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Kwaidan Eiga: O Cinema de Horror do Japão

Posted in Cinema with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , on março 7, 2012 by canibuk

Quando se fala em cinema de horror e fantástico, sempre se comenta a produção made in USA, Inglaterra, Itália ou Espanha, ou seja, o cinema Ocidental, ignorando-se quase completamente o gênero originário do extremo Oriente como China ou o cinema Japonês.

O cinema fantástico japonês é mais conhecido no ocidente por seus monstros de borracha que esmagam cidades e são imitados pelos gringos com mais dinheiro e menos imaginação, ou seja, pelos Kaiju Eiga (“filmes de monstros”) onde reina absoluto Gojira (nome certo do Godzilla). Mas trataremos aqui dos chamados Kwaidan Eiga. A palavra Kwaidan (ou Kaidan) significa “tamanho” ou “grandeza”, mas escrita com um ideograma diferente que dizer “Histórias de Fantasmas”, e por extensão, “histórias de horror”, se considerar-mos que a maioria das histórias assombrosas japonesas são ghost stories. Assim, partindo da literatura clássica de fantasmas nipônicos (Kaidan Mono) e seu sub-gênero mais popular, o Bake Neko Mono (“histórias de gatos fantasmas) o gênero passou para o cinema dando origem aos Kaidan (ou Kwaidan) Eiga, ao Bake Neko Eiga, ao Kyuketsuki Eiga (filmes de vampiros), etc.

Oficialmente o Kaidan Eiga nasceu em 1899 quando foi realizado o filme “Momijigari”, o mais antigo filme japonês totalmente conservado, e que só foi apresentado ao público em 1903. Na verdade é o registro em celulóide de uma peça de teatro “Kabuki” que continha elementos fantasmagóricos na trama. O gênero se desenvolveu muito e teve seu auge entre os anos de 1950 e 1970, gerando vários clássicos como: “Kaidan Kasanegafuchi” (The Ghost os Kasane, 1957) de Nobuo Nakagawa (1905-1984), um dos maiores diretores do gênero; “Jigoku” (Hell/Retrato do Inferno, 1960) também de Nakagawa, um dos filmes precursores do gênero Splatter; “Kyofu Nikei Ningen” (The Horror of Malformed Men, 1969) de Teruo Ishii, uma versão de uma história de Edogawa Rampo (1894-1965), maior escritor nipônico de terror e que inventou seu pseudônimo baseado no som do nome de Edgar Allan Poe; além dos filmes de vampiros de Michio Yamamoto, como “Chi o Suu Ningyo” (A Noite do Vampiro, 1970), “Chi o Suu Me” (O Lago de Drácula, 1971) e “Chi o Suu Bara” (O Inferno de Drácula, 1974) que foram exibidos nos cinemas brasileiros na época. Hoje em dia, apesar dos avanços de linguagem e efeitos especiais, quase nada aporta por aqui, nem mesmo em DVD.

Kwaidan – O Filme (1964), vencedor do prêmio especial do júri no festival de Cannes de 1965, onde também foi exibido outro clássico japonês, “Onibaba” (Devil Woman/Onibaba – O Sexo Diabólico, 1964) de Kaneto Shindo.

“Kwaidan” (Ghost Stories/As Quatro Faces do Medo, 1964) dirigido por Masaki Kobayashi é claramente um filme de arte com produção requintada. Com cenários deliberadamente artificiais e design na tradição do teatro “Nô”, adaptando técnicas do “Kabuki” e do teatro de boneco “Bunaraku”. O som do filme foi todo dublado em um estúdio adaptado em um hangar de aviões soando estranho e com ecos abafados ao longe. A trilha sonora composta pelo músico experimental Toru Takemitsu é recheada de efeitos sonoros pesados que lembram sons de madeira cortada, rochas caindo ou trovões. O roteiro adapta 4 histórias folclóricas coletadas e transcritas pelo escritor naturalizado americano Lafcadio Hearn (um europeu fascinado pela cultura oriental e que também escrevia com pseudônimo de Yakumo Koizumi) em seu “Kwaidan-Stories and Studies of Strange Things”.

Num exercicio estilístico, cada conto se passa numa estação do ano. “Kurokami” (Cabelos Pretos) conta sobre um jovem e pobre samurai que deixa sua mulher para se casar com a filha de um homem rico. Anos depois ele retorna arrependido e encontra tudo em ruínas, menos sua ex-esposa que parece intocada pelo tempo. Eles vivem uma noite de apaixonada reconciliação mas, ao acordar pela manhã, ele está abraçado a um cadáver com longos cabelos pretos que o envolvem. Em “Yukionna” (A Mulher da Neve) é uma linda mulher demônio que mata homens de frio. Um lenhador testemunha uma aparição mas é poupado sob a promessa de nunca contar o que viu. Anos depois ele é tentado a contar a sua maravilhosa e perfeita esposa o segredo, descobrindo então que se casara com a mística Mulher da Neve. “Miminashi Hoichi no Hanashi” (Hoichi – O Sem Orelhas) é o segmento mais espetacular. Há mais de 700 anos dois clãs, Genji e Heike, travam uma sangrenta batalha naval (num mar estilizado e com um céu vermelho digno das mais fantásticas pinturas) onde os Heike são dizimados. A imperatriz e seu filho suicidam-se jogando-se nas águas (e não há ruído da queda ou gritos, mas sons de rochas e madeira) fazendo com que o mar já vermelho de sangue fique assombrado e habitado por estranhos caranguejos com os rostos dos mortos em suas costas. Muito tempo depois os espíritos dos samurais não descansam, mas encontram alívio ao ouvirem o jovem músico cego Hoichi tocar o Biwa (instrumento primitivo) e recitar a saga do clã noite após noite. Os sacerdotes do templo onde o jovem mora desconfiam de seus passeios noturnos e descobrem o macabro público que ele agrada. Pintam então Hoichi com ideogramas de um livro sagrado da cabeça aos pés e o fazem ficar em silêncio trancado no templo para afastar os espíritos. O fantasma que vem busca-lo para a audição noturna não consegue vê-lo, mas os sacerdotes esqueceram de pintar suas orelhas. Para não sair de mãos abanando, o samurai espectral resolve levar só o que encontrou. Hoichi se livra da maldição e fica famoso e rico como menestrel cego-sem-orelhas e que conta tocando seu Biwa sua própria história de fantasmas. “Chawan no Nak” (Em uma Xícara de Chá) rola em torno da premissa que algumas histórias permanecem inacabadas por não terem um bom final. No dia do ano novo um samurai sedento vai tomar uma xícara de chá e vê o reflexo de um rosto sorridente que o assombra. Ele tenta contar o que aconteceu mas ninguém acredita nele. O fantasma chamado Heinai o persegue e o samurai o ataca fazendo-o desaparecer. Na noite seguinte ele é abrodado por três guerreiros que o desafiam em nome de Heinai e ele tem que lutar com os fantasmas. A história para por aí pois ninguém conseguiu lhe dar um final satisfatório. Um editor resolve procurar o autor da história em sua casa e o encontra… aprisionado no reflexo de uma xícara de chá.

Comentando o filme na época de seu lançamento nos USA (onde concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro), o crítico do New York Times escreveu: “Um filme de horror com extraordinária delicadeza e sensual qualidade, “Kwaidan” é uma sinfonia de cor e som sem comparação anterior!”.

escrito por Coffin Souza.

100 Gatos que Mudaram a Civilização

Posted in Livro with tags , , , , , , , , , , , , , , , , on março 1, 2012 by canibuk

“100 Gatos que Mudaram a Civilização” (247 páginas, editora Prumo), escrito por Sam Stall, é um livro que todos os amantes de gatos (e felinos em geral) precisam conhecer. Este livro chegou na minha mão porque a Leyla estava escolhendo um presente de aniversário prá dar para minha mãe e me perguntou qual livro ela adoraria ganhar, entre as opções que a Leyla planejava comprar, estava este ótimo livro que conta a história dos gatos mais influentes da história humana e como minha mãe é uma adoradora de felinos (e Leyla e eu também), pensei que seria lindo ela presentear minha mãe com este livro (já que eu poderia lê-lo emprestado). E este livro é muito bom, com uma linguagem simples e direta, Stall nos apresenta 100 gatos de personalidade forte que nos fazem relembrar os vários gatos que já cruzaram nossas vidas. Aqui conhecemos a história de Tibbles, o gato que, sozinho, eliminou uma espécie inteira. Ou de Ahmedabad, um gatinho siamês que despertou uma revolta por todo o Paquistão. Ou de Snowball, o gato que ajudou a condenar dezenas de assassinos e criminosos. E relembramos de outros felinos astros do cinema e televisão, como Orangey, a gata que aparece nos clássicos “This Island Earth” (1955) de Joseph M. Newman e “The Incredible Shrinking Man” (1957) de Jack Arnold (e que depois ficou famosa quando contracenou com Audrey Hepburn em “Bonequinha de Luxo”); ou da gatinha Mimsey que arremedou o leão da MGM para a produtora MTM; ou ainda o gato de rua Lucky (rebatizado com o nome de Morris) que estrelou os comerciais para a ração “9 lives” e virou celebridade. Ainda, como se não bastasse a história dos bichanos, ficamos sabendo algumas curiosidades de seus donos, como por exemplo, a inspiração que um felino dava ao Edgar Allan Poe quando ele escrevia seus contos, como Isaac Newton criou a portinha para animais por causa de seu gato mal humorado que sempre ficava entrando e saindo de casa e atrapalhando-o em seus projetos ou como Domenico Scarlatti compôs música com ajuda de sua esperta gatinha Pulcinela.

Monstro & Gojira (meus gatinhos).

“100 Gatos que Mudaram a Civilização” homenageia os felinos e suas extraordinárias contribuições à ciência, história, artes, política, religião e muito mais. Repleto de histórias reais envolvendo os gatos mais inteligentes do mundo e como eles fizeram a diferença!

Este post é dedicado para Gojira & Monstro!

Ido Zero Daisakusen

Posted in Cinema with tags , , , , , , , , , on outubro 4, 2011 by canibuk

Ido Zero Daisakusen (“Latitude Zero”, 1969), Direção: Ishiro Honda. Roteiro: Shinichi Sekizawa, Ted Sherdeman. Efeitos Especiais: Eiji Tsuburaya. Música: Akira Ifukube. Produção: Tomoyuki Tanaka. Elenco: Joseph Cotten, Cesar Romero, Patricia Medina, Akira Takarada, Richard Jaekel,Linda Haynes, Masumi Okada, Hikaru Kuroki, Tetsu Nakamura.

Um oceanógrafo japonês (Akira Takarada), um físico francês (Masumi Okada) e um jornalista americano (Richard Jaeckel) investigam estranhos fenômenos no fundo do mar, a oeste da Nova Guiné, latitude zero da Linha do Equador. Uma erupção vulcânica submarina faz com que o sino subaquático em que se encontram se desligue do navio-base. Eles são resgatados pelo capitão Craig (Joseph Cotten) e seu super submarino Alpha. Conhecem então uma metrópole submarina chamada Utopia, construída secretamente por um grupo de cientistas, onde as pessoas vivem quase eternamente, onde o ouro é destilado da água do mar e diamantes são utilizados como ferramentas corriqueiras. A cidade do fundo do mar é ameaçada pelo louco Malic (Cesar Romero) que auxiliado pela sinistra, exótica (e gostosa) comandante Kroiga (Hiraku Kuroki) e seu submarino Black Shark pretende dominar o local. Malic em sua base na ilha vulcânica de Blood Rock cria cientificamente seres híbridos e mutantes: ratos gigantes (homens em fantasias quase infantis), um homem-morcego (idem) e sua obra prima, um leão gigante com asas de condor e o cérebro humano de sua amante Kroiga (idêntico a um destes bonecos de pelúcia de se presentear namoradas no aniversário!). Malic seqüestra um cientista que havia desenvolvido um soro contra radioatividade e os heróis vestidos com roupas anti-balas e armados com luvas com lança-chamas, gás paralisante e raios laser embutidos (morra de inveja Mr.Bond!), atacam a ilha e enfrentam os monstrengos engraçados. O capitão Nemo… digo… Craig, transforma o Nautilus… ops… Alpha em um submarino voador (à lá “Atragon” outro filme japonês de ficção de l963) e destrói o covil do bandido que é morto pelo seu bichinho voador.

Recheado pelos mais ineptos efeitos especiais do mestre Eiji Tsuburaya (criador do imortal Godzilla/Gojira, assim como o diretor Ishiro Honda, que deviam bêbados de saquê ao trabalharem aqui), o filme “Latitude Zero” foi nitidamente produzido para tentar conquistar as bilheterias ocidentais. Modelado nas novelas de Jules Verne (principalmente “Vinte Mil Léguas Submarinas” e “A Ilha Misteriosa”), começou como uma super produção nipo-americana com elenco internacional. Segundo o ator Joseph Cotten em sua auto-biografia “Vanity Will Get You Somewhere”, o produtor picareta Don Sharp enviou seu elenco para o Japão as vésperas de sua empresa entrar em falência. Assim, os executivos da Toho foram obrigados a assumirem todos os custos da cara empreitada. O que se vê na tela são cenários de papelão, vestuário barato e de muito mau gosto (segundo a atriz Haynes, os uniformes eram baseados na série de TV “Star Trek”,outro sucesso da época), elenco super canastrão e os clássicos defeitos especiais. Este épico Trash, tem além das óbvias influências de Verne, ecos dos seriados de ficção dos anos 40, aventuras de James Bond, da série Batman dos anos 60 e foi baseado em uma novela de rádio escrita pelo co-roteirista Ted Sherdeman. Segundo o jornal Variety na época do lançamento: “Latitude Zero é uma mistura de monstros e ficção científica moralista com ritmo de historias em quadrinhos, portanto inocente e definitivamente divertido.”

Perfeito dentro deste ritmo farsesco da aventura está Cesar Romero, fazendo um vilão cheio de maneirismos e caretas maléficas. Afinal ele estava em casa, sua engraçada canastrice havia dado vida ao definitivo inimigo de Batman na TV, Coringa (Joker) em dezenas de episódios. Portanto de cenografia camp, uniformes coloridos, vilões engraçados e homens morcegos ele já era expert! Típico das maravilhosas misturebas do cinema oriental, o filme apesar de seu clima juvenil de sessão da tarde, tem na cena do transplante de cérebro (da vilã para o leão-de-pelúcia) detalhes explícitos e sangrentos. Apesar de seu charme de aventura Trash, “Latitude Zero” foi um fracasso de público no mundo todo e a Toho retornou as suas típica produções com monstros… de borracha.

escrito por Coffin Souza.

Trailers:

10 Clássicos Bagaceiros (anos 60) – parte 1

Posted in Cinema with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on setembro 26, 2010 by canibuk

(Não teve jeito, tive que dividir essa década em duas partes porque é muita tralha cinematográfica genial prá escolher somente 10 filmaços maravilhosos).

Nos anos 60 os produtores vagabundos começaram a tomar conta do cinema mundial. Foi a década da sacudida no planeta Terra (que tá precisando de outra sacudida já) e dos roteiros inacreditáveis. Segue pequena listinha de 10 preciosidades (segunda parte da lista vem daqui uma semana) desta época de filmes feitos por um bando de marginaizinhos sem noção:

NUDE ON THE MOON” (1961) de Doris Wishman & Raymond Phelan.

Astronautas vão para a lua e descobrem um campo de nudismo por lá. Uma maravilha com interpretações geniais, bom humor e figurinos que inspiraram a NASA a fazer tudo certinho porque assim não dava prá ir pro espaço!!! Doris Wishman, na década seguinte, realizou uns filmes clássicos com a Chesty Morgan, voltarei a falar dela.

 http://www.imdb.com/title/tt0056293/

BATTLE OF THE WORLD(1961) de Antonio Margheriti, com Claude Rains e Giuliano Gemma.

Rains, o eterno homem invisível, faz um cientista ranzinza que prova a todos que está sempre coberto de razão em suas teorias e prevê todos os movimentos de um meteoro que vem em direção ao planeta Terra. Clássico dirigido pelo genial Margheriti (que foi responsável pela parte técnica do “Andy Warhol’s Frankenstein”) e realizou o clássico “Killer Fish” filmado no Brasil com aula de geográfia e de língua (caras vão de jipe da Bahia pro Amazonas em meia hora e nós falamos com sotaque de Portugal).

http://www.imdb.com/title/tt0054950/

KINGU KONGU Vs. GOJIRA(1962) de Ishirô Honda.

Delírios na produção que colocou King Kong e Godzilla frente a frente numa batalha entre meio à índios de olhos puxados. Na década de 60 Ishirô Honda só fez filmaços, outro dele que merece destaque é o “Matango” (1963) onde o povo cogumelo faz alguns reféns humanos numa sinistra ilha. O cinema japonês, nos anos 60, deu muitos clássicos pro cinema mundial, como “Jigoku” (1960, de Nobuo Nakagawa, o primeiro filme gore da história), “Onibaba” (1964, de Kaneto Shindô), “Kwaidan” (1964, de Masaki Kobayashi) e “Kyuketsuki Gokemidoro” (1968, de Hajine Sato, com uma cena copiada de forma descarada por Tim Burton quando fez “Mars Attack!”).

http://www.imdb.com/title/tt0056142/

“EL BARÓN DEL TERROR(1962) de Chano Urueta.

Um dos filmes mexicanos mais divertidos dos anos 60 onde um bruxo volta aos dias de hoje hoje para se vingar dos decendentes dos inquisidores que o mataram, com especial atenção nas cenas em que o bruxo vingador come o cérebro de seus algozes com colherzinha. A máscara de borracha do monstro é clássica (cada vez que ele aperta as mãos a cabeça de borracha pulsa falsamente) e os (de)feitos especiais lindos!!! Diversão imperdível!!!

http://www.imdb.com/title/tt0054668/

“SANTO CONTRA LOS ZOMBIES(1962) de Benito Alazraki, com: Santo, El Enmascarado de Plata.

Santo é um lutador mexicano que fez uma porrada de filmes de aventura que sempre misturavam elementos sobrenaturais/fantásticos em suas tramas. Santo é uma lenda no México. Neste filme aqui ele combate um cientista que está criando uma raça de zumbis canastrões. Na falta de um trailer pro filme em questão, posto vídeo de youtube que faz um apanhado bem bacana de quase toda a obra de Santo no cinema.

http://www.imdb.com/title/tt0055409/

INVASION OF THE STAR CREATURES(1963) de Bruno VeSota.

Lindas modelos extraterrestres vem ao planeta Terra com a intenção de dominar todo mundo. Bruno VeSota era um ator de filmes de baixo orçamento (fez vários com o Roger Corman, entre eles “The Wasp Woman”, “The Bucket of Blood”, “The Haunted Palace” e “I Mobster” e outros clássicos psychotronics como “Hells Angels on Wheels”, “The Wild World of Batwoman”, “Attack of the Giant Leeches” e muitos episódios em séries de TV como “Bonanza”, “Kojak” e “Mission: Impossible”) e como aprendeu com esses diretores pilatras, fez 3 longas divertidos demais (além do já citado “Invasion of the Star Creatures”, são dele ainda “Brain Eaters” de 1958 e “Female Jungle” de 1955).

http://www.imdb.com/title/tt0128274/

“THE MAN WITH THE XRAY EYES(1963) de Roger Corman, com Ray Milland.

Clássico da sci-fi mundial de todos os tempos, incrível o que Roger Corman fazia nos anos 60 com nada de dinheiro e muita criatividade. Nesta mesma década Corman ainda realizou vários outros filmes clássicos, como: “The Little Shop of Horrors” (1960), “Pit and the Pendulum” (1961), “Premature Burial” (1962), “Tales of Terror” (1962), “The Raven” (1963), “The Wild Angels” (1966), “The Trip” (1967), “The St. Valentine’s Day Massacre” (1967) e “Bloody Mama” (1970). Estavam querendo refilmar essa preocidade, mas espero que não saia essa refilmagem porque provavelmente vão estragar tudo com efeitos digitais modernos e algum ator com cara de adolescente idiota.

http://www.imdb.com/title/tt0057693/

SANTA CLAUS CONQUERS THE MARTIANS(1964) de Nicholas Webster.

Um dos meus filmes preferido de todos os tempos, aqui Papai Noel é raptado pelo Marcianos que estão interessados em recriar o Natal no planeta Marte. Genial!!!

Este filme serviu de inspiração para Tim Burton e Henry Selick quando filmaram o “The Nightmare Before Christmas” e a menininha deste filme, Pia Zadora, aparece no clássico “Hairspray” (1988) de John Waters no papel de uma beatnik.

http://www.imdb.com/title/tt0058548/

“THE INCREDIBLY STRANGE CREATURES WHO STOPPED LIVING AND BECAME MIXED-UP ZOMBIES” (1964) de Ray Dennis Stekcler.

Junto do clássico “The Horror of Party Beach” (também de 1964), este filme sobre desajustados que vivem num parque de diversões reclama prá sim o título de primeiro musical de horror da história do cinema. Mas na minha opinião nenhum dos dois é musical, em ambos os filmes há várias canções deliciosas, atores dançam, se divertem mas a música não é parte integrante da narrativa do filme. Ray Dennis Steckler fez ainda nos anos 60 um dos filmes que mais gosto: “Rat Pfink a Boo Boo”.

http://www.imdb.com/title/tt0057181/

THE HORROR OF PARTY BEACH(1964) de Del Tenney.

Aproveitando-se do sucesso dos filmes de praia que a produtora A.I.P. (dos produtores James H. Nicholson e Samuel Z. Arkoff que bancavam os filmes do Roger Corman nesta época) fazia nesta época, Del Tenney fez um filme de praia com muitas meninas de bikinis, monstros e surf music de primeira. Simplesmente adoro este filme e não me canso de reve-lo, o Monstro criado prá este filme é um dos meus preferidos de todos os tempos.

http://www.imdb.com/title/tt0058208/