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“Vadias do Sexo Sangrento” (2008, 30 min.) escrito, fotografado, produzido e dirigido por Petter Baiestorf. Maquiagens gore de Carli Bortolanza. Edição de Gurcius Gewdner. Com: Ljana Carrion, Lane ABC, Coffin Souza, PC, Jorge Timm e Petter Baiestorf.
Ao elaborar o “Arrombada – Vou Mijar na Porra do seu Túmulo!!!” (2007), já pensei numa espécie de trilogia da carne, que se seguiu com este “Vadias do Sexo Sangrento” (2008) e “O Doce Avanço da Faca” (2010). Todos com duração de média-metragens para, num futuro próximo, relançá-los como um longa em episódios intitulado “Gorechanchada – A Delícia Sangrenta dos Trópicos”. Inclusive neste ano de 2016 realizei uma exibição deste projeto “Gorechanchada” no Cinebancários de Porto Alegre com grande participação de público, como todos que ali estavam já conheciam os filmes rolou aquele climão de algazarra que tanto faz com que as sessões Canibal Filmes sejam a diversão que são.
“Vadias” foi filmado no início do inverno de 2008 em 4 dias de filmagens e um orçamento de R$ 5.000,00. Reuni praticamente a mesma equipe de “Arrombada” (que já estava afinada) acrescida de Lane ABC e Jorge Timm (que não estava no elenco do filme anterior por estar em Tocantins). Com um roteiro melhor em mãos, cheio de metalinguagem (tentando avançar nas ideias que estava desenvolvendo na época em produções como “Palhaço Triste” (2005) e “A Curtição do Avacalho” de 2006) e pouca abertura para improvisações, fomos pro Rancho Baiestorf rodar um filme que deveria parecer improvisado do início ao fim (gosto da leveza que o clima de improvisação dá numa produção).
Não lembro de nenhum contra tempo nas filmagens de “Vadias”. Foi um daqueles raros casos em que tudo deu certo e não tivemos problemas. Filmávamos apenas durante o dia (acho que apenas duas ou três seqüências que foram filmadas à noite) e ao anoitecer rolava um jantar regado à muita bebida, o que deixava a equipe e elenco bem descontraídos. O frio ainda não estava castigando, o que foi essencial para manter o bom humor do elenco que passava 90% do tempo pelado pelo set. Amo filmar com equipe reduzida, 12 pessoas no set (incluindo elenco) é o que considero o ideal, bem diferente de “Zombio 2” onde tivemos 72 pessoas trabalhando sem parar durante 23 dias.
O lançamento do filme rolou num esquema muito parecido com o que já havíamos feito com o “Arrombada” e o relançamento de “Zombio” (1999). Desta vez resgatamos e re-editamos o policial gore “Blerghhh!!!” (1996) para relançar e completar o programa das exibições. Logo nos primeiros meses computamos 5 mil espectadores para o filme (em salas alternativas, cineclubes e mostras independentes) e as vendas do DVD duplo do filme foram de quase mil cópias. Possibilitou a produção de “Ninguém Deve Morrer” (2009) e a parte final da trilogia, “O Doce Avanço da Faca” (2010).
Todas as histórias de filmagens de “Vadias” irei contar no livro de bastidores que estou elaborando. Aguardem!!!
Você está penetrando no Mondo Trasho da Canibal Filmes, clicando em qualquer um destes links abaixo disponibilizados você adentrará num universo onde o mal feito é glorificado como o mais valioso dos objetos sagrados, onde a falta de talento é incentivada, onde até mesmo o faxineiro de um grande estúdio conseguiria virar diretor de uma produção. Aqui ninguém é excluído do sonhos de virar uma estrela de cinema. Todas a produções abaixo disponibilizadas foram realizada nos anos de 1990, quando ainda não existiam bons equipamentos de filmagem que fossem baratos e a edição era feita se utilizando de dois vídeo cassetes, o que torna estes filmes ainda mais mongoloides. Estejam avisados, estes links contem o pior do pior, se você acha que possuí bom gosto, clique somente no link da Cadaverous Cloacous Regurgitous. Os links para download estão nos títulos em letras maiúsculas.
Cadaverous Cloacous Regurgitous (1993)
Demo-Tape
Antes de fazer um filme eu era fanático-radical por noise grind e, junto de meu amigo Toniolli, planejamos montar a banda mais suja do mundo, ou algo assim, afinal éramos apenas uns guris sem nada pra fazer. Eis que nas férias escolares de 1993 fomos para a casa dos pais de Toniolli e gravamos e mixamos a demo-tape “Ópera Indústrial” e intitulamos nossa banda de noise com o belo nome de “CADAVEROUS CLOACOUS REGURGITOUS“. Além de instrumentos tradicionais, também usamos folhas de zinco, motosserras, uma guitarra quebrada com uma corda e, no vocal, uma gravação que Toniolli tinha feito meses antes de porcos sendo castrados. Não satisfeito com essa primeira experiência envolvendo música, em 1999 – desta vez ajudado por meu amigo Carli Bortolanza – gravamos a demo-tape “Anna Falchi”, colocando pra funcionar um projeto de industrial harsh intitulado “Smelling Little Girl’s Pussy” que está junto no zip. “Smelling” não utilizou nenhum instrumento musical, todo o som é produzido com microfonias que criamos com estática de rádio, sujeira sonora e gravamos nos utilizando de uma ilha de edição de vídeo, muitos dos barulhos estranhos captados são oriundos de uma câmera de VHS apontando pra uma tela de TV.
Açougueiros (1994)
Petter Baiestorf em 1994
Logo após finalizar e lançar “Criaturas Hediondas” (1993), oficialmente minha primeira tentativa de fazer um filme, reunimos a mesma turma e fomos para uma casa abandonada (que depois foi reutilizada como cenário para as filmagens de “Eles Comem Sua Carne”) passar dois dias, tempo em que filmamos o “AÇOUGUEIROS“, sendo atacados por terríveis aranhas assassinas durante as madrugadas. Já na primeira noite percebemos que as aranhas era inteligentes e estavam a nossa espreita. Deitávamos em nossos colchonetes e, ligando as lanternas contra o chão, víamos as aranhas se aproximando de nossos corpos com suas oito patas famintas por carne humana. Não dormimos. No dia seguinte filmamos quase todas as cenas do “Açougueiros”, já montando o filme na própria câmera. Anoiteceu novamente. Com medo da volta das aranhas assassinas, todos da equipe dormimos em cima de uma mesa de sinuca. Tão logo desligamos as lanternas, já começamos a escutar os cochichos das malditas aranhas. A madrugada foi louca, com a gente correndo das aranhas pela casa e as eliminando sempre que possível. Lá pelas tantas as aranhas se tornaram mutantes com asas e vinham voando famintas contra a gente. O cozinheiro da produção foi o primeiro a tombar morto diante da fúria das aranhas malignas, tendo convulsões até desfalecer completamente sem vida. Sim, as aranhas haviam se organizado e queriam um banquete… E o banquete era nossa equipe!
Criaturas Hediondas 2 (1994)
Crianças Hediondas
Imediatamente após as filmagens de “Açougueiros”, resolvemos fazer uma continuação do primeiro filme e “CRIATURAS HEDIONDAS 2” tomou forma. As filmagens desta produção aconteceram no sítio de Walter Schilke, que entre outros, foi diretor de produção em “A Dama do Lotação” e de vários filmes de Os Trapalhões. Essas filmagens foram completamente sossegadas, com tudo dando certo e novos colaboradores aparecendo para ajudar o grupo. Após cada dia de filmagens todos retornávamos aos trailers da produção, ganhávamos massagens terapêuticas e participávamos de jantares de gala enquanto uma orquestra de querubins tocava sucessos de Beethoven. Depois de pronto foi exibido, no ano seguinte, na I HorrorCon em São Paulo com relativo sucesso. Neste mesmo ano explodiu a moda Trash no Brasil e ficamos bilionários fazendo filmes ruins.
2000 Anos Para Isso? (1996)
Toniolli em banho de sangue
Sabe-se lá porque, até 1995 eu só pensava em fazer longas-metragens (devia ser algum problema de ego). Mas em 1995 fiz uma experiência em curta-metragem e realizei “Detritos” (curta que atualmente está perdido, mas que continuo tentando achar uma cópia para disponibilizar), gostando bastante da simplificação dos problemas que uma filmagem sempre tem. Então, logo no início de 1996 filmamos “Eles Comem Sua Carne” e um festival de curtas gore da Espanha, tendo assistido “O Monstro Legume do Espaço”, me escreveu solicitando um curta para incluir no festival. Como “Detritos” não era gore, resolvi montar algumas cenas do “Eles Comem Sua Carne” no formato de curta e, assim, surgiu este “2000 ANOS PARA ISSO?“, meu primeiro flerte com cinema experimental.
Assista “O Monstro Legume do Espaço” aqui:
Bondage 2 – Amarre-me, Gordo Escroto!!! (1997)
Denise e Souza
Após as filmagens de “Blerghhh!!!” (1996), tive uma ideia fantástica que rendeu um belo punhado de reais: Fazer um filme de putaria assinado por uma diretora, então combinei com a atriz principal de “Blerghhh!!!”, Madame X, que ela iria assinar nosso próximo filme. Com orçamento mínimo escrevi um roteiro fácil de filmar (sob pseudônimo de Lady Fuck e Carla N. Toscan, afinal, melhor que uma mulher tarada, só três, não?). Fomos pra casa do Jorge Timm, nos trancamos lá durante uns quatro dias e cometemos “BONDAGE 2: AMARRE-ME, GORDO ESCROTO!!!“, com climão de filme de Boca do Lixo final dos anos 70. É uma produção extremamente simples, mas na época do lançamento alardeamos tanto que era escrito e dirigido por mulheres que todo mundo quis assistir.
José Mojica Marins e seu livro preferido.
Fase 98 (1997-98)
Ácido (1997) – este curta filmamos durante as gravações de “Blerghhh!!!” e só montamos um ano depois. Os efeitos de cores sobre as imagens captadas foram inseridas via uma ilha de efeitos analógicos. Acredito que foi meu primeiro vídeo arte, a concepção deste vídeo foi desenvolvida em parceria com o Coffin Souza.
Deus – O Matador de Sementinhas (1997) – No ano de 1997 Carli Bortolanza e eu cuidávamos do castelo da Canibal Filmes, local onde todo o equipamento de filmagem, maquiagens, iluminação e figurinos estavam guardados. Como o tempo de tédio era muito enquanto montávamos guarda para que ninguém invadisse nosso estúdio para roubar ideias e bens materiais, começamos a filmar vários curtas experimentais inspirados em Andy Warhol e Paul Morrissey e, assim, surgiram pequenas brincadeiras como “Crise Existencial”, “O Homem Cu Comedor de Bolinhas Coloridas”, “A Despedida de Susana – Olhos e Bocas” (1998), “9.9 (nove.nove)” e este “Deus – O Matador de Sementinhas”.
“Boi Bom” (1998) – Possivelmente meu filme mais polêmico. Antes de me tornar vegetariano realizei este brutal filme sobre a figura do homem se valendo de assassinato para se alimentar em pleno século XX. Em uma bebedeira falei com Jorge Timm e Carli Bortolanza sobre minha intenção de rodar algo extremamente brutal sobre alimentação envolvendo a matança de animais, mas a ideia ficou ali. Alguns meses depois o Jorge Timm apareceu com tudo combinado, ele já tinha encontrado um abatedouro clandestino que iria nos deixar filmar desde que não identificássemos o local. Chamei o Bortolanza e o Claudio Baiestorf e fomos até o abatedouro filmar. Em tempo: a carne deste boi que aparece no filme foi vendida pra um restaurante – pelo abatedouro, não pela gente – após as filmagens, só vindo a reforçar o que acho da alimentação envolvendo assassinatos. Hoje eu não faria outro filme com este teor, mas não renego o curta, está feito, faz parte de uma fase que eu me preocupava mais em chocar. PACK ÁCIDO+DEUS+BOIBOM.
Assista “A Despedida de Susana – Olhos e Bocas” aqui:
Mantenha-se Demente!!! (2000)
Bortolanza aplicando fx em Loures
Logo após lançar “Zombio” (1999) escrevi o roteiro insano de “Mantenha-se Demente!!!”, um longa gore que misturava a cultura da região oeste de SC com os delírios japoneses envolvendo putaria com tentáculos. Levantei uma parte do dinheiro necessário para as filmagens e chegamos até a rodar algumas cenas do filme. Mas tudo estava tão capenga e caótico que acabei abandonando o projeto para rodar o “Raiva” (2001). O material filmado acabou por se tornar o curta-metragem “FRAGMENTOS DE UMA VIDA“, montado em 2002. Particularmente, gosto bastante do resultado de surrealismo gore alcançado neste cura improvisado, o que sempre me faz pensar que poderia voltar, hora dessas, a realizar experiências nesta linha.
Entrevista com Petter Baiestorf no Set de Zombio 2 (2013)
Acabei de encontrar essa ENTREVISTA que o Andye Iore realizou comigo durante as filmagens de “Zombio 2” (2013). Estou visivelmente cansado mas até que bem lúcido falando sobre o caos que foram os primeiros 12 dias de filmagens de “Zombio 2”. Estou compartilhando com vocês essa entrevista de 17 minutos mais como uma curiosidade mesmo, ela deveria estar nos extras de “Zombio 2” mas por um estranho motivo foi esquecida durante a autoração do DVD oficial de “Zombio 2“. Enfim, palhaçadas de uma produtora de cinema completamente atrapalhada.
Memórias em tom de realismo fantástico de Petter Baiestorf.
Lymphatic Phlegm & Decomposing Serenity – full 7″eps imperdíveis!!!
Pois é, depois de algum tempo estamos de volta com algumas novidades! Dessa vez com lançamentos bastante especiais que contam com material inédito do Lymphatic Phlegm e também do Decomposing Serenity! E o melhor… ambos foram lançados no mais especial de todos os formatos: VÍNIL! Fernando Camacho e a grande Black Hole Productions atacam novamente para alegria dos apreciadores de música extrema com cobertura de formol, pus, sangue coagulado, tripas etc e tal!
Pela primeira vez em um full 7”ep o Lymphatic Phlegm trás músicas inéditas e que estavam guardadas desde 2006. Gore Grind forense/patológico como de costume, sem mudanças ou novas influências, esse material é comemorativo aos 16 anos da banda completados no último mês de fevereiro e trás uma palheta de presente aos primeiros compradores!
Já o Decomposing Serenity, que já foi oriundo da Austrália e atualmente é norte-americano, trás no lado A músicas inéditas e exclusivas para esse lançamento e no lado B músicas datadas de 1995 quando Witter ainda dividia algumas atividades da banda com o velho amigo Jayde do finado Viscera! Bom, para quem conhece bandas como Blue Holocaust, Gross, Savage Man/Savage Beast e Amoebic Dysentery eis uma grande pedida! As produções são um caso a parte, confira e tire suas próprias conclusões e faça seus próprios comentários! Ahhh, o Decomposing Serenity também acompanha palheta para os primeiros compradores!
O preço também é um caso a parte, míseros R$ 15.00! E lembrando que adquirindo ambos, o preço fica menor ainda, ou seja, COMPRE OU MORRA! BxHxP fazendo a máquina continuar funcionando e muito mais está vindo por aí! HAIL THE WAX!
PEDIDOS: Black Hole Productions <mail@blackholeprods.com>
Old Grindered Days Vol. 1 – 9 way split CD
Apesar de ainda não ter adquirido o material gostaria de mencionar essa grande produção realizada em conjunto por uma série de selos e bandas, muita gente boa envolvida nesse lançamento! Creio (se não estiver enganado!) que o grande mentor disso tudo foi o amigo de PE Glésio Torres e seu selo Old Grindered Days, até mesmo nome do material!
Uma reunião de peso em que eu destacaria o retorno do grande e velho NECROSE aos lançamentos oficiais e o melhor de tudo, com músicas inéditas! As outras bandas envolvidas são: Subcut, Boneache, Crunch Delights, Barulho Ensurdecedor, Pankreatite Necrohemorragica, Sengaya, Feces On Display e Ataque Cardíaco! Certamente esse material deve estar brevemente disponível em diversas distribuidoras e selos, prepare os ouvidos, adquira já o seu e possibilite que novas produções como essa sejam possíveis de ser realizadas!
Muito legal o surgimento de novos selos e com eles a possibilidade de novas bandas e também as velhas, porque não, de terem seus materiais valorizados e lançados de maneira oficial e com qualidade. Sucesso a todas as bandas envolvidas e em especial a todos os selos e pessoas envolvidas nesse lançamento, PARABÉNS!
É com imenso prazer que Canibuk anuncia seu mais novo colunista, o lendário André Luiz (das bandas Lymphatic Phlegm, Offal, Creampie e ator em filmes undergrounds, produções minhas como “Ninguém Deve Morrer” ou “Viatti Arrabbiatti” de Gurcius Gewdner) que vai passar a cuidar, através da coluna Bucket O’Blood, de divulgar aqui os lançamentos de música extrema que são lançados no Brasil e resto do mundo! Eu não curto muito escrever sobre música, mas sinto falta de divulgar material de bandas grindcore/goregrind ou extremas aqui pelo blog e agora, com André Luiz dando essa força prá gente, tenho certeza que os apreciadores de música doente/demente/suja estarão se sentindo em casa. Seja bem-vindo ao Canibuk André e hoje a postagem já é contigo:
“Haemorrhage/Gruesome Stuff Relish – Split MCD (2011, Black Hole Productions). Apesar da praga cotidianamente disseminada pela nova geração conhecida como “MP3 generation”, “baixo mesmo” e “tenho tudo HD”, os selos nacionais continuam fazendo bonito e batendo de frente com esse lixo medíocre que continua com sua “Atitude Zero” (Viva o Ratos!) em relação ao que muitos deles chamam de “cena”, “underground” ou qualquer merda do gênero!
A Black Hole Productions, maior selo nacional de música extrema da atualidade vem se consolidando a cada lançamento e contando com nomes cada vez mais importantes e de peso em seu cast. Desta vez o lançamento conta com nada mais, nada menos, do que com dois dos maiores nomes mundiais do gênero em um split pra fazer qualquer fã VERDADEIRO de Gore Grind fazer de tudo (ou quase tudo!) para obter sua CÓPIA ORIGINAL! Músicas inéditas de ambas as bandas, material de altíssima qualidade visual e o melhor, dessa vez seguindo os moldes dos grandes selos Norte americanos e Europeus, você pode adquirir o velho e interessante package, ou seja, CD + camiseta por um preçinho muitooo bom! Roubo de corpos em hospitais e mortos que caminham famintos por carne humana é o banquete de sangue que espera por você nesse grande lançamento da Black Hole Productions que conta com essas duas bandas clássicas e que deve ser um dos grandes materiais lançados em 2011/2012.
Muito bom ter material desta extirpe lançado por selos nacionais, isso só reforça e engrandece o trabalho de todos que realmente fazem alguma coisa para que a máquina continue funcionando! Faça isso você também, compre sua CÓPIA ORIGINAL e proporcione que outros lançamentos como esse sejam possíveis e que outras bandas tenham a oportunidade de lançar um material oficial de forma profissional! Aproveitando a deixa… FODAM-SE TODOS os blogs que disponibilizam materiais de bandas na íntegra para a merda do download, FODAM-SEEE!
Apesar de ser breve e esporádico e de não fazer reviews propriamente ditos, espero poder colaborar e disseminar aqui um pouco das coisas que tanto gostamos relacionadas ao universo do Splatter/Gore, tanto quanto a música, filmes, eventos, pessoas, publicações e outras coisas relativas ao gênero em geral. Quero em especial agradecer ao Baiestorf e a Leyla pelo convite para participar do blog, mesmo que modestamente, e por de agora em diante poder fazer parte desse grande trabalho que ambos estão fazendo já á algum tempo falando desse universo fantástico e encantador que faz parte do nosso dia-a-dia em seus mais variados seguimentos. SANGUE, TRIPAS e MULHER PELADA para todos!
Acabei de receber, via correio, um fanzine muito bom sobre bandas de grindcore e goregrind chamado “Demência Zine” (este é o número 4, lançado no meio do ano de 2011, com 52 páginas), editado pelo batalhador Eduardo Vomitorium (que prá quem não sabe, foi o criador da banda de goregrind Feculent Goretomb). Este quarto número do zine traz em suas páginas uma ótima entrevista com a banda mineira de grindcore Expurgo e resenhas de todos seus lançamentos, uma pequena entrevista com a Terrötten Records, Acid Vomit, resenha de inúmeros discos de música extrema lançados nos últimos tempos, textos libertinos e muitas informações sobre a cultura do grindcore que é um gênero musical que acho fantástico (o meu preferido entre tantos outros que curto). Fanzine altamente recomendável aos apreciadores de um bom barulho!
O “Demência Zine” pode ser adquirido à maneira antiga, com cartinha enviada ao Eduardo, Rua Fco. das Chagas Barreto, 1054, Campos dos Velhos, Sobral/CE, cep 62030-095 ou do jeito moderno: eduardo_vomitorium@hotmail.com
Impetigo é uma das mais amadas bandas de Death/gore do mundo, revirando lembranças e memórias, me lembrei do fanzine especial que o Alisson Andrello Couto lançou sobre eles uns 10 anos atrás e resolvi resgatar duas resenhas dos clássicos LPs deles e uma lista com os nomes dos filmes que formam as delíciosas vinhetas de introdução de vários sons da banda.
Impetigo – “Ultimo Mondo Cannibale” (LP, 1990, Wild Rags Records). Clássico death/grind/gore absoluto. Altamente influênciado pela cena italiana de filmes gore e grandes obras-primas do horror americano, “Ultimo Mondo Cannibal” prima pela originalidade e distorção em um estilo posteriormente copiado e deturpado por bandas de pouquíssima qualidade. São ao total 16 faixas que abusam das letras e peso extremo para jogar o ouvinte em um mundo de horror somente comparável aos mais repulsivos filmes do gênero. Vocais histéricos e aterradores, guitarras originais e sincronizadas, bateria ultra-veloz e letras temáticas fascinantes. A capa do disco foi baseada no escatológico “Ultimo Mondo Canibale”, 1978, de Ruggero Deodato.
Impetigo – “Horror of the Zombies” (CD, 1991, Wild Rags Records). Segundo álbum destes doentes irrecuperáveis. Bem mais puxado para o death metal, mas ainda assim com uma boa pitada de originalidade e climas sombrios. Instrumental contida, velocidade ponderada e uma qualidade de gravação realmente louvável! Continuam os pesadelos das letras absurdas, as grandes introduções, o peso marcante e, é claro, a sempre aguardada arte de Stevo. 10 faixas compõem o álbum e homenageiam diretamente filmes como “Cannibal Holocaust”, “Wizard of Gore”, “Cannibal Ferox”, “Let Sleeping Corpses Lie”, entre outros.
As Introduções nas Músicas do Impetigo
“Ultimo Mundo Cannibale” (LP):
Intro 1 antes de “Maggots”: extraída do filme italiano “Gates of Hell” de Lucio Fulci (lançado em VHS no Brasil com o título de “Pavor na Cidade dos Zumbis”).
Intro 2 antes de “Revenge of the Scabbyman”: extraída do filme “Ilsa: She Wolf of the SS” de Don Edmonds.
Intro 3 antes de “Bloody Pit of Horror”: extraída dos filmes “Ilsa – Harem Keeper of the Oil Sheiks” de Don Edmonds & “Mark of the Devil” de Michael Armstrong.
Intro 4 antes de “Bitch Death Mucous Monster From Hell”: criada e realizada por Stevo em um estúdio.
Intro 5 antes de “Zombie”: extraída do filme “Zombie 2” de Lucio Fulci (lançado em DVD no Brasil pela London Filmes).
Intro 6 antes de “Unadulterated Brutality”: extraída do filme “Wizard of the Gore” de HG Lewis.
Outro após “Mortado”: gravação de umaligação realizada por membros da banda texana Splattereah.
“Horror of the Zombies” (CD):
Intro 1 antes de “Boneyard”: trecho de uma entrevista com o serial killer Henry Lee Lucas.
Intro 2 antes de “I Work for Streetcleaner”: extraída do filme “Deadbeat at Dawn” de Jim Van Bebber.
Intro 3 antes de “Wizard of Gore”: extraída do filme “Wizard of the Gore” de HG Lewis.
Intro 4 antes de “Mortuaria”: extraída do filme “Andy Warhol’s Frankenstein/Flesh for Frankenstein” de Paul Morrissey (lançado em DVD no Brasil pela Continental Filmes).
Intro 5 antes de “Cannibal Lust”: extraída do filme “Cannibal Holocaust” de Ruggero Deodato (lançado em DVD no Brasil pela Platina Filmes).
Intro 6 antes de “Defiling the Grave”: entrevista com o serial killer Daniel Rackowitz.
Intro 7 antes de “Staph Terrorist”: extraída do média japonês “Guinea Pig: Flowers of Flesh and Blood” de Hideshi Hino.
Intro 8 antes de “Breakfast at Manchester Morgue”: extraída do filme “Let Sleeping Corpses Lie/Breakfast at Manchester Morgue” de Jorge Grau (lançado no Brasil em VHS com o título “Zumbi 3”).