque eu não se aposentei. Eu ainda trabalho para JM. Foi apenas algo que eles escreveram. É apenas uma piada. Eu não me sinto particularmente atacada por isso. É apenas algo que eles fazem. Estou acostumada a isso.

Danny: Você se sente como se fosse degradante para você ou para as mulheres em geral?

Ashley: Eu não me sinto degradada por isso. Eu não sei como dizer isso, mas isso não é degradante para mim. É apenas algo tão leve. Eu acho que tenho uma pele mais espessa do que isso. Eu não ponho  todo o meu valor no que as pessoas escrevem em sites.

Danny: Você já se sentiu degradando, em cena, outro artista?

Ashley: Sim, eu voltei para casa e me senti mal. Mas eu tenho que me perdoar e seguir em frente. Eu já pedi desculpas durante as cenas também. Eu sei que tenho sido definitivamente degradante. Esse é um tipo  que o Girlvert faz. Quando eu estou gritando com alguém, por exemplo, chamar alguém de porco e colocar um nariz de porco sobre eles, e chamando-os de gordo e velho; coisas que se alguém estivesse dizendo  para mim, eu diria algo como “Foda-se”. Mas acontece naquele momento, todo mundo está apenas atuando. Há uma câmera gravando. Não é real. Nós  não estamos fazendo isso de verdade. Eu não iria realmente ir até alguém e começar a gritar com ele. É uma fantasia. É uma fantasia que eu sinto que precisa sair. Porque você não pode fazer isso. Há coisas que não são apenas vai acontecer. Então, você precisa fantasiar sobre ele.

Danny: Você já se sentiu degradada?

Ashley: Eu me senti assim. Mas eu não me sinto assim agora. Isso soa tão simplista. Mas eu já voltei péssima pra casa de algumas cenas, ou durante as cenas. Como Meatholes. Como com isso, me senti mal.

Danny: Você já esteve em uma cena onde você realmente sentiu que estavam se aproveitando de você?

Ashley: A título de alguém não me pagar o suficiente? Sim, eu me senti como se algumas pessoas se aproveitassem de mim com isso. Ao tentar realizar e colocar-me no local, e pedindo-me para tomar menos dinheiro. Mas para além disso, é apenas algo que passa. É muito emocional fazer sexo. Ainda há muita emoção, mesmo quando você não se sentir ligado às pessoas. Ainda é o que  eu sou. Chego em casa e sinto todas estas coisas diferentes. E, em seguida, uma semana depois, eu me sinto diferente. Realmente não importa. Eu não me sinto definindo o sexo feminino  voltando a fazer qualquer dessas coisas.

Danny: Então, você teve algumas dessas experiências em que você chega em casa e sente o emocional. Talvez há fatores positivos e negativos associados a isso. Você já experimentou um desses papéis sexualmente submissos, onde você se sentiu segura?

Ashley: Oh, sim. Quando eu penso sobre tudo agora, é realmente seguro. Agora, eu estou mais velha e eu vejo que existem outras alternativas. Entrei no pornô. Eu não fui até Santa Monica Boulevard e tentei um gancho. Existem diferentes partes da indústria do sexo, e vendendo sexo. Pornô é uma forma muito legal de fazê-lo porque você tem todo mundo ao seu redor. Ninguém se sente como se fosse de um grande negócio. Não é assustador. É assustador fazer algo novo, mas agora eu não sinto medo em tudo.

Danny: Então você diria que você já assumiu um papel sexualmente submisso em um filme pornô e realmente se sentiu forte?

Ashley:  Sim. Porque se eu sinto que posso ter bastante, eu me sinto mais forte. Se eu puder agüentar, com  resistência, mesmo que realmente doa, ou seja  muito desconfortável, e eu passar por isso, então eu me sinto mais forte.

Danny: Então você  sente como se fosse possível estar em uma dessas cenas em que você está sendo degradada – você acha que também é possível  se sentir habilitada no mesmo cenário?
Ashley: Sim. Porque há um ponto final. Se você pode fazê-lo até aquele ponto em que ele pare, então você pode dizer, “É. Eu fiz isso”. É como uma realização. É como, “Sim, eu poderia fazer isso. Eu fiz anal duplo por 15 minutos”. É como força. É só que, fisicamente, me sinto mais forte.

Danny: Existe alguma coisa em particular que faz você se sentir mais segura com relação a outro set? Ou são todos os tipos o mesmo para você neste momento?
Ashley: Neste ponto, eu não me sinto insegura. Existem sets que são mais sujos, e alguns que são mais limpos. Eu não me sinto segura sentada no assento do vaso sanitário, e eu não me sinto segura pegando uma água. Ou quando eu não quero tocar em uma toalha ou uma pessoa, ou uma peça de mobiliário, porque é muito nojento. Mas para além disso, eles são todos iguais.

 Danny: Qual é a sua opinião sobre drogas e álcool no set? Você acha que um artista que já bebeu algumas bebidas ou está sob a influência da maconha ainda pode agir com o consentimento informado?

Ashley: Sim. Às vezes, as drogas e o álcool abrem sua mente. Às vezes não. Às vezes eles fazem o oposto. Mas eu não sou contra eles. Sei que todo mundo fuma maconha na pornografia. Todos eles podem esconder outras coisas que  fazem. A menos que todo mundo esteja bebendo, eles não vão tirar seu álcool para fora. Algumas pessoas escondem na bolsa. Mas todo mundo se sente bem. Eu realmente não me importo que as pessoas façam.

Danny: E quanto a drogas mais pesadas? E se eles estão no set com metanfetaminas ou coca ou algo parecido?

Ashley: Assim como a vida real, se é isso que você faz, então tudo bem. Eu não me importo. Já fiz isso. Agora, eu estive em ambos os lados de ser realmente fodida e realmente sóbria. É uma espécie de divertimento. Eu tenho que dizer que é engraçado. É irritante e custa dinheiro aos diretores e produtores, quando alguém está chapado – quando não consegue se lembrar de nada, quando estão tentando falar uma linha e não podem fazer direito, eu acho engraçado. Quero dizer, talvez não seja engraçado, mas meu primeiro instinto é para rir disso.

Danny: Você já testemunhou alguém despedido por usar drogas ou álcool no set?

Ashley: Não.

Danny: Você diz que todos fumam maconha e todos bebem…

Ashley: Nem todo mundo, mas eu nunca vi ninguém ser despedido por estar alto, ou mesmo embriagado. Cabe a eles. Não se exige muito para chegar lá. Você ainda tem a sua cara bonita. Você ainda tem o seu belo corpo. Você está apenas fazendo sexo, não se exige muito. É principalmente como você vê.

Danny: Mas você acha que é muito comum a maioria dos artistas estarem sob a influência de drogas ou álcool no set?

Ashley: Em qualquer set, haverá pelo menos uma pessoa. Assim, mesmo se você estiver em um boquete POV, uma pessoa na sala provavelmente terá  alguma coisa. Porque, A): você pode. É totalmente aceitável, e isso é mais do mesmo. E , B): as pessoas ficam muito emocionais quando pensam sobre como eles não se sentem bem consigo mesmos, porque o sexo vende e não é algo que qualquer um pode se sentir orgulhoso por qualquer motivo. E eu não concordo com isso. Mas isso é como a sociedade é.

Danny:  Mas e você? Você se sente orgulhosa sobre a venda de sexo? Você disse que não é o mesmo pra você.

Ashley:  Eu não posso simplesmente dizer a todos como estou orgulhosa. Eu tenho que manter para mim mesma. Mesmo com a família e amigos. Não é um grau que eu estou pendurado na parede.

Danny: Você sempre gosta de ser chamada de puta, puta, puta, puta ou qualquer outro termo pejorativo durante o sexo?

Ashley: Sim.

Danny: Você gosta de chamar a si mesma de tais coisas durante o sexo?

Ashley: Sim.

Danny: Você já chamou outros artistas de alguns destes nomes?

Ashley: Sim.

Danny: Então, qual é o prazer especial que você sente ao chamar a si mesma com esses nomes ou de ser chamada por esses nomes?

Ashley: Bem, durante uma cena, sua personalidade é totalmente exagerada. Tudo é exagerado. Você quer estar constantemente dizendo algo para tentar transformar todo mundo, e chegar a este outro lugar. É só para ser divertido. E então, quando você diz, quando você começar a dizer mais do mesmo, você tem mais para a cena. Você está envolvendo outra coisa que não seja apenas um toque. Você está dizendo coisas, e então você está pensando que você está sujo. E você quer usar palavras sujas, e você está fazendo algo que não é permitido, e jurando que ajuda. É engraçado também. São apenas palavras. Eles apenas se sentem bem dizendo. São apenas palavras, é por isso.

Danny: Quais são seus sentimentos sobre o uso do preservativo em sets? Você acha que eles devem ser fornecidos como uma escolha?

Ashley: Bem, eu acho que a escolha é realmente  do produtor, porque eles são os únicos que têm que vender o produto. E se ninguém vai comprá-lo, então você não pode estar pagando artistas. Ninguém vai fazer todo o dinheiro. Este não é um serviço público que nós fazemos. É um negócio. Não é isso que as pessoas querem ver a partir de agora. Talvez isso mude no futuro. Talvez em cem anos as pessoas vão gostar disso. A questão é que eles não se sentem tão bem, os caras sabem disso. Caras sabem que quando botam um preservativo,  parte da sensibilidade vai embora. Então, se eles estão vendo aquilo, eles estão sentindo, “Ah.” Eles não estão recebendo prazer tanto quanto eles gostariam de ter. Eles não podem dizer: “Oh, eu gostaria de ser esse cara.” Não é a maneira mais divertida e íntima de fazer sexo. Não é a sua fantasia de fazer sexo. Tem um preservativo nele, e ele é seguro. Mas é como, “Ótimo, eles estão sendo seguros.” e só.

Danny: Para além de caras que não gostam disso, existem fatores negativos associados ao uso de preservativos para você em particular?

Ashley: Eu não sei. Não é negativo. Não é. Mas a minha resposta é: “Não,” Eu não acho que deveria ser uma opção, porque o que é? É ou não preservativos e testes? Eu acho que o teste é mais saudável. Eu ficaria com um certo medo de rolar apenas  um preservativo em alguém. Você pode fazer mais. Todo cuspe  que voa, não é apenas a penetração. Estou mais para o teste.

Danny: Você está completamente confortável com as normas de ensaio agora?

Ashley: Sim. Estou completamente à vontade com as normas agora. Eu participo nisso. Eu concordo com ela. Quando eu executo uma cena – que já não é tantas vezes – eu não me sinto estranha. Sinto-me como, “Oh, ainda há uma chance de eu poder destruir com alguma coisa”, mas eu não estou com medo.

Danny: Você [e Dave Naz] fez um projeto para o seu livro, e você pagou alguém para fazer um teste de dois dias. É tão comum para as cenas que você faz agora com coisas anal?

Ashley: Sim, é comum, porque eu não faço isso muito mais. Eu tenho um estilo de vida mais lento agora. Nós fizemos isso.

Danny: Você acha que existem atos sexuais que nunca deveriam ser filmados?

Ashley: Não. Eu não consigo pensar em nada que eu já vi, e que eu diga “eu não queria ter visto isso.” Não consigo pensar em coisas que eu gostaria de ver que não são permitidos. Como, não é permitido em vídeos porque é obsceno. Tenho visto algumas coisas, e eu sei que  não são legais. Eu não me importo de vê-los, é uma merda, mas eu  gosto de olhar para merda.

Danny: Existem algumas empresas lá fora, como Kink.com que entrevistam modelos antes ou depois, ou ambos. Você acha que afeta a cena de alguma forma?

Ashley: Não, porque quando você começa, você simplesmente esquece tudo o que aconteceu antes. Mesmo que alguém seja apenas um idiota total, você esquece tudo o que aconteceu logo antes. Você tem, como, a memória do cão. Como, “O quê? Ok “. Você acabou de envolver-se completamente em outra coisa. É por isso que ajuda a dizer coisas como palavrões. Você está apenas botando para fora coisas que não tem nada a ver com o que aconteceu antes, ou o que vai acontecer depois.

Danny: Você acha que os consumidores devem assumir que os artistas estão dando seu consentimento completo para todas as atividades realizadas na câmera, apesar da falta de coisas como entrevistas?

Ashley: Sim. Sempre assumir isso. Não há nada pior do que ouvir as pessoas dizerem: “Eles têm medo de pornografia por causa de pornografia infantil.” Eles são maiores de 18 anos de idade. Você não pode fazer pornografia a menos que você tenha 18 anos de idade. Eu não sei. É irritante que as pessoas pensem que somos forçados a estar lá. A menos que você pense que está comprando um daqueles vídeos escondido. Se você pensa que é real, você provavelmente deve ver uma entrevista com a menina de antemão, dizendo que: “Não, eu sei o que está indo daí por diante”. As pessoas devem assumir que está tudo bem.

Danny: Bem, digamos que você assista a uma cena de estupro encenado entre dois artistas que nunca conheceu. Você estaria confortável assistindo isso sem algo como uma entrevista dando seu consentimento?

Ashley: Depende de como ele foi feito. Se foi realmente convincente, eu não sei como eu me sentiria. Porque eu não vi isso. Eu acho que só depende. Eu não sei. Será que a câmera tem que ser a partir do ponto de vista do estuprador? Essa é a única maneira que eu iria acreditar que era real. Ou talvez não. Eu não sei.

Danny: Eu quero dizer, poderia haver um cúmplice, ou poderia ser em um tripé?

Ashley: Se fosse apenas algum vídeo que vazou, eu talvez pensaria que era real. Porque eu acredito em boatos. Eu acredito totalmente nisso. Mas se fosse uma empresa que o vendeu, eu não pensaria que era real.

Danny: Você tem um site ou …?

Ashley: site de Dave. Vai haver um site Girlvert. O livro não estará por aí até à Primavera. Ia ser lançado mais cedo. Nós íamos tentar, mas legalmente, não estamos prontos.

Danny: E este é o seu livro de memórias?

Ashley: Este é o meu livro de memórias.

Danny: Bem, muito obrigado por falar comigo. Eu aprecio isso.

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Posted in Arte Erótica, Quadrinhos with tags , , , , , , on junho 19, 2011 by canibuk