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The Astro-Zombies

Posted in Cinema with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on maio 15, 2012 by canibuk

“The Astro-Zombies” (ou “Space Zombies” ou “The Space Vampires”, 1968, 91 min.) de Ted V. Mikels. Com: Tura Satana, John Carradine, Wendell Corey, Tom Pace, Joan Patrick e mais um bando de desconhecidos.

A trama de “The Astro-Zombies” é quase inexistente: Um cientista, depois que é despedido da agência espacial americana, decide criar monstros com partes dos corpos de vítimas inocentes. Lógico que as criaturas vão fugir e aprontar altas confusões (desculpem, não consegui resistir). Depois dos créditos iniciais que são mostrados sob as imagens de robôs de brinquedo andando de um lado pro outro, não podemos esperar mais nada do que uma trama confusa. Mas como o diretor atende pelo nome de Ted V. Mikels (aqui com uma ajuda na produção e roteiro do ator Wayne Rogers da série de TV “M*A*S*H*”) sabemos que se trata de uma delíciosa bobagem sem orçamento, completamente mongol onde nada funciona, com interpretações pavorosas, edição tosca, trabalho técnico amador (a iluminação do filme é extremamente mal feita), maquiagens horríveis e uma falta de lógica impagável que transforma o filme em objeto de culto por sua ruindade absoluta.

Ted V. Mikels, nascido em 1929 com o nome real de Theodore Mikacevich, é um diretor da categoria de Ed Wood, H.G. Lewis, Doris Wishman e Ray Dennis Steckler, que sempre filmou sem dinheiro algum e teve lucro com seus filmes, o que possibilitou a compra de um castelo em Glendale, California, onde vive até hoje com um harém de mulheres. Começou sua carreira artística trabalhando no teatro e logo depois partiu para a lucrativa produção de filmes vagabundos para o mercado de drive-ins americanos. Também era um esperto produtor que, imitando William Castle, sempre tinha gimmicks promocionais, como ambulâncias e gostosas enfermeiras a disposição do público que poderia passar mal na exibição de seus filmes (só se fosse passar mal de raiva pela adorável chinelagem!).

Seu primeiro longa foi “Strike Me Deadly” (1963) onde um guarda florestal e sua esposa testemunham um assassinato e são mantidos prisioneiros em uma cabana isolada. “The Black Klansman” (1966), uma saga sobre a intolerância racial onde um negro se disfarça de branco e entra para um grupo de caipiras da Ku Klux Klan para se vingar da morte de sua filha num atentado que este grupo realizou na igreja que a menina freqüentava, foi uma tentativa de cinema mais sério de Mikels. Depois de “The Astro-Zombies”, Mikels realizou o clássico “The Corpse Grinders” (1971, que atualmente está em pré-produção a terceira parte da série), uma pequena peça de demência sobre uma fábrica de comida para gatos que, para enfrentar a crise, decide começar a fazer sua ração com cadáveres do cemitério local. Em seguida Ted realizou uma série de filmes onde os títulos prometiam muito mais do que era visto nas telas, como “Blood Orgy of the She-Devils” (1972), sobre o mundo obscuro da feitiçaria; “The Doll Squad” (1973), trasheira de ação mal filmada com um elenco de beldades que incluiam Tura Satana, Francine York e Lisa Todd e “Ten Violent Women” (1982), sua visão sobre o tarado mundo das prisões femininas num W.I.P. ruim/divertido.

Na qualidade de produtor Ted V. Mikels realizou vários bons filmes, com destaque aos geniais “The Worm Eaters” (1977) do hilário maníaco Herb Robins, um lendário clássico do mau-gosto cinematográfico onde várias pessoas comem minhocas em sorvetes, tortas e cachorros quentes com um grandes sorrisos nos seus rostos e o inspirado “Children Shouldn’t Play With Dead Things” (1973) da dupla Alam Ormsby e Bob Clark (que depois ficou rico e famoso com a série adolescente “Porky’s”), onde o orçamento era tão curto que os figurantes que interpretavam os zumbis do filme fizeram uma greve ao descobrirem que a comida que lhes era servida era, na verdade, arranjada na lixeira de um restaurante das redondezas. Em 2002 Mikels filmou a continuação de “The Astro-Zombies” intitulada “Mark of the Astro-Zombies”, estrelada por uma envelhecida (e gordona) Tura Satana, mas ainda dona de um senso de humor ótimo. Existem ainda as continuações “Astro Zombies: M3 – Cloned” (2010) e “Astro Zombies: M4 – Invaders from Cyberspace” que infelizmente ainda não tive a oportunidade de assistir.

Com um elenco de famosos, vemos como Mikels não levava jeito para a direção de atores. John Carradine fez inúmeros filmes de horror para a Universal Studios, como “House of Frankenstein” (1944) e “House of Dracula” (1945), ambos de Erle C. Kenton. Fez 11 filmes com John Ford, entre eles “Stagecoach” (1939), “The Grapes of Wrath” (1940) e “The Man Who Shot Liberty Valance” (1962). Já em fim de carreira contracenou com Vincent Price, Christopher Lee e Peter Cushing no “House of the Long Shadows/A Mansão da Meia-Noite” (1983) de Pete Walker. Seus últimos filmes foram produções de baixo orçamento (mas alta diversão) como “Buried Alive” (1990) do diretor de filmes hardcore Gérard Kikoïne agora investindo em horror e filmes do picareta cara de pau Fred Olen Ray, como “Bikini Drive-In” (1995), montado com stock footage do veterano ator (Carradine havia falecido em 1988). “The Astro-Zombies” foi o último filme do ator Wendell Corey que, entre outros, aparece no clássico “Rear Window/Janela Indiscreta” (1954) de Alfred Hitchcock. E Tura Satana dispensa apresentações aos leitores do Canibuk (mas leia mais sobre ela clicando aqui).

Quem quiser saber mais sobre a vida e carreira de Ted V. Mikels, procure o documentário “The Wild World of Ted V. Mikels” (2009) de Kevin Sean Michaels, com narração do gênio John Waters.

por Petter Baiestorf.

Invasion of the Star Creatures Vs. os Dois Patetas do Exército Americano

Posted in Cinema with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on dezembro 26, 2011 by canibuk

“Invasion of the Star Creatures” (1962, 70 min.) de Bruno VeSota. Roteiro de Jonathan Haze. Com: Robert Ball, Frankie Ray, Gloria Victor e Dolores Reed.

Se você acha que já viu o pior filme já feito é porque ainda não viu este “Invasion of the Star Creatures” que eleva a um novo patamar as ruindades cinematográficas. Aqui dois recrutas do exército americano são enviados numa unidade para missão de reconhecimento de uma caverna recém descoberta. Dentro da caverna os soldados são atacados por estranhas criaturas alienígenas (um dos piores design de monstro que já vi) e os dois recrutas patetas (que dormiam durante o ataque) são levados para uma espaçonave ocupada por uma raça de mulheres gostosas do espaço que estão no planeta Terra com o objetivo, lógico, de dominar o planeta. Acidentalmente os recrutas descobrem que beijos deixam as gostosas cósmicas impotentes e após uma sessão de beijos eles conseguem escapar da espaçonave para se encontrarem com uma hostil tribo de índios que ainda estão revoltados contra o general Custer (este encontro entre os recrutas e os índios tem piadas dignas de uma Zorra Total, juro!).

“Invasion of the Star Creatures” foi realizado por colaboradores habituais de Roger Corman. Foi escrito por Jonathan Haze (protagonista do clássico “The Little Shop of Horrors“, 1960, de Corman), dirigido pelo ator canastrão Bruno VeSota (que nesta época aparecia em tudo que é filme do Corman e, além deste filme, dirigiu mais 2 filmes: “Female Jungle” – 1955 – e “The Brain Eaters” – 1958) e produzido pela dupla Berj Hagopian (que, segundo o IMDB, só produziu ainda outro filme, “Code of Silence” (1960) de Mel Welles) e Samuel Z. Arkoff (da A.I.P. que não está creditado no filme mas foi um dos facilitadores da produção) e é estrelado pelo ator de último escalão Robert Ball (ator no péssimo “The Brain Eaters” (1958) e, à título de curiosidade, Ball também faz parte do elenco do clássico “Easy Rider” (“Sem Destino”, 1969) de Dennis Hopper e participou uma uma infinidade de episódios de séries da TV americana nos anos de 1960).

“Invasion of the Star Creatures” tem um roteiro muito ruim, as piadas não funcionam em momento algum e fica a eterna pergunta se não teria sido um filme melhor se a dupla de recrutas patetas tivesse sido interpretada pela dupla Jonathan Haze e Dick Miller (outro ator que aparecia em tudo que é filme do Roger Corman neste período e que na década de 1980 virou figurinha cult do cinema americano tendo aparecido em vários filmes bacanas como “Piranha” (1978) de Joe Dante, “Rock’n’Roll High School” (1979) de Allan Arkush e estrelado pela banda Ramones, “Gremlins” (1984) também de Joe Dante (aliás, Miller aparece em praticamente todos os filmes do Dante), “The Terminator” (“O Exterminador do Futuro”, 1984) de James Cameron, “Night of the Creeps” (“A Noite dos Arrepios”, 1986) de Fred Dekker, e muitas outras produções prá lá de divertidas da última década “cool” do cinema comercial mundial).

Quando “Invasion of the Star Creatures” estreiou nos cinemas a revista Box Office trazia a frase: “Que monte de bobagens, que desperdício de tempo e energia!!!”, se referindo a comédia de sci-fi de Bruno VeSota. Já o historiador Bill Warren chamou o filme de “surpreendentemente ruim… tão ruim que é quase impossível assistí-lo por inteiro!”. Mas o fato é que, mesmo com as piadas que não funcionam, mesmo com seus atores canastrões, sua falta de direção, seus cenários horríveis e figurinos piores ainda, “Invasion of the Star Creatures” merece uma conferida por ser uma tranqueira trash das mais autênticas e que é sincero em sua falta de talento que fazem dele um dos piores filmes já produzidos na história do cinema. Um grande clássico da ruindade que celebra de maneira grandiosa a falta de talento! No mundo atual, onde que aprendemos que temos que ser um “vencedor” (seja lá o que isso signifique), este filme ganha ares de obra revolucionária, uma bandeira dos “loosers” sem talentos que produzem mais do que os talentosos perfeccionistas reclamões intocáveis.

por Petter Baiestorf.

Santa Claus Conquers the Martians com seu Robô de Latão Envenenado

Posted in Cinema with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on dezembro 24, 2011 by canibuk

“Santa Claus Conquers the Martians” (1964, 80 min.) de Nicholas Webster. Com: Leila Martin, Charles Renn, Pia Zadora e John Call como o Papai Noel.

Crianças marcianas assistem à TV Terra (principalmente o Canal Kid) demais e, após uma entrevista que um repórter faz com Papai Noel em sua oficina de brinquedos, os pequenos marcianinhos começam a invejar o Natal. Após um ótimo corte de um marciano de brinquedo para um marciano verdadeiro (usando a mesma roupa, lógico!), os líderes de Marte resolvem consultar um conselheiro ancião sobre o terrível problema e decidem pegar uma espaçonave (com um visual de espaçonave elaborada sem dinheiro) e vão ao planeta Terra para pegar Papai Noel e leva-lo para Marte. Ao pousar na Terra, em uma absurda seqüência, os marcianos pedem informações à duas crianças e ficam sabendo que o verdadeiro Papai Noel mora no Poló Norte e é prá lá que nossos intrépidos viajantes cósmicos vão. Ao chegarem no Poló Norte (construído em estúdio, como tudo neste filme), enfrentam um Urso Polar (uma fantasia grotesca) e é introduzido na trama o genial robô marciano de design kitsch (porra, quero um robô assim prá mim). E assim os marcianos chegam na oficina de Papai Noel e o seqüestram para fazer o primeiro natal de Marte (e o seqüestro de Papai Noel é manchete de primeira capa em todos os jornais do mundo). Com Papai Noel em seu poder, os marcianos constroem uma oficina para ele criar inúmeros brinquedos para os marcianinhos invejosos, só que os planos do natal marciano podem não dar certo porque Voldar, o vilão marciano que não entra no espírito natalino (Yeaaaahhhhhhh Voldarrrrr!!!), faz altas trapalhadas para estragar a festa do consumismo mundial.

“Santa Claus Conquers the Martians” tem uma clara mensagem anti-comunistas. Os marcianos do planeta vermelho não estão autorizados a ter sua liberdade individual, o pensamento é controlado, não são consumistas nem cristãos, numa clara alusão à U.R.S.S. (hoje Rússia) dos anos de 1960. Este filme, ao seu modo, previu os comunistas consumistas da Rússia e China deste novo milênio onde todos precisam fazer parte do mercado mundial e a palavra de ordem parece ser: Consuma ou morra!!!

Os nomes das personagens principais marcianas são trocadilhos de completa breguice, os pais se chamam “Momar” (mom martian) e “Kimar” (king martian) e seus filhos “Girmar” (girl martian) e “Bomar” (boy martian). Aliás, a menina marciana, “Girmar”, é Pia Zadora (então com 8 anos de idade), atriz e cantora que chamou atenção quando estrelou o bombástico (de bomba mesmo) filme “Butterfly” (1982) de Matt Cimber, produzido pelo multi-milionário israelense (e marido dela) Meshulam Riklis e que trazia no elenco, também, Orson Welles. Por este filme Pia Zadora ganhou o “Golden Raspberry Awards” daquele ano de pior atriz. Seu melhor papel no cinema veio em 1988, quando interpretou uma beatnik no cult “Hairspray” do gênio John Waters.

Constantemente listado como um dos piores filmes já feitos (mas tem piores, como “The Creeping Terror” e “Rat Pfink a Boo Boo“), “Santa Claus Conquers the Martians” inspirou Tim Burton quando produziu a animação em stop motion “The Nightmare Before Christmas” (“O Estranho Mundo de Jack”, 1993, lançado em DVD no Brasil pela Touchstone Home Video) de Henry Selick, que possuí uma história bem parecida, trocando os marcianos por monstros do Halloween americano. No ano de 1991 o filme foi resgatado pelo programa de TV Mystery Science Theater 3000 (foi neste episódio que tomei conhecimento do “Santa Claus Conquers the Martians”, alguém gravou o filme quando exibido no programa e me fez uma cópia), sendo resgatado para uma nova geração de trashmaníacos. E Nicholas Webster (1912 – 2006), o diretor desta pequena pérola, trabalhou bastante nem TV, sendo mais lembrado por seu programa “The Violent World of Sam Huff” (1960), que foi o primeiro programa de TV à utilizar um microfone sem fio.

Uma curiosidade é que, ao final do filme, a música “Hooray for Santa Claus” fica tocando na íntegra com sua letra aparecendo escrita na tela com o espaço sideral pintado ao fundo. Como era lindo o mundo enquanto os humanos não tinham medo de parecer ridículos!

por Petter Baiestorf.

Veja o filme completo aqui:

The Horror of Party Beach e os Monstros Marinhos Zumbis Dançantes

Posted in Cinema with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on dezembro 23, 2011 by canibuk

“The Horror of Party Beach” (1964, 78 min.) de Del Tenney. Com: John Scott, Alice Lyon, Allan Laurel e Eulabelle Moore. Também conhecido como “Invasion of the Zombies”.

Em 1954 foi lançado o clássico “Creature from the Black Lagoon” (“O Monstro da Lagoa Negra”, já lançado em DVD no Brasil pela Universal) de Jack Arnold e logo em seguida várias imitações surgiram, sempre produções de baixo orçamento e muito divertidas, como “The Monster of Piedras Blancas” (1959) de Irvin Berwick, “Creature from the Haunted Sea” (“Criaturas do Fundo do Mar”, 1961, já lançado em DVD no Brasil pela Flashstar) de Roger Corman e este pequeno filme do coração, “The Horror of Party Beach“, que vai um pouco além dos outros filmes de monstros marinhos ao misturar filmes de praia com horror e uma grande vontade de soar musical o tempo todo.

O começo de “The Horror of Party Beach” é eletrizante, com jovens indo a praia e uma garota fogosa provocando uma gang de motoqueiros (interpretada por motoqueiros verdadeiros do The Charter Oaks Motorcycle Club de Riverside, Connecticut). Próximo a praia um navio carregado de lixo tóxico joga vários barris no fundo do mar (que são filmados num aquário com a pior maquete do fundo do mar que já vi) e, claro, o lixo tóxico vaza e reanima vários esqueletos que estão no fundo do mar (a praia em questão deveria ser um cemitério clandestino da máfia para desova de cadáveres, só isso prá explicar os cadáveres ali) que se tornam uma espécie de monstro aquático que fica à espreita dos jovens que escutam e dançam surf music na praia. Não demora muito para, na praia, motoqueiros (que estão sempre com pesadas jaquetas de couro) e playboys sairem no braço por causa da fogosa garota do começo do filme, originando uma divertida luta. O primeiro ataque do monstro é contra a garota fogosa que vai nadar enquanto a banda da praia toca a canção “The Zombie Stomp”.

Depois deste início alucinante, “The Horror of Party Beach” muda de ritmo com a investigação do estranho assassinato que ocorreu na praia, durante o dia, na frente de todos (mas curiosamente sem testemunhas). A noite várias meninas se reúnem para uma festa do pijama numa casa isolada que, rapidamente, é cercada por inúmeros monstros marinhos com cheiro de peixe podre (cenas que lembram os zumbis do clássico “The Night of the Living Dead” de George A. Romero, só que filmadas antes) e num violentíssimo ataque os monstrengos matam todas as meninas (levando inclusive algumas com eles). Mesmo com a cidade em alerta por causa dos ataques, os jovens continuam organizando festinhas porque a diversão não pode parar. Em novo ataque um cientista consegue um pedaço do corpo putrefacto de um dos monstros e após examiná-lo chega a conclusão que os monstros são zumbis que necessitam de sangue humano para continuar zumbizando e acha que sódio pode acabar com esses monstros. Perto do final do filme, o dia vira noite (e vice-versa) de um take prá outro e inúmeros monstros marinhos zumbis se levantam numa espécie de luta contra a humanidade, sendo combatidos com bombas de sódio.

Ao contrário dos filmes de praia da A.I.P. (a maioria dirigidos por William Asher), “The Horror of Party Beach” foi filmado em preto e branco (provavelmente por causa de seu baixo orçamento), o que lhe conferiu um visual mais cru que os demais filmes da época. No seu lançamento Del Tenney recorreu à um gimmick que já havia sido utilizado por William Castle, onde mandou colocar anúncios em alguns jornais onde, no convite para as pessoas irem ver seu filme nos cinemas, afirmava: “Para sua proteção não vamos deixa-lo assistir à este chocante filme, a menos que você concorde em assinar um contrato que libera a responsabilidade deste cinema em caso de morte por medo!”. Assim como Ray Dennis Steckler havia feito alguns meses antes ao lançar seu “The Incredibly Strange Creatures Who Stopped Living and Became Mixed-Up Zombies”, os produtores de “The Horror of Party Beach” também o divulgaram como o primeiro musical de horror já lançado, mas o fato é que nenhum dos dois filmes chega a ser um filme verdadeiramente musical, ambos possuem ótimas trilhas sonoras, apenas isso!

Como curiosidade na produção do filme temos a participação do ator pornô Zebedy Colt (usando seu nome real: Edward Earl) que compôs três músicas da trilha sonora, “Joy Ride”, “The Zombie Stomp” e “You are not a Summer Love”, todas executadas pela banda The Del-Aires (que são a banda que aparece no filme). Zebedy Colt ficou famoso como ator pornô alguns anos depois, estrelou clássicos da pornográfia como “The Story of Joanna” (1975, para o qual também compôs a trilha sonora) de Gerard Damiano, “Sex Wish” (1976) de Victor Milt e “Barbara Broadcast” (1977) de Radley Metzger, além de dirigir outros como “The Farmer’s Daughter” (1973) e “The Devil Inside Her” (1977).

Del Tenney, o produtor e diretor de “The Horror of Party Beach”, realizou outros dois pequenos filmes de horror em 1964: “Zombies” (também conhecido pelo título “I Eat Your Skin”) e “The Curse of the Living Corpse”, que foram mal nas bilheterias. Voltou a dirigir um filme apenas em 2003, quando realizou “Descendant”. Em 2001 Tenney produziu um filme que foi lançado em DVD no Brasil e que fez relativo sucesso de locação nas vídeo-locadoras, “Do You Wanna Know a Secret?” (“Você quer Saber um Segredo?”) de Thomas Bradford.

Se você tem curtido os filmes que estou resenhando nesta semana de Natal, fica aqui a dica de outros títulos interessantes que merecem sua atenção: “House on Bare Mountain” (1962) de Lee Frost, “The Monster of Camp Sunshine or How i Learned to Stop Worrying and Love Nature” (1964) de Ferenc Leroget, “Kiss me Quick!” (1964) de Peter Perry Jr., “The Beast That Killed Woman” (1965) de Barry Mahon e “The Beach Girls and the Monster” (1965) de Jon Hall.

por Petter Baiestorf.

Scream Bloody Murder

Posted in Cinema with tags , , , , , , , on agosto 31, 2011 by canibuk

“Scream Bloody Murder” (1973, 86 min.) de Marc B. Ray. Com: Fred Holbert, Leigh Mitchell e Robert Knox.

Um jovem perturbado perde a mão num trator (que ele usa como arma para assassinar seu pai), enlouquece, é colocado num hospício onde recebe um gancho para substituir sua mão decepada e quando ele é liberado, descobrimos que ele não estava curado. Clichê dos clichês, mas perca um tempinho com essa bagaceirada que foi lançada nos cinemas americanos em 1973 e depois continuou a ser re-lançado em VHS/DVD por inúmeras distribuidoras vagabundas.

O filme está completo no youtube, boa diversão:

Drive-In Massacre

Posted in Cinema with tags , , , , on junho 11, 2011 by canibuk

“Drive-In Massacre” (1976, 74 min.) de Stu Segall. Com elenco imperdível de adoráveis desconhecidos canastrões!

Tenho uma teoria: Qualquer filme que tenha como cenário um Drive-In é um filmaço (como “American Drive-In” ou “Bikini Drive-In”, só prá ilustrar a teoria) e este “Drive-In Massacre”, produção independente de 1976, com sua história besta de um assassino fazendo a festa num Drive-In, não foge a regra!

O roteiro amador deste filme é extremamente ruim, mas vale a pena conhece-lo e se divertir com atuações pavorosas, efeitos especiais vagabundos (“The Duke of Disguise”), fotografia feita com “o que se tinha na mão”, edição amarrada e tudo mais que tanto amamos. Mas fica o aviso aqui, este filme é realmente muito ruim, quando vi ele inteiro no youtube resolvi deixar a dica aqui, boa diversão!!! (indicado somente ao pessoal que não leva o cinema a sério). Clássico da Bagaceirada!!!

Segue link dele inteiro no youtube: