Arquivo para fetiche

Canibuk Apresenta: A Arte de Talita Abreu

Posted in Arte e Cultura, Entrevista, Ilustração, Pinturas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on fevereiro 19, 2018 by canibuk

Talita Abreu é uma artista que acompanho a algum tempo e me impressiona sua dedicação às artes gráficas, sempre em constante evolução em seus trabalhos que são bem ecléticos – algo que admiro muito nos artistas gráficos – e que vão de trabalhos infantis até ilustrações fetichistas de BDSM, como essa abaixo que ela fez exclusivamente para o Canibuk.

BDSM

Nascida em 1984 no Rio de Janeiro/RJ, ainda jovem fixou residência em Resende/RJ, cidade próxima de São Paulo, a capital paulista onde passou a frequentar inúmeros cursos de arte.

Talita realiza trabalhos de freelancer aceitando encomendas de quadros, grafite, ilustrações para livros e contos, ilustração editorial, capas, incluindo até encomendas pessoais de apreciadores e colecionadores de arte.

Paralelamente cursa a faculdade de licenciatura em Artes Visuais a fim de complementar seu trabalho como professora de artes, desenhos e pinturas para adultos, crianças e pessoas com necessidades educativas especiais.

Abaixo uma pequena entrevista que realizei com Talita Abreu para apresentá-la aos leitores do Canibuk. Se você gostou da arte de Talita ao final da entrevista deixo os contatos para que possa encomendar as artes originais desta brilhante artista.

Talita Abreu

Petter Baiestorf: Gostaria que você contasse como começou seu interesse pela arte e, também, sobre seus primeiros trabalhos.

Talita Abreu: Eu simplesmente sinto que nasci artista, e não que me tornei uma. Ballet, fotografia, violino, escrita, teatro, desenho, tudo isso sempre fez parte do meu dia-a-dia, então eu não sei onde eu começo ou a arte termina. Transformar isso em uma profissão é que é a batalhe dos séculos. Com os anos fui me aprimorando e isso é uma constante, acredito que deva ser. Me dedico a cursos e à horas intermináveis de estudo, até que comecei a conseguir realizar projetos e me expressar melhor através da mídia que eu queria. Eu sei que precisamos almejar coisas grandiosas, mas eu sou simplesmente muito feliz trilhando o caminho.

Baiestorf: Sua arte sofre influências de quais artistas e escolas estéticas. Fale o que te atraí neles, se quiser falar sobre os “porquês” seria muito interessante.

Talita: Eu amo o que vai além da cópia perfeita, gosto de sentir a textura dos lápis e das tintas, das estilizações com proporções harmoniosas, distorcidas ou não, do movimento, da fluidez da composição de um desenho ou pintura, de composições cromáticas perfeitas, mas acima de tudo da criatividade. Uma boa ideia que foi bem executada pode te levar a uma reflexão infindável, pode te fazer se apaixonar instantaneamente.
Dos artistas que mais me inspiram a suma maioria são mulheres fantásticas: Chiara Bautista, Loish, Michael Huassar, Chris Hong, Lora Zombie, Bianca Nazari e Ursula Dourada.

Baiestorf: Com sua arte você está aberta a todo tipo de trabalho ou gostaria de se especializar somente em uma área?

Talita: Não consigo olhar pra mim mesma e me encaixar em uma área só. Eu amo tudo e tenho curiosidade por tudo! A ilustração é minha área de atuação e mesmo dentro dela eu adoro transitar entre materiais diferentes e conhecer e estudar tudo o que eu puder. Essa é a beleza de uma mente que não para, mesmo que a gente precise se forçar ao extremo para segurar o foco no topo da lista.

Sad Devil 1

Baiestorf: Conte sobre suas exposições e como produtores poderiam levá-la para suas cidades/estados.

Talita: De aquarelas de todos os temas, ilustrações e histórias infantis, ilustrações de horror, BDSM, retratos femininos de modelo vivo, séries de pinturas de personagens Star Wars, aulas e workshops de desenho e aquarela, eu possuo um acervo que pode agradar a públicos do 8 ao 80 e estou sempre aberta a propostas e projetos. Basta entrar em contato e com certeza algo bacana nasce.

Baiestorf: Como é realizar trabalhos artísticos aqui no Brasil? Há reconhecimento? Oportunidades?

Talita: É muito complicado e não acredito que isso seja segredo pra ninguém. A coisa vem com muita luta, pouco apoio, pouquíssimo reconhecimento. É legal que trabalhemos por amor, mas pagar as contas não é uma condição que a gente possa abrir mão. A maioria das “oportunidades” são na verdade pessoas oportunistas querendo trabalho de graça, mas também existem algumas poucas pessoas incríveis que sabem dar oportunidades reais a artistas.
Precisamos de uma conscientização maior sobre o que é viver de arte para que as pessoas entendam que não é um caminho fácil… Ouvir coisas do tipo “você só desenha ou trabalha também?” mostra o quanto o brasileiro ainda está meio que “lá atrás” quando se trata de arte, ver a galera pagando 500 reais no ingresso do artista internacional tal mas não consegue despender 50 conto no livro do amigo que mora na tua cidade, diz muito sobre como a nossa mentalidade alcança um ponto limitado às vezes. Precisamos muito de reconhecimento, sim, mas mais oportunidades de ser o que somos.

Trio de Doces

Baiestorf: Você está com trabalhos em finalização? Poderia falar sobre eles e como o público poderá acompanhá-los?

Talita: Estou terminando um livro que espero que seja lançado até o final de 2018 e ilustrando para um autor de horror maravilhoso e pretendemos lançar em Setembro também desse ano. Não posso falar muito desses, mas logo logo uma coisa ou outra começa a apontar por aí.

Faço atualizações constantes nas minhas redes sociais que são minha página no facebook e instagram: @talitaabreu.art

Pra comprar material meu, fazer encomendas ou falar sobre projetos, as pessoas podem entrar em contato comigo por essas redes sociais ou irem direto no site:
http://www.capitaodoce.com.br

Baiestorf: E seus projetos? É possível sabermos um pouquinho deles?

Talita: Tenho um projeto em andamento com mulheres voluntárias que posam para mim e contam suas histórias de abuso e uma série de ilustrações sobre BDSM também em andamento. Qualquer mulher que queira participar do projeto Ser Mulher, pode entrar em contato via e-mail:
talitaabreu.art@gmail.com

Baiestorf: Geralmente a arte no Brasil é produzida de forma independente e é difícil conseguir se manter. O que você gostaria de observar sobre isso.

Talita: A arte independente depende de vários fatores e pra ser um apoiador, claro que você pode comprar os produtos, mas a divulgação não custa nada e também é fundamental. Se você gosta de um artista, divulgue a arte dele, fale dele pros seus amigos, comente e compartilhe suas postagens, vá a seus eventos, mostre ele por aí, porque assim você não só faz a arte circular e se tornar algo vivo, como ajuda a gerar renda para esses artistas para que eles continuem fazendo arte! Assim você literalmente faz a arte existir.

Sad Devil 2

Baiestorf: O espaço é seu para as considerações finais:

Talita: Queria primeiro agradecer ao Petter por todo o carinho e consideração com os artistas. É difícil ver alguém que não gira em torno dos próprios projetos e está sempre procurando uma forma nova de entrar em contato com os outros e fazer a arte deles crescer. É de pessoas assim que podemos fazer um país onde a arte prospere e se expanda. A oportunidade de estar aqui no seu blog e inaugurar esse hall de entrevistas me põe um baita sorriso no rosto… Obrigada Petter! Se você é um aspirante a artista, eu só posso te dizer… Lute pela sua arte, mas antes de mais nada, estude, estude sempre, estude MUITO!!! A gente nunca vai ser o melhor no que fazemos, então a humildade é um órgão vital a partir do momento em que você se compromete com você mesmo e com a verdade. Fale com outros artistas, saia da sua zona de conforto. E obrigada a você que leu minha entrevista e se deu uma oportunidade de ver as coisas desse ponto de vista. Queria deixar o canal aberto para a comunicação comigo por qualquer meio que te for mais confortável. E não se esqueça… Apoie os artistas!

Contatos:

Facebook: http://www.facebook.com/talitaabreu.artwork
Instagram: @talitaabreu.art

site: www.capitaodoce.com.br

e-mail: talitaabreu.art@gmail.com

Artes de Talita Abreu:

Marie Antoinette

 

Nosferatu

 

Sketchbook page 2017-2018 – 5G-E

 

Suculentas

Poppin Cherry – Omitto San Episode 2

Posted in Quadrinhos with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on junho 15, 2012 by canibuk

Dando seqüência a publicação da segunda parte de “Poppin Cherry – Omitto San”. Um pouquinho de putaria é sempre bem-vinda e sabemos que os leitores do Canibuk adoram uma boa sacanagem. Faça sexo gostoso, não consuma tanto e burle o imposto de renda fazendo sexo saudável/tarado. Sexo é de graça. Divirta-se sem sair de casa!

Para ler a primeira parte clique em “Poppin Cherry – Omitto San Episode 1“.

Deep Throat to you all.

Posted in erótico, Fetiche, Putaria with tags , , , , , , , , , , , , , , on março 15, 2012 by canibuk

A menos que você odeie dar uma boa chupada, o que é perfeitamente incompreensível, você sabe o que é se deleitar e ficar entorpecido de tesão ao lambuzar-se lasciva e freneticamente no pau ou na buceta do seu parceiro num ato extremamente prazeroso e íntimo. Muitos praticam como mais um estímulo qualquer, que precisa durar poucos minutos enquanto é feito de forma burocrática. Isso tira toda a excelência do momento. Sexo oral é vontade,  gula, fome, garganta, loucura! Lidera a lista das preferências sexuais tanto masculinas como femininas e, convenhamos, seria espantoso se isso não fosse uma realidade. Entre os amantes entusiasmados desse ato, existem aqueles que preferem fazer a receber, e não é raro,  muitos se encaixam nessa preferência e de forma verdadeiramente intensa.  Aqueles casos de incontrolável necessidade que algumas pessoas sentem de descarregar grandes níveis de ansiedade por vias orais, o que a  psicanálise explica encontrando razões na infância e denominando como fixação oral. Um cigarro, um dedo, um pirulito, uma comida, uma bebida… ou, melhor ainda, um pau ou buceta suculentos e dispostos. Não importa. A satisfação está em ter sempre alguma coisa na boca, e dar uma boa chupada é só mais uma dessas fixações – a melhor delas.

Mas agora vou falar de algo mais profundo…

Deep throat (garganta profunda) é um boquete mais brutal, que vai mais fundo. Nessa modalidade o pau é enfiado inteiro na boca chegando até a garganta. É extremamente prazeroso para quem está sendo engolindo e, embora seja meio difícil pra quem está iniciando, é prazeroso para quem está engolindo também (dessa vez a Linda Lovelace explica: clitóris na garganta!). A garganta é um canal bastante estreito, o que proporciona ao pau um prazer intenso. Por ser tão estreito, a prática exige alguma técnica (e um pau com um tamanho bacana, tamanho suficiente pra chegar até a garganta, logicamente, hehehe) . Nada que um pouco de treino e muitas chupadas não resolvam.

Comece com sexo oral normal, brinque bastante com o pau e não economize na baba. A baba é uma forte aliada nessa hora, ela vai surgir naturalmente, quanto mais fundo o pau for, mais baba virá. Ótimo! Ela servirá como lubrificante e isso fará com que o pau deslize e entre com mais facilidade. Então babe bastante, sem frescuras nem complexo de Barbie – coisa mais broxante é trepar com alguém que tá mais preocupado em manter-se limpo e com o cabelo ou maquiagem no lugar do que com o próprio prazer e o do parceiro. Sexo é entrega e espontaneidade! Deep throat deve ser feito sem frescura. É sexo sujo, intenso, melequento. São líquidos misturados, lágrimas caindo, rímel borrado, cabelo desgrenhado. Querer controlar isso é tirar parte do prazer que completa e enriquece a prática -. Feito isso, abra bem a boca, bote a língua pra baixo, escancare a garganta e engula o mais profundo que puder. Você vai sentir ânsia de vômito, vai engasgar, os olhos vão lacrimejar sem parar, porém todas essas coisas fazem parte do fetiche e algumas delas são inevitáveis. O maior desafio está em controlar a respiração e ânsia de vômito, mas a prática ajuda nisso tudo.

Algumas posições também facilitam a entrada, como o 69 e deitar-se de costas com a cabeça caída pra fora da cama, (sofá, mesa, banco, o que for), essas posições alinham a boca com a garganta eliminando a curvatura do pescoço e facilitando a “engolida”.  Se não for de primeira, não se preocupe, relaxe e continue praticando, engolindo aos poucos e cada vez  mais fundo. Uma posição confortável, confiança e sintonia com os movimentos do parceiro são importantes. Descubram seus limites, conversem e pratiquem bastante! É uma delícia!

Por: Leyla Buk

Estímulos visuais:

Escravo

Posted in Literatura with tags , , , , , , , , on março 4, 2012 by canibuk

Derrame à mim teus encantos,
se fores capaz de me erguer com gemidos
como um mercúrio sujo de sêmen boca a baixo.

Do quente vivo das angústias que me queimam entre as pernas,
meus gritos…
música falsa daqueles que me deixaram na miséria da carne…

Tenha humanidade onde me falha o animal…

Cruze suas presas nas minhas.

Urine em mim como oxigênio nocivo mata gafanhotos de fogo,
como ozônio queima nuvem, destrói chuva…

Me tire dos conventos de minhas vergonhas e invejas.

Deixar tua voz moribunda com arranhões,
que com profundidade absurda,
atinjam teu inferno e despertem teu diabo calado
para fazer par com meu gritante demônio insaciável,
é a meta sonâmbula do que masturba o inconsciente…
o impossível.

Minha libido-mulher esfola as coxas buscando o alívio incestuoso
da proibição de tal feito…

O pecado encharcado deixa os soldados rasos corados, mas
tu meu tenente eu promovo a escravo.

(Iza grunge)

Birthday Gift – part 2

Posted in Arte Erótica, Quadrinhos with tags , , , , , , , , , , on dezembro 3, 2011 by canibuk

HQ de putaria em “ingrêis”?… Yes cabrón, prá aprender “ingrêis” com prazer!

Dia 17 de março postei a primeira parte de “Birthday Gift”, HQ de Erenisch. Acabei esquecendo (por causa da série de entrevistas que fiz com Fernando Rick, Joel Caetano, Felipe Guerra e Gurcius Gewdner e outros que ainda serão publicados) que queria colocar aqui outras partes desta HQ. Boa punheta/siririca!!!

Hey Punk, Get Off the Grass

Posted in Cinema, Música, Sex Symbol with tags , , , , , , , , , , , , on setembro 29, 2011 by canibuk

Ela foi atriz, cantora, uma das Dreamlanders de John Waters, dona do sorriso mais encantador da história do cinema mundial, estou falando da sex symbol Edith Massey, a lady egg nascida dia 28 de maio de 1918. Antes de ficar eternamente associada ao cineasta John Waters, ela trabalhava em vários empregos vagabundos, como lavadora de pratos, entregadora de panfletos e outras coisas. Quando Waters encontrou Massey ela estava trabalhando de garçonete no Pete’s Hotel, um pulgueiro de quinta categoria em Baltimore (cidade onde todos os filmes de Waters são ambientados), e ofereceu à ela um papel no “Multiple Maniacs” (1970). Em “Multiple Maniacs” ela acabou fazendo dois papéis, um dela mesma e outro interpretando a virgem Maria (melhor encarnação da virgem já levada às telas, na minha humilde opinião, lógico!). Juntos eles ainda fizeram o clássico “Pink Flamingos” (1972), com Edith no papel que a tornou conhecida: Edie – The Lady Egg (uma adorável senhora louca por ovos que acaba se casando com um “oveiro”, uma espécie de leiteiro, só que entregando ovos), “Female Trouble” (1974) no papel de tia Ida, o anarquista “Desperate Living” (1977) no papel da rainha Carlotta of Mortville e “Polyester” (1981) interpretando a personagem Cuddles Kovinsky. Paralelo a carreira de atriz nos filmes de John Waters (que na realidade deve dar muito pouca grana), Edith largou o emprego de garçonete e abriu um brechó chamado Bag Edith Shopping.

Na metade dos anos de 1970, Edith formou a banda Edie and the Eggs (capitalizando em cima de sua famosa personagem) que incluía, além dela, a baterista Gina Schock (que quando terminou a Edie and the Eggs foi para a banda The Go-Go), a guitarrista Ann Collier e a baixista Suzan Wirth. Edie and the Eggs era uma banda punk muito boa, a voz de Edith era perfeita para o estilo. Com a banda elas se apresentaram em lugares como o CBGB de New York. A banda durou de 1974 à 1978, com as garotas da banda reclamando que nunca ganharam dinheiro nenhum. Em 1982 Edith Massey ainda lançaria um single muito bom com duas ótimas músicas: “Big Girls Don’t Cry” e “Punks, Get Off the Grass”.

O último filme de Edith Massey foi “Mutants in Paradise” (1984) de Scott Apostolov. Para este mesmo ano ela estava escalada para viver a irmã de Divine no western “Lust in the Dust” (de Paul Bartel), mas morreu antes do início das filmagens devido a complicações da diabetes no dia 24 de outubro de 1984.

Trailers & Cenas de filmes de Edith Massey com John Waters

John Willie – O pioneiro da Arte Fetiche.

Posted in Arte Erótica, Bizarro, Body Modification, Cinema, erótico, Fetiche, Fotografia, Ilustração with tags , , , , , on setembro 20, 2011 by canibuk

Considerado o pioneiro da arte fetiche, John Willie (que na verdade se chamava John Alexander Scott Coutts)  nasceu em 9 de dezembro de 1902, em Singapura, cresceu na Inglaterra e mudou-se, por volta dos 40 anos, pra Nova York, onde seu trabalho alcançou mais conhecimento. Desenvolveu vários trabalhos como fotógrafo fetichista, ilustrador e artista bondage.

Willie foi o criador da Bizarre Magazine, revista fetichista e cheia de estilo, que teve seus números publicados entre os anos 40 e 50, e trazia diversas fotografias (grande parte de sua  esposa) e ilustrações de figurinos fetichistas, idéias que ele tirava de cartas que recebia dos leitores, e publicações das próprias cartas dos leitores. Mais tarde ele seria acusado de inventar essas cartas, mas sempre defendeu a veracidade das mesmas. A Bizarre só durou 20 edições e vinha recheada de sadomasoquismo, bondage, salto alto, espartilhos, meias e cinta-liga, acrotomofilia (fetiche por amputados), travestismo e body modification. Uma delícia que realmente faz falta hoje em dia para aqueles apaixonados pelo tema. Após a publicação das 20 edições, Willie mudou-se para Hollywood,  descobrindo em 1961 um tumor cerebral que o fez parar de trabalhar. Inexplicavelmente, ele destruiu todos os seus arquivos e voltou pra Inglaterra onde morreu dormindo em 5 de agosto de 1962.

No cinema, ele pode ser visto no “The Notorious Bettie Page“, filme  de 2005 que conta a história da pin-up Bettie Page, onde foi interpretado pelo ator Jared Harris.

Sem dúvida o cara é referência e fonte rica de inspiração pra todos os artistas e amantes da arte fetiche.

Arte de Leyla Buk – Deviant Girls

Posted in Arte e Cultura, Arte Erótica, Fetiche, Nossa Arte with tags , , , , , , , , , , , , , , on agosto 4, 2011 by canibuk

Há dois anos comecei a pintar quadros, sem intuito nenhum de comercializar nem nada do tipo. Meu primeiro foi, na verdade, um quadro de colagens feito com papelão, eu tinha acabado de mudar de ap e a casa tava cheia de papelão, encontrei uma utilidade praquilo e transformei num quadro. Em seguida pintei minha primeira freak girl, a “Skullrain“, e fiquei admirada com a quantidade de comentários e elogios que recebi com esse quadro. Aliás, é bem interessante ver como as pessoas aqui no Brasil adoram e valorizam a arte, elogiam pra caralho, mostram-se super interessadas, mas o primeiro impulso é o de pedir o trampo de graça, ninguém quer pagar por nada, acham que artista é tudo rico e que materiais e o tempo que gastamos trabalhando não significa nada. Quem acompanha o processo todo sabe o quanto é difícil e quanto trabalho dá, exige tempo e dedicação, costas fudidas, tensão, ansiedade e grana, sim. Mas não vou me alongar com isso porque é algo que me indigna e periga eu não conseguir mais parar de falar.

Hoje devo ter por volta de 24 telas, em sua maioria mulheres que trazem muito de mim e do que gosto. Algumas já foram vendidas, já ganharam o mundo (arte é pra isso!), mas muitas ainda estão disponíveis para venda. Quem se interessar basta entrar em contato.  Lembrando que voltei a aceitar encomendas, minha única exigência é que me dêem a liberdade de criar.

Quem tiver algum pedido pode entrar em contato comigo pelo e-mail leylalua@hotmail.com ou pela minha página no facebook http://facebook.com/leyla.buk e trocamos idéia.

Algumas das minhas garotas:

“SkullRain”, 20×60, 2009 – Indisponível

“RockaCherry”, 30×30, 2009 – Vendido

“À Meia Noite Te Levarei Flores Mortas”,  70×100, 2009 – Disponível

“June”,  30×60, 2009 – Disponível

“Bitch-Absinthe Cryin'”, 40×40,  2009 – Disponível

“Never Forget, Never Forgive”, 40×40, 2010 – Disponível

“She’ll Swallow Your Cum… And Your Blood.”, 40×60, 2010 – Disponível

“Palhaça Triste”, 40×50, 2009  – Disponível

“Para Madeleine”, 40×50, 2010 – Indisponível

“A Faca”,  50×70, 2011  – Indisponível

“Bloody Catrina”, 50×70, 2011 – Vendido

Para ver os trabalhos com mais detalhes é só ir na minha página no DeviantArt que tá linkada aqui do lado no blog.

Leyla Buk Artwork

Posted in Arte e Cultura, Arte Erótica, Fetiche, Ilustração, Nossa Arte with tags , , , , , , on julho 24, 2011 by canibuk

Quem trabalha com criação sabe que de tempos em tempos acontecem aqueles momentos intensos de inspiração e criatividade onde idéias e  produção não param. Volta e meia tenho estes “ataques” e fico trampando dias seguidos, emendando um trampo no outro  sem parar  e sem pensar em outra coisa, ignorando mãos e costas fodidas e aquelas necessárias horas a mais de sono, apesar de tudo, adoro estes “surtos criativos” e espero sempre que durem o  máximo possível – embora eles acabem passando do mesmo modo que vieram: de repente e sem aviso. Foi num destes momentos que comecei a rabiscar vários desenhos (muitos ainda estão inacabados) e, mais uma vez, a testar técnicas que pra mim eram novidades, incluindo trabalhos com lápis de cor, mais um desafio, já que não sou uma adoradora das cores, pelo contrário, sempre fugi delas, não me atraem. Encarei mesmo assim, fui em busca do novo e curti o resultado. Muitas coisas deram certo, outras nem tanto,  algumas mais estão em andamento e minha idéia é ir postando tudo aqui aos poucos.

Segue alguns:

Zombie Happy Hands

VanityI’m Your Gift

Dark Fetish

Buk’s Valentina

Pleasure

Poisonous

Envy

Eat Me

OBS.: Não usem as imagens sem autorização!

Valentina Rosselli

Posted in Arte e Cultura, Arte Erótica, Cinema, Fetiche, Ilustração, Quadrinhos with tags , , , , , , , on junho 15, 2011 by canibuk

A minha maneira de contar histórias é tão diferente da tradicional -convenientemente, confesso- que os jovens artistas procuram outros modelos.  Não tenho nenhum interesse de servir como modelo. Meu universo é realmente só meu.” Guido Crepax.

Ao se falar de personagens femininas dos quadrinhos logo vem a mente as super heroínas e antiheroínas como Mulher Maravilha,  Mulher Gato e Arlequina, mas, nos anos 60, surgia umas das mais sexys e inspiradoras personagens do universo das HQs. Guido Crepax deu vida à Valentina Rosselli, uma personagem que começou como coadjuvante numa série de ficção na revista Linus (revista que inventou o gênero de quadrinhos adultos) e logo se tornou protagonista ganhando grande destaque na Itália e no mundo, virando a mais importante personagem dos quadrinhos eróticos de todos os tempos.  Com traços limpos, em preto e branco e riqueza nos detalhes, Valentina tem formas únicas e curvas encantadoras, uma criação recheada de charme e estilo. O fetiche é um tema frequente nas histórias, Valentina é  uma fetichista e sempre expressa isso em seus desejos e sonhos (muitas vezes pesadelos) e fora deles o toque SM fica por conta das torturas que sofre dos vilões. Com uma personalidade livre e indiferente à moral imposta pela sociedade, poderia ser considerada um símbolo da liberação feminina na década de 60, pois estava sempre à frente das mulheres de sua época, era uma fotógrafa independente, culta e liberal para aqueles padrões.

Valentina é mulher por inteiro. Agrada e se gosta, gosta de seu corpo e de sua nudez. Aliás, eu diria que, nos meus quadrinhos, quem mais faz um papelão são os homens: eu sempre fui feminista, e não é por acaso que Valentina tem uma profissão, a fotografia, que na época era exclusivamente masculina. Enfim, não lhe dei o papel costumeiro das heroínas dos quadrinhos, tipo Dale Arden ou Diana Palmer, sexy e fatais, mas que depois acabam na cozinha, lavando louça”, diz Crepax sobre a personagem.

Valentina é uma mulher corajosa que não tem medo de asusmir o que gosta ou de satisfazer seus desejos e vontades, virou símbolo de luxúria, mas ela é mais que isso, é uma mulher real, com crises de alegria e  tristeza, tédio, fantasias,  mazelas e consciência de seu corpo, sexualidade, desejos ocultos ou não e da realidade em que vive. Não tem como não se identificar. Virou  ícone de inteligência e lúxuria, seduzindo homens e mulheres com seu estilo, classe e beleza.  Com histórias surreais, aventuras extravagantes, bissexualidade e violência sexual, Valentina vai evoluindo (tanto quanto o traço do seu criador. A evolução nos traços do Crepax é notória, assim como todos os experimentos feitos ao longo do tempo, mas falo mais sobre o Crepax em outro post), sem vergonha ou inibição em  histórias que trazem elementos deliciosos como chicotes e máscaras, seios durinhos, bundas redondinhas, pênis ereto e êxtase sexual, tudo carregado de aventuras surreais cheias de imaginação e sensualidade. Uma obra fabulosa partida da mente de um gênio.

Valentina defende a emancipação das mulheres em todos os sentidos.“, diz Crepax.

Por todos estes motivos ela é minha personagem de HQ preferida.

Baba Yaga é um  filme de 1973, dirigido por Corrado Farina e é baseado numa das histórias do Guido Crepax onde Valentina é protagonista.