Arquivo para POP

Rubens Mello – Canções dos Guarus

Posted in Música with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on setembro 23, 2012 by canibuk

Rubens Mello – “Canções dos Guarus” (CD), 11 músicas.

Este post é para indicar o CD de meu amigo Rubens Mello. Não sou muito bom no quesito “resenhar discos”, ainda mais num estilo – POP – que não tenho afinidade nenhuma, já que boa parte da minha vida fui um perseguidor de sons extremos como grindcore ou bandas obscuras estranhas.

O CD do Rubens, “Canções dos Guarus”, é feito para aquele público que curte um barzinho onde rola um músico ao vivo com seu violão e um banquinho. É Pop/MPB para se curtir conversando com amigos entre uma e outra taça de vinho. É som para pessoas de bom gosto. Rubens apresenta o CD, “Canções dos Guarus propõe uma viagem sonora através de composições de artistas guarulhenses consagrados e novos talentos, mesclando diferenças e homogeneizando de forma harmoniosa em seu próprio estilo“, escreve ele no encarte. Há vários sons com um instrumental elétrico, mas penso que se fosse somente voz e violão teriam ficado mais poderosas, como as canções “Cinza e Rosa”, “Teoria” ou “Madalena”. As canções “Encontro Marcado”, “Sai Daqui” e “Alguém” grudam na mente, como uma boa música pop deve ser.

Rubens Mello foi o vencedor do concurso do Mojica que escolhia o sucessor do Zé do Caixão, depois apareceu em alguns filmes importantes como “Encarnação do Demônio” (2008) de José Mojica Marins, onde interpretou um dos assistentes do Zé, e “Ivan” (2011) de Fernando Rick, onde interpretou um travesti de maneira brilhante. Criado no teatro, na cidade de Guarulhos/SP, Rubens aprendeu a cantar e encantar com seu timbre de voz único. Paralelo a sua carreira de ator de teatro/cinema e músico, Rubens também dirigiu alguns interessantes curtas de horror (assim que for possível farei entrevista com ele sobre seus filmes), como “Lâmia” (2004), “A História de Lia (2009) e “Vermibus” (2012). Também é o organizador e incentivador da Mostra Guarú Fantástico, evento de cinema que prima pela exibição de filmes brasileiros independentes.

Fica aqui a dica do CD do Rubens Mello, se você curte um pop bem executado, com uma pegada de MPB, é imperdível. Para comprar o CD, ou contratar o Rubens Mello para shows, entre em contato com ele via facebook ou pelo fone (11) 97403-2797. Cinco sons do Rubens podem ser conferidos no seu My Space.

Abbracciare Zimbo Trio: EP – Una Anima D’Amore

Posted in Música with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on maio 18, 2012 by canibuk

Parem tudo!!! Essa semana não saiu do meu aparelho de som a música “Non c’e Piu Niente da Fare” gravada pelo Abbracciate Zimbo Trio que é simplesmente a melhor música que já ouvi em anos (ou na vida inteira). Este som é hipnótico, com um clima romântico que o POP mundial tinha nos anos 60/70 e depois perdeu. Encontrei em “Non c’e Piu Niente da Fare” a música perfeita para ser o tema do meu novo filme, “O Fanzineiro”, em fase de roteirização e logo em pré-produção (ainda sem elenco definido).

Abbracciate Zimbo Trio é formado por Gurcius Gewdner (“Os Legais”) nos vocais, Peter Gossweiler (“Colorir”) na percussão com copinho de pinga e Yama, que ninguém sabe direito de quem se trata, no violão. Este EP “Una Anima D’Amore” traz o trio recriando as canções de Bobby Solo, o imitador italiano de Elvis Presley que fez sucesso na década de 60 em festivais da canção promovidos pela Europa.

Em entrevista exclusiva para o Canibuk, Gurcius afirma que “Abbracciare Zimbo Trio é um grupo acústico romântico que busca resgatar o amor na música POP”, e continua, “Neste momento a música mundial tem medo de errar, tem medo de ser ridícula, tem medo de ser autêntica, tem medo de tudo. Não temos medo de errar e nosso EP é uma celebração da paixão, é ótimo para dançar coladinho com seu amor, para fazer serenatas à sua amante fogosa!”. Sobre Yama, parceiro de banda, Gurcius explica, “Não sei quem é o Yama, ele estava no estúdio do Amexa e gravou com a gente essas duas canções, tendo que sair imediatamente após a sessão porque iria perder seu avião prá não sei onde!”.

A fantástica “Non c’e Piu Niente da fare” foi gravada em duas versões mas, infelizmente, Amexa apagou uma das versões logo após as gravações. Essa gravação que ouvimos no EP está sendo executada com grande sucesso pelas rádios do Brasil inteiro, tendo virado hit instantâneo. Você pode ligar para a sua rádio preferida e pedir a canção. Além do CD, em breve a banda estará lançando em vinil este pequeno trabalho que já nasceu clássico.

Você também pode baixar o EP do Abbracciare Zimbo Trio:

ABBRACCIARE ZIMBO TRIO – Una Anima D’Amore (2012) – Download autorizado pela banda.

Lado A – Non c’e Piu Niente da Fare

Lado B – Una Anima Sul Viso.

Trilha sonora oficial do longa-metragem “O Fanzineiro” (com previsão de lançamento para 2013).

Dica de Petter Baiestorf.

O Monstro Souza

Posted in Literatura with tags , , , , , , , , , on junho 28, 2011 by canibuk

“O Monstro Souza [romance fastifud]” (2010, 235 páginas) de Bruno Azevêdo & Gabriel Girnos. Editora Pitomba.

Como é bom (e raro) achar um livro que surpreenda do início ao fim. “O Monstro Souza” é um destes livros. Bruno Azevêdo criou uma delirante história cheia de referências POP que o público brasileiro vai reconhecer na hora (principalmente os moradores da cidade de São Luís/MA, terra do autor e do Sarney (nem tudo é perfeito nesta vida), que se torna personagem importante (a cidade, não o Sarney) da trama do livro com suas barraquinhas de cachorro quente, putas, policiais sacanas, políticos pervertidos e ruas históricas).

A trama do “O Monstro Souza” é um achado do surrealismo (ou realismo fantástico, como você preferir, nunca sei diferenciar as duas): Na barraca de cachorro quente do Souza, um cachorro quente (apelidado de Souza) é jogado fora sem ser comido e adquire pernas/braços/olhos/boca/pau/vida e passa a perambular por São Luís se tornando objeto sexual das putas feias da cidade e garoto de programa para qualquer solitário com uns poucos reais no bolso:

“Vender o corpo era um negócio cada vez mais concorrido: os pontos da Pedro II, Itaqui e Portinho abrigavam a prostituição suja, das pernas cabeludas e caronas eventuais, do uisquinho pro capitão; o Colonial Shopping era mais uma zona adolescente, onde o assessor do deputado ia pegar o aluno do Liceu prum chopinho; as faculdades do outro lado da ponte eram a ressureição das velhas casas de cômodo do Desterro, a luz vermelha em meio à renascença, a semeadura dos vinhais da Atenas: ali a Criatura nem pisou. O preço deste livro, por exemplo, é muito mais alto que o de um boquete na Pedro II.

Ainda assim, inferninhos tradicionais como a Pedrita no Tirirical e o La Maison no (se não me engano) São Cristóvão ainda sobreviviam. Por fim, tendo o Anil e o Bacanga por pernas que fossem, e o braço de mar como uma cintura de respiração profunda, a Praiagrande era uma boceta exposta e fedendo a cancros.

A Criatura nem sentia.

Comia, dormia muito e passava bastante tempo percebendo o mundo pela janela do cortiço, atirando ervilhas escada abaixo.

Era uma pessoa como qualquer outra.”

O ponto alto do livro é sua narrativa original que mistura texto com poesia, com quadrinhos (ilustrações belíssimas do Gabriel Girnos), com recortes de jornal, tiras, fotos, propagandas, letras de música, onomatopéias, aqueles bilhetinhos de surdo-mudo pedindo esmola e muitas outras formas de contar uma história criativa/empolgante. Não existe limites no “O Monstro Souza” e gosto disso!!!

Se você quer experimentar o livro, entre em contato com o Bruno Azevêdo pelo e-mail: bazvdo@hotmail.com e encomende um exemplar, tá custando apenas R$ 24.00 já com as despesas postais incluídas.

Curiosidade: A capa do livro foi feita pelo Gabriel Girnos sob desenho do Marcatti.

Abaixo algumas páginas do livro: