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Roteiro de Ninguém Deve Morrer

Posted in Roteiro, Vídeo Independente with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on julho 20, 2012 by canibuk

Com a proximidade do Guarú Fantástico resolvi postar aqui o roteiro de “Ninguém Deve Morrer”, western musical que escrevi/produzi/dirigi em 2009 e que ganhou no Guarú prêmio de melhor direção, produção e edição pelo voto popular. “Ninguém Deve Morrer” teria sido um filme bem ruim se numa das minhas conversas com a Leyla Buk ela não tivesse me enviado a música “Porque Brigamos?” de Diana e essa música deu um estalo do que eu precisama fazer prá transformar uma idéia de jerico em algo, no mínimo divertido. Ao fazer um filme minha primeira preocupação é a de divertir quem for ver o filme, acho que por isso dificilmente vocês verão um filme de Petter Baiestorf metido a sério, pois eu realmente não curto filmes metidos à sério. Aliás, como eu adorei a experiência de produzir um musical, é mais fácil eu fazer outro novo musical, a idéia me persegue desde 1996 quando falhei tentando realizar o muito ruim “Caquinha Superstar a Go-Go” como musical.

Segue o que teria sido o segundo roteiro (a primeira idéia do que seria um projeto chamado “Ninguém Deve Morrer” é outro argumento, mas como é algo que ainda quero filmar não vou colocar a idéia aqui), antes de incluir a estética musical no projeto:

Tela escura com créditos: CANIBAL FILMES & BULHORGIA PRODUÇÕES apresentam.

Tela escura com créditos: UM FILME DE PETTER BAIESTORF.

Seq. 01 – estrada seca com pedras (Rancho baiestorf)/ Dia – Sol intenso.

Música:

Cena:

Câmera estática mostrando pedras e sol, respinga sangue, muito sangue sobre as pedras, personagem solta grito abafado, escuta-se um corpo caindo. Outro personagem está gemendo, nota-se pelo som que está ferido, câmera se ergue um pouco e consegue pegar o Ninguém caindo contra o barranco do local da luta com a barriga aberta por um faconaço, pedaços de tripas são vistas na tela entre os dedos da personagem. Câmera se aproxima do rosto suado em agonia e dor, permanece por alguns segundos sobre ele.

Personagem recoloca suas tripas para dentro, com um pedaço de arame retirado de seu bolso e um barbante de amarar fumo ele se costura. Closes explícitos nessa operação. Estando pronto ele pega seu facão e se levanta olhando para o cadáver ensangüentado ao seu lado.

E sai cambaleante pela estrada de pedras determinado na sua sede de vingança.

Câmera colocada rente ao chão, em primeiro plano os pés com tripas do morto e em segundo plano, se distanciando, a personagem sem nome cambaleante.

Seq. 02 – estrada seca com pedras (rancho baiestorf)/dia – Nublado intenso.

Música: ZORBA the Gregus

Cena:

Ninguém segue cambaleante (ao ritmo da música) pela estrada, segurando suas tripas e deixando pedaços caídos pela estrada.

Closes em seu rosto suado nojento.

Closes em seu estômago arregaçado com moscas dançarinas ao redor.

Closes em pedaços de tripas que por ventura caírem na estrada.

Respingos de sangue pelo chão.

Ninguém para sua caminhada, câmera caminha em direção ao personagem, enquadra seu rosto na tela.

VOZ em off de NINGUÉM: “Eu sinto um gosto de sangue em minha boca… Somente a vingança saciará minha sede de violência!!!”

Depois de sair cambaleando de novo, corte brusco para câmera caída no chão, por trás de pedras, como uma visão voierística dos espectadores filhos da puta.

Ou algo assim.

Seq. O3 – estrada seca (rancho baiestorf)/dia – chuva controlada pelo pensamento.

Música:

Cenas:

Ninguém cambaleante para novamente, olha fixo para o nada em direção ao céu, se ajoelha (mais caindo pela dor do que por querer se ajoelhar)…

  • aparição da NOSSA SENHORA APARECIDA (aqui chamada de Circe Circense)… (Filmar em separado essa joça).

Ninguém esfrega os olhos, não acredita em sua aparição, era Ateu.

Câmera permanece enquadrando meio Ninguém por um bom tempo

VOZ em off de NINGUÉM: “Puta que o pariu, assim não dá, preciso de um trago!!!… Preciso matar meia dúzia de cristão filho da puta!!!… Preciso sentir meu facão rasgando a carne desses filhos duma égua!!!”

Ninguém se levanta e continua sua caminhada cambaleante.

Câmera do alto de uma colina mostrando Ninguém na estrada caminhando, um corpo de pobre entra na visão da câmera, carregava uma foice, sai em direção à Ninguém com rapidez…

Seq. 04 – Estrada seca – canavial (rancho baiestorf/dia do jeito que estiver

Musica:

Cenas:

Câmera em close no rosto de Ninguém, afasta-se para registrar o Colono da foice chegando por trás e dando o golpe. Ninguém cai ao chão…

Colono com foice parado (filma-lo meio de lado, com tripé).

Close no sangue escorrendo pela foice.

Ninguém coloca sua mão nas costas e olha para seus dedos. CLOSE nos dedos ensangüentados. Ele se levanta apoiando-se em seu facão.

Os dois estão se estudando (ao fundo se vê um canavial).

ENXERTO: da Circe Circense-nossa senhora olhando de longe a briga…

Ninguém parte para cima do colono e acerta o primeiro faconaço (Se eles não conseguirem lutar, filmar de longe alternando planos bem fechados e editar a porqueira do jeito que der e foda-se).

Colono cai ao chão com sua tripas meio que vazando do peito (isso mesmo mane, do peito né!!!), fica ajoelhado de costas pro Ninguém, que se aproxima dele e com o facão corta a jugular do colono fazendo o sangue respingar bonito.

Colono fica com as mãos no pescoço enquanto o sangue verte grosso.

Plano aberto dele se levantando e saindo com as mãos no pescoço em direção ao canavial, entra no canavial e Ninguém entra logo atrás. Arranca e come o olho do Colon0.

Ver qual que é do canavial e bolar uma perseguição meio comprida dentro do canavial.

Câmera na mão o tempo todo, closes nas feridas, expressões de medo, pavor, etc…

ENXERTOS ALEATÓRIOS da Circe Circense

Terminar essa desgraça de cena com Ninguém Dando várias faconaços no Colono dentro do canavial. Colono não morre. Ninguém sai do canavial em direção a old house.

Seq. 05 – Casa Velha do Blerghhh/ dia

Música:

Cenas:

Câmera filma de longe Ninguém vindo em direção a casa onde filmamos o Blerghhh (desta vez filmada do lado da árvore grande).

Câmera na mão caminhando junto do Ninguém, ele para…

ENXERTO de Circe Circense sentada ao lado da casa…

Close do rosto de Ninguém.

Casa sem Circe – Nossa Senhora…

Ninguém caminha até a casa, encontra cachaça e bebe generosos goles.

Ninguém senta-se na sujeira, limpa seu rosto suado/ensangüentado…

Câmera sai caminhando de Ninguém, mostrando o chão, depois erguendo à altura de um metro e sessenta até chegar e enquadrar um cabeludo metaleiro futurista decadente mendigo portando uma motosserra já ligada sobre sua cabeça. Imitando um viking o Cabeludo grita e sai correndo em direção a casa velha, câmera tenta acompanha-lo… Tremedeira do caralho, barulho da motosserra, copada das árvores, correria, gritos, essas porras prá editar depois…

Corta para Ninguém se levantando rápido, se desviando do ataque.

Close na parte da serra da motosserra entrando com fúria dentro de uma madeira.

Ninguém ergue o facão e acerta nas costas do cabeludo (agora tipo facada, tem de arrumar uma cabo de facão para prender nas costas do cabeludos).

Close no rosto do cabeludo que grita de dor largando a motosserra ligada para tentar inutilmente tentar tirar o facão de suas costas.

Cabeludo se afasta um pouco.

Ninguém fica olhando-o.

Cabeludo tentando tirar o facão.

Ninguém pega a motosserra e parte contra o cabeludo.

Closes de muito sangue, motosserra penetrando o corpo do cabeludo (ver manequim ou algo assim vestido com a roupa do cabeludo), tripas e sangue a rodo, muito.

Closes no cabeludo gritando com muito sangue contra ele.

Closes no Ninguém com baldes e baldes de sangue contra ele.

TRABALHAR ESSA CENA TODA NO TRIPÉ

Terminar com o cabeludo desmembrado caindo no chão entre tripas e seus membros decepados. Mesmo depois de morto Ninguém continua a violência contra o corpo.

Um enxame de moscas pousando no corpo do cabeludo para deliciarem com as imundices.

Ninguém larga a motosserra, pega seu facão retirando-o das costas do cabeludo morto e caminha entre as árvores…

XXXXXXXXXXXX (fim do primeiro final de semana de filmagens)

Seq. 06 – rancho baiestorf/qualquer lugar

Música:

Cenas:

Ninguém para ao lado de uma árvore, senta-se contra ela, olha fixo para sua visão santa

Plano médio da Circe-Nossa Senhora olhando para Ninguém, ela começa a caminhar em direção ao moribundo. Ao lado de Ninguém um batedor de terra de construção.

Plano aberto de longe mostrando a Circe/Nossa Senhora chegando próximo à Ninguém, parando em frente dele.

Fechado em Ninguém se abraçando à Nossa Senhora, abraçando-a toda nas pernas, ele olha para cima.

Close no rosto dela olhando-o.

Plano aberto com os dois, a mão de Ninguém larga o facão e desliza para baixo do vestido/pano extravagante da Nossa Senhora esfregando e apalpando as coxas dela.

Ninguém agarra a Nossa senhora e a puxa para si, fazendo-a sentar em seu colo.

Close em Ninguém babando sua taradice.

Esfrega sua mão (por baixo do vestido) no ventre de Nossa Senhora, fazendo-a ofegar meio assustada.

Mão esquerda aperta os seios de Nossa Senhora, abrindo o pano ele aperta os bicos do seio da Nossa Senhora…

Ninguém se levanta e abre seu zíper.

Close na Nossa Senhora olhando-o séria.

Ninguém puxa o rosto da Nossa Senhora contra seu ventre.

Close em Nossa Senhora abrindo a boca.

Close no rosto de Ninguém sentindo prazer.

Plano médio com a Nossa Senhora ajoelhada na frente de Ninguém simulando um boquete.

Close no rosto de Ninguém que goza de prazer.

Durante o Gozo suas mãos apertam com força a cabeça de Nossa Senhora contra seu ventre.

Plano médio com Nossa Senhora se afastando do ventre de Ninguém.

Close no rosto de Nossa Senhora, de sua boca escorre esperma (Souza, arranjar alguma coisa com cor e consistência de porra) pelo canto da boca…

NOSSA SENHORA: Você não devia ter feito isso!!!

NINGUÉM: Porque não vagabunda???

NOSSA SENHORA: Porque eu vim à Terra para anunciar que você é o novo profeta e será sacrificado pelos homens…

Ninguém Gruda um tapão no rosto dela derrubando-a no chão.

Plano aberto dos dois, ele ergue o vestido dela, arranca as calcinhas e enraba a Nossa Senhora.

Nossa senhora grita de dor.

Sangue escorre pelas pernas de Nossa Senhora.

Plano fechado no rosto de Nossa Senhora e Ninguém por trás estuprando-a…

NINGUÉM: Sempre quis comer uma santinha!!!

NOSSA SENHORA: Isso não irá mudar em nada a profecia… (neste momento ela solta um suspiro de prazer)… Aí desgraçado… Faz Dois mil anos que ninguém me come direito… hãããããããããã…

Ninguém Goza pela segunda vez, deita-se ao lado dela…

NINGUÉM: Na verdade eu odeio Santas…

NOSSA SENHORA: Eu não sou santa, eu sou a Nossa Senhora, mãe, irmã, amante do escolhido… (diz isso com um sorriso de satisfação nos olhos)

NINGUÉM: Sério vadia ??? … Me chupa de novo então… (e puxa com sua mãos ela em direção ao ventre)…

Nossa Senhora lambe sua barriga, passa a língua pela pele, chupa seus pelos em close (de maneira erótica, com pouco de cuspe), até chegar ao ventre…

Ninguém segura-as pela cabeça, apertando-a contra seu ventre, delirava de prazer…

Close em Ninguém, que de repente grita de dor.

Sangue espirra de seu ventre.

Nossa Senhora ergue a cabeça com o pênis amputado dentro da boca, sangue escorre pelos lábios.

Ninguém segura seu ventre decepado/inutilzado…

Gritando de dor se levanta e pega o batedor de chão de construções e ataca a Nossa Senhora batendo com vontade nela.

Muito sangue contra ele, exagerar o máximo possível que pudermos.

Closes de Nossa Senhora gritando de dor diante das porradas que levava com o batedor de terra.

Sangue, muito sangue espirrando para todos os lados, tripas e amontoados de melecas, violência até sobrar apenas as vestimentas dela completamente ensangüentadas com carne esmigalhada e merda para todos os lados.

Ninguém tinha muito sangue em suas calças saídas de seu ventre agora sem pênis…

Pega seu facão e sai dali…

Seq. 07 – créditos:

Música:

‘NINGUÉM DEVE MORRER’

Seq. 08 – qualquer lugar.

MúSica:

Cenas:

Um ferro em brasa contra uma ferida em carne viva.

Plano aberto para ninguém largando o ferro quente ao chão, de seu ventre saia uma fumaça com cheiro de queijo mofado com cobertura de morangos silvestres batidos com açúcar caramelizado.

Ninguém bebe generosos goles de cachaça.

Ninguém estava ensandecido, sai caminhando com muita raiva.

XXXXXXXXXXXXX

Primeiro dia de filmagens com:

Coffin Souza (Ninguém)

Primeiro Morto (Cláudio Baiestorf)

Colono com Foice (Elio Copini)

Cabeludo da Motoserra (Petter Baiestorf)

Neste ponto eu já havia desistido de escrever essa porcaria de roteiro que, com certeza, não iria prá lugar algum. Quando desisti deste roteiro que aconteceu da Leyla Buk me enviar a música que deu estalo na cabeça, faíscas explodiram os neurônios, tudo pegou fogo e ficou claro na cabeça como eu deveria fazer o filme. Segue o roteiro oficial de “Ninguém Deve Morrer”:

Seq. 01 – Dia/Mato Rancho Baiestorf

Música:

Elenco:

Cenas:  Artista plástico Uzi Uschi apresenta para câmera sua nova intervenção anti-carros na natureza.

UZI USCHI: Meu nome é Uzi Uschi e estou aqui hoje para organizar os carros anti-frutos, um protesto anti-carros, essas caixas de poluição ambulantes que acredito que deveriam ser exterminadas do Planeta Terra enquanto ainda temos planeta.

Usando roldanas, o carro (carcaça batida) é levantado numa árvore e colocado ali como um fruto do progresso em uma árvore da natureza e esse blá blá blá de sempre.  Alguém vestido de modo extravagante é parte da intervenção tendo que segurar a corda do carro.

Câmera perto do rosto de Uzi Uschi (em primeiro plano), com carro pendurado ao fundo.

UZI USCHI: Esta caixa de poluição ambulante agora oprime essa árvore. Esta caixa de poluição ambulante é um peso para esta árvore e para todo o globo terrestre.  Esta caixa de poluição ambulante que você transformou em um altar do progresso precisa ser modificada… (Câmera começa a se afastar)… Ei, prá onde você está indo… Volte aqui, volte aqui que ainda não terminei minha explanação contra o uso dos carros, tenho mais coisas para falar… Volte aqui!!!!… Porra, sempre assim, quando se fala do problema das caixas de poluição ambulante ninguém quer ouvir, ninguém se importa…

E a câmera chega até o lugar onde Olga está sentada com Ninguém numa mesa. Olga chorando.

Seq. 02 – Noite/Pátio da casa do Blerghhh/Rancho Baiestorf

Música: BARROS DE ALENCAR – “Prometemos não Chorar”.

Elenco:

Cenas: Elaborar a cena como um vídeo clip prá música “Prometemos não chorar” de Barros de Alencar. Decupar todos os ângulos desta cena em separado. Usando NINGUÉM, Olga (mulher de Ninguém), 3 caras travestidos para fazer o backing vocal da música + um Garçon. Este cenário é composto de duas cadeiras e uma mesa de bar somente. Minimalismo total. Cenário sem cenário.

Terminar a cena com Ninguém saindo do Bar. Olga fica na mesa chorando com as mãos no rosto, desesperado porque perdeu seu grande e único amor.

Seq. 03 – Dia/ Mangueira

Música:

Elenco:

Cenas: Ninguém chega até na mangueira onde a equipe-técnica de filmagens do Coronel Bajon o aguardava (coronel, operador de câmera S-8, iluminador com rebatedor, boizinho).

Travelling até rosto do Coronel Bajon.

CORONEL BAJON: Porra Ninguém, onde tu tava? Estamos aqui te esperando prá filmar!!!

NINGUÉM: “Eu estou cansado (pausa), vamos falar sobre isso amanhã!”*

CORONEL BAJON: Tudo bem, preparem o boi e vamos filmar.

Equipe começa a filmar. Ninguém começa a passar a mão no boi. Mão dando a impressão que vai descer até no pau do boi.

Alternar closes do Coronel dirigindo e da equipe filmando.

Ninguém para a ação no meio e se levanta olhando para o Coronel.

CORONEL BAJON: Porra, quem mandou parar seu viado!!!

NINGUÉM: “Vá pro inferno!”*

CORONEL BAJON: O que? Perdeu a cabeça, tá me desrespeitando??? Faz o que eu mandei!!!

NINGUÉM: “Seu Canalha!”*

E começa a chutar e a bater no Coronel que caí no Chão. Derruba os técnicos também e saí correndo d’onde estava.

Coronel se levanta limpando o sangue que saia de sua boca.

CORONEL BAJON: Sinto um gosto de sangue em minha boca!!!… (pega no ombro do iluminador)… Chame o Vieira… Esse puto vai levar chumbo quente no rabo!!!

Câmera permanece tempinho no rosto em close do Coronel Bajon.

Seq. 04- Créditos Iniciais/pintados.

Música:

Cenas:  Pinturas da Leyla com desenhos de pistoleiros atirando e morrendo (enviar antes, prá ela, personagens caracterizados prá ela se basear) com os nomes:

PINTURA UM:  Canibal Filmes e Bulhorgia Produções apresentam:  (FUNDO VERMELHO COM DOIS  PISTOLEIRO PRONTOS PRÁ SACAR AS ARMAS, UM OLHANDO PRO OUTRO, CENA CLÁSSICA DE DUELO, COLOCAR SOM DO TIRO QUANDO SACAR A ARMA DE UMA SEQUENCIA PRÁ OUTRA, NO CORTE DAS IMAGENS).

PINTURA DOIS: NINGUÉM DEVE MORRER (FUNDO VERMELHO COM UM DOS PISTOLEIROS COM MÃO SOBRE ESTOMÂGO, FERIDO, CAMBALEANDO PRÁ CAIR, COM SOM DE ALGUÉM FERIDO JUNTO DA MÚSICA).

PINTURA TRÊS: roteiro, produção e direção: Petter Baiestorf (FUNDO VERMELHO COM O PISTOLEIRO MORTO DEITADO ESTILO MORTO COM MÃOS CRUZADAS SOBRE PEITO COM UMA FLOR BRANCA SAINDO DE SUAS MÃOS).

Seq. 05 – Noite/casebre beira de rio/puteiro.

Músicas: DIANA – “Porque Brigamos?”

Elenco:

Cenas: Ajeitar aquele casebre como se parecesse uma casa pobre de ninguém e Olga. Uma rede de dormir à vista, fogo no fogão com fumaça, etc…

Olga sozinha, pós briga no bar, canta de maneira bem brega a música “Por Que Brigamos?” de Diana.

Alternar com Ninguém correndo pelo campo, Coronel Bajon mandando o iluminador ir buscar os capatazes (decidir se no puteiro).

Terminar a cantoria com Olga ainda em casa, Ninguém correndo pelo potreiro que dá prá casa de Olga e os Capatazes chegando na mangueira set de filmagem do Coronel Bajon.

O GRUPO DE CAPATAZES ENCONTRA FRAGA APÓS A MÚSICA TER TERMINADO, METROS ANTES DA MANGUEIRA, SEGUE ESTE DIÁLOGO E PÓS O DIÁLOGO ELES VÃO ATÉ O CORONEL BAJON COMO DESCRITO NA PRÓXIMA SEQÜÊNCIA:

VIEIRA: “Esporro-me todo ao vê-lo!”*

FRAGA: “Satisfação prá caralho!”*

Seq. 06 – Dia/mangueira.

Música:

Elenco:

Cenas: Capatazes chegando junto do Coronel Bajon e do operador de câmera. (Tony) Vieira (magrela afeminado com visual pós-punk feito por garota), (ody) Fraga (cara grande estilo gigôlo anos 70), (ozualdo) Candeias (colonão com capim na boca) e (Francisco) Cavalcanti (pistoleiro estilo gaúcho) + o iluminador.

CORONEL BAJON: Mil reais pela cabeça de Ninguém!!!

VIEIRA: “O Negócio é provocar uma confusão e pegar ele de calça curta!”*

FRAGA: “Deixa com a gente que não tem Xabu!”*

ILUMINADOR: “Vamos embora… Mas não me comprometa, meu negócio é outro!!!”*

CORONEL BAJON: Vivo ou morto!!!

CANDEIAS: “Cortar a garganta de uma garotinha é como cortar manteiga quente!”*

VIEIRA: “Ele Vai queimar no fogo do inferno quando eu acabar!”*

CAVALCANTI: “E você acredita que ele nos vá criar qualquer problema!”*

CORONEL BAJON: Vai criar problema nenhum… Matem o desgraçado!!!

Todos os capatazes (incluindo o Iluminador) montam em seus cavalos imaginários (DUBLAR AQUI CAVALOS) e saem dali em cavalgada.

Seq. 07 – dia/casebre beira do rio

Música:

Elenco:

Cenas: Ninguém abraçado de modo clássico em filme de westerns com Olga.

NINGUÉM: “Tenho que cumprir meu destino!”*

OLGA: “Não vá, pode ser perigoso!”*

Ninguém pega sua espingarda e seu facão. Sobre em seu cavalo.

NINGUÉM: “Tchau querida!… Tchau amor!”*

E sai galopando com seu cavalo imaginário também.

Câmera se volta prá Olga.

OLGA: “Ai eu to tão nervosa, eu quero um sorvete!”*

E fica abanando em despedida ao seu grande amor.

Seq. 08 – dia/mangueira

Música:

Elenco:

Cenas: Coronel Bajon e o operador de câmera abrem um isopor de cerveja e começam a beber algumas.

CORONEL BAJON: O negócio agora é esperar pela vingança bebendo uma cervejinha!!!”

OPERADOR DE CÂMERA: “É Vivendo que se aprende!”*

E mete o gargalo da cerveja goela abaixo.

Seq. 09 – Noite/casebre beira do rio.

Música: ADILSON RAMOS – “Olga”.

Elenco:

Cenas:

Os capatazes chegam até a casa de Olga que estava parada olhando-os chegar.

Todos param de frente prá ela, descem dos cavalos imaginários. Empunham seus facões.

Vieira chega próximo de Olga.

VIEIRA: “Eu tenho uma coisa prá dar prá você que vai gostar!”*

OLGA: “Sai da minha casa!”

VIEIRA: “Onde está seu amigo?… Eu perguntei prá onde ele foi!”* (e já dá uns tapas fazendo Olga cair).

Olga em primeiro plano. Vieira caminha até ela e a pega pelos cabelos. Filete de sangue escorre da boca dela.

VIEIRA: “Vamos, seja boazinha!!!”*

OLGA: “E daí?… Sou mulher até debaixo d’água, rola prá mim tem que ser por metro!!!”*

FRAGA: “Caralho!”*

VIEIRA: “Vou te mandar prá puta que te pariu!” (risadas e todos os capatazes sacam seus facões) e começam a chutar e a bater nela com eles.

CORTA PRÁ NINGUÉM SOBRE SEU CAVALO IMAGINÁRIO QUE COMEÇA A CANTAR “Olga” de Adilson Ramos.

NÃO ESQUECER DO TRIO DE DRAG QUEENS AQUI PRÁ FAZER BAKING VOCAL DA MÚSICA, ESTARÃO NO CENÁRIO QUE NINGUÉM ESTÁ E TAMBÉM NO CENÁRIO EM QUE OCORRE O ESPANCAMENTO.

Alternar Ninguém cantando “Olga” com Olga apanhando dos capatazes, elaborar chutes, faconaços, etc… tudo com cortes bem rápidos.

Ao encerrar a música os capatazes deixam Olga caída no chão cheia de cortes e sangrando. Montam em seus cavalos imaginários e saem cavalgando em linha reta, e logo alguns metros mais a frente começam a se separar em direções contrárias.

A Música “Olga” servirá de trilha pro espancamento e para mostrar o quanto Ninguém ainda amava sua mulher.

Seq. 10 – dia/potreiro estilo pampas.

Música:

Elenco:

Cenas: Ninguém tomando seu chimarrão. Estava sentado sobre pedras. Quando o chimarrão roca anunciando seu final, ele o coloca de lado. Pega sua espingarda e começa a acaricia-la. Coloca-a entre suas pernas e começa a masturbar o canos da espingarda até o jorro de um líquido branco acontecer de maneira inesperada.

Era ninguém mostrando ao público sua intimidade com suas armas.

Seq. 11 – dia/casebre de beira do rio

Música:

Elenco:

Cenas: Puta encontra Olga no casebre toda ensaguentada, coloca-a de pé e deixando que ela se apóie em seu ombro, leva-a consigo.

(TALVEZ EDITAR ESSA CENA COM MENOS QUADROS POR SEGUNDO PRÁ DIALOGAR COM CINEMA MUDO).

Seq. 12 – dia/potreiro estilo pampas.

Música:

Elenco:

Cenas:  Ninguém escuta o relinchar e cavalo e pega sua espingarda. Caminha até atrás de uma grande pedra.

Vê o iluminador bebendo água agachado num riozinho. Ninguém faz mira (câmera subjetiva mostrando o tiro) e mata o iluminador com um tiro certeiro pelas costas. O Iluminador cai ensangüentado e já morto dentro do rio. Fica boiando.

Close no iluminador morto dentro do rio. Ninguém se levanta de trás das pedras e volta para se acampamento e sobe sobre seu cavalo imaginário e se manda dali.

(TALVEZ EDITAR ESSA CENA COM MENOS QUADROS POR SEGUNDO PRÁ DIALOGAR COM CINEMA).

Seq. 13 – dia/potreiro estilo pampas.

Música:

Elenco:

Cenas: Vieira encontra o iluminador morto na água, puxa-o para fora da água e revista os bolsos do iluminador tirando as moedas que ele trazia no bolso.

Termina de roubar os pertences do iluminador e acende um cigarro quando os outros capatazes (Fraga, Candeias, Cavalcanti) chegam ali também fazendo barulho com seu cavalos imaginários.

Close no rosto do iluminador, que abre os olhos e diz:

ILUMINADOR: “Me enterre, não me deixe pros animais!”*

VIEIRA: “Queres tomar no cú outra vez?”*

E Vieira mete o dedo dentro do ferimento do tiro na garganta do iluminador…

ILUMINADOR: “HAAAAAAAAAAA!!!”* (morrendo devagar).

CAVALCANTI: “Lá se foi meu cú prá merda, porra!”*

VIEIRA: “Negócio é o seguinte meu irmão, o dono do pedaço aqui sou eu, falou!”*

FRAGA: “Mas é claro, eu sou esperto!”*

VIEIRA: “Vamos!”*

E todos eles saem com seus cavalos. Câmera tendo em primeiro plano o rosto morto do iluminador.

Seq. 14 – dia/puteiro

Música:

Elenco:
Cenas:
Capatazes chegam no puteiro e começam a barbarizar as quatro putas mais Olga enfaixada sobre uma cama. Cada capataz com suas taras que não são sexuais.

Vieira molesta sexualmente com uma banana Olga enfaixada. Pouco antes ele obriga Olga a se ajoelhar e limpar seus sapatos com um lenço onde ele cuspiu.

Fraga derruba outra puta contra uma cama e com um chicote ou pá de madeira espanca na bunda, como um pai que pune a filha.

Caprichar no visual de Olga com suas bandagens. Filmar essas cenas de estupro como se filma naqueles faroestes antigos, meninas vestidas com grande vestidões prendados e etc…

Terminar com os capatazes montando  em seus cavalos e seus cavalos e saindo dali.

Trabalhar essa cena ainda. (TALVEZ EDITAR ESSA CENA COM MENOS QUADROS POR SEGUNDO PRÁ DIALOGAR COM CINEMA MUDO).

Seq. 15 – Noite/pátio da casa do blerghhh!!!

Música:  LOS LOBOS – “Só Vejo Você”

Elenco:

Cenas: Ninguém chega na casa abandonada de alguém. Procura algo prá comer, encontra um velho pão e parte um pedaço com suas próprias mãos e come.

Enquanto está comendo é empurrado por Vieira por um chute nas costas, cai no chão deixando seu pão voar pela terra. Vieira fica chutando-o fazendo rolar pelo chão. Os outros capatazes vão aparecendo aos poucos.

Vieira começa a cantar “Só vejo você” dos Los Lobos. DESTA VEZ OS BACKING VOCALS SERÃO FEITOS PELOS OUTROS CAPATAZES.

Durante a música, Ninguém fica sendo espancado. Na parte do backing vocal (perto do final), Vieira e amarrado ao estilo de filmes de faroeste e os capatazes ficam socando-o e cantando.

Ver storyboards.

Seq. 16 – dia/puteiro

Música:

Elenco:

Cenas: Olga se levanta do chão totalmente enfaixada com suas gazes, Sangrava por alguns pontos. Ajuda outra das putas levantar. Puta limpa sangue que escorria da boca.

Olga pega um pedaço de tábua com pregos . Olha prá suas amigas do puteiro e diz:

OLGA: A gente mesmo precisa acabar com esses filhos da puta!!!

As outras putas concordam com a cabeça. Uma pega um garrafa de cachaça já quebrada (uma garrafa de cachaça de plástico, cortar ela em formato clássico de garrafa quebrada) e outra uma xícara.

As putas saem dali lideradas por Olga enfaixada.

Seq 17 – dia/pátio da casa do Blerghhh!!!

Música:

Elenco:

Cenas: Ninguém estava amarrado com cordas presas no teto. Aquele estilo clássico de westerns.

Só Candeias estava por ali cuidando de Ninguém com uma grande faca. Ninguém consegue imobiliza-lo com os pés e obriga-o a cortar uma das cordas.

NINGUÉM: “Está com medo, valentão!”*

CANDEIAS: “Caralhos que me fodam!!!”*

NINGUÉM: “Não tem cu vai tu mesmo!!!”*.

E Candeias corta a corda. Ninguém dá gravata nele com apenas uma das mãos e corta a outra corda.

Vieira aparece com os outros dois capatazes (Fraga e Cavalcanti).

VIEIRA: “Merdinha!”*

FRAGA: “Pode Matar!”*

Vieira dá tiro que explode algo atrás de Ninguém e ele sai correndo dali.

CAVALCANTI: “É um gigante prá ninguém botar defeito!”*

Vieira e Fraga olham prá ele. Candeias levanta ficando em primeiro plano.

VIEIRA: “Você é um cornô sem-vergonha!”*

Seq. 18 – dia/mato rancho baiestorf

Música:

Elenco:

Cenas:

Mesmo cenário onde Uzi Uschi falava sobre sua intervenção anti-carros.

Ninguém passa correndo por baixo da árvore onde havia o carro de Uzi Uschi e ao passar o carro cai sobre ele.

Fazer essa seqüência com câmera sobre tripé, ao estilo dos cortes bruscos de monty python.

Deixar aparecendo no ângulo o carro pendurado (sem aparecer as cordas), Ninguém correndo por baixo. Corta imagem quando ele está reto embaixo do carro e sem mudar ângulo nenhum já coloca carro despencando sobre a cabeça de ninguém (no mesmo estilo que Monty Python filmava aquele peso de 16 toneladas caindo sobre seus membros).

Corta prá expressões de felicidade no rosto dos capatazes.

Seq. 19 – Noite/mato rancho baiestorf

Música: FÁBIO – “Lindo Sonho Delirante”

Elenco:

Cenas:

Capatazes chegam até no carro que estava sobre Ninguém quase morto. Metade do seu corpo estava esmagado sobre o carro. Tripas e merda por todo o corpo e rosto de Ninguém. Seus braços se debatiam um pouco ainda.

Começa o som de Fábio – “Lindo sonho delirante”. Ninguém mesmo quem canta.

Enquanto ninguém canta, alternar com os capatazes arrancando seus braços aproveitando para puxa-lo pelos braços já que ele estava preso nas ferragens.

Alternar também as putas saindo do puteiro armadas com armas ridículas a definir ainda.

Quando termina a música os capatazes saem cada um prá um lado e Ninguém morre de vez.

Seq. 20 – dia/mangueira

Música:

Elenco:

Cenas:

Coronel Bajon e o operador de câmera estavam filmando outro freak zoofílo comendo o boizinho, engatadão atrás do boi.

Câmera filmava alucinadamente.

Coronel bebia cerveja se babando de prazer.

Vieira chega até ali.

CORONEL BAJON: Corta!!! (se virando pro Vieira completa)… Mataram o filho da puta???

VIEIRA: “Deu merda novamente, mas o problema já foi resolvido!!!”*

OPERADOR DE CÂMERA: “Meu jovem, você é mais perigoso que a bomba atômica!”*

VIEIRA: “Mas é claro, eu sou esperto!”*

Coronel Bajon gargalha. Todos gargalham.

CORONEL BAJON: Ação!!!!!

E recomeça as filmagens.

Seq. 21 – dia/mato rancho baiestorf

Música:

Elenco:

Cenas:

Olga e as putas caminhando devagar. Colocar aqui um som dos El mariachis tocando Queen (ou algo com clima assim).

Elas passam por um cara penitente que chicoteava suas próprias costas já ensaguentadas. Câmera passa pelo penitente devagar, alternando closes do rosto das meninas com as chicoteadas nas costas.

Caminham mais um pouco em encontram um engravatado com seus pés presos em blocos de cimento tentando caminhar mas não conseguindo por causa do peso.

Olga e as putas encontram Ninguém morto, despedaçado, com as tripas saindo debaixo do carro.

Olga se ajoelha perto de Ninguém e coloca a cabeça dele contra seu colo.

OLGA: A gente vai vingar você amor!!!

Outra puta pega do chão os dois braços arrancados de ninguém e fica olhando-os. Começa a levantar os braços…

Seq. 22 – dia/barreira

Música: ENNIO MORRICONE & SERGIO CORBUCCI – “Il Grande Silenzio”.

Elenco:

Cenas:

Contra o céu azul os dois braços de Ninguém são cruzados formando um “X” mórbido.

Câmera abre a revela que as putas estão na barreira, desertinho, com os braços de Ninguém como uma espécia de símbolo de uma novo culto que estaria surgindo naquele axato momento. Um culto enebriante que a igreja católica se empenharia com seu representante máximo a tomar prá si.

Puta segurava os braços ao alto. Outra segurava a bandeira que já usamos em filmes como “A Curtição do Avacalho” e “Arrombada”.

Olga com seu pedaço de tábua com pregos na ponta ergue-o e grita:

OLGA: “vamos a matar companheiros!!!”* (começa a tocar a música exatamente no diálogo de Olga).

As três putas saem cavalgando seus cavalos imaginários, cada uma prá um lado. Enquanto toca a música de Morricone/Corbucci.

Olga encontra Fraga e o mata com pauladas da tábua com prego.

Puta 1 encontra Candeias e o mata com uma xícara na testa.

Puta 2 encontra Cavalcanti e o mata com um balde escrito “lixo nuclear”.

Queima completamente o Cavalcanti que vira uma massa de pus e sangue e foge para avisar seus amigos que as putas estão rebeladas. Fazer referências aqui ao Toxic Avenger pós ter caído dentro do tonel de lixo tóxico.

Seq. 23 – dia/potreiro estilo pampas.

Música:

Elenco:

Cenas:

Cavalcanti correndo cheio de pústulas de pus e sangue e gosmas pelo corpo. Filmar que remeta àqueles filmes dos anos 70. Bolar essa coisa toda depois no set de filmagem. O ritmo da cena aparece com a maquiagem gore no infeliz.

Seq. 24 – dia/mangueira

Música: The Bob Crewe Generation Orchestra – “The Black Queen’s Beads”.

Elenco:

Cenas:

Cavalcanti chega capenga até onde estão filmando.

Close em seu rosto que grita:

CAVALCANTI: Corta!!!

Todos param o que estavam fazendo e se viram prá ele.

CORONEL BAJON: Porra Cavalcanti, não atrapalha a filmagem caralho!!!

CAVALCANTI: Coronel, as putas se uniram e estão caçando todos nós!!!

VIEIRA: “Lá se foi meu cu prá merda, porra!!!”*

CORONEL BAJON: Calma lá… Eu sei o que fazer!!!

Coronel Bajon se ajoelha e dá as mãos prá Vieira, Cavalcanti derretido, operador de câmera, freak zoófilo e começam a rezar o Pai Nosso.

Todos ajoelhados de mãos dadas rezando o pai nosso:

VOZES DELES EM CORO: Pai Nosso que estais no céu, santificado seja o nosso nome e blá blá blá…

As vozes deles ficam sobre a imagem do sol quase se pondo. Câmera no tripé. Fazer aqueles cortes sem mudar a imagem e aparece a silhueta de dois caras. O Papa Católico e o Padre Marricone contra o sol. Padre Marricone de quatro e o papa de pé segurando o padre por uma coleira de cachorro, hehehehehehehehehehehehehe

Volta pros caras rezando ajoelhados.

Papa e Padre Marricone (padre Marricone usa uma máscara de Zorro na cara) na frente deles. Papa coloca a mão sobre seus protegidos e eles param de rezar.

CORONEL BAJON: Meu santo pai, precisamos de sua ajuda!!!

Padre Marricone ergue um espelho onde tem uma carreira de cocaína que o Papa cheira com um canudinho feito de uma cédula de dinheiro.

PAPA: Não se preocupem meus filhos, já sei como resolver este pequeno problema de vocês!!!

Papa cheira nova carreira de cocaína, mete mão dentro de prato de óstias e bebe cálice de vinho. Tudo em edição rápida. Começa a tocar “The Black Queen’s Beads” do The Bob Crewe Generation Orchestra. Tudo bem anos 70 e dançante.

PAPA (limpando nariz com mão): Venham meus filhos!!!

E todos saem caminhando atrás dele, numa divertida procissão de malditos.

Seq. 25 – dia/potreiro estilo pampas

Música: MENINOS DE DEUS – “Que é que fez Jesus”

Elenco:

Cenas:

Putas estão caminhando com a bandeira e os braços de ninguém pelo campo. De direção oposta estão vindo o grande Papa e seus amigos, com cruzes cristãs.

Grupo de pessoas com o Papa aparece de frente. Os dois grupos se encontram. Filmar isso de longe, de perto, câmera subjetiva e muitos outros planos, prá ter um bom material prá editar usando o som dançante da seqüência anterior que ainda estará tocando sobre essas imagens.

Os dois grupos para um na frente do outro. Realizar diversos closes em todos os rostos, editar isso de maneira rápida. Vários rosto de alternando cada vez em ritmo mais veloz.

Close no rosto do Papa. Ele aponta pro céu e diz:

PAPA: Olhem!!!… um disco-voador!!!

Assim que todos olham pro céu, Padre Marricone ergue o espelho com uma carreira de pó e o Papa cheira gostosamente. Os presentes olham de volta prá ele.

PAPA: Minhas filhas, meus filhos, estou aqui para trazer a paz do menino Jesus Cristo, nosso senhôzinho todo poderoso. A vingança é um instrumento do diabo, todos deverão viver em harmonia, o pobre na pobreza e o rico fazendo proveito disso!!!

Corta prá Padre Marricone com um violão na mão, ele começa a tocar.

Todos começam a dançar e cantar Meninos de Deus – “Que é que Fez Jesus?”.

Alternar closes de todos felizes cantando, braços de Ninguém, cruzes, e tudo mais.

Ao terminar a música todos estão felizes e se sentindo bem. As putas já esqueceram da vingança.

VIEIRA: “Bem, agora que todos se conhecem, vamos tomar um sorvete de Bucereja prá comemorar!”*

Seq. 26 – dia/mangueira

Música:

Elenco:

Cenas:

Corte seco prá o Freak Zoófilo comendo o terneiro, as putas fazendo que estão chupando Vieira e o Padre Marricone ao fundo da cena, o operador de câmera filmando tudo com o derretido Cavalcanti segurando o rebatedor de luz.

Papa e o Coronel Bajon seguravam na mão litros de pinga e grandes baseados.

PAPA: Meu filho, pode me pagar com esses teus filmes aí que eles são do balakobako!!!

E os dois ficam gargalhando. Bebendo pinga e fumando seus grande baseados.

Seq. 27 – créditos finais.

Música:

Veja “Ninguém Deve Morrer” aqui e compare com o roteiro: