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Arrepios Sangrentos do Cinema (1960-1980)

Posted in Cinema with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on agosto 8, 2018 by canibuk

O cinema sempre foi terreno fértil para a exploração do corpo. Se nas décadas de 1950 e 1960 o cinema era mais sugestivo do que apelativo (mas com a sci-fi e seus monstros e aliens deformados já apontando os rumos que a nova audiência exigia), foi na ressaca da contracultura, nos anos de 1970, que o cinema foi tratando de ficar mais explícito e cínico, culminando numa explosão de corpos monstruosos/pegajosos nas telas do cinema da década de 1980, onde a crítica social-niilista-pessimista da década anterior cedeu lugar à auto paródia do terrir.

Podemos afirmar que a auto paródia que o cinema dos anos de 1980 viveu, principalmente o americano, tem suas raízes nos filmes da dupla H. G. Lewis e David F. Friedman, principalmente na trinca de goremovies “Banquete de Sangue” (Blood Feast, 1963), “2000 Maníacos” (2000 Maniacs, 1964) e “Color Me Blood Red” (1965), que aproveitaram para extrapolar, para deleite do jovem público de drive-ins, o bom gosto estético, aproveitando até mesmo idéias de mortes exageradas dadas por seus filhos pré-adolescentes. O corpo humano deixava de ser um templo sagrado e, agora, estava disponível para todo o tipo de mutilações que os técnicos de efeitos especiais conseguissem elaborar. E mais, agora o tabu do canibalismo também caia por terra e o corpo humano servia de alimento às sádicas personagens.

No final dos anos de 1950 e início dos anos de 1960, a cinematografia gore ainda foi discreta, com obras como “First Man Into Space (1959), de Robert Day, sobre um astronauta que começa a derreter e que foi a inspiração para a produção do clássico “O Incrível Homem Que Derreteu” (The Incredible Melting Man, 1977, de William Sachs. “Inferno” (Jigoku, 1960), de Nobuo Kakagawa, tomou como inspiração o inferno concebido por Dante e ousou mostrar, em cores, os horrores explícitos de um purgatório onde os pecadores sofriam todo tipo de violência na carne. “Six She’s and A He” (1963), de Richard S. Flink, contava a história de um astronauta feito de prisioneiro por uma tribo de lindas mulheres que costumavam realizar incríveis banquetes com os membros decepados de seus algozes. “Six She’s and A He” é uma espécie de irmão bastardo dos filmes da dupla Lewis-Friedman, já que seu roteirista é o ator William Kerwin, que atuou em “Blood Feast” e “2000 Maniacs” usando o pseudônimo de Thomas Wood. “Está Noite Encarnarei no teu Cadáver” (1967), de José Mojica Marins, à exemplo de “Jigoku”, também mostrava em cores os horrores do inferno com muitos membros decepados, sofrimentos diversos e inventivos demônios feito com parte dos corpos de seus alunos de curso de cinema.

No ano seguinte o horror ficou ainda mais explícito com duas obras seminais: Mojica realizou um banquete canibal em seu longa de episódios “O Estranho Mundo de Zé do Caixão” (1968), no episódio “Ideologia”, e o Cult “A Noite dos Mortos-Vivos” (The Night of the Living Dead, 1968), de George A. Romero, que trazia o canibalismo explícito para as telas com a virulenta modernização dos zumbis, desta vez se deliciando com tripas e toda variedade de carne humana, de crua à carbonizada, dando apontamentos do caminho que o cinema de horror viria a tomar nos anos seguintes.

Jigoku (1960)

Charles Manson e a Família haviam acordado a América de seu “American Way of Life” e os horrores do Vietnã eram televisionados nos jornais do café da manhã, toda uma geração insatisfeita queria voz. Na década de 1970 o cinema de horror ficou mais insano, pessimista e violento para com as instituições oficiais. Jovens cineastas perceberam, ensinados por H.G. Lewis e George A. Romero, que o cinema independente era o caminho natural para adentrar no mundo das produções cinematográficas, e o melhor, o horror niilista tinha público fiel ávido por “quanto pior melhor”.

Tom Savini em Dawn of the Dead (1978)

Inspirados por Charles Manson e “A Noite dos Mortos-Vivos”, no Canadá, a dupla Bob Clark e Alan Ormsby profanaram os defuntos com seu clássico “Children Shouldn’t Play With Dead Things” (1972), podreira sobre um grupo de degenerados comandados por uma espécie de guru fake a la Manson que desenterram alguns corpos num cemitério isolado e realizam um verdadeiro show de barbaridades e imaturidade. Aliás, Ormsby deve ser atraído por personalidades problemáticas, já que na seqüencia realizou o clássico “Confissões de um Necrófilo” (Deranged, 1974), co-dirigido por Jeff Gillen, inspirado na figura do psicopata Ed Gein e que, na minha opinião, é a melhor abordagem cinematográfica já feita sobre Gein, que inspirou, entre outros, também os clássicos “Psicose” (Psycho, 1960), de Alfred Hitchcock, e “O Massacre da Serra-Elétrica” (The Texas Chainsaw Massacre, 1974), a obra-prima de Tobe Hooper, realizado no mesmo ano de “Deranged” e que contava com efeitos do ex-fotografo de guerra Tom Savini, que se inspirava nos horrores reais que presenciou para criar as maquiagens mais podreiras possíveis. Os corpos dos mortos agora não eram mais sagrados, podiam alimentar psicopatas dementes ou, até, se tornarem grotescas obras de arte ou peça de happenings.

O público clamava por histórias mais adultas, além da violência explícita, o sexo também gerava curiosidade. Andy Warhol e Paul Morrissey foram para a Europa filmar, com ajuda do italiano Antonio Margherity, “Carne para Frankenstein” (Flesh for Frankenstein, 1974), uma releitura sexual-splatter de Frankenstein de Mary Shelley, com litros de sangue, referências à necrofília e abordagem erótica da história do cientista que brincava de Deus, dando especial atenção ao detalhes sórdidos e eróticos. No Canadá David Cronenberg previa as epidemias de doenças sexualmente transmissíveis ao realizar “Calafrios” (Shivers, 1975), com roteiro sério que discutia o sexo, sem deixar de incluir taras, fetiches e doenças como a pedofília em roteiro genial (o final do filme continua poderoso).

De volta à América, o cineasta underground Joel M. Reed lançou em 1976 o perturbador e doentio “Bloodsucking Freaks” (The Incredible Torture Show), com a personagem de Sardu, ajudado por um anão tarado, que raptava jovens mulheres que se tornavam deliciosas iguarias para seus banquetes explícitos onde até mesmo sanduíches de pênis era devorados. Ainda em 1976, os exageros do cinema gore se encontraram com a falta de limites do mundo da pornografia e o jovem Michael Hugo cometeu o, ainda hoje, obscuro “Hardgore”, uma carnificina envolvendo sexo explícito com todo o tipo de perversões na história de uma inocente mocinha internada numa instituição mental. “Hardgore” parecia preparar terreno para “Cannibal Holocaust” (1980), do italiano Ruggero Deodato, produção que extrapolou qualquer limite do bom gosto ao assassinar, em frente às câmeras, todo tipo de animais, incluindo a famosa cena da tartaruga, filmada com verdadeiros requintes de crueldade.

Mas um pequeno curta independente, filmado em super 8 por um grupo de amigos, anunciava que o cinema de horror voltaria a ficar mais artístico (sem assassinatos reais ou pornografia): “Within the Woods” (1978), de Sam Raimi, produzido com os amigos Robert Tapert e Bruce Campbell, era um ensaio para a produção do Cult “A Morte do Demônio” (Evil Dead, 1981), que influenciaria meio mundo nos anos de 1980 e 1990 com sua ensandecida história envolvendo jovens possessados por demônios numa cabana isolada. O cinema de horror começava a sair dos cinemas pulgueiros para tomar de assalto toda uma nova geração que descobriria os filmes malditos com o videocassete.

De certo modo “Evil Dead” preparava o público para a exploração do corpo que o cinema da década de 1980 realizou. Nunca na história da indústria cinematográfica tivemos outra época tão rica na exploração de anomalias, doenças, mutações e toda uma rica gama de deformações genéticas. Era a época da disco, da cocaína acessível e barata, do “viva rápido, morra jovem”, então… Pro inferno com a seriedade, o negócio agora era a auto paródia e o cinema de horror, principalmente o americano, soube não se levar em sério e por toda a década de 1980 cineastas como Lloyd Kaufman, Stuart Gordon, Dan O’Bannon, Fred Deker, Roger Corman, Fred Olen Ray, Jim Wynorski, entre outros, conseguiram passar através de seus filmes o clima de curtição que os anos de 1980 possuíam.

por Petter Baiestorf

Veja os trailers aqui:

Outros Posters:

The Incredible Melting Man

Cartazes de Ándale!

Posted in Cinema, Posters, Vídeo Independente with tags , , , , , , , , , , , , on novembro 11, 2017 by canibuk

“Ándale!” (2017, 4 min.) – Escrito e dirigido por Petter Baiestorf. Produção: Petter Baiestorf, Carli Bortolanza, E.B. Toniolli e Elio Copini. Produção Executiva: Carli Bortolanza. Direção de fotografia: Uzi Uschi. Edição: E.B. Toniolli. Com: Elio Copini.

Cartaz oficial:

Ándale_Poster1_Oficial

Cartaz Opcional:

Ándale_Poster2_Oficial

Posters & Capas de VHS da Canibal Filmes

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Infelizmente estou sem tempo algum para atualizar o blog. Mas nessa última semana estava selecionando material que irá fazer parte do livro “Canibal Filmes – Os Bastidores da Gorechanchada” e encontrei um material referente aos nossos lançamentos em VHS (que já estão disponíveis em DVD e que você pode comprar aqui na MONDO CULT):

Posters

1995- O Monstro Legume do Espaço

1996- Blerghhh1

1996- Blerghhh2

1996- Caquinha Superstar a Go-Go1

1996- Caquinha Superstar a Go-Go2

1996- Eles Comem Sua Carne1

1996- Eles Comem Sua Carne2

1996- Eles Comem Sua Carne3

1996- Eles Comem Sua Carne4_Folder

1996- Eles Comem Sua Carne4_Folder2

1997- Bondage 2 Amarre-me Gordo Escroto

1997- Chapado

1998- Sacanagens Bestiais dos Arcanjos Fálicos2

1998-Gore Gore Gays

Lombada das VHS

Lombada VHS- O Monstro Legume do Espaço (1995)

Lombada VHS- Eles Comem Sua Carne (1996)

Lombada VHS- Blerghhh (1996)

Lombada VHS- Bondage 2 Amarre-me Gordo Escroto (1997)

Lombada VHS- Raiva (2001)

Capas de VHS da Canibal Filmes:

VHS- Blerghhh (1996)

VHS- Chapado-Bondage 2 (1997)

VHS- Bondage 2 Capa 2 (1997)

VHS Bondage parte 1 - Capa 2 (1996)

VHS- Bondage parte 1 (1996)

VHS- Caquinha Superstar a Go-Go (1996)

VHS- Eles Comem Sua Carne (1996)

VHS- Festival Psicotrônico Vol 1 (1999)

VHS- Minimalismo Surreal Vol 1 (2002)

VHS- O Monstro Legume do Espaço (1995)

VHS- Raiva (2001)

VHS- Sacanagens Bestiais dos Arcanjos Fálicos

VHS- Zombio (1999)

Petter e poster GGG

Boca do Lixo Style: Download do Sexo Sangrento

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“Vadias do Sexo Sangrento” (2008, 30 min.) escrito, fotografado, produzido e dirigido por Petter Baiestorf. Maquiagens gore de Carli Bortolanza. Edição de Gurcius Gewdner. Com: Ljana Carrion, Lane ABC, Coffin Souza, PC, Jorge Timm e Petter Baiestorf.

lane-abc-chainsaw-em-vadias-do-sexo-sangrentoAo elaborar o “Arrombada – Vou Mijar na Porra do seu Túmulo!!!” (2007), já pensei numa espécie de trilogia da carne, que se seguiu com este “Vadias do Sexo Sangrento” (2008) e “O Doce Avanço da Faca” (2010). Todos com duração de média-metragens para, num futuro próximo, relançá-los como um longa em episódios intitulado “Gorechanchada – A Delícia Sangrenta dos Trópicos”. Inclusive neste ano de 2016 realizei uma exibição deste projeto “Gorechanchada” no Cinebancários de Porto Alegre com grande participação de público, como todos que ali estavam já conheciam os filmes rolou aquele climão de algazarra que tanto faz com que as sessões Canibal Filmes sejam a diversão que são.

ljana-carrion-coffin-souza-em-vadias-do-sexo-sangrento“Vadias” foi filmado no início do inverno de 2008 em 4 dias de filmagens e um orçamento de R$ 5.000,00. Reuni praticamente a mesma equipe de “Arrombada” (que já estava afinada) acrescida de Lane ABC e Jorge Timm (que não estava no elenco do filme anterior por estar em Tocantins). Com um roteiro melhor em mãos, cheio de metalinguagem (tentando avançar nas ideias que estava desenvolvendo na época em produções como “Palhaço Triste” (2005) e “A Curtição do Avacalho” de 2006) e pouca abertura para improvisações, fomos pro Rancho Baiestorf rodar um filme que deveria parecer improvisado do início ao fim (gosto da leveza que o clima de improvisação dá numa produção).

vadias-do-sexo-sangrentoNão lembro de nenhum contra tempo nas filmagens de “Vadias”. Foi um daqueles raros casos em que tudo deu certo e não tivemos problemas. Filmávamos apenas durante o dia (acho que apenas duas ou três seqüências que foram filmadas à noite) e ao anoitecer rolava um jantar regado à muita bebida, o que deixava a equipe e elenco bem descontraídos. O frio ainda não estava castigando, o que foi essencial para manter o bom humor do elenco que passava 90% do tempo pelado pelo set. Amo filmar com equipe reduzida, 12 pessoas no set (incluindo elenco) é o que considero o ideal, bem diferente de “Zombio 2” onde tivemos 72 pessoas trabalhando sem parar durante 23 dias.

ljana-baiestorf-e-coffin-em-vadias-do-sexo-sangrentoO lançamento do filme rolou num esquema muito parecido com o que já havíamos feito com o “Arrombada” e o relançamento de “Zombio” (1999). Desta vez resgatamos e re-editamos o policial gore “Blerghhh!!!” (1996) para relançar e completar o programa das exibições. Logo nos primeiros meses computamos 5 mil espectadores para o filme (em salas alternativas, cineclubes e mostras independentes) e as vendas do DVD duplo do filme foram de quase mil cópias. Possibilitou a produção de “Ninguém Deve Morrer” (2009) e a parte final da trilogia, “O Doce Avanço da Faca” (2010).

Todas as histórias de filmagens de “Vadias” irei contar no livro de bastidores que estou elaborando. Aguardem!!!

Para ler o roteiro de Vadias do Sexo Sangrento.

Para baixar VADIAS DO SEXO SANGRENTO.

Comprar DVD duplo de “Vadias do Sexo Sangrento” com extras e inúmeros curtas da Canibal Filmes de brinde, entre na loja MONDO CULT.

por Petter Baiestorf.

Fotos de bastidores de Vadias:

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Lane ABC e Ljana Carrion.

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Filmagens tão animadas que todos dançavam o tempo inteiro.

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Sangue cor de rosa.

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Bortolanza preparando o elenco.

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Ljana Carrion.

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Lane ABC, Ljana, Bortolanza e Jorge Timm.

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Lane, Ljana e Bortolanza.

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Jorge Timm.

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Lane e Ljana.

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Tapando as vergonhas.

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Souza e Ljana prontos para filmar.

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PC sendo preparado por Bortolanza para a massagem anal.

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PC tento prazeres incontroláveis com a massagem anal.

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Claudio Baiestorf cuidando das motosserras.

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Lane e Souza in Brazilian Chainsaw Massacre.

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Eu olhando pro pinto de Souza.

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Bortolanza, PC e Jorge Timm: Equipe dos sonhos delirantes.

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“Me dê uma expressão de horror!”

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Carli Bortolanza.

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Souza olhando pro pinto de PC.

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Elio Copini, Souza e Timm fiscalizando o orifício pomposo de PC.

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Jorge Timm pronto para receber Lane ABC em seu interior.

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Lane ABC autografando a barriga de Jorge Timm.

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Eu subindo numa árvore para tomadas aéreas.

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Eu tentando descobrir ângulos.

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Por um Punhado de Downloads

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Atenção, muita atenção!

logo-canibal-001Você está penetrando no Mondo Trasho da Canibal Filmes, clicando em qualquer um destes links abaixo disponibilizados você adentrará num universo onde o mal feito é glorificado como o mais valioso dos objetos sagrados, onde a falta de talento é incentivada, onde até mesmo o faxineiro de um grande estúdio conseguiria virar diretor de uma produção. Aqui ninguém é excluído do sonhos de virar uma estrela de cinema. Todas a produções abaixo disponibilizadas foram realizada nos anos de 1990, quando ainda não existiam bons equipamentos de filmagem que fossem baratos e a edição era feita se utilizando de dois vídeo cassetes, o que torna estes filmes ainda mais mongoloides. Estejam avisados, estes links contem o pior do pior, se você acha que possuí bom gosto, clique somente no link da Cadaverous Cloacous Regurgitous. Os links para download estão nos títulos em letras maiúsculas.

Cadaverous Cloacous Regurgitous (1993)

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Demo-Tape

Antes de fazer um filme eu era fanático-radical por noise grind e, junto de meu amigo Toniolli, planejamos montar a banda mais suja do mundo, ou algo assim, afinal éramos apenas uns guris sem nada pra fazer. Eis que nas férias escolares de 1993 fomos para a casa dos pais de Toniolli e gravamos e mixamos a demo-tape “Ópera Indústrial” e intitulamos nossa banda de noise com o belo nome de “CADAVEROUS CLOACOUS REGURGITOUS“. Além de instrumentos tradicionais, também usamos folhas de zinco, motosserras, uma guitarra quebrada com uma corda e, no vocal, uma gravação que Toniolli tinha feito meses antes de porcos sendo castrados. Não satisfeito com essa primeira experiência envolvendo música, em 1999 – desta vez ajudado por meu amigo Carli Bortolanza – gravamos a demo-tape “Anna Falchi”, colocando pra funcionar um projeto de industrial harsh intitulado “Smelling Little Girl’s Pussy” que está junto no zip. “Smelling” não utilizou nenhum instrumento musical, todo o som é produzido com microfonias que criamos com estática de rádio, sujeira sonora e gravamos nos utilizando de uma ilha de edição de vídeo, muitos dos barulhos estranhos captados são oriundos de uma câmera de VHS apontando pra uma tela de TV.

 

Açougueiros (1994)

acougueiros

Petter Baiestorf em 1994

Logo após finalizar e lançar “Criaturas Hediondas” (1993), oficialmente minha primeira tentativa de fazer um filme, reunimos a mesma turma e fomos para uma casa abandonada (que depois foi reutilizada como cenário para as filmagens de “Eles Comem Sua Carne”) passar dois dias, tempo em que filmamos o “AÇOUGUEIROS“, sendo atacados por terríveis aranhas assassinas durante as madrugadas. Já na primeira noite percebemos que as aranhas era inteligentes e estavam a nossa espreita. Deitávamos em nossos colchonetes e, ligando as lanternas contra o chão, víamos as aranhas se aproximando de nossos corpos com suas oito patas famintas por carne humana. Não dormimos. No dia seguinte filmamos quase todas as cenas do “Açougueiros”, já montando o filme na própria câmera. Anoiteceu novamente. Com medo da volta das aranhas assassinas, todos da equipe dormimos em cima de uma mesa de sinuca. Tão logo desligamos as lanternas, já começamos a escutar os cochichos das malditas aranhas. A madrugada foi louca, com a gente correndo das aranhas pela casa e as eliminando sempre que possível. Lá pelas tantas as aranhas se tornaram mutantes com asas e vinham voando famintas contra a gente. O cozinheiro da produção foi o primeiro a tombar morto diante da fúria das aranhas malignas, tendo convulsões até desfalecer completamente sem vida. Sim, as aranhas haviam se organizado e queriam um banquete… E o banquete era nossa equipe!

 

Criaturas Hediondas 2 (1994)

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Crianças Hediondas

Imediatamente após as filmagens de “Açougueiros”, resolvemos fazer uma continuação do primeiro filme e “CRIATURAS HEDIONDAS 2” tomou forma. As filmagens desta produção aconteceram no sítio de Walter Schilke, que entre outros, foi diretor de produção em “A Dama do Lotação” e de vários filmes de Os Trapalhões. Essas filmagens foram completamente sossegadas, com tudo dando certo e novos colaboradores aparecendo para ajudar o grupo. Após cada dia de filmagens todos retornávamos aos trailers da produção, ganhávamos massagens terapêuticas e participávamos de jantares de gala enquanto uma orquestra de querubins tocava sucessos de Beethoven. Depois de pronto foi exibido, no ano seguinte, na I HorrorCon em São Paulo com relativo sucesso. Neste mesmo ano explodiu a moda Trash no Brasil e ficamos bilionários fazendo filmes ruins.

 

2000 Anos Para Isso? (1996)

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Toniolli em banho de sangue

Sabe-se lá porque, até 1995 eu só pensava em fazer longas-metragens (devia ser algum problema de ego). Mas em 1995 fiz uma experiência em curta-metragem e realizei “Detritos” (curta que atualmente está perdido, mas que continuo tentando achar uma cópia para disponibilizar), gostando bastante da simplificação dos problemas que uma filmagem sempre tem. Então, logo no início de 1996 filmamos “Eles Comem Sua Carne” e um festival de curtas gore da Espanha, tendo assistido “O Monstro Legume do Espaço”, me escreveu solicitando um curta para incluir no festival. Como “Detritos” não era gore, resolvi montar algumas cenas do “Eles Comem Sua Carne” no formato de curta e, assim, surgiu este “2000 ANOS PARA ISSO?“, meu primeiro flerte com cinema experimental.

 

Assista “O Monstro Legume do Espaço” aqui:

Bondage 2 – Amarre-me, Gordo Escroto!!! (1997)

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Denise e Souza

Após as filmagens de “Blerghhh!!!” (1996), tive uma ideia fantástica que rendeu um belo punhado de reais: Fazer um filme de putaria assinado por uma diretora, então combinei com a atriz principal de “Blerghhh!!!”, Madame X, que ela iria assinar nosso próximo filme. Com orçamento mínimo escrevi um roteiro fácil de filmar (sob pseudônimo de Lady Fuck e Carla N. Toscan, afinal, melhor que uma mulher tarada, só três, não?). Fomos pra casa do Jorge Timm, nos trancamos lá durante uns quatro dias e cometemos “BONDAGE 2: AMARRE-ME, GORDO ESCROTO!!!“, com climão de filme de Boca do Lixo final dos anos 70. É uma produção extremamente simples, mas na época do lançamento alardeamos tanto que era escrito e dirigido por mulheres que todo mundo quis assistir.

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José Mojica Marins e seu livro preferido.

 

Fase 98 (1997-98)

Ácido (1997) – este curta filmamos durante as gravações de “Blerghhh!!!” e só montamos um ano depois. Os efeitos de cores sobre as imagens captadas foram inseridas via uma ilha de efeitos analógicos. Acredito que foi meu primeiro vídeo arte, a concepção deste vídeo foi desenvolvida em parceria com o Coffin Souza.

Deus – O Matador de Sementinhas (1997) – No ano de 1997 Carli Bortolanza e eu cuidávamos do castelo da Canibal Filmes, local onde todo o equipamento de filmagem, maquiagens, iluminação e figurinos estavam guardados. Como o tempo de tédio era muito enquanto montávamos guarda para que ninguém invadisse nosso estúdio para roubar ideias e bens materiais, começamos a filmar vários curtas experimentais inspirados em Andy Warhol e Paul Morrissey e, assim, surgiram pequenas brincadeiras como “Crise Existencial”, “O Homem Cu Comedor de Bolinhas Coloridas”, “A Despedida de Susana – Olhos e Bocas” (1998), “9.9 (nove.nove)” e este “Deus – O Matador de Sementinhas”.

“Boi Bom” (1998) – Possivelmente meu filme mais polêmico. Antes de me tornar vegetariano realizei este brutal filme sobre a figura do homem se valendo de assassinato para se alimentar em pleno século XX. Em uma bebedeira falei com Jorge Timm e Carli Bortolanza sobre minha intenção de rodar algo extremamente brutal sobre alimentação envolvendo a matança de animais, mas a ideia ficou ali. Alguns meses depois o Jorge Timm apareceu com tudo combinado, ele já tinha encontrado um abatedouro clandestino que iria nos deixar filmar desde que não identificássemos o local. Chamei o Bortolanza e o Claudio Baiestorf e fomos até o abatedouro filmar. Em tempo: a carne deste boi que aparece no filme foi vendida pra um restaurante – pelo abatedouro, não pela gente – após as filmagens, só vindo a reforçar o que acho da alimentação envolvendo assassinatos. Hoje eu não faria outro filme com este teor, mas não renego o curta, está feito, faz parte de uma fase que eu me preocupava mais em chocar. PACK ÁCIDO+DEUS+BOIBOM.

Assista “A Despedida de Susana – Olhos e Bocas” aqui:

Mantenha-se Demente!!! (2000)

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Bortolanza aplicando fx em Loures

Logo após lançar “Zombio” (1999) escrevi o roteiro insano de “Mantenha-se Demente!!!”, um longa gore que misturava a cultura da região oeste de SC com os delírios japoneses envolvendo putaria com tentáculos. Levantei uma parte do dinheiro necessário para as filmagens e chegamos até a rodar algumas cenas do filme. Mas tudo estava tão capenga e caótico que acabei abandonando o projeto para rodar o “Raiva” (2001). O material filmado acabou por se tornar o curta-metragem “FRAGMENTOS DE UMA VIDA“, montado em 2002. Particularmente, gosto bastante do resultado de surrealismo gore alcançado neste cura improvisado, o que sempre me faz pensar que poderia voltar, hora dessas, a realizar experiências nesta linha.

 

Entrevista com Petter Baiestorf no Set de Zombio 2 (2013)

Acabei de encontrar essa ENTREVISTA que o Andye Iore realizou comigo durante as filmagens de “Zombio 2” (2013). Estou visivelmente cansado mas até que bem lúcido falando sobre o caos que foram os primeiros 12 dias de filmagens de “Zombio 2”. Estou compartilhando com vocês essa entrevista de 17 minutos mais como uma curiosidade mesmo, ela deveria estar nos extras de “Zombio 2” mas por um estranho motivo foi esquecida durante a autoração do DVD oficial de “Zombio 2“. Enfim, palhaçadas de uma produtora de cinema completamente atrapalhada.

Memórias em tom de realismo fantástico de Petter Baiestorf.

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Chapado

Posted in Cinema, download, Manifesto Canibal, Vídeo Independente with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on outubro 12, 2016 by canibuk

Chapado (1997, 30 min.) Escrito, Produzido, Estrelado e Dirigido por Petter Baiestorf, Coffin Souza e Marcos Braun. Também estrelando: Jorge Timm no papel de Tor Johnson.

Sinópse: Três michês resolvem se trancar dentro de um filme e ficam se utilizando de todo tipo de drogas em loop toda vez que algum cinéfilo voyeur insiste em ficar tentando entender suas desventuras com as drogas e cinema.

chapado20 anos atrás, em meados de 1996, Coffin Souza e Marcos Braun se reuniram comigo para elaborarmos um roteiro sem começo, meio e fim que simplesmente mostrasse um grupo de amigos se chapando sem qualquer tipo de moralismo ou explicações. Então, ao invés de escrevermos um roteiro, ficamos sentindo as drogas e o álcool durante um mês e registrando sem nos preocuparmos com a narrativa e com o público. A ideia era deixar correr e, depois, ver no que ia dar.

Por motivos mais do que óbvios, não lembro direito das filmagens. Sei que ficamos uns 6 meses nesta experiência lisérgica colhendo material para montar um filme e experimentando sentimentos diversos. Filmamos no Oeste de Santa Catarina, interiorzão do RS e acabamos realizando algumas cenas em Porto Alegre.

digitalizar0027Mas as filmagens tiveram vários momentos divertidos. Antes de começar a experiência fomos até numa festa tradicional da região Oeste e vimos uma iluminação dando sopa num stand de uma concessionária de carros e resolvemos roubar pela curtição de fazer algo errado. E lá fomos Braun e eu completamente grogues de uísque roubar  a luz, só que saímos correndo com ela sem perceber que ainda estava plugada numa tomada, fazendo o maior estardalhaço, com seguranças correndo atrás de nós e o Jorge Timm bêbado com o carro, onde iríamos entrar, em zigue e zague na nossa frente. Depois que iniciamos as filmagens, quase fui atropelado ao filmar sobre a ponte do Rio Uruguai, na divisa entre os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A cena em questão não estava sendo gravada ainda, mas depois simulamos novamente para ter o momento no filme (essa cena simulada está no filme). Neste mesmo dia também me pendurei numa escada enferrujada – e quase soltando – que havia no meio da ponte.

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Como queríamos uma cena de impacto no filme, resolvemos invadir um cemitério e cavar uma tumba por lá (vazia, lógico, não somos tão retardados assim). Só que chegando no cemitério avistamos uma cruz gigante e então acabamos realizando uma performance festiva nesta cruz gigante – cena que está no filme – que diz muito sobre o que achamos que qualquer tipo de religião faz com o povo. Assim que terminamos de filmar essa cena apareceu um cortejo fúnebre no cemitério, foi engraçado a gente saindo de fininho com pás, enxadões e o ator se vestindo. Talvez tenhamos traumatizado aquela família que só queria enterrar um ente querido. Em tempo: Os créditos de “Chapado” foram inseridos na metade do filme, então para ver essa cena da cruz é só continuar assistindo o filme pós os créditos finais.

“Chapado” nunca foi oficialmente exibido em lugar nenhum, sabemos que não é um filme para qualquer audiência. Mas foi feito e adquiriu vida própria, então volta e meia alguém que viu ele nos tempos do VHS (ele era comercializado numa fita junto do “Bondage 2 – Amarre-me, Gordo Escroto!!!“) me comenta que curte ficar sentindo o filme enquanto fuma um. Em DVD ele faz parte do DVD “Festival Psicotrônico Vol. 1”.

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Se você quiser conhecer o filme, pode baixar clicando no nome do filme: CHAPADO. Claro que é bem possível que você venha a odiar essa produção e achar que perdeu meia hora de sua vida (caso seja um destes fãs de cinemão de Hollywood). É só um filme pra ser sentido, como se fosse uma vídeo poesia das mais feias e cretinas – porque poetas, necessariamente, não tem a obrigação de serem bonzinhos e compreensivos.

Falta de lembranças de Petter Baiestorf.

Dei sequencia a essas experiências em 2005 com o filme “Palhaço Triste” que você pode assistir online:

Baixe a Praga Zumbi aqui e Boas Festas na Alegria Gorechanchadesca

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Zombio (1999) é considerado o primeiro filme autenticamente brasileiro de zumbis*, então nada mais natural do que reunir a mesma equipe 14 anos depois, acrescida de novos talentos da gorechanchada celebrada pela Canibal Filmes,e realizar a continuação daquela modesta produção fundo de quintal.

Veja trailer de “Zombio” aqui:

Zombio 2: Chimarrão Zombies” surgiu quase que por acidente. Eu vinha de projetos frustrados nos últimos 2 anos (em 2011 abortei o projeto “Páscoa Sarnenta”, longa episódico, por falta de dinheiro – mas tudo foi registrado pelo cineasta Felipe M. Guerra e pode virar um documentário ainda –  e em 2012 foi extremamente caótico, quando tentei produzir dois médias – “Rabo por Rabo” e “Psicose Tropical” – que nem saíram do papel) e dois fatores me influenciaram a produzir “Zombio 2”:

1- O lançamento em DVD de “Zombio 1” nos USA (que depois foi suspenso porque a distribuidora fechou);

2- Em 2012 fui ator no longa-metragem “Mar Negro”, de Rodrigo Aragão, e numa pausa das filmagens falei zoando que ia voltar pra Santa Catarina e produzir um longa de zumbis pra lançar no mesmo final de semana de “Mar Negro”.

zombio-2_cartazSó que fiquei matutando a ideia na cabeça e percebi que havia a possibilidade de conseguir realizar “Zombio 2” a tempo de lançar junto com “Mar Negro” durante o FantasPoa de 2013, fazendo uma espécie de dobradinha “Tropical Zombies” made in Brazil pra gringo ver. Só com a ideia na cabeça falei com os Fantaspoas (Nicolas e JP) e eles guardaram uma data pro lançamento. Então fiz um poster bagaceiro pra registrar a ideia e Leyla Buk desenhou o Storyboard de uma cena que eu iria incluir no roteiro – ainda não escrito – e comecei a reunir investidores e a equipe-técnica para 2 blocos de filmagens (que juntos representaram 23 dias de trabalhos duros). É uma tensão muito grande você ter até data de lançamento de um filme já confirmada e ainda não ter roteiro, nem dinheiro, nem equipe, nem data para iniciar as filmagens, mas foi um exercício de produção interessante.

zombio-2-pEntre dezembro de 2012 e janeiro de 2013, escrevi o roteiro, consegui 9 produtoras para me apoiarem financeiramente e com equipamentos – El Reno Fitas, Camarão Filmes e Ideias Caóticas, SuiGeneris Filmes, Bulhorgia Produções, Shunna, Fábulas Negras Produções, Necrófilos Filmes, Zumbilly e Gosma – e levantei uns 40 mil reais. Em fevereiro já estávamos filmando nossos zumbis tropicais com todas as alegres cores da morte. Entre o primeiro e o segundo bloco achei que não seria possível conseguir finalizar o longa até a data do Fantaspoa (em maio de 2013), porque tivemos que marcar o segundo bloco de filmagens pra abril de 2013. Mas os FantasPoas pediram pra manter a data. Bem, voltamos pro set e terminamos as filmagens, imediatamente após o término voei pro Rio de Janeiro e fiquei trancado com Gurcius Gewdner durante 18 dias montando o filme (ele foi todo filmado com duas câmeras, quase 1 terra de material bruto) e, faltando 3 dias pro lançamento no FantasPoa 2013, conseguimos finalizar o primeiro corte do longa. Foi uma aventura muito divertida.

Veja o trailer de “Zombio 2” aqui:

E agora estou disponibilizando para download uma cópia de “Zombio 2: Chimarrão Zombies”, em baixa qualidade, para que você possa conhecer essa produção que nasceu quase por acaso. Se você quiser o filme em maior qualidade pode comprar pela loja MONDO CULT.

Para baixar o filme, clique no título: ZOMBIO 2: CHIMARRÃO ZOMBIES. E ajude a espalhar essa praga zumbi para todos os cantos do planeta Terra.

Por Petter Baiestorf.

*tem alguns outros filmes de zumbi filmados antes de Zombio (1999), mas são produções que não saíram de suas cidades. Eu mesmo, em 1993, havia lançado “Criaturas Hediondas” onde um zumbi marciano dá as caras. Em 1996 criei um zumbi sedento por drogas no “Blerghhh!!!” (cujo diário de filmagens você pode ler clicando aqui). Mas Zombio foi o primeiro com hordas de mortos-vivos podres comendo pessoas explícitamente, como num bom filme de Lucio Fulci.