Aqui você encontra o que rola de melhor no mundo underground e espaço pra o tipo de arte que tenha algo interessante a dizer e mereça ser descoberta, apreciada e/ou resgatada. Se você quer ficar informado sobre festivais, shows, mostras, lançamentos e exposições que acontecem pelo mundo underground, se interessa por cinema independente, sons extremos e curiosos, arte erótica, fetiches variados, putaria da boa, bebidas, culinária vegetariana, HQs, resgate cultural, zines, filme B, anarquia, pensamento libertário, atéismo e senso de humor crítico, siga o Canibuk, o blog que tem a MEGALOMANIA como palavra de ordem!
“Vadias do Sexo Sangrento” (2008, 30 min.) escrito, fotografado, produzido e dirigido por Petter Baiestorf. Maquiagens gore de Carli Bortolanza. Edição de Gurcius Gewdner. Com: Ljana Carrion, Lane ABC, Coffin Souza, PC, Jorge Timm e Petter Baiestorf.
Ao elaborar o “Arrombada – Vou Mijar na Porra do seu Túmulo!!!” (2007), já pensei numa espécie de trilogia da carne, que se seguiu com este “Vadias do Sexo Sangrento” (2008) e “O Doce Avanço da Faca” (2010). Todos com duração de média-metragens para, num futuro próximo, relançá-los como um longa em episódios intitulado “Gorechanchada – A Delícia Sangrenta dos Trópicos”. Inclusive neste ano de 2016 realizei uma exibição deste projeto “Gorechanchada” no Cinebancários de Porto Alegre com grande participação de público, como todos que ali estavam já conheciam os filmes rolou aquele climão de algazarra que tanto faz com que as sessões Canibal Filmes sejam a diversão que são.
“Vadias” foi filmado no início do inverno de 2008 em 4 dias de filmagens e um orçamento de R$ 5.000,00. Reuni praticamente a mesma equipe de “Arrombada” (que já estava afinada) acrescida de Lane ABC e Jorge Timm (que não estava no elenco do filme anterior por estar em Tocantins). Com um roteiro melhor em mãos, cheio de metalinguagem (tentando avançar nas ideias que estava desenvolvendo na época em produções como “Palhaço Triste” (2005) e “A Curtição do Avacalho” de 2006) e pouca abertura para improvisações, fomos pro Rancho Baiestorf rodar um filme que deveria parecer improvisado do início ao fim (gosto da leveza que o clima de improvisação dá numa produção).
Não lembro de nenhum contra tempo nas filmagens de “Vadias”. Foi um daqueles raros casos em que tudo deu certo e não tivemos problemas. Filmávamos apenas durante o dia (acho que apenas duas ou três seqüências que foram filmadas à noite) e ao anoitecer rolava um jantar regado à muita bebida, o que deixava a equipe e elenco bem descontraídos. O frio ainda não estava castigando, o que foi essencial para manter o bom humor do elenco que passava 90% do tempo pelado pelo set. Amo filmar com equipe reduzida, 12 pessoas no set (incluindo elenco) é o que considero o ideal, bem diferente de “Zombio 2” onde tivemos 72 pessoas trabalhando sem parar durante 23 dias.
O lançamento do filme rolou num esquema muito parecido com o que já havíamos feito com o “Arrombada” e o relançamento de “Zombio” (1999). Desta vez resgatamos e re-editamos o policial gore “Blerghhh!!!” (1996) para relançar e completar o programa das exibições. Logo nos primeiros meses computamos 5 mil espectadores para o filme (em salas alternativas, cineclubes e mostras independentes) e as vendas do DVD duplo do filme foram de quase mil cópias. Possibilitou a produção de “Ninguém Deve Morrer” (2009) e a parte final da trilogia, “O Doce Avanço da Faca” (2010).
Todas as histórias de filmagens de “Vadias” irei contar no livro de bastidores que estou elaborando. Aguardem!!!
Com a proximidade do Guarú Fantástico resolvi postar aqui o roteiro de “Ninguém Deve Morrer”, western musical que escrevi/produzi/dirigi em 2009 e que ganhou no Guarú prêmio de melhor direção, produção e edição pelo voto popular. “Ninguém Deve Morrer” teria sido um filme bem ruim se numa das minhas conversas com a Leyla Buk ela não tivesse me enviado a música “Porque Brigamos?” de Diana e essa música deu um estalo do que eu precisama fazer prá transformar uma idéia de jerico em algo, no mínimo divertido. Ao fazer um filme minha primeira preocupação é a de divertir quem for ver o filme, acho que por isso dificilmente vocês verão um filme de Petter Baiestorf metido a sério, pois eu realmente não curto filmes metidos à sério. Aliás, como eu adorei a experiência de produzir um musical, é mais fácil eu fazer outro novo musical, a idéia me persegue desde 1996 quando falhei tentando realizar o muito ruim “Caquinha Superstar a Go-Go” como musical.
Segue o que teria sido o segundo roteiro (a primeira idéia do que seria um projeto chamado “Ninguém Deve Morrer” é outro argumento, mas como é algo que ainda quero filmar não vou colocar a idéia aqui), antes de incluir a estética musical no projeto:
Tela escura com créditos: CANIBAL FILMES & BULHORGIA PRODUÇÕES apresentam.
Tela escura com créditos: UM FILME DE PETTER BAIESTORF.
Seq. 01 – estrada seca com pedras (Rancho baiestorf)/ Dia – Sol intenso.
Música:
Cena:
Câmera estática mostrando pedras e sol, respinga sangue, muito sangue sobre as pedras, personagem solta grito abafado, escuta-se um corpo caindo. Outro personagem está gemendo, nota-se pelo som que está ferido, câmera se ergue um pouco e consegue pegar o Ninguém caindo contra o barranco do local da luta com a barriga aberta por um faconaço, pedaços de tripas são vistas na tela entre os dedos da personagem. Câmera se aproxima do rosto suado em agonia e dor, permanece por alguns segundos sobre ele.
Personagem recoloca suas tripas para dentro, com um pedaço de arame retirado de seu bolso e um barbante de amarar fumo ele se costura. Closes explícitos nessa operação. Estando pronto ele pega seu facão e se levanta olhando para o cadáver ensangüentado ao seu lado.
E sai cambaleante pela estrada de pedras determinado na sua sede de vingança.
Câmera colocada rente ao chão, em primeiro plano os pés com tripas do morto e em segundo plano, se distanciando, a personagem sem nome cambaleante.
Ninguém segue cambaleante (ao ritmo da música) pela estrada, segurando suas tripas e deixando pedaços caídos pela estrada.
Closes em seu rosto suado nojento.
Closes em seu estômago arregaçado com moscas dançarinas ao redor.
Closes em pedaços de tripas que por ventura caírem na estrada.
Respingos de sangue pelo chão.
Ninguém para sua caminhada, câmera caminha em direção ao personagem, enquadra seu rosto na tela.
VOZ em off de NINGUÉM: “Eu sinto um gosto de sangue em minha boca… Somente a vingança saciará minha sede de violência!!!”
Depois de sair cambaleando de novo, corte brusco para câmera caída no chão, por trás de pedras, como uma visão voierística dos espectadores filhos da puta.
Ninguém cambaleante para novamente, olha fixo para o nada em direção ao céu, se ajoelha (mais caindo pela dor do que por querer se ajoelhar)…
aparição da NOSSA SENHORA APARECIDA (aqui chamada de Circe Circense)… (Filmar em separado essa joça).
Ninguém esfrega os olhos, não acredita em sua aparição, era Ateu.
Câmera permanece enquadrando meio Ninguém por um bom tempo
VOZ em off de NINGUÉM: “Puta que o pariu, assim não dá, preciso de um trago!!!… Preciso matar meia dúzia de cristão filho da puta!!!… Preciso sentir meu facão rasgando a carne desses filhos duma égua!!!”
Ninguém se levanta e continua sua caminhada cambaleante.
Câmera do alto de uma colina mostrando Ninguém na estrada caminhando, um corpo de pobre entra na visão da câmera, carregava uma foice, sai em direção à Ninguém com rapidez…
Seq. 04 – Estrada seca – canavial (rancho baiestorf/dia do jeito que estiver
Musica:
Cenas:
Câmera em close no rosto de Ninguém, afasta-se para registrar o Colono da foice chegando por trás e dando o golpe. Ninguém cai ao chão…
Colono com foice parado (filma-lo meio de lado, com tripé).
Close no sangue escorrendo pela foice.
Ninguém coloca sua mão nas costas e olha para seus dedos. CLOSE nos dedos ensangüentados. Ele se levanta apoiando-se em seu facão.
Os dois estão se estudando (ao fundo se vê um canavial).
ENXERTO: da Circe Circense-nossa senhora olhando de longe a briga…
Ninguém parte para cima do colono e acerta o primeiro faconaço (Se eles não conseguirem lutar, filmar de longe alternando planos bem fechados e editar a porqueira do jeito que der e foda-se).
Colono cai ao chão com sua tripas meio que vazando do peito (isso mesmo mane, do peito né!!!), fica ajoelhado de costas pro Ninguém, que se aproxima dele e com o facão corta a jugular do colono fazendo o sangue respingar bonito.
Colono fica com as mãos no pescoço enquanto o sangue verte grosso.
Plano aberto dele se levantando e saindo com as mãos no pescoço em direção ao canavial, entra no canavial e Ninguém entra logo atrás. Arranca e come o olho do Colon0.
Ver qual que é do canavial e bolar uma perseguição meio comprida dentro do canavial.
Câmera na mão o tempo todo, closes nas feridas, expressões de medo, pavor, etc…
ENXERTOS ALEATÓRIOS da Circe Circense
Terminar essa desgraça de cena com Ninguém Dando várias faconaços no Colono dentro do canavial. Colono não morre. Ninguém sai do canavial em direção a old house.
Seq. 05 – Casa Velha do Blerghhh/ dia
Música:
Cenas:
Câmera filma de longe Ninguém vindo em direção a casa onde filmamos o Blerghhh (desta vez filmada do lado da árvore grande).
Câmera na mão caminhando junto do Ninguém, ele para…
ENXERTO de Circe Circense sentada ao lado da casa…
Close do rosto de Ninguém.
Casa sem Circe – Nossa Senhora…
Ninguém caminha até a casa, encontra cachaça e bebe generosos goles.
Ninguém senta-se na sujeira, limpa seu rosto suado/ensangüentado…
Câmera sai caminhando de Ninguém, mostrando o chão, depois erguendo à altura de um metro e sessenta até chegar e enquadrar um cabeludo metaleiro futurista decadente mendigo portando uma motosserra já ligada sobre sua cabeça. Imitando um viking o Cabeludo grita e sai correndo em direção a casa velha, câmera tenta acompanha-lo… Tremedeira do caralho, barulho da motosserra, copada das árvores, correria, gritos, essas porras prá editar depois…
Corta para Ninguém se levantando rápido, se desviando do ataque.
Close na parte da serra da motosserra entrando com fúria dentro de uma madeira.
Ninguém ergue o facão e acerta nas costas do cabeludo (agora tipo facada, tem de arrumar uma cabo de facão para prender nas costas do cabeludos).
Close no rosto do cabeludo que grita de dor largando a motosserra ligada para tentar inutilmente tentar tirar o facão de suas costas.
Cabeludo se afasta um pouco.
Ninguém fica olhando-o.
Cabeludo tentando tirar o facão.
Ninguém pega a motosserra e parte contra o cabeludo.
Closes de muito sangue, motosserra penetrando o corpo do cabeludo (ver manequim ou algo assim vestido com a roupa do cabeludo), tripas e sangue a rodo, muito.
Closes no cabeludo gritando com muito sangue contra ele.
Closes no Ninguém com baldes e baldes de sangue contra ele.
TRABALHAR ESSA CENA TODA NO TRIPÉ
Terminar com o cabeludo desmembrado caindo no chão entre tripas e seus membros decepados. Mesmo depois de morto Ninguém continua a violência contra o corpo.
Um enxame de moscas pousando no corpo do cabeludo para deliciarem com as imundices.
Ninguém larga a motosserra, pega seu facão retirando-o das costas do cabeludo morto e caminha entre as árvores…
XXXXXXXXXXXX (fim do primeiro final de semana de filmagens)
Seq. 06 – rancho baiestorf/qualquer lugar
Música:
Cenas:
Ninguém para ao lado de uma árvore, senta-se contra ela, olha fixo para sua visão santa
Plano médio da Circe-Nossa Senhora olhando para Ninguém, ela começa a caminhar em direção ao moribundo. Ao lado de Ninguém um batedor de terra de construção.
Plano aberto de longe mostrando a Circe/Nossa Senhora chegando próximo à Ninguém, parando em frente dele.
Fechado em Ninguém se abraçando à Nossa Senhora, abraçando-a toda nas pernas, ele olha para cima.
Close no rosto dela olhando-o.
Plano aberto com os dois, a mão de Ninguém larga o facão e desliza para baixo do vestido/pano extravagante da Nossa Senhora esfregando e apalpando as coxas dela.
Ninguém agarra a Nossa senhora e a puxa para si, fazendo-a sentar em seu colo.
Close em Ninguém babando sua taradice.
Esfrega sua mão (por baixo do vestido) no ventre de Nossa Senhora, fazendo-a ofegar meio assustada.
Mão esquerda aperta os seios de Nossa Senhora, abrindo o pano ele aperta os bicos do seio da Nossa Senhora…
Ninguém se levanta e abre seu zíper.
Close na Nossa Senhora olhando-o séria.
Ninguém puxa o rosto da Nossa Senhora contra seu ventre.
Close em Nossa Senhora abrindo a boca.
Close no rosto de Ninguém sentindo prazer.
Plano médio com a Nossa Senhora ajoelhada na frente de Ninguém simulando um boquete.
Close no rosto de Ninguém que goza de prazer.
Durante o Gozo suas mãos apertam com força a cabeça de Nossa Senhora contra seu ventre.
Plano médio com Nossa Senhora se afastando do ventre de Ninguém.
Close no rosto de Nossa Senhora, de sua boca escorre esperma (Souza, arranjar alguma coisa com cor e consistência de porra) pelo canto da boca…
NOSSA SENHORA: Você não devia ter feito isso!!!
NINGUÉM: Porque não vagabunda???
NOSSA SENHORA: Porque eu vim à Terra para anunciar que você é o novo profeta e será sacrificado pelos homens…
Ninguém Gruda um tapão no rosto dela derrubando-a no chão.
Plano aberto dos dois, ele ergue o vestido dela, arranca as calcinhas e enraba a Nossa Senhora.
Nossa senhora grita de dor.
Sangue escorre pelas pernas de Nossa Senhora.
Plano fechado no rosto de Nossa Senhora e Ninguém por trás estuprando-a…
NINGUÉM: Sempre quis comer uma santinha!!!
NOSSA SENHORA: Isso não irá mudar em nada a profecia… (neste momento ela solta um suspiro de prazer)… Aí desgraçado… Faz Dois mil anos que ninguém me come direito… hãããããããããã…
Ninguém Goza pela segunda vez, deita-se ao lado dela…
NINGUÉM: Na verdade eu odeio Santas…
NOSSA SENHORA: Eu não sou santa, eu sou a Nossa Senhora, mãe, irmã, amante do escolhido… (diz isso com um sorriso de satisfação nos olhos)
NINGUÉM: Sério vadia ??? … Me chupa de novo então… (e puxa com sua mãos ela em direção ao ventre)…
Nossa Senhora lambe sua barriga, passa a língua pela pele, chupa seus pelos em close (de maneira erótica, com pouco de cuspe), até chegar ao ventre…
Ninguém segura-as pela cabeça, apertando-a contra seu ventre, delirava de prazer…
Close em Ninguém, que de repente grita de dor.
Sangue espirra de seu ventre.
Nossa Senhora ergue a cabeça com o pênis amputado dentro da boca, sangue escorre pelos lábios.
Ninguém segura seu ventre decepado/inutilzado…
Gritando de dor se levanta e pega o batedor de chão de construções e ataca a Nossa Senhora batendo com vontade nela.
Muito sangue contra ele, exagerar o máximo possível que pudermos.
Closes de Nossa Senhora gritando de dor diante das porradas que levava com o batedor de terra.
Sangue, muito sangue espirrando para todos os lados, tripas e amontoados de melecas, violência até sobrar apenas as vestimentas dela completamente ensangüentadas com carne esmigalhada e merda para todos os lados.
Ninguém tinha muito sangue em suas calças saídas de seu ventre agora sem pênis…
Pega seu facão e sai dali…
Seq. 07 – créditos:
Música:
‘NINGUÉM DEVE MORRER’
Seq. 08 – qualquer lugar.
MúSica:
Cenas:
Um ferro em brasa contra uma ferida em carne viva.
Plano aberto para ninguém largando o ferro quente ao chão, de seu ventre saia uma fumaça com cheiro de queijo mofado com cobertura de morangos silvestres batidos com açúcar caramelizado.
Ninguém bebe generosos goles de cachaça.
Ninguém estava ensandecido, sai caminhando com muita raiva.
XXXXXXXXXXXXX
Primeiro dia de filmagens com:
Coffin Souza (Ninguém)
Primeiro Morto (Cláudio Baiestorf)
Colono com Foice (Elio Copini)
Cabeludo da Motoserra (Petter Baiestorf)
Neste ponto eu já havia desistido de escrever essa porcaria de roteiro que, com certeza, não iria prá lugar algum. Quando desisti deste roteiro que aconteceu da Leyla Buk me enviar a música que deu estalo na cabeça, faíscas explodiram os neurônios, tudo pegou fogo e ficou claro na cabeça como eu deveria fazer o filme. Segue o roteiro oficial de “Ninguém Deve Morrer”:
Seq. 01 – Dia/Mato Rancho Baiestorf
Música:
Elenco:
Cenas: Artista plástico Uzi Uschi apresenta para câmera sua nova intervenção anti-carros na natureza.
UZI USCHI: Meu nome é Uzi Uschi e estou aqui hoje para organizar os carros anti-frutos, um protesto anti-carros, essas caixas de poluição ambulantes que acredito que deveriam ser exterminadas do Planeta Terra enquanto ainda temos planeta.
Usando roldanas, o carro (carcaça batida) é levantado numa árvore e colocado ali como um fruto do progresso em uma árvore da natureza e esse blá blá blá de sempre. Alguém vestido de modo extravagante é parte da intervenção tendo que segurar a corda do carro.
Câmera perto do rosto de Uzi Uschi (em primeiro plano), com carro pendurado ao fundo.
UZI USCHI: Esta caixa de poluição ambulante agora oprime essa árvore. Esta caixa de poluição ambulante é um peso para esta árvore e para todo o globo terrestre. Esta caixa de poluição ambulante que você transformou em um altar do progresso precisa ser modificada… (Câmera começa a se afastar)… Ei, prá onde você está indo… Volte aqui, volte aqui que ainda não terminei minha explanação contra o uso dos carros, tenho mais coisas para falar… Volte aqui!!!!… Porra, sempre assim, quando se fala do problema das caixas de poluição ambulante ninguém quer ouvir, ninguém se importa…
E a câmera chega até o lugar onde Olga está sentada com Ninguém numa mesa. Olga chorando.
Seq. 02 – Noite/Pátio da casa do Blerghhh/Rancho Baiestorf
Música: BARROS DE ALENCAR – “Prometemos não Chorar”.
Elenco:
Cenas: Elaborar a cena como um vídeo clip prá música “Prometemos não chorar” de Barros de Alencar. Decupar todos os ângulos desta cena em separado. Usando NINGUÉM, Olga (mulher de Ninguém), 3 caras travestidos para fazer o backing vocal da música + um Garçon. Este cenário é composto de duas cadeiras e uma mesa de bar somente. Minimalismo total. Cenário sem cenário.
Terminar a cena com Ninguém saindo do Bar. Olga fica na mesa chorando com as mãos no rosto, desesperado porque perdeu seu grande e único amor.
Seq. 03 – Dia/ Mangueira
Música:
Elenco:
Cenas: Ninguém chega até na mangueira onde a equipe-técnica de filmagens do Coronel Bajon o aguardava (coronel, operador de câmera S-8, iluminador com rebatedor, boizinho).
Travelling até rosto do Coronel Bajon.
CORONEL BAJON: Porra Ninguém, onde tu tava? Estamos aqui te esperando prá filmar!!!
NINGUÉM: “Eu estou cansado (pausa), vamos falar sobre isso amanhã!”*
CORONEL BAJON: Tudo bem, preparem o boi e vamos filmar.
Equipe começa a filmar. Ninguém começa a passar a mão no boi. Mão dando a impressão que vai descer até no pau do boi.
Alternar closes do Coronel dirigindo e da equipe filmando.
Ninguém para a ação no meio e se levanta olhando para o Coronel.
CORONEL BAJON: Porra, quem mandou parar seu viado!!!
NINGUÉM: “Vá pro inferno!”*
CORONEL BAJON: O que? Perdeu a cabeça, tá me desrespeitando??? Faz o que eu mandei!!!
NINGUÉM: “Seu Canalha!”*
E começa a chutar e a bater no Coronel que caí no Chão. Derruba os técnicos também e saí correndo d’onde estava.
Coronel se levanta limpando o sangue que saia de sua boca.
CORONEL BAJON: Sinto um gosto de sangue em minha boca!!!… (pega no ombro do iluminador)… Chame o Vieira… Esse puto vai levar chumbo quente no rabo!!!
Câmera permanece tempinho no rosto em close do Coronel Bajon.
Seq. 04- Créditos Iniciais/pintados.
Música:
Cenas: Pinturas da Leyla com desenhos de pistoleiros atirando e morrendo (enviar antes, prá ela, personagens caracterizados prá ela se basear) com os nomes:
PINTURA UM: Canibal Filmes e Bulhorgia Produções apresentam: (FUNDO VERMELHO COM DOIS PISTOLEIRO PRONTOS PRÁ SACAR AS ARMAS, UM OLHANDO PRO OUTRO, CENA CLÁSSICA DE DUELO, COLOCAR SOM DO TIRO QUANDO SACAR A ARMA DE UMA SEQUENCIA PRÁ OUTRA, NO CORTE DAS IMAGENS).
PINTURA DOIS: NINGUÉM DEVE MORRER (FUNDO VERMELHO COM UM DOS PISTOLEIROS COM MÃO SOBRE ESTOMÂGO, FERIDO, CAMBALEANDO PRÁ CAIR, COM SOM DE ALGUÉM FERIDO JUNTO DA MÚSICA).
PINTURA TRÊS: roteiro, produção e direção: Petter Baiestorf (FUNDO VERMELHO COM O PISTOLEIRO MORTO DEITADO ESTILO MORTO COM MÃOS CRUZADAS SOBRE PEITO COM UMA FLOR BRANCA SAINDO DE SUAS MÃOS).
Seq. 05 – Noite/casebre beira de rio/puteiro.
Músicas: DIANA – “Porque Brigamos?”
Elenco:
Cenas: Ajeitar aquele casebre como se parecesse uma casa pobre de ninguém e Olga. Uma rede de dormir à vista, fogo no fogão com fumaça, etc…
Olga sozinha, pós briga no bar, canta de maneira bem brega a música “Por Que Brigamos?” de Diana.
Alternar com Ninguém correndo pelo campo, Coronel Bajon mandando o iluminador ir buscar os capatazes (decidir se no puteiro).
Terminar a cantoria com Olga ainda em casa, Ninguém correndo pelo potreiro que dá prá casa de Olga e os Capatazes chegando na mangueira set de filmagem do Coronel Bajon.
O GRUPO DE CAPATAZES ENCONTRA FRAGA APÓS A MÚSICA TER TERMINADO, METROS ANTES DA MANGUEIRA, SEGUE ESTE DIÁLOGO E PÓS O DIÁLOGO ELES VÃO ATÉ O CORONEL BAJON COMO DESCRITO NA PRÓXIMA SEQÜÊNCIA:
VIEIRA: “Esporro-me todo ao vê-lo!”*
FRAGA: “Satisfação prá caralho!”*
Seq. 06 – Dia/mangueira.
Música:
Elenco:
Cenas: Capatazes chegando junto do Coronel Bajon e do operador de câmera. (Tony) Vieira (magrela afeminado com visual pós-punk feito por garota), (ody) Fraga (cara grande estilo gigôlo anos 70), (ozualdo) Candeias (colonão com capim na boca) e (Francisco) Cavalcanti (pistoleiro estilo gaúcho) + o iluminador.
CORONEL BAJON: Mil reais pela cabeça de Ninguém!!!
VIEIRA: “O Negócio é provocar uma confusão e pegar ele de calça curta!”*
FRAGA: “Deixa com a gente que não tem Xabu!”*
ILUMINADOR: “Vamos embora… Mas não me comprometa, meu negócio é outro!!!”*
CORONEL BAJON: Vivo ou morto!!!
CANDEIAS: “Cortar a garganta de uma garotinha é como cortar manteiga quente!”*
VIEIRA: “Ele Vai queimar no fogo do inferno quando eu acabar!”*
CAVALCANTI: “E você acredita que ele nos vá criar qualquer problema!”*
CORONEL BAJON: Vai criar problema nenhum… Matem o desgraçado!!!
Todos os capatazes (incluindo o Iluminador) montam em seus cavalos imaginários (DUBLAR AQUI CAVALOS) e saem dali em cavalgada.
Seq. 07 – dia/casebre beira do rio
Música:
Elenco:
Cenas: Ninguém abraçado de modo clássico em filme de westerns com Olga.
NINGUÉM: “Tenho que cumprir meu destino!”*
OLGA: “Não vá, pode ser perigoso!”*
Ninguém pega sua espingarda e seu facão. Sobre em seu cavalo.
NINGUÉM: “Tchau querida!… Tchau amor!”*
E sai galopando com seu cavalo imaginário também.
Câmera se volta prá Olga.
OLGA: “Ai eu to tão nervosa, eu quero um sorvete!”*
E fica abanando em despedida ao seu grande amor.
Seq. 08 – dia/mangueira
Música:
Elenco:
Cenas: Coronel Bajon e o operador de câmera abrem um isopor de cerveja e começam a beber algumas.
CORONEL BAJON: O negócio agora é esperar pela vingança bebendo uma cervejinha!!!”
OPERADOR DE CÂMERA: “É Vivendo que se aprende!”*
E mete o gargalo da cerveja goela abaixo.
Seq. 09 – Noite/casebre beira do rio.
Música: ADILSON RAMOS – “Olga”.
Elenco:
Cenas:
Os capatazes chegam até a casa de Olga que estava parada olhando-os chegar.
Todos param de frente prá ela, descem dos cavalos imaginários. Empunham seus facões.
Vieira chega próximo de Olga.
VIEIRA: “Eu tenho uma coisa prá dar prá você que vai gostar!”*
OLGA: “Sai da minha casa!”
VIEIRA: “Onde está seu amigo?… Eu perguntei prá onde ele foi!”* (e já dá uns tapas fazendo Olga cair).
Olga em primeiro plano. Vieira caminha até ela e a pega pelos cabelos. Filete de sangue escorre da boca dela.
VIEIRA: “Vamos, seja boazinha!!!”*
OLGA: “E daí?… Sou mulher até debaixo d’água, rola prá mim tem que ser por metro!!!”*
FRAGA: “Caralho!”*
VIEIRA: “Vou te mandar prá puta que te pariu!” (risadas e todos os capatazes sacam seus facões) e começam a chutar e a bater nela com eles.
CORTA PRÁ NINGUÉM SOBRE SEU CAVALO IMAGINÁRIO QUE COMEÇA A CANTAR “Olga” de Adilson Ramos.
NÃO ESQUECER DO TRIO DE DRAG QUEENS AQUI PRÁ FAZER BAKING VOCAL DA MÚSICA, ESTARÃO NO CENÁRIO QUE NINGUÉM ESTÁ E TAMBÉM NO CENÁRIO EM QUE OCORRE O ESPANCAMENTO.
Alternar Ninguém cantando “Olga” com Olga apanhando dos capatazes, elaborar chutes, faconaços, etc… tudo com cortes bem rápidos.
Ao encerrar a música os capatazes deixam Olga caída no chão cheia de cortes e sangrando. Montam em seus cavalos imaginários e saem cavalgando em linha reta, e logo alguns metros mais a frente começam a se separar em direções contrárias.
A Música “Olga” servirá de trilha pro espancamento e para mostrar o quanto Ninguém ainda amava sua mulher.
Seq. 10 – dia/potreiro estilo pampas.
Música:
Elenco:
Cenas: Ninguém tomando seu chimarrão. Estava sentado sobre pedras. Quando o chimarrão roca anunciando seu final, ele o coloca de lado. Pega sua espingarda e começa a acaricia-la. Coloca-a entre suas pernas e começa a masturbar o canos da espingarda até o jorro de um líquido branco acontecer de maneira inesperada.
Era ninguém mostrando ao público sua intimidade com suas armas.
Seq. 11 – dia/casebre de beira do rio
Música:
Elenco:
Cenas: Puta encontra Olga no casebre toda ensaguentada, coloca-a de pé e deixando que ela se apóie em seu ombro, leva-a consigo.
(TALVEZ EDITAR ESSA CENA COM MENOS QUADROS POR SEGUNDO PRÁ DIALOGAR COM CINEMA MUDO).
Seq. 12 – dia/potreiro estilo pampas.
Música:
Elenco:
Cenas: Ninguém escuta o relinchar e cavalo e pega sua espingarda. Caminha até atrás de uma grande pedra.
Vê o iluminador bebendo água agachado num riozinho. Ninguém faz mira (câmera subjetiva mostrando o tiro) e mata o iluminador com um tiro certeiro pelas costas. O Iluminador cai ensangüentado e já morto dentro do rio. Fica boiando.
Close no iluminador morto dentro do rio. Ninguém se levanta de trás das pedras e volta para se acampamento e sobe sobre seu cavalo imaginário e se manda dali.
(TALVEZ EDITAR ESSA CENA COM MENOS QUADROS POR SEGUNDO PRÁ DIALOGAR COM CINEMA).
Seq. 13 – dia/potreiro estilo pampas.
Música:
Elenco:
Cenas: Vieira encontra o iluminador morto na água, puxa-o para fora da água e revista os bolsos do iluminador tirando as moedas que ele trazia no bolso.
Termina de roubar os pertences do iluminador e acende um cigarro quando os outros capatazes (Fraga, Candeias, Cavalcanti) chegam ali também fazendo barulho com seu cavalos imaginários.
Close no rosto do iluminador, que abre os olhos e diz:
ILUMINADOR: “Me enterre, não me deixe pros animais!”*
VIEIRA: “Queres tomar no cú outra vez?”*
E Vieira mete o dedo dentro do ferimento do tiro na garganta do iluminador…
VIEIRA: “Negócio é o seguinte meu irmão, o dono do pedaço aqui sou eu, falou!”*
FRAGA: “Mas é claro, eu sou esperto!”*
VIEIRA: “Vamos!”*
E todos eles saem com seus cavalos. Câmera tendo em primeiro plano o rosto morto do iluminador.
Seq. 14 – dia/puteiro
Música:
Elenco: Cenas: Capatazes chegam no puteiro e começam a barbarizar as quatro putas mais Olga enfaixada sobre uma cama. Cada capataz com suas taras que não são sexuais.
Vieira molesta sexualmente com uma banana Olga enfaixada. Pouco antes ele obriga Olga a se ajoelhar e limpar seus sapatos com um lenço onde ele cuspiu.
Fraga derruba outra puta contra uma cama e com um chicote ou pá de madeira espanca na bunda, como um pai que pune a filha.
Caprichar no visual de Olga com suas bandagens. Filmar essas cenas de estupro como se filma naqueles faroestes antigos, meninas vestidas com grande vestidões prendados e etc…
Terminar com os capatazes montando em seus cavalos e seus cavalos e saindo dali.
Trabalhar essa cena ainda. (TALVEZ EDITAR ESSA CENA COM MENOS QUADROS POR SEGUNDO PRÁ DIALOGAR COM CINEMA MUDO).
Seq. 15 – Noite/pátio da casa do blerghhh!!!
Música: LOS LOBOS – “Só Vejo Você”
Elenco:
Cenas: Ninguém chega na casa abandonada de alguém. Procura algo prá comer, encontra um velho pão e parte um pedaço com suas próprias mãos e come.
Enquanto está comendo é empurrado por Vieira por um chute nas costas, cai no chão deixando seu pão voar pela terra. Vieira fica chutando-o fazendo rolar pelo chão. Os outros capatazes vão aparecendo aos poucos.
Vieira começa a cantar “Só vejo você” dos Los Lobos. DESTA VEZ OS BACKING VOCALS SERÃO FEITOS PELOS OUTROS CAPATAZES.
Durante a música, Ninguém fica sendo espancado. Na parte do backing vocal (perto do final), Vieira e amarrado ao estilo de filmes de faroeste e os capatazes ficam socando-o e cantando.
Ver storyboards.
Seq. 16 – dia/puteiro
Música:
Elenco:
Cenas: Olga se levanta do chão totalmente enfaixada com suas gazes, Sangrava por alguns pontos. Ajuda outra das putas levantar. Puta limpa sangue que escorria da boca.
Olga pega um pedaço de tábua com pregos . Olha prá suas amigas do puteiro e diz:
OLGA: A gente mesmo precisa acabar com esses filhos da puta!!!
As outras putas concordam com a cabeça. Uma pega um garrafa de cachaça já quebrada (uma garrafa de cachaça de plástico, cortar ela em formato clássico de garrafa quebrada) e outra uma xícara.
As putas saem dali lideradas por Olga enfaixada.
Seq 17 – dia/pátio da casa do Blerghhh!!!
Música:
Elenco:
Cenas: Ninguém estava amarrado com cordas presas no teto. Aquele estilo clássico de westerns.
Só Candeias estava por ali cuidando de Ninguém com uma grande faca. Ninguém consegue imobiliza-lo com os pés e obriga-o a cortar uma das cordas.
NINGUÉM: “Está com medo, valentão!”*
CANDEIAS: “Caralhos que me fodam!!!”*
NINGUÉM: “Não tem cu vai tu mesmo!!!”*.
E Candeias corta a corda. Ninguém dá gravata nele com apenas uma das mãos e corta a outra corda.
Vieira aparece com os outros dois capatazes (Fraga e Cavalcanti).
VIEIRA: “Merdinha!”*
FRAGA: “Pode Matar!”*
Vieira dá tiro que explode algo atrás de Ninguém e ele sai correndo dali.
CAVALCANTI: “É um gigante prá ninguém botar defeito!”*
Vieira e Fraga olham prá ele. Candeias levanta ficando em primeiro plano.
VIEIRA: “Você é um cornô sem-vergonha!”*
Seq. 18 – dia/mato rancho baiestorf
Música:
Elenco:
Cenas:
Mesmo cenário onde Uzi Uschi falava sobre sua intervenção anti-carros.
Ninguém passa correndo por baixo da árvore onde havia o carro de Uzi Uschi e ao passar o carro cai sobre ele.
Fazer essa seqüência com câmera sobre tripé, ao estilo dos cortes bruscos de monty python.
Deixar aparecendo no ângulo o carro pendurado (sem aparecer as cordas), Ninguém correndo por baixo. Corta imagem quando ele está reto embaixo do carro e sem mudar ângulo nenhum já coloca carro despencando sobre a cabeça de ninguém (no mesmo estilo que Monty Python filmava aquele peso de 16 toneladas caindo sobre seus membros).
Corta prá expressões de felicidade no rosto dos capatazes.
Seq. 19 – Noite/mato rancho baiestorf
Música: FÁBIO – “Lindo Sonho Delirante”
Elenco:
Cenas:
Capatazes chegam até no carro que estava sobre Ninguém quase morto. Metade do seu corpo estava esmagado sobre o carro. Tripas e merda por todo o corpo e rosto de Ninguém. Seus braços se debatiam um pouco ainda.
Começa o som de Fábio – “Lindo sonho delirante”. Ninguém mesmo quem canta.
Enquanto ninguém canta, alternar com os capatazes arrancando seus braços aproveitando para puxa-lo pelos braços já que ele estava preso nas ferragens.
Alternar também as putas saindo do puteiro armadas com armas ridículas a definir ainda.
Quando termina a música os capatazes saem cada um prá um lado e Ninguém morre de vez.
Seq. 20 – dia/mangueira
Música:
Elenco:
Cenas:
Coronel Bajon e o operador de câmera estavam filmando outro freak zoofílo comendo o boizinho, engatadão atrás do boi.
Câmera filmava alucinadamente.
Coronel bebia cerveja se babando de prazer.
Vieira chega até ali.
CORONEL BAJON: Corta!!! (se virando pro Vieira completa)… Mataram o filho da puta???
VIEIRA: “Deu merda novamente, mas o problema já foi resolvido!!!”*
OPERADOR DE CÂMERA: “Meu jovem, você é mais perigoso que a bomba atômica!”*
VIEIRA: “Mas é claro, eu sou esperto!”*
Coronel Bajon gargalha. Todos gargalham.
CORONEL BAJON: Ação!!!!!
E recomeça as filmagens.
Seq. 21 – dia/mato rancho baiestorf
Música:
Elenco:
Cenas:
Olga e as putas caminhando devagar. Colocar aqui um som dos El mariachis tocando Queen (ou algo com clima assim).
Elas passam por um cara penitente que chicoteava suas próprias costas já ensaguentadas. Câmera passa pelo penitente devagar, alternando closes do rosto das meninas com as chicoteadas nas costas.
Caminham mais um pouco em encontram um engravatado com seus pés presos em blocos de cimento tentando caminhar mas não conseguindo por causa do peso.
Olga e as putas encontram Ninguém morto, despedaçado, com as tripas saindo debaixo do carro.
Olga se ajoelha perto de Ninguém e coloca a cabeça dele contra seu colo.
OLGA: A gente vai vingar você amor!!!
Outra puta pega do chão os dois braços arrancados de ninguém e fica olhando-os. Começa a levantar os braços…
Seq. 22 – dia/barreira
Música: ENNIO MORRICONE & SERGIO CORBUCCI – “Il Grande Silenzio”.
Elenco:
Cenas:
Contra o céu azul os dois braços de Ninguém são cruzados formando um “X” mórbido.
Câmera abre a revela que as putas estão na barreira, desertinho, com os braços de Ninguém como uma espécia de símbolo de uma novo culto que estaria surgindo naquele axato momento. Um culto enebriante que a igreja católica se empenharia com seu representante máximo a tomar prá si.
Puta segurava os braços ao alto. Outra segurava a bandeira que já usamos em filmes como “A Curtição do Avacalho” e “Arrombada”.
Olga com seu pedaço de tábua com pregos na ponta ergue-o e grita:
OLGA: “vamos a matar companheiros!!!”* (começa a tocar a música exatamente no diálogo de Olga).
As três putas saem cavalgando seus cavalos imaginários, cada uma prá um lado. Enquanto toca a música de Morricone/Corbucci.
Olga encontra Fraga e o mata com pauladas da tábua com prego.
Puta 1 encontra Candeias e o mata com uma xícara na testa.
Puta 2 encontra Cavalcanti e o mata com um balde escrito “lixo nuclear”.
Queima completamente o Cavalcanti que vira uma massa de pus e sangue e foge para avisar seus amigos que as putas estão rebeladas. Fazer referências aqui ao Toxic Avenger pós ter caído dentro do tonel de lixo tóxico.
Seq. 23 – dia/potreiro estilo pampas.
Música:
Elenco:
Cenas:
Cavalcanti correndo cheio de pústulas de pus e sangue e gosmas pelo corpo. Filmar que remeta àqueles filmes dos anos 70. Bolar essa coisa toda depois no set de filmagem. O ritmo da cena aparece com a maquiagem gore no infeliz.
Seq. 24 – dia/mangueira
Música: The Bob Crewe Generation Orchestra – “The Black Queen’s Beads”.
Elenco:
Cenas:
Cavalcanti chega capenga até onde estão filmando.
Close em seu rosto que grita:
CAVALCANTI: Corta!!!
Todos param o que estavam fazendo e se viram prá ele.
CORONEL BAJON: Porra Cavalcanti, não atrapalha a filmagem caralho!!!
CAVALCANTI: Coronel, as putas se uniram e estão caçando todos nós!!!
VIEIRA: “Lá se foi meu cu prá merda, porra!!!”*
CORONEL BAJON: Calma lá… Eu sei o que fazer!!!
Coronel Bajon se ajoelha e dá as mãos prá Vieira, Cavalcanti derretido, operador de câmera, freak zoófilo e começam a rezar o Pai Nosso.
Todos ajoelhados de mãos dadas rezando o pai nosso:
VOZES DELES EM CORO: Pai Nosso que estais no céu, santificado seja o nosso nome e blá blá blá…
As vozes deles ficam sobre a imagem do sol quase se pondo. Câmera no tripé. Fazer aqueles cortes sem mudar a imagem e aparece a silhueta de dois caras. O Papa Católico e o Padre Marricone contra o sol. Padre Marricone de quatro e o papa de pé segurando o padre por uma coleira de cachorro, hehehehehehehehehehehehehe
Volta pros caras rezando ajoelhados.
Papa e Padre Marricone (padre Marricone usa uma máscara de Zorro na cara) na frente deles. Papa coloca a mão sobre seus protegidos e eles param de rezar.
CORONEL BAJON: Meu santo pai, precisamos de sua ajuda!!!
Padre Marricone ergue um espelho onde tem uma carreira de cocaína que o Papa cheira com um canudinho feito de uma cédula de dinheiro.
PAPA: Não se preocupem meus filhos, já sei como resolver este pequeno problema de vocês!!!
Papa cheira nova carreira de cocaína, mete mão dentro de prato de óstias e bebe cálice de vinho. Tudo em edição rápida. Começa a tocar “The Black Queen’s Beads” do The Bob Crewe Generation Orchestra. Tudo bem anos 70 e dançante.
PAPA (limpando nariz com mão): Venham meus filhos!!!
E todos saem caminhando atrás dele, numa divertida procissão de malditos.
Seq. 25 – dia/potreiro estilo pampas
Música: MENINOS DE DEUS – “Que é que fez Jesus”
Elenco:
Cenas:
Putas estão caminhando com a bandeira e os braços de ninguém pelo campo. De direção oposta estão vindo o grande Papa e seus amigos, com cruzes cristãs.
Grupo de pessoas com o Papa aparece de frente. Os dois grupos se encontram. Filmar isso de longe, de perto, câmera subjetiva e muitos outros planos, prá ter um bom material prá editar usando o som dançante da seqüência anterior que ainda estará tocando sobre essas imagens.
Os dois grupos para um na frente do outro. Realizar diversos closes em todos os rostos, editar isso de maneira rápida. Vários rosto de alternando cada vez em ritmo mais veloz.
Close no rosto do Papa. Ele aponta pro céu e diz:
PAPA: Olhem!!!… um disco-voador!!!
Assim que todos olham pro céu, Padre Marricone ergue o espelho com uma carreira de pó e o Papa cheira gostosamente. Os presentes olham de volta prá ele.
PAPA: Minhas filhas, meus filhos, estou aqui para trazer a paz do menino Jesus Cristo, nosso senhôzinho todo poderoso. A vingança é um instrumento do diabo, todos deverão viver em harmonia, o pobre na pobreza e o rico fazendo proveito disso!!!
Corta prá Padre Marricone com um violão na mão, ele começa a tocar.
Todos começam a dançar e cantar Meninos de Deus – “Que é que Fez Jesus?”.
Alternar closes de todos felizes cantando, braços de Ninguém, cruzes, e tudo mais.
Ao terminar a música todos estão felizes e se sentindo bem. As putas já esqueceram da vingança.
VIEIRA: “Bem, agora que todos se conhecem, vamos tomar um sorvete de Bucereja prá comemorar!”*
Seq. 26 – dia/mangueira
Música:
Elenco:
Cenas:
Corte seco prá o Freak Zoófilo comendo o terneiro, as putas fazendo que estão chupando Vieira e o Padre Marricone ao fundo da cena, o operador de câmera filmando tudo com o derretido Cavalcanti segurando o rebatedor de luz.
Papa e o Coronel Bajon seguravam na mão litros de pinga e grandes baseados.
PAPA: Meu filho, pode me pagar com esses teus filmes aí que eles são do balakobako!!!
E os dois ficam gargalhando. Bebendo pinga e fumando seus grande baseados.
Seq. 27 – créditos finais.
Música:
Veja “Ninguém Deve Morrer” aqui e compare com o roteiro:
Ontem teve uma megamobilização de net contra o projeto de lei SOPA que acabou sendo barrada pelo Obama. Não vou me adentrar aqui em discusões sobre a lei, nem sobre censura, nem nada! Só sei que qualquer meio de controle, qualquer tipo de proibição, qualquer método de fiscalização das informações me assusta (sou daqueles que pensa que a maioria dos problemas podem ser resolvidos com educação de qualidade, aprender a interpretar um texto te ajuda em muito na vida, estudar história para conhecer o futuro, etc…). Sou produtor de filmes independentes, pouco da minha produção está disponível na internet para download, mas devido a esse projeto de lei sem noção, resolvi divulgar alguns links de filmes que estão na net e podem ser baixados gratuitamente (tenho todos estes filmes em DVDs colecionáveis, se alguém quiser eles com capinha escreva para baiestorf@yahoo.com.br solicitando informações).
Segue links de alguns filmes que estão disponíveis na net para download:
Zombio (1999) – escrevi e dirigi este média-metragem em 1998, ele foi produzido pelo Coffin Souza em nossa última parceria pela Canibal-Mabuse Produções. Aqui contamos a história de um casal que vai namorar numa ilha e acabam descobrindo zumbis carniceiros. “Zombio” acabou sendo considerado o primeiro filme brasileiro com zumbis (não concordo com este título, já que em 1996 produzi/escrevi/dirigi o “Blerghhh!!!” onde já explorava a temática zumbi). Leia mais sobre isso AQUI.
Fragmentos de uma Vida (2002) – Este curta-metragem nem era prá existir! Em 2000 escrevi o longa-metragem “Mantenha-se Demente” que comecei a filmar e não consegui concluir por falta de dinheiro. As cenas vistas neste curta foram filmadas para fazer parte do longa abortado e, como sou contra desperdiçar material, resolvi transformar num curta-metragem que acabou fazendo considerável “sucesso” em mostras de botecos e shows de grind. Em cena temos a oportunidade de acompanhar o Loures Jahnke (que fez o papel do Monstro Legume em 1995) e o PC desmembrando a Juliana (que trabalhou conosco em apenas este filme).
O Monstro Legume do Espaço 2 (2006) – Após eu ter filmado o longa-metragem porra-louca “A Curtição do Avacalho” (também de 2006) a grana em caixa na Canibal Filmes era praticamente nenhuma, mas a gente tem problemas e mesmo assim resolvemos fazer a continuação do “O Monstro Legume do Espaço” (1995). Sem dinheiro, com meia dúzia de amigos me ajudando, filmando no mais completo improvisso, finalizamos uma verdadeira porcaria completa. Aqui, um veterinário (Elio Copini) encontra o Monstro Legume (desta vez interpretado pelo Everson Schütz) ferido e o ajuda, assim a amizade entre Monstro Legume e o humano bonzinho desperta a fúria de um bando de colonos do Oeste Catarinense preconceituosos. Mesmo sendo ruim que dói, está na programação da Retrospectiva Canibal Filmes 20 Anos.
Arrombada – Vou Mijar na Porra do seu Túmulo!!! (2007) – Esse média-metragem marca a volta da Canibal Filmes na produção de sexploitations. Escrevi este filme em 3 dias, chamei a Ljana Carrion para ser a atriz (parceria que continuamos com “Vadias do Sexo Sangrento” e “Ninguém Deve Morrer”), filmamos tudo em 4 dias com PC, Coffin Souza, Gurcius Gewdner e Vinnie Bressan, foi divertido demais a produção deste pequeno exercício de humor negro. Agora meu amigo Osvaldo Neto colocou o média prá download em comemoração ao SOPA.
Vadias do Sexo Sangrento (2008) – Este é o média-metragem onde mais me diverti filmando, não tive nenhum problema de produção, o orçamento era mais alto do que costumo ter na mão, não precisei mudar nenhuma cena do filme e os 5 dias de filmagens foram extremamente calmos. Tenho que agradecer aqui, publicamente, pela grande ajuda de Coffin Souza, Ljana Carrion, Lane ABC, PC, Jorge Timm, Elio Copini, Gurcius Gewdner, CB Rot e meu pai Claudio Baiestorf que deram duro para que o filme ficasse essa diversão toda. Aqui no filme duas lésbicas são perseguidas pelo ex-namorado de uma delas e acabam cruzando o caminho do psicótico Esquisito.
Em 2008 escrevi, fotografei, produzi e dirigi o média-metragem “Vadias do Sexo Sangrento”, que foi estrelado por Ljana Carrion (Tura), Lane ABC (Mirza), Coffin Souza (Esquisito), PC (Russ), Jorge Timm (pescador tarado) e eu no papel do narrador. As maquiagens do filme foram executadas pela dupla C.B. Rot e Coffin Souza, a edição ficou à cargo de Gurcius Gewdner, alguns cenários do filme foram pintados por Marciano Lorini e depois lançamos um DVD duplo por uma parceria que eu tinha na época entre a Canibal Filmes e a Bulhorgia Produções (este DVD duplo chegou a ser eleito pelo jornalista Frans Dourado da revista Road Crew como o melhor lançamento aquele ano). E o “Vadias do Sexo Sangrento” virou uma espécie de clássico da bagaceirice udigrudi onde os espectadores foram surpreendidos por doses cavalares de sarcasmo e humor negro Baiestorfiano.
Resolvi disponibilizar o roteiro original aqui para quem quiser compará-lo ao filme pronto (que pode ser adquirido em DVD duplo, cheio de extras, via e-mail baiestorf@yahoo.com.br pelo simbólico valor de R$ 20.00, já com correio incluído). Uma ótima oportunidade para estudantes de cinema (e cinéfilos em geral) compararem o antes/depois de uma produção independente.
CANIBAL FILMES apresenta
VADIAS DO SEXO SANGRENTO
um roteiro de Petter Baiestorf
(2008)
Seq. 01 – casa baiestorf/dia
Música:
Elenco:
Cenas:
SOBRE A IMAGEM ABAIXO DESCRITA OS CRÉDITOS INICIAIS DO FILME: ELENCO, EQUIPE-TÉCNICA (fica de fora somente o título do filme):
Vagina de Tura em close, se masturbava em ultra-close, dedos batendo siririca de maneira rápida e quente.
Seq. 02 – prainha da ilha/dia
Música:
Elenco:
Cenas: Na prainha da ilha da Ilha Redonda Esquisito corre atrás de Tura, estão ambos ensangüentados e nus.
Câmera rente ao chão, correndo juntos das personagens, nunca câmera estática normal aqui.
Esquisito agarra Tura com fúria. Segura-a pelo pescoço:
ESQUISITO: Porque fica fugindo de mim vadiazinha, já não chega esse putos aí que estão destruindo o Planeta com sua sede por dinheiro… Tu também quer cortar minha diversão???
Enquanto Esquisito fala isso câmera se volta para a construção da hidroelétrica que está acontecendo ao lado deste cenário. Preparar alguns closes do maquinário para inserts.
TURA: Puta que pariu, só que me faltava, um psicopata com consciência ecológica… Tu é doente cara!!!
Esquisito coloca-a em seus ombros. Valorizar as formas da atriz para dar o tom sexploitation do filme em homenagem ao Russ Meyer.
Esquisito gargalha, ela se debate.
Essa imagem congela.
NARRADOR (sobre essa imagem em still): “Aí caralho, acho que é melhor começar a história de Esquisito e Tura do meio… Preste atenção, não vamos contar nada duas vezes!”
Seq. 03 – Crédito – nome do filme
Música:
VADIAS DO SEXO SANGRENTO
Seq. 04 – casa de baiestorf/dia
Música:
Elenco:
Cenas: Close na vagina de Tura novamente, mão batendo siririca novamente, movimentos ágeis e gostosos, agora com som dos gemidos de Tura que estava gozando.
Câmera se afasta e revela Mirza nua deitada ao lado de Tura (que estava amarrada na cama) que masturbava Tura.
As duas se beijam, Mirza morde os seios de Tura. Closes em rostos, lábios na pele, olhos, expressões de prazer.
Mirza vai deslizando para o meio das pernas de Tura. Mirza morde os lábios fazendo um expressão sacana. Começa a fazer sexo oral com Tura.
Celular de Mirza toca.
As meninas continuam fazendo amor.
O celular de Mirza continua tocando.
Mirza se levanta para pegar o celular, sob protestos de Tura.
TURA: Não atende esse mala não, fica aqui comigo porra!!!
Mirza atende o fone.
MIRZA: O que tu quer Russ!!!
Russ com o campo bucólico à suas costas (que é do lado de fora da casa onde elas estariam) esta em seu fone celular. De agora segue-se esses dois ambientes durante todos os diálogos dessa cena.
RUSS: Eu sei que vocês estão aí, abre essa porta sua vaca!
MIRZA: Se fode Russ, me deixa em paz!!!
RUSS: Porra Mirza, eu te amo caralho, não posso ficar longe de ti, eu preciso de ti, eu te amo porra!!!…
Mirza desliga o celular.
MIRZA: O Mala ta ali fora…
TURA: Porra Mirza, manda o Russ se foder e me chupa logo!!!
MIRZA: Não Tura, ta na hora de resolver isso de uma vez por todas, senão ele vai ficar enchendo o saco sempre!!!
Mirza diz isso já desamarrando Tura, que está contrariada com a situação de sua foda ter sido atrapalhada.
Seq. 05 – pátio da casa de eduardo/dia
Música:
Elenco:
Cenas: Russ do lado de fora vê as duas saindo pela porta, vai até Mirza, que o ignora e continua caminhando pelo cenário do campo, câmera na mão acompanha, tentar filmar o diálogo todo num único travelling plano-seqüência (decorrem essas falas).
RUSS: Mirza, larga essa vagabunda e fica comigo, to de saco cheio de tu saindo com todo mundo e me ignorando… Porra Mirza, eu não sou lixo não!!!
MIRZA: Te fode Russ… Eu quero me divertir…
TURA: Te liga mane, Mirza é minha agora…
MIRZA: Eu não sou de ninguém porra!!!
RUSS: Mirza… escuta… eu te amo porra, mas vou te encher de porrada se continuar assim…
TURA: Eu vou te encher de porrada se tu continuar assim patético!!!
Russ se ajoelha na frente de Mirza, close em Russ, close em Tura puta (acendendo um cigarro)
RUSS: Eu quero ficar contigo!!!
Close no rosto sério de Mirza, close em Russ, close em Tura fumando contrariada com a situação.
Volta para Mirza (com Russ também no plano), parecia que ela iria ceder, mas neste momento começa a tocar uma música ridícula dentro do estômago de Russ (ver na edição alguma tranqueira que eu não gosto, bem idiota e festivo).
As duas meninas começam a gargalhar e saem caminhando abraçadas.
Russ estava desesperado (a música segue tocando)…
RUSS: Mirza… não me deixa não… isso não é nada, eu tive um problema antes com um cara… merda… merda…
As duas meninas seguem caminhando, abraçadas, se beijando, se arretando.
Câmera sai das duas meninas e desliza até Russ (tentar fazer isso com o tripé nas mãos, igual grua improvisada, se der errado câmera na mão mesmo).
RUSS: Se eu não posso ficar com essa desgraçada, vou matar elas duas!!!
Câmera ainda fica alguns instantes sobre o rosto de Russ.
Seq. 06 – prainha da ilha/dia
Música:
Elenco:
Cenas: Imagem em Still de Esquisito com Tura nos ombros, sai do still após um segundo (continuando a cena donde havia congelado na seq. 02)
Esquisito carrega ela gritando pro meio do mato…
Câmera estática fica por um tempo ali parada, usar essa imagem para colocar voz do Narrador sobre ela, que diz:
NARRADOR: Puta merda, não falamos sobre o esquisito…
Seq. 07 – pátio do sítio/noite
Música:
Elenco:
Cenas: Várias imagens de Esquisito super iluminado a noite, pelado, em alguns takes com sua própria cara, em outro takes com sua máscara de tetas, lambuzado de óleo johnson&johnson, fazendo poses de fisionomista, hora com facão na mão, etc… Termina essas cenas todas com Esquisito mostrando prá câmera uma caixa de sapato cheia de bucetinhas empalhadas.
Sobre essas imagens todas segue a narração:
NARRADOR: … Esse é o herói desta historinha… Esquisito foi abusado sexualmente por uma excursão de padres, só 48 no total, quando era apenas uma criança inocente e ainda normal… Depois disso passou a torturar pequenos animais se deliciando com as lágrimas que vertiam dos pequenos olhinhos de cotovias indefesas… Aos 19 anos se tornou vegetariano e eco-terrorista, percebeu que era muito mais divertido estuprar e torturar humanos e desde então se tornou uma besta sanguinária nada amável, completamente detestável, colecionador de sofrimento e bucetinhas empalhadas!!!
Seq. 08 – mato/dia
Música:
Elenco:
Cenas: Esquisito caminha pelo mato com Tura nos ombros, que se debate bastante, até conseguir se agarrar numa árvore e com golpes de kung fu (ou alguma outra luta marcial) derruba-o.
TURA: Agora tu vai saber o que é o inferno na Terra!!!
E Esquisito apanha muito de Tura, até desmaiar. Fade-out com Tura sobre ele batendo no rosto de Esquisito.
Fade-In com Esquisito acordando, está amarrado no chão com braços e pernas abertos presos em 4 estacas (ou 4 árvores, decidir isso no set).
Câmera tomando o lugar de Esquisito, filmar Tura nua de baixo para cima…
TURA: Acho que tu não prestou atenção antes porque tava apanhando, mas… Agora tu vai ficar sabendo o que é o inferno na Terra!!!
Tura mija nele gargalhando…
ESQUISITO: Isso eu bebo em todos os cafés da manhã sua putinha… Isso não é o inferno sobre a Terra, isso é o paraíso… (e gargalha)…
Tura sorri, passa seu pé pelo pênis de Esquisito e vai baixando até perto do ânus dele e enfia o dedão numa só fincada.
Close no rosto de Esquisito berrando… Close no sangue vertendo do ânus dele sobre o pé dela. Ultra closes nojentos aqui para enojar a platéia, elaborar um pouco de merda também e coisas do gênero, quanto mais melequento melhor.
Elas arranca o pé do ânus dele. Novo grito de muita dor de esquisito, close no rosto. Ela se agacha sobre o ventre de Esquisito e agarra com a mão o pênis dele, close dela apertando as bolas dele com força. Câmera se desloca rápido até o rosto de Esquisito berrando.
Close no rosto de Tura lambendo os lábios, se abaixa saindo do ângulo.
Câmera plano geral com ela mordendo-o no pênis dele. Gritos, closes nos rostos, sangue aos borbotões até ela arrancar o pênis dele e cuspir pro lado… Sangue jorrando contra o corpo nu de Tura, lambuzando de maneira erótica seus seios.
TURA: Ainda ta achando que isso é o paraíso na Terra!!!
ESQUISITO: Bem melhor que ir pro exército!!! (gargalha)…
TURA: Além de sem noção também é engraçadinho???
Tura pega um pedaço de pau pontiagudo e começa a golpear o peito-estômago dele até abrir grandes feridas, pedaços de tripas começam a sair do estômago. Ela larga seu pedaço de pau pontiagudo e se banha alucinadamente com as vísceras e muito sangue, ao mesmo tempo que faz sexo com ele, sentando-se sobre o nariz de esquisito e se masturbando loucamente.
Seq. 09 – mato/dia
Música:
Elenco:
Cenas: Câmera em plano geral mostrando Tura sentada sobre o nariz de Esquisito, se masturbando e se banhando com as vísceras…
Sobre essa imagem poética narrador volta…
NARRADOR: Bonito isso, erótico isso, sexy isso, to aqui batendo uma punheta gostosa prá essa cena saborosa… Mas não foi isso que aconteceu… Estou brincando com vocês…
Seq 10 – estrada perto da barreira/dia
Música:
Cenas:
Elenco: Narrador escorado num carro. Um radinho de pilha tocava alguma música (inserts do radinho enquanto o narrador fala). Narrador em primeiro plano, ao longe Russ caminhava em direção ao narrador que falava olhando diretamente prá câmera.
NARRADOR: … O que aconteceu mesmo foi muito mais bizarro e inacreditável… Logo depois dessa cena vocês gozarão pelas orelhas conhecendo a verdadeira história…
Russ para ao lado do narrador.
RUSS: To procurando minha mulher cara…
Narrador ataca-o com violência gratuita jogando-o no chão. Close em sua mão pegando o radinho de pilha. Narrador faz Russ engolir o rádio e chuta-o dali, fazendo com que Russ sai meio que rastejando dali, levando chutes na bunda…
NARRADOR: Continua tua história infeliz e me deixa em paz!!!
Russ segue rastejando, tossindo, cambaleando.
Narrador fica em primeiro plano novamente, olha-se pelo reflexo da lente da filmadora e arruma seu cabelo, seu óculos escuros e sorri de modo cafajeste pro público cúmplice da violência gratuita.
Seq. 11 – casa de eduardo (pátio)/dia
Música:
Elenco:
Cenas: Russ chega no pátio da casa onde as meninas estavam, vai até na porta e tanta abri-la, estava fechada. Russ sempre fazendo um irritante barulho com a garganta, Música ridícula toca um pouco, as vezes e para, conforme ele se mexe …
Russ pega seu celular e liga para Mirza.
No interior do quarto:
TURA: Não atende esse mala não, fica aqui comigo porra!!!
Mirza atende seu fone celular.
MIRZA: O que tu quer Russ!!!
Russ com o campo bucólico à suas costas (que é do lado de fora da casa onde elas estariam) esta em seu fone celular. De agora segue-se esses dois ambientes durante todos os diálogos dessa cena.
RUSS: Eu sei que vocês estão aí, abre essa porta sua vaca!
MIRZA: Se fode Russ, me deixa em paz!!!
RUSS: Porra Mirza, eu te amo caralho, não posso ficar longe de ti, eu preciso de ti, eu te amo porra!!!…
Mirza desliga o celular.
Russ ao perceber o celular sendo desligado, joga-o contra a parede quebrando-o.
RUSS: Puta merda de vida idiota… Quero nascer eunuco da próxima vez!!!… Ou virar um viado boqueteiro!!!
Lá dentro do quarto as meninas:
TURA: Porra Mirza, manda o Russ se foder e me chupa logo!!!
MIRZA: Só até tu gozar querida!!! (diz isso com um sorriso sacana nos lábios e volta a meter sua boca na deliciosa vagina de Tura, chupando-a com grande prazer)
Russ, lá fora, estava impaciente, caminhava de um lado pro outro, chutava baldes, pedras, galinhas, qualquer coisa que tiver no set.
FADE ESCURO COM LEGENDA:
“CINCO HORAS DEPOIS”
Seq. 12 – pátio da casa de eduardo/dia
Música:
Elenco:
Cenas: Russ, que agora estava sentado no chão, entediado, olhos cheios de lágrimas, se levanta quando percebe as duas saindo. As duas passam por Russ que as segue, vão conversando com a câmera fazendo cortes prá cada diálogo.
RUSS: Mirza, larga essa vagabunda e fica comigo, to de saco cheio de tu saindo com todo mundo e me ignorando… Porra Mirza, eu não sou lixo não!!!
MIRZA: Te fode Russ… Eu quero me divertir…
TURA: Te liga mané, Mirza é minha agora…
MIRZA: Eu não sou de ninguém porra!!!
RUSS: Mirza… escuta… eu te amo porra, mas vou te encher de porrada se continuar assim…
TURA: Eu vou te encher de porrada se tu continuar assim patético!!!
Russ se ajoelha na frente de Mirza, close em Russ, close em Tura puta (sem acender um cigarro)
RUSS: Eu quero ficar contigo!!!
MIRZA: Russ, eu to te deixando porque tu é daquele tipo de homem que acha que nós mulheres só servimos prá aparecer peladas, só servimos prá fazer sexo, prá ter filhos, cuidar da casa… Porra guri, tu não tá com saudades de mim, tu ta com saudades é da minha buceta, tem este sentimento de perda… Se é só uma buceta que tu quer, vai comer uma puta!!!
Mirza termina de dizer esse diálogo, pega na mão de Tura, abraça-a, beija-a…
Russ fica olhando para as duas de maneira patética, era um homem destruido.
As duas meninas colocam fucinhos de porco e imitam porquinhas prá ele, rindo dele, pisando completamente sobre aquele patético representante da raça masculina, hehehhehehheheh…
E elas se vão abraçadas.
RUSS: Eu vou matar essa duas merdas!!!
A música ridícula começa a tocar imadiatamente após Russ dizer esse diálogo.
Russ fica um tempinho em silêncio, ajoelhado, a música patética toma conta do ambiente.
Seq. 13 – mato/dia
Música:
Elenco:
Cenas: As duas meninas seguem pela mata abraçadas. Elas param e ficam se olhando, se beijam com paixão, olhos fechados, close nos lábios, desejo, etc…
Neste momento começar a tocar um surf-psycho music e as duas fazem striptease, câmera ao estilo Russ Meyer e edição também. Striptease bem erótico.
Aos que as duas estão nuas se abraçam. Close nos biquinhos dos seios das duas se encostando. Beijo. Mãozinha na vagina, mão nas nádegas…
Seq. 14 – mato/dia
Música:
Elenco:
Cenas: Câmera desvia das duas meninas para mostrar Russ chegando perto com um pedaço de pau. Acerta a cabeça de Tura que desmaia na hora. Mirza grita.
RUSS: Russ seu pau no cu… Para com isso!!!
Russ vai em direção à Mirza e acerta a cabeça dela.
Fade-out.
Fade-in com Mirza acordando, câmera subjetiva, em primeiro plano Russ sorrindo bem filho da puta.
Plano geral: Tura caída no chão, desacordada. Mirza amarrada em uma árvore, Russ pelado na frente dela.
Russ começa a beijar os seios de Mirza, deslizando pela barriga dela, beijando as coxas, o ventre…
MIRZA: Tenha paciência Russ, tu ta doente!!!
RUSS: Relaxa e goza putinha!!!
MIRZA: Tu nunca me fez gozar otário!!! (e gargalha)…
Russ se levanta rápido, pega-a pelo cabelos… Dá a volta e para atrás dela.
RUSS: É, nunca te fiz gozar ein… Vou comer teu cu então vadia!!! Se não vai se lembrar de mim pelos momento bons, vai se lembrar pelos pontos que vão dar no teu rabo depois que eu gozar!!!
MIRZA: Me solta Russ… (neste instante Russ faz força, como se tivesse penetrado a força o ânus de Mirza, que grita de dor parando de falar…)
Russ fica no movimento vai e vem. Mirza gritava de dor. Russ tapava a boca dela com as mãos. Tura desmaiada no chão.
Russ goza animalescamente logo, bufando e mordendo e lambendo o pescoço de Mirza.
Russ sai de trás dela, nu, dá a volta e olha prá ela.
Sangue com esperma escorria pelas coxas de Mirza. Russ passa a mão no sangue com esperma e esfrega na cara dela. Mirza se babava soluçando…
MIRZA: Eu vou te perseguir Russ, eu vou pagar dez garotões prá comer teu cu, seu viado!!!
Russ se ajoelha exausto se agarrando nas coxas de Mirza. Lambe o sangue com esperma que ainda restava nas coxas dela.
Não percebe que Tura havia se levantado ao fundo.
Tura mete uma porrada nas costas de Russ com seu pé direito, derrubando-o de bruços.
Em um único golpe de kung fu (filmar de lado a cena para parecer estar penetrando no ânus) ela penetra sua mão no ânus do Russ. Close na bunda dele jorrando sangue denso contra Tura. Sangue e merda de preferência (estamos tentando fazer um filme nojento, ok?).
Close no rosto de Russ gritando. Closes em Tura irada. Close em Mirza gargalhando alto, quase tendo um orgasmo.
Tura retira seu braço num único impulso trazendo para fora as tripas anais de Russ.
Russ coloca as mãos na bunda, meio que segurando as tripas e sai correndo sem direção. Correndo e gritando e seguindo a canção, hehehehehe…
Seq. 15 –mato/dia
Músicas: Sponge Bob – “The Best Day Ever”
Elenco:
Cenas:
Cenas em câmera lenta de Russ correndo com suas tripas saindo pela bunda, realizar vários ângulos. Editar de maneira nojenta e poética, com closes na bunda do Russ ensangüentada e cagada.
Seq. 16 – mato/dia
Músicas:
Elenco:
Cenas: Tura estava abraçada às coxas de Mirza, exatamente como Russ estava também momentos antes.
Tura lambia o sangue com esperma das coxas de Mirza.
MIRZA: Me solta Tura…
TURA: Relaxa e goza meu amor…
E tura continua lambendo as feridas de Mirza, subindo até o ventre e afastando um pouco as pernas dela, até coloca-las ao redor de sua cabeça e proporcionando prazer à sua amada.
Câmera desliza da cabeça de Tura no meio das pernas de Mirza subindo pelo corpo dela até revelar que ela estava curtindo, de olhos fechado, com grande prazer…
Seq. 17 – beira do rio uruguai/dia
Música:
Elenco:
Cenas: Um pescador gordo, sentado numa cadeira confortavelmente, bebendo suas cervejas em paz, é atrapalhado pelos gritos patético de Russ correndo com sua tripas saindo pelo cu…
O pescador gordo se levanta e vai ate onde Russ estava sentado na água gritando de dor…
Pescador gordo fica gargalhando com sua cerveja na mão…
PESCADOR GORDO: Racharam a roquinha do viadinho!!!
Então se vira olhando a trilha de sangue e pedaços de tripas e merda que Russ havia deixado pelo caminho.
O Pescador Gordo pega mais umas latinha e segue a trilha com certa curiosidade…
Seq. 18 – mato/dia
Música:
Elenco:
Cenas: Mirza estava gozando cada vez mais alto.
Câmera em plano geral mostrando as costas da Mirza com as mãos de Tura apalpando suas nádegas…
Ao fundo surge a figura de Esquisito, já nu, agora com sua máscara de peitos escondendo-lhe a cara. Caminha em direção às duas depois de um tempinho parado olhando-as.
Sem que elas percebam, Esquisito arranca Tura do meio das pernas de Mirza agarrando-a pelo pescoço e a trazendo para junto de seu corpo e colando junto do rosto de Tura sua máscara de giallo sem noção.
Mirza fica gritando. Tura consegue se soltar das mãos de Esquisito caindo mais ao chão e sai correndo em direção à prainha (para resolvermos a cena chave do filme)…
MIRZA: Tura… Tura…
ESQUISITO: Olha só, tava pensando agora… As pirâmides são monumentos de um povo escravo, foi preciso pôr debaixo da canga toda uma nação para que essas enormes massas fosse levantadas… Mas se esperavam a ressureição dos corpos, porque diabos lhes extraíam os miolos antes de embalsama-los???… Será que os egípcios deviam ressucitar sem cérebro, típico em se tratando dos líderes??? …
Mirza olha-o surpresa pela explanação completamente fora de propósito.
ESQUISITO: O que quero dizer na verdade é que vou foder com aquela vagabunda agora e depois volto prá foder contigo!!!
E Ao terminar de dizer isso Esquisito sai correndo atrás de Tura…
Seq. 19 – mato/dia
Música:
Elenco:
Cenas: Pescador gordo continuava seguindo a trilha de sangue e pedaços de tripas de Russ, ao que escuta os berros de Mirza…
MIRZA: Tura!!!… Porra, alguém me solta!!!…
Ao ouvir isso o Pescador Gordo apura o passo.
Pescador Gordo para em frente à Mirza, olha para o corpo dela de cima à baixo. Câmera desliza o corpo de Mirza. Quando sobre a vagina dela, corte para ultra close. Corte de volta para o rosto do Pescador Gordo completamente tarado e sem conseguir desviar os olhos dela.
MIRZA: Me solta cara, minha amiga foi atacada por um louco!!!
O pescador gordo nem toma conhecimento dessas palavras, continuava olhando prá vagina dela.
Plano geral com o pescador enfiando sua mão direita dentro das calças para se masturbar… Enquanto ele se masturba alternar ultra-closes dos seios e vagina de Mirza.
MIRZA (com olhar incrédulo no que lhe acontecia): Cara, não acredito nisso… Só tem doente aqui!!!
O pescador goza logo revirando seus olhos de prazer ao ejacular.
Closes nas coxas de Mirza, onde respinga esperma novamente em jorros (molho de alho, testar isso souza).
Mirza, depois de receber essa nova ejaculada, grita de raiva, chegará ao seu limite.
Com uma força inumana se solta da árvore arrebentando as cordas que a prendiam e derruba o gordo tarado e abre o estômago dele com as mãos mesmo…
(para a cena de Mirza abrindo o peito do pescador elaborar algo similar aos efeitos usados no David Camargo no “Blerghhh!!!”).
Muitos closes, gritos histéricos, muito sangue contra o corpo de Mirza e esses detalhes todos.
Após Mirza abrir o estômago ela entra dentro dele.
ESPAÇO PARA ANOTAÇÕES SOBRE ESSES EFEITOS:
Seq. 20 – mato/prainha do Rio Uruguai/dia
CENA PARA SER EDITADA SE ALTERANDO COM AS SEQÜÊNCIAS DESCRITAS ACIMA.
Músicas:
Elenco:
Cenas:
Primeiro:… Tura correndo nua no mato… Perseguida por Esquisito, nu, no meio do mato com sua máscara ridícula.
Sempre sem esquecer que as meninas continuam com seus fucinhos de porcos.
Segundo:
Na prainha da ilha da Ilha Redonda Esquisito corre atrás de Tura, estão ambos ensangüentados e nus. Com fucinho de porco e máscara (que na seqüência 02 não tem).
Câmera rente ao chão, correndo juntos das personagens, nunca câmera estática normal aqui.
Esquisito agarra Tura com fúria. Segura-a pelo pescoço, bastante firme, vira o rosto dela em direção à barragem que está sendo construída ao lado.
ESQUISITO: Ta vendo isso aí vagabunda… É por culpa de vocês que o planeta está sendo destruído… Se você levantasse essa bunda do sofá, se você lutasse por uma planeta mais limpo, não precisava destruir lugares bacanas prá construir hidroelétricas estúpidas!!!
Enquanto Esquisito fala isso câmera se volta para a construção da hidroelétrica que está acontecendo ao lado deste cenário. Preparar alguns closes do maquinário para inserts.
TURA: Puta que pariu, só que me faltava, um psicopata com consciência ecológica… Tu é doente cara!!!
ESQUISITO: Se um psicopata não tem consciência social, quem vai ter minha putinha!!!
Esquisito coloca-a em seus ombros. Valorizar as formas da atriz para dar o tom sexploitation do filme em homenagem ao Russ Meyer.
Esquisito gargalha, ela se debate.
Na montagem cuidar para terminar essa cena (19 e 20 editadas de maneira simultânea) com take de Mirza entrando dentro do estômago do gordo.
Seq. 21 – Montar cenário do estômago/noite
Música:
Elenco:
Cenas: Mirza cai dentro do Estômago do gordo, completamente ensangüentada.
Dentro ela encontra pilhas de Televisões, muitas televisões com marreta encostada ao lado.
NARRADOR: E não podemos esquecer da vez em que Deus apareceu entre suas criaturas e foi devorado por elas… Detone seu Deus… Detone seu Deus!!!
Mirza berra, grita e pega a marreta e começa a destruir todas as televisões.
Câmera na mão.
Takes de televisões quebrando.
Na edição ver se editamos algumas cenas em close.
Em cada tela de TV colar algum ícone ou imagem de símbolos da sociedade de espetáculo (consumo).
Seq. 22 – mato/dia
Música:
Elenco:
Cenas: Mirza sai de dentro do estômago do Pescador gordo, trazia a marreta em suas mãos…
Em pé, ao lado do corpo do pescador, Mirza olha para a marreta.
MIRZA: Caralho, devo estar ficando maluca de vez!!!
E sai, nua, correndo atrás de Tura para tentar resgata-la.
Seq. 23 – porão casa do sítio – montar cenário pintado/noite
Música:
Elenco:
Cenas: Câmera passeia por algumas correntes até revelar Tura amarrada numa cama.
Ela estava estava deitada, acorrentada e do teto descia ao chão um bastão (ou barra de ferro) onde seus pés estava amarrados, deixando suas pernas abertas…
Esquisito segurava um bisturi nas mãos, olhava para a vagina de Tura.
ESQUISITO: Tua buceta é linda… Vou tirar ela prá minha coleção, ta???
TURA: Cara, só me estupra…. tu vai gostar, eu vou gostar e todo mundo fica feliz…
Esquisito pensa um pouco, coça sua careca…
ESQUISITO: Porra menina, eu coleciono bucetas e a tua vai estar na minha coleção…
E começa a delicada operação de retirar a pela da vagina de Tura… Na hora da edição testar editar essa cena sem som, com vários ultra closes, sangue em demasia e muito sofrimento no rosto de Tura. Para deixar quem assiste constrangido, tendo sensações que nunca tiveram ao assistir um filme.
Som volta à cena quando Esquisito termina de retirar a vagina de Tura, ele leva a vagina (pele na verdade) até o nariz e sente o doce perfume.
Tura se debatia, chorava, gritava de dor…
Esquisito olha para a vagina descarnada de Tura. Beija gostoso a carne viva…
ESQUISITO: Não se preocupa putinha, ninguém morre com isso…
E coloca a vagina de Tura dentro de uma caixa de sapato onde já havia outras vaginas empalhadas.
Esquisito se levanta, coloca a caixa sobre uma mesa.
ESQUISITO: Vou pegar tua amiguinha agora, achei a bucetinha dela bem bonita também…
E sai dali.
Câmera vai até Tura, toda arregaçada, com a vagina em carne viva, com as pernas abertas, pés presos no bastão… Câmera passa entre as pernas dela e fica filmando por um tempo seu rosto, lágrimas vertiam, soluços, olhos vermelhos, dor…
Filmar tempo esse take, tempo suficiente para usa-lo na próxima seqüência onde o narrador diz seu texto.
Seq. 24 – porão do sítio/noite
Música:
Elenco
Cenas: Na edição manter somente o rosto de Tura na imagem, como descrito acima.
NARRADOR: E esquisito foi atrás de Mirza, como não a encontrou voltou e continuou abusando de Tura pelo próximos cinco dias não deixando que morresse. Sodomizou a menina com um cabo de vassoura e depois teve orgasmos cheirando a merda que havia ficado no cabo… Tura aguentou as torturas e continua viva… Mas não é isso que vamos mostrar… No sexto dia Mirza encontrou Esquisito e foi isso que aconteceu!!!
Seq. 25 – barreira/dia
Música:
Elenco:
Cenas: Em local deserto, Mirza completamente louca, nua, carregava uma motoserra, estava com ela ligada, olhando com raiva.
Em sua frente estava Esquisito, nu, carregando sua motoserra ligada.
Vários takes estilo duelo de faroeste, caprichar nos takes brincando com os clichês do gênero, mas propriamente Sergio Leone.
MIRZA: Onde está Tura???
ESQUISITO: Vai ser um espetáculo isso, hahahahahahahahahahahahahahaha…
E Esquisito parte contra Mirza.
Elaborar uma luta com muito sangue e pedaços de membros voando.
Elaborar próteses para ultra-closes.
Disfarçar na hora de filmar que as motoserras estarão sem as correias de corte.
Vários planos abertos do alto.
Muito sangue. E Ultra closes, elaborar uma luta nervosa.
Termina-la com Mirza matando Esquisito…
Enquanto Mirza faz uma referência ao “The Texas Chainsaw Massacre” depois de ter vencido o duelo, narrador entra sobre essa imagem:
NARRADOR: Bem, não foi bem assim que aconteceu a morte de esquisito… Na verdade Mirza arranjou uma arma e casualmente o encontrou por aí e o matou pelas costas… Mas em nossa história um duelo com motoserras ficou bem mais “cool”…
Filmar também Mirza pegando a arma, engatilhando ela, caminhando pela mata, encontrando Esquisito de costas, atirando nele pelas costas, saindo caminhando a esmo com uma expressão distante…
Seq. 26 – estrada perto da barreira (mesmo local da seq. 10)/dia
Música:
Elenco:
Cenas: Narrado em primeiro plano, olhando para a câmera, Mirza ao fundo estava chegando perto dele com a espingarda na mão…
NARRADOR: … Mirza nunca mais encontrou sua amada Tura… Teria tudo prá ela ter ficado louca, certo?… Mas não, ela acabou encontrando um grande amor logo em seguida e se entregou a ele de alma e coração…
Narrador sorri de forma cafajeste prá filmadora, vai até Mirza e a pega pelas mãos, ela em estado catatônico, quase louca e tal… Nua.
Narrador coloca-a de bruços sobre o capo do carro, levemente inclinada sobre o capô, então se agacha e beija a vagina dela, retira suas calças e a enraba de maneira nada sutil…
NARRADOR: Calma minha pequena, a vida é uma caixinha de surpresas… Se não dá certo um relacionamento, não quer dizer que todos os outros não darão certo… Relaxa e goza gatinha…
E ficam transando, logo os dois começam a gritar alto, como se estivesse gozando como loucos.
Câmera vai se afastando devagar com o Narrador enrabando Mirza…
Seq. 27 – porão da casa do sítio/noite
Música:
Elenco:
Cenas: Em close rosto de Tura ainda viva, inchado, dolorido, postulento, feio, pegajoso…
Começa aqui a narração:
NARRADOR: (1) E pensar que nada dessa história sórdida teria acontecido se Mirza tivesse aceitado o amor de Russ / (2) e Tura tivesse ficado em casa se masturbando / (3) ou ainda, como o mundo teria sido mais seguro se Esquisito não tivesse sido estuprado por 48 padres… / (4) Mas, nossa história também poderia ter acabado melhor se Russ, / (5) ao ficar com Mirza, / (6) tivesse aceitado Tura no relacionamento / (7) e os três tivessem dado amor , carinho e compreensão ao esquisito / (8) e todos teriam vivido felizes em uma orgia deliciosa que duraria duas eternidades / (9) … Ou não?
AS IMAGENS A SEGUIR VÃO SE ALTERNANDO CONFORME A NARRAÇÃO SEGUE:
Início: Tura ainda viva (já descrita ali em cima).
Começa a narração:
01- Mirza e Russ parados se olhando um pro outro e começam a se abraçar/beijar.
02- Tura em casa se masturbando
03- Esquisito parado em frente da filmadora com um buquê de flores de modo alegre.
De agora em diante câmera parada no mesmo lugar, sobre tripé:
04- Russ parado sozinho de frente prá filmadora.
05- Aparece Mirza abraçada com Russ e dando-lhe beijinhos.
06- Aparece Tura no meio dos dois lhe beijando.
07- Aparece Esquisito no meio dos 3 amantes…
Aqui câmera na mão estilo filmes pornôs dos anos 70
08- Os quatro numa orgia, deitados no chão, em algum lugar a definir.
09- Cara do Narrador terminando a narração…
Segue daqui em diante:
Câmera na cara do Narrador, se afastando…
NARRADOR: … Ou não?
Diz isso sorrindo prá filmadora, enquanto a câmera se afasta revelando Tura ainda viva no mesmo cenário do porão, amarrada do mesmo jeito ainda, como Esquisito havia abandonado-a.
Em algum canto detalhe da vassoura com merda no cabo…
Narrador, pelado, afasta as pernas dela, beija sua boca, seus seios, sua vagina com sangue podre e a estupra carinhosamente…
Seq. 28 – créditos finais:
Música:
FIM
Elaborar os créditos finais, incluindo elenco, equipe-técnica, músicas, agradecimentos e muito mais.