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CineBarca Trash em Xanxerê

Posted in Arte e Cultura, Cinema, Entrevista, Vídeo Independente with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on setembro 4, 2018 by canibuk

Nessa quinta-feira, dia 06 de setembro, estarei na cidade de Xanxerê, no Oeste de Santa Catarina, exibindo alguns de meus filmes no SOS Bar, em sessão organizada pelo fantástico coletivo ABarca.

No mês que a Canibal Filmes completa seus 27 anos de resistência underground no cinema brasileiro, nada melhor do que uma sessão realizada aqui no Oeste, local onde tudo começou em 1991. Na sessão que programamos com ABarca vamos exibir filmes de todas as épocas da Canibal (2000 Anos Para Isso? é de 1996, enquanto Ándale! é de 2017), junto de filmes escritos e dirigidos por outros integrantes de nosso grupo, como O Último Dia no Inferno (2017), de E.B. Toniolli, Até Que… E Deu Merda (2017), de Carli Bortolanza, e, A Noiva do Turvo (2018), de Loures Jahnke. Após a sessão deverá rolar um debate comigo, acompanhado de Loures Jahnke e os atores Elio Copini e PC.

Resolvi fazer uma divulgação diferente deste evento que exibirá meus filmes em Xanxerê, ao invés de ser entrevistado por eles para a divulgação, resolvi entrevistar a Eloisa Almeida, que faz parte do coletivo ABarca, e divulgar este projeto lindo que está rolando na cidade de Xanxerê desde 2016 e que acho que todos deveriam apoiar/prestigiar!

Petter Baiestorf: O que é o coletivo ABarca? Seus objetivos e quem faz parte?

Eloisa Almeida: Fundado em julho de 2016, o Coletivo Cultural Abarca foi instituído com o intuito de desenvolver projetos e atividades culturais na cidade de Xanxerê e região. O coletivo surgiu com o interesse de um grupo de amigos em aprender e produzir arte, com um viés social, e movimentar o cenário cultural na cidade. Tem como principal objetivo fomentar a cultura, e que ela seja acessível. Os eventos, ações, oficinas e atividades promovidas pelo coletivo são realizadas em espaços independentes e também com o intuito torná-los públicos, considerando que todo espaço é cultural. Hoje o coletivo conta com 16 membros e está aberto a quem tiver interesse e disponibilidade para participar das ações culturais, e aberto para novas experiências, participando de intervenções artísticas, desde apresentações de teatro, leitura dramática, cinema, poesia e outras formas de arte que estiverem ao alcance do nosso olhar.

Baiestorf: Conte sobre o projeto CineBarca Trash.

Eloisa: O CineBarca é um projeto do coletivo desde 2017, onde tem o objetivo de apresentar exibições cinematográficas em espaços públicos, procuramos valorizar a cena independente e trabalhos autorais da região para que também possam alcançar um maior público. O primeiro CineBarca teve como tema o Cinema Brasileiro em VHS, o qual foi realizado na Casa da Cultura Maria Rosa, em Xanxerê.

Neste ano, dando continuidade ao projeto com o tema Trash, o coletivo organizou quatro exibições, onde o SOS Bar nos abre as portas para o evento. O bar foi escolhido para o evento, justamente pela identificação do espaço com o tema, sendo considerado um ambiente underground que, além disso, se encaixa com o perfil do coletivo. No mês de agosto foram exibidos os filmes, todas as quintas-feiras a partir do dia 16, com seqüência de “Fome Animal” (Braindead), Evil Dead 1 e 2, e From Beyond. Os filmes foram escolhidos a partir do conhecimento que temos sobre o tema, considerando que se tivéssemos um conhecimento maior sobre esse tipo de trabalho regional, o intuito seria propor essas exibições locais. Para concluir as exibições do tema Trash, acontecerá no dia 06/09 um evento com a participação especial do cineasta Petter Baiestorf, o qual estará exibindo seus trabalhos e dando abertura a uma roda de conversa sobre o tema. O vídeo de abertura do projeto foi produzido pelos amigos do coletivo de forma independente, Murilo Salini e Jéssica Antunes.

Pretendemos dar continuidade ao CineBarca com outros temas seguintes, já estamos nos organizando para o próximo tema de “Futuro Distópico”, seguindo com a ideia de quatro exibições e na última, um evento especial, com a participação do nosso amigo Luis Kohl, apresentando seu trabalho musical autoral Antronic. Logo as datas serão divulgadas.

Em relação ao público, está sendo muito gratificante! Conseguimos atingir um público maior do que o esperado para o evento, e percebe que o nosso intuito em apresentar algo novo e despertar a curiosidade tem sido construtivo. Estamos com grandes expectativas para o dia 06/09, inclusive percebemos a ansiedade do público para este momento também.

Baiestorf: Como é o espaço para a cultura independente em Xanxerê?

Eloisa: Não temos um cenário muito bom para a cultura independente em Xanxerê, quando é pensado em formar um grupo cultural vemos que geralmente é procurado patrocínios ou apoio público. Talvez o interesse na cultura independente tenha relação além disso, com o interesse em não vincular diretamente essas instituições. Vê-se também que o público procura grupos prontos para participar ativamente, ao invés de formar um novo grupo.

Baiestorf: Acho extremamente interessante o intercâmbio cultural entre artista da região Oeste. Vocês tem planos de levar à Xanxerê mais cineastas aqui da região?

Eloisa: Temos um grande interesse em dar continuidade ao projeto, trazendo outros cineastas, porém há dificuldades em entrar em contato com essas pessoas, até pela questão financeira, considerando que somos um coletivo independente, para manter nossos projetos temos um caixa para contribuição dos membros e doações, e nem sempre temos um retorno positivo. Mas acreditamos que possa ser questão de organização e fazer acontecer.

Baiestorf: Num âmbito da cultura oficial/institucionalizada, como é o apoio da sociedade de Xanxerê? Minha pergunta é fazendo distinção entre cultura oficial e independente de modo proposital mesmo, visto o descaso com que a cultura é tratada no Brasil.

Eloisa: Vê-se que não apenas em Xanxerê, mas no Brasil, que a cultura institucionalizada recebe um menor apoio, comparando com a cultura oficial, a qual podemos chamar de popular. Mas acreditamos que a questão de ser uma cultura institucionalizada/independente já carrega esse interesse de não se tornar popular, de atingir as minorias e se manter no espaço underground. No caso do nosso coletivo, levamos em consideração isso também, o fato de não nos vincular à outras instituições as quais teriam interesses capitais através da arte, e o nosso interesse é realmente em propor a arte de uma forma livre e independente. Além disto, a sociedade conhece culturalmente daquilo que se tem acesso, e na maioria das vezes comercializado, pois é dessa forma que essas informações chegam a ela, através da grande massa, do que se é mais popular. Em Xanxerê, apesar disso existe um público considerável que aprecia a arte independente, e acreditamos que isso tem relação à esse público estar aberto para o novo, a formas diferentes de arte, e também o motivo pelo qual a grande parte dos xanxerenses não dar tanto apoio a cena independente, por estar acomodado com o que somente o seu meio social proporciona.

Baiestorf: Este Cinebarca acontece numa semana pesada à cultura/ciência/educação, em que o Museu Nacional foi literalmente reduzido às cinzas. O que você gostaria de falar sobre isso, sobre este descaso secular do brasileiro à cultura, ao saber, à ciência, à educação.

Eloisa: Acreditamos que existem maiores interesses por trás deste descaso, pois a cultura no Brasil sempre foi utilizada como um jogo político, embora existam vários meios de se introduzir a cultura para a sociedade, olhando por esse lado não é espantoso a realidade em que nos encontramos. O caso do Museu Nacional só nos mostra a importância que a cultura tem para o país. Sabemos que a única maneira de preservar a história do país é tendo acesso a ela. Talvez seja necessário para o brasileiro, e principalmente ao poder público, compreender que para se construir um futuro é preciso conhecer e reconhecer o passado, através dele se tem muitas respostas da situação que vivemos hoje, saber que a cultura é algo que vai sendo construído, que para existir o novo é preciso do velho como base para novas concepções.  É lamentável saber que a cultura no Brasil cada vez mais perde o seu valor, mas aí cabe a nós resistirmos e lutarmos por ela, pois a cultura faz parte da essência do homem.

Baiestorf: Pequenas ações, como o projeto A Barca, acabam sendo atos de resistência ao sucateamento da cultura no Brasil?

Eloisa: Quando se pergunta o que é arte, logo vemos que a sociedade vê e aceita aquilo que está dentro dos seus padrões. Conhecer e produzir arte, seja vindo de um sujeito ou coletivo, já por si é um ato de resistência, pois ele está propondo algo novo para o mundo, tudo o que é novo de início traz um certo estranhamento social, para os acomodados é difícil se abrir para o novo. Ser resistência é continuar movimentando a diversidade cultural, é fugir dos padrões sociais, e esse é nosso intuito como coletivo independente.

Baiestorf: O Espaço é seu Eloisa. Convide as pessoas para o Cinebarca dessa quinta-feira:

Eloisa: HEY ESQUISITO! Nesta quinta-feira 06/09 o bar mais underground do velho oeste abre as portas mais uma vez para o CineBarca Trash. Venha fazer parte da resistência da cultura independente, venha dar o seu apoio à cultura que se encontra oculta em nosso país. Teremos a participação especial do cineasta Petter Baiestorf exibindo seu trabalho cinematográfico independente e abrindo uma roda de conversa sobre o tema Trash. Levante do seu caixão e vá até o SOS bar, junte-se com os demais zumbis da sociedade nessa experiência trasheira que tem início às 21h, esperamos por você!

Programação do CineBarca deste dia 06 de setembro (início 21 horas):

A Noiva do Turvo (2018, 5’) de Loures Jahnke.

O Último Dia no Inverno (2017, 4’) de E.B. Toniolli.

Até Que… E Deu Merda (2017, 5’) de Carli Bortolanza.

Ándale! (2017, 4’) de Petter Baiestorf.

2000 Anos Para Isso? (1996, 12’) de Petter Baiestorf.

Primitivismo Kanibaru na Lama da tecnologia Catódica (2003, 12’) de Petter Baiestorf.

Zombio 2: Chimarrão Zombies (2013, 83’) de Petter Baiestorf.

Super Chacrinha e seu amigo Ultra-Shit em crise Vs. Deus e o Diabo na Terra de Glauber Rocha

Posted in Cinema, download, Fan Film, Manifesto Canibal, Vídeo Independente with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on setembro 24, 2016 by canibuk

Dando prosseguimento aos filmes que estou colocando para download, segue hoje a produção “Super Chacrinha e seu Amigo Ultra-Shit em Crise Vs. Deus e o Diabo na Terra de Glauber Rocha” (1997, 118 min.).

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“Super Chacrinha…” foi uma pausa nos filmes extremos que eu vinha fazendo naquela época. Não tem ligação nenhuma com os goremovies anteriores que tinha feito – como “O Monstro Legume do Espaço” (1995), “Eles Comem Sua Carne” (1996) ou “Blerghhh!!!” (1996) – , nem com os posteriores que foram ainda mais radicais ao misturar gore com pornografia – como “Deus – O Matador de Sementinhas” (1997), “Boi Bom” (1998), “Gore Gore Gays” (1998) ou “Sacanagens Bestiais dos Arcanjos Fálicos” (1998).

“Super Chacrinha…” tem forte inspiração do filme “Abismu” (1977) do Rogério Sganzerla, entre outras produções experimentais (a citar algumas: “Matou a Família e Foi ao Cinema” (1970) de Júlio Bressane, “Cabeças Cortadas” (1970) de Glauber Rocha, “Meteorango Kid: O Herói Intergalático” (1969) de André Luiz de Oliveira e “Bang Bang” (1971) de Andrea Tonacci). Não ficou tão bacana quanto estes clássicos que o inspiraram, lógico,mas é um filme que gostei muito de realizar. Acredito que os envolvidos na produção se divertiram muito mais do que o público vá se divertir. Impossível saber quem pode gostar deste filme (já tive espectador me confidenciando que adorou cada momento do filme e espectador versando sobre o quanto é medíocre).

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As filmagens aconteceram em 4 meses durante o ano de 1997, com um roteiro que eu ia elaborando a cada dia durante a produção. Funcionava mais ou menos assim: Eu chegava num cenário com a equipe e bolava as cenas na hora. Inicialmente o filme teria 4 horas, mas quando estava editando, com ajuda de Carli Bortolanza, optamos por deixá-lo com a metade da duração originalmente planejada. O filme é uma espécie de road-movie marginal, foi filmado em uns 12 municípios de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, incluindo a cidade de Gramado onde acontecia o vigésimo quinto Festival de Gramado e, em sistema de guerrilha completo, entramos nas comemorações com nossas câmeras e filmamos algumas pontas de globais pro filme (não lembro de cabeça, mas acho que aparecem no filme, além do Ivan Cardoso, Marcos Palmeiras, Hugo Carvana, José Lewgoy e a mãe de Glauber Rocha). Todo o dinheiro arrecadado com bilheterias dos meus filmes anteriores sumiu realizando o “Super Chacrinha…”. Foi divertido para quem integrou a equipe desta produção (se não me falha a memória, Jorge Timm, Claudio Baiestorf, Carli Bortolanza, E.B. Toniolli e José Salles foram as pessoas que me acompanharam durante toda a produção).

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Para baixar o filme e assisti-lo é só clicar no nome dele: SUPER CHACRINHA E SEU AMIGO ULTRA-SHIT EM CRISE VS. DEUS E O DIABO NA TERRA DE GLAUBER ROCHA.

abaixo vídeo com Ivan Cardoso durante o Festival de Gramado de 1997 (essa entrevista foi realizada enquanto estávamos filmando o “Super Chacrinha…”).

Entrevista com Walter Schilke

Posted in Entrevista with tags , , , , on agosto 19, 2011 by canibuk

Em 1992, quando resolvi filmar meu primeiro longa-metragem, “Lixo Cerebral vindo de outro Espaço”, eu não fazia a mínima idéia de como fazer um filme, era novo demais, só tinha energia de sobra prá tentar fazer. Walter Schilke era um senhor que residia na minha cidade que tinha trabalhado em vários filmes profissionais do cinema brasileiro e fui, com minha pequena equipe de amadores sem noção, perguntar algumas coisinhas. Schilke virou uma espécie de “consultor técnico” prá gente, o que evitou algumas burradas que íamos fazer.

Tempo depois o ator E.B. Toniolli (que trabalhava num jornal) entrevistou o Walter Schilke para o fanzine “Brazilian Trash Cinema” (que Coffin Souza e eu editávamos).

Schilke faleceu em 2009 (mesmo ano que, alguns meses depois, meu pai faleceu, desfalcando a Canibal Filmes de dois ajudantes importantes).

eu com Walter Schilke e nossa amiga Iara em 2008.

Segue a entrevista que o Toniolli realizou com o Schilke lá por 1995:

E.B. Toniolli: Como foi seu ingresso no cinema?

Walter Schilke: Foi por acaso. Passeava por Copacabana (Rio de Janeiro) quando alguém me abordou, perguntando se gostaria de participar de um filme. Recém chegado do interior, jovem, inexperiente, fiquei desconfiado. Depois vi que era em meu tipo físico que estava interessado, pois o filme era alemão. Comecei fazendo uma ponta em “Os Carrascos Estão Entre Nós” (1968) de Adolpho Chadler.

Toniolli: Como era trabalhar, fazer cinema, naquela época?

Schilke: Bom. Muito bom. O cinema resurgindo para uma nova fase. Havia passado o momento da Atlântida com suas chanchadas, que não restou dúvidas, foi uma época romântica e ingênua do cinema nacional. O cinema modernizava-se, acompanhando a revolução social dos anos de 1960, quando valores eram revistos. Depois dos Beatles nada ficaria igual. Época dos cabeludos, dos hippies, do novo. E o cinema acompanhava tudo isto tornando-se mais intelectualizado, nãosendo apenas um veículo de divertimento como também de informação e cultura. Sirgiam os grandes cineastas brasileiros. Era uma verdadeira febre de realizações que parecia não ter fim, isso até o final da década de 1970.

Toniolli: E você, como se sentia participando de um momento tão decisivo dentro da cultura cinematográfica brasileira?

Schilke: Entusiasmado. Tanto quando a força da juventude nos faz sentir quando começamos a descobrir nosso próprio potencial. E o resultado veio em satisfação pessoal e financeira. Eu, praticamente analfabeto, contribuindo de maneira tão efetiva no desenvolvimento de uma arte maior, de um poder de penetração enorme, projetando nossos valores culturais aqui e no exterior.

Toniolli: De quantos filmes participou?

Schilke: Mais de 50. “A Dama da Lotação”, “Bar Esperança”, “Gaijin” e tantos outros.

Toniolli: Qual o filme que lhe deu maior satisfação?

Schilke: Todos me deram retorno e contribuiram prá crescer profissionalmente, mas a filmagem de “Gaijin” foi um marco pela dificuldade. Não havia verba e entrou somente o idealismo de todos, aquilo de fazer pelo prazer de vencer os desafios.

Toniolli: Qual seu melhor desempenho como ator ou diretor de produção?

Schilke: Como diretor de produção foi uma experiência fantástica, dei vazão a minha criatividade e relacionei-me com todas as camadas sociais, adquirindo um incrível conhecimento de tudo. Intelectualizei-me, sem leituras, na prática, levando bordoadas numa luta árdua, pois trabalhavamos até a exaustão, as vezes, muitas vezes, não se tinha tempo nem de dormir, imagine comer!!!

Toniolli: Como de uma pequena participação como ator chegou a diretor de produção?

Schilke: Numa filmagem o diretor executivo descabelava-se porque precisava de certos objetos antigos para uma determinada cena e não conseguiam. Eu que a tudo assistia disse:

“Eu consigo!”

“Você?”

“Sim!”

“Se me trouxer…” e me deu uma lista enorme, “… tudo isto dentro de 3 dias o lugar de assistente de produção é seu. Ganhará o dobro e terá outras vantagens!”

“É prá já!”. Não descansei um minuto. Na manhã seguinte estava tudo no set de filmagem. O diretor ficou perplexo. No final da filmagem já era o titular diretor de produção.

Toniolli: Como explica abandonar o cinema e vir para o campo?

Schilke: É outro tipo de realização. O contato com a natureza nos purifica e liberta nosso ego e assim viver e criar torna-se mais fácil. E nos livramos da poluição, assaltos e tudo mais que os grandes centros nos dão!

Filmografia básica de Schilke como diretor de produção:

1971- Prá quem Fica, Tchau (Reginaldo Farias);

1972- O Judoca (Marcelo Mota);

1973- Banana Mecânica (Braz Chediak);

1974- Ainda Agarro está Vizinha (Pedro Rovai);

1975- Costinha, o Rei da Selva (Alcindo Diniz);

1977- A Dama da Lotação (Neville D’Almeida);

1978- A Batalha dos Guararapes (Paulo Thiago);

1978- Tudo Bem (Arnaldo Jabor);

1980- Os Sete Gatinhos (Neville D’Almeida);

1982- Rio Babilônia (Neville D’Almeida);

1982- Gaijin (Tizuka Yamasaki);

1983- Paraíba Mulher Macho (Tizuka Yamazaki);

1985- Bar Esperança (Hugo Carvana);

2005- Gaijin 2 (Tizuka Yamazaki).

A Paixão dos Mortos

Posted in Vídeo Independente with tags , , , , , , , , , , , , , on abril 2, 2011 by canibuk

Carnaval já está se tornando uma data tradicional onde nós da Canibal Filmes filmamos algum curtinha prá exercício de estilo (leia-se aqui, brincar com a seriedade do tal cinema que cada vez mais é visto como algo sagrado e pomposo demais prá uns retardados como somos). No carnaval de 2008 re-editamos (Gurcius Gewdner e eu) o “Blerghhh!!!” (1996) para relança-lo em DVD, em 2009 filmamos o curta demência (sim, tô citando Reichenbach) “Encarnación del Tinhoso”, no carnaval de 2010 minha memória não me permite saber o que fiz e no carnaval de 2011 filmamos o curta “A Paixão dos Mortos” que já está disponível no youtube.

“A Paixão dos Mortos” (2011, 8 min.) é dirigido por Coffin Souza, roteirizado e produzido por sua musa Gisele Ferran, fotografado por mim e estrelado por Gisele Ferran e os zombis Elio Copini e Cleiton Lunardi, editado pelo Adriano Trindade com preciosa ajuda de E.B. Toniolli (que também selecionou a trilha sonora). É uma visão tropical dos zumbis, onde após uma menina ser atacada pela zumbizada, se torna uma zumboa que usa um generoso decote, uma espécie de porta-bandeira dos mortos-vivos, pronta para sambar gostoso sobre os vivos com sua horda de comandados. Filmamos este curta em uma tarde, bebericando cervejinhas, falando bobagens, sem a pressão de ter que ser perfeccionista e o resultado tá’í prá ser curtido. Dia 19 de abril este curtinha abre a terceira Mostra de Cinema de Bordas (junto de um sampler de 10 minutos do longa-metragem “A Noite do Chupacabras” de Rodrigo Aragão, outra produção onde dou umas facadas – desta vez na qualidade de ator canastrão da linhagem Santiago Segura). E dia 21 de abril rola debate com Lúcio Reis, Felipe Guerra e eu após exibição do meu média-metragem “O Doce Avanço da Faca” (que é estrelado pela Gisele Ferran). Este ano a mostra do Cinema de Bordas estão tão imperdível quanto às edições dos anos anteriores. Segue o curta “A Paixão dos Mortos” no youtube prá quem quiser conferir.

Abaixo algumas fotinhos da produção do curta:

Resgate ARGHHH

Posted in Fanzines, Quadrinhos with tags , , , , , , , on dezembro 25, 2010 by canibuk

Resgatando hoje algumas HQs de duas páginas que editei no fanzine “Arghhh” nos anos 90. Divirtam-se!!!

“Natureza Morta” foi um poema do E.B. Toniolli (que foi co-roteirista na série “Criaturas Hediondas” que filmei entre 1993 e 1994) que o Edgar S. Franco quadrinizou. Originalmente publicado no “Arghhh” número 3.

“Carninha no Dente” é uma HQ elaborada pelo Luciano Irrthum (quem mais colaborou no zine). Foi originalmente publicada no “Arghhh” número 13.

“Diga me Doctor…” é uma HQ do espanhol Kenneth Figuerola feita pro “Arghhh”. Foi publicada originalmente no “Arghhh” número 25.

“Gore Dog” foi uma personagem criada pelo Rodrigo Gagliardi especialmente pro zine, foi publicado originalmente no “Arghhh” número 26.

Arghhh – HQs de uma página

Posted in Fanzines, Quadrinhos with tags , , , , , , , , on novembro 26, 2010 by canibuk

Segue mais algumas HQs originalmente publicadas no zine “Arghhh”. São vários roteiristas e quadrinistas que recomendo pesquisada no google e ir atrás de mais trabalhos deles, a maioria deles continua na ativa e fazendo trampos fantásticos!!!!

E.B. Tonioli (roteiro) e RPC (desenho):

RPC:

Calazas:

Koldo Serra:

Luciano Irrthum & RPC:

Gustavo Insekto:

Agê: