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Boca do Lixo Style: Download do Sexo Sangrento

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“Vadias do Sexo Sangrento” (2008, 30 min.) escrito, fotografado, produzido e dirigido por Petter Baiestorf. Maquiagens gore de Carli Bortolanza. Edição de Gurcius Gewdner. Com: Ljana Carrion, Lane ABC, Coffin Souza, PC, Jorge Timm e Petter Baiestorf.

lane-abc-chainsaw-em-vadias-do-sexo-sangrentoAo elaborar o “Arrombada – Vou Mijar na Porra do seu Túmulo!!!” (2007), já pensei numa espécie de trilogia da carne, que se seguiu com este “Vadias do Sexo Sangrento” (2008) e “O Doce Avanço da Faca” (2010). Todos com duração de média-metragens para, num futuro próximo, relançá-los como um longa em episódios intitulado “Gorechanchada – A Delícia Sangrenta dos Trópicos”. Inclusive neste ano de 2016 realizei uma exibição deste projeto “Gorechanchada” no Cinebancários de Porto Alegre com grande participação de público, como todos que ali estavam já conheciam os filmes rolou aquele climão de algazarra que tanto faz com que as sessões Canibal Filmes sejam a diversão que são.

ljana-carrion-coffin-souza-em-vadias-do-sexo-sangrento“Vadias” foi filmado no início do inverno de 2008 em 4 dias de filmagens e um orçamento de R$ 5.000,00. Reuni praticamente a mesma equipe de “Arrombada” (que já estava afinada) acrescida de Lane ABC e Jorge Timm (que não estava no elenco do filme anterior por estar em Tocantins). Com um roteiro melhor em mãos, cheio de metalinguagem (tentando avançar nas ideias que estava desenvolvendo na época em produções como “Palhaço Triste” (2005) e “A Curtição do Avacalho” de 2006) e pouca abertura para improvisações, fomos pro Rancho Baiestorf rodar um filme que deveria parecer improvisado do início ao fim (gosto da leveza que o clima de improvisação dá numa produção).

vadias-do-sexo-sangrentoNão lembro de nenhum contra tempo nas filmagens de “Vadias”. Foi um daqueles raros casos em que tudo deu certo e não tivemos problemas. Filmávamos apenas durante o dia (acho que apenas duas ou três seqüências que foram filmadas à noite) e ao anoitecer rolava um jantar regado à muita bebida, o que deixava a equipe e elenco bem descontraídos. O frio ainda não estava castigando, o que foi essencial para manter o bom humor do elenco que passava 90% do tempo pelado pelo set. Amo filmar com equipe reduzida, 12 pessoas no set (incluindo elenco) é o que considero o ideal, bem diferente de “Zombio 2” onde tivemos 72 pessoas trabalhando sem parar durante 23 dias.

ljana-baiestorf-e-coffin-em-vadias-do-sexo-sangrentoO lançamento do filme rolou num esquema muito parecido com o que já havíamos feito com o “Arrombada” e o relançamento de “Zombio” (1999). Desta vez resgatamos e re-editamos o policial gore “Blerghhh!!!” (1996) para relançar e completar o programa das exibições. Logo nos primeiros meses computamos 5 mil espectadores para o filme (em salas alternativas, cineclubes e mostras independentes) e as vendas do DVD duplo do filme foram de quase mil cópias. Possibilitou a produção de “Ninguém Deve Morrer” (2009) e a parte final da trilogia, “O Doce Avanço da Faca” (2010).

Todas as histórias de filmagens de “Vadias” irei contar no livro de bastidores que estou elaborando. Aguardem!!!

Para ler o roteiro de Vadias do Sexo Sangrento.

Para baixar VADIAS DO SEXO SANGRENTO.

Comprar DVD duplo de “Vadias do Sexo Sangrento” com extras e inúmeros curtas da Canibal Filmes de brinde, entre na loja MONDO CULT.

por Petter Baiestorf.

Fotos de bastidores de Vadias:

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Lane ABC e Ljana Carrion.

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Filmagens tão animadas que todos dançavam o tempo inteiro.

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Sangue cor de rosa.

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Bortolanza preparando o elenco.

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Ljana Carrion.

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Lane ABC, Ljana, Bortolanza e Jorge Timm.

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Lane, Ljana e Bortolanza.

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Jorge Timm.

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Lane e Ljana.

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Tapando as vergonhas.

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Souza e Ljana prontos para filmar.

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PC sendo preparado por Bortolanza para a massagem anal.

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PC tento prazeres incontroláveis com a massagem anal.

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Claudio Baiestorf cuidando das motosserras.

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Lane e Souza in Brazilian Chainsaw Massacre.

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Eu olhando pro pinto de Souza.

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Bortolanza, PC e Jorge Timm: Equipe dos sonhos delirantes.

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“Me dê uma expressão de horror!”

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Carli Bortolanza.

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Souza olhando pro pinto de PC.

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Elio Copini, Souza e Timm fiscalizando o orifício pomposo de PC.

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Jorge Timm pronto para receber Lane ABC em seu interior.

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Lane ABC autografando a barriga de Jorge Timm.

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Eu subindo numa árvore para tomadas aéreas.

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Eu tentando descobrir ângulos.

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Arrombada – Vou Mijar na Porra do seu Download!!!

Posted in Cinema, download, Vídeo Independente with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on dezembro 21, 2016 by canibuk

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“Arrombada – Vou Mijar na Porra do Seu Túmulo!!!” (2007, 42 min.) escrito, fotografado, produzido e dirigido por Petter Baiestorf. Maquiagens gore de Carli Bortolanza. Edição de Gurcius Gewdner. Com: Ljana Carrion, Coffin Souza, PC, Gurcius Gewdner e Vinnie Bressan.

Inspirado pelo caso do Juiz Lalau escrevi o roteiro de “Arrombada” em uns 3 dias e chamei uma equipe extremamente reduzida para filmar tudo em 4 dias. Minha ideia era realizar um sexploitation, com muitas cenas de sexo quase explícito, que fosse uma crítica ao poder, mostrar um senador (que também era juiz de direito) se aproveitando da impunidade no Brasil para cometer os mais terríveis crimes, sempre ajudado por seus cães fiéis (um religioso e um profissional liberal, não incluí um militar no bando porque queria deixar a segurança completamente de fora do filme, sem mostrar absolutamente nenhum cão fardado). O filme está cada vez mais atual diante o cenário político – e social – brasileiro, apesar de minha abordagem com toques de humor nonsense em algumas partes do filme.

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As filmagens de “Arrombada” aconteceram no inverno de 2007 e foram extremamente rápidas e sem contratempos. O único problema mais grave que aconteceu durante as filmagens foi que nossa câmera parou de funcionar numa madrugada de externas por causa da umidade, fazendo-nos perder aquela madrugada de trabalhos já que tínhamos apenas uma câmera na produção. Sim, o filme foi feito com orçamento nenhum (acredito que gastamos, ao final de tudo, R$ 1.500,00 na produção). Durante as filmagens algo engraçado era ver a agonia de Coffin Souza com aquele bigodinho Adolf Hitler Stylle, ele estava visivelmente envergonhado de estar usando o bigode daquele jeito, tanto que quando encerramos as gravações a primeira coisa que fez foi ir no banheiro retirar o tal bigodinho da vergonha. Um de nossos passatempos durante as filmagens era convidar ele pra ir até no mercadinho da vila onde estávamos filmando (ele nunca foi junto, lógico).

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Vinnie Bressan, Gurcius, Souza (já sem o bigodinho da vergonha) e Ljana na bebedeira de encerramento das filmagens de “Arrombada”.

Por ser frio demais durante as filmagens, a equipe e elenco se aquecia bebendo vinho vagabundo. Acho que a equipe completa foi Carli Bortolanza, Ljana Carrion, Vinnie Bressan, Gurcius Gewdner, Coffin Souza, PC, Elio Copini, Claudio Baiestorf e eu. Como não rodamos making off desta produção posso estar esquecendo alguém.

cartazarrom“Arrombada” foi lançado em alguns cinemas de SC ainda em 2007, fazendo uma espécie de complemento ao longa-metragem “Mamilos em Chamas” do meu grande amigo Gurcius Gewdner, era uma sessão bastante única na história do cinema brasileiro e o público se divertia demais, nenhuma das sessões foi comportada. No lançamento de “Arrombada” botamos a banda de industrial harsh A Besta para animar o público antes e depois da sessão, também promovemos o re-lançamento de “Zombio” (1999) para essa ocasião e depois desmembramos o programa, com “Arrombada” fazendo sua bilheteria e “Zombio” tendo o re-lançamento à parte. Para as sessões na região de Palmitos/SC, mandei confeccionar um grande cartaz onde se lia “Filmado com meninas da região” e “Não ria!!! Sua irmã pode estar neste filme!!!”, claro que lotou as sessões de caras sedentos pelas garotas da região (Ljana era de Florianópolis, mas a magia do cinema exploitation deve ser mantida). Essas sessões de Palmitos realizamos, ainda, em clima de “proibição”, pessoal chegava meio que escondido nas sessões, tendo um gostinho de estar vivendo nos tempos da lei seca ou da censura militar brasileira. O público adora se sentir parte de algo secreto, é importante fazê-los acreditarem que estão participando de algo fora-da-lei. Claro que o que funcionava 10 anos atrás não quer dizer que ainda funcionará nos dias de hoje.

Para ler o roteiro de Arrombada.

Para baixar ARROMBADA – VOU MIJAR NA PORRA DO SEU TÚMULO!!!

Comprar DVD de Arrombada com extras e inúmeros curtas da Canibal Filmes de brinde, entre na loja MONDO CULT.

por Petter Baiestorf.

Veja o trailer de “Arrombada” aqui:

Algumas fotos de bastidores:

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Gurcius experimentando o olho arrombado.

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Preparando a carne para o churrasco dos poderosos.

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Baiestorf dirigindo Ljana e Souza.

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Ljana repensando a vida e passando frio.

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Ljana sendo maquiada por Carli Bortolanza.

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Repassando o roteiro.

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Elenco se diverte enquanto a equipe técnica prepara alguma tomada.

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Ljana e Souza.

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Baiestorf, Souza e PC.

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Elio Copini colocando as fraldas em Carli Bortolanza.

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Gurcius e Vinnie.

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Erros de gravação geram risadas intermináveis.

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Vinnie e Carli em seu momento Zatoichi.

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Carli Bortolanza preparando o sapato do senador.

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Como cegar um senador.

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Claudio Baiestorf, Ljana, Vinnie e Souza se aquecendo na madrugada fria.

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Repassando o roteiro na madrugada.

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Bortolanza empalando Vinnie.

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Mangueirinhas do chafariz anal.

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Ljana e Gurcius esperando a chamada pra filmar.

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O Chafariz anal de “Arrombada” funciona!!!

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Vinnie e Claudio Baiestorf.

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Sewer Boy

Posted in Arte Erótica, erótico, Fetiche, Quadrinhos with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on dezembro 20, 2016 by canibuk
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Poster de “Tokyo Grand Guignol”.

Em postagens antigas já apresentamos o artista Suehiro Maruo aqui no Canibuk. Também já havíamos postado aqui a HQ “Shit Soup“. Hoje postamos a HQ “Sewer Boy”. Visite Maruo Jigoku.

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Assista aqui documentário sobre Suehiro Maruo:

 

Veja aqui o média-metragem “Midori” (1992):

 

Loucos pelo Rabo da Sereia

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Gums (1976, 70 min.) de Robert J. Kaplan. Com: Terri Hall, Brother Theodore, Robert Kerman e Jody Maxwell.

gums1Em 1975 o mundo foi tomado de assalto pelo lançamento de “Jaws/Tubarão” do jovem cineasta Steven Spielberg e o terror tomou conta das praias fazendo com que o cidadão comum ficasse escondido no conforto dos cinemas. Os produtores de cinema aproveitaram isso realizando, à toque de caixa, ótimas paródias para o grande sucesso . Aqui no Brasil, ainda no mesmo ano de lançamento de “Jaws”, Adriano Stuart botou no mercado o impagável “Bacalhau”. Nos USA o produtor Robert J. Kaplan resolveu parodiar o filme incluindo bem-vindas cenas de sexo explícito e lançou “Gums”, estrelado pela belezoca Terri Hall.

gums2“Gums” conta a história de uma pequena cidade costeira que é atacada por uma sereia que suga a energia vital de suas vítimas. O prefeito da cidade vai cobrar providências do xerife e enquanto discutem acaba recebendo um molhado boquete da secretaria do xerife (as cenas de insert da felação são a mais pura zoeira, não dando para saber se o ator branco ganhou um dublê de pau negro propositalmente ou se foi incompetência da produção). Em ótima referência ao filme “Moby Dick” (1956), de John Huston, surge o capitão Carl Clitoris (em seu uniforme nazista) e faz um inflamado discurso durante uma reunião dos líderes da cidade dizendo que vai acabar com a deliciosa criatura sugadora de homens. Em meio a uma legião de cidadãos loucos que caçam a sereia é, também, chamado o oceanógrafo Sy Smegma para resolver o problema e assim “Gums” vai ficando cada vez mais nonsense e parte para uma transa do xerife com sua esposa (que ao invés de mostrar a relação humana mostra dois cachorros em relação carnal) até que são interrompidos por Smegma que traz uma boneca inflável para ele e o delegado discutirem o que farão para combater a sereia. Assim a esposa do xerife, que ficou sozinha, chupa uma fantoche (pistas para o final do filme?) e, não saciada pelo boneco, se dirige até onde estão os heróis e transa com os dois enquanto nós do público acompanhamos uma cena, fora de contexto, que mostra uma mulher se esfregando num poney enquanto um pessoal feio se masturba alucinadamente. Mais bagunçado, impossível! Após essas liberdades libertinosas o filme volta a parodiar “Jaws” e os heróis seguem com um barco para o alto mar no intuito de eliminar a sereia boqueteira. Antes do final do filme ainda somos brindados com duas cenas memoráveis: primeiro a sereia sai d’água e bota sua aranha para brigar com a aranha de uma índia gostosa fazendo uma dança erótica após a briga e, já no barco, Smegma esta batendo uma punheta no banheiro e a sereia invade o barco pelo sanitário para chupá-lo. Como a mente dos produtores picaretas é uma explosão de criatividade cafajeste exemplar, na seqüência final as personagens masculinas se tornam fantoches para o enfrentamento final, e mortal, com a estranha criatura marítima sugadora de homens.

gums3“Gums teve a direção de Robert J. Kaplan que não seguiu na carreira cinematográfica. Seu primeiro trabalho foi no curta-metragem “Geronimo Jones” (1970) de Bert Salzman, o suficiente para que ele se animasse com a indústria de cinema. Em 1972 Kaplan usou suas economias para levantar a produção da comédia dramática musical “Scarecrow in a Garden of Cucumbers”, uma tranqueira estrelada por Holly Woodlawn que anos antes havia estado no elenco de “Trash” (1970) e “Women in Revolt” (1971), ambos filmes de Paul Morrissey, e Tally Brown, atriz que também pertencia ao círculo de Andy Warhol, tendo estrelado “Batman Dracula” (1964); “Camp” (1965) e “****” (1967), todos com direção do mago do pop. Sua última tentativa com cinema foi justamente “Gums” na esperança de lucrar com o mercado adulto.

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Terri Hall

O elenco de “Gums” é uma espécie de seleção “The Best” dos filmes adultos da década de 1970, a começar pela lindíssima Terri Hall no papel da sereia tarada. Terri, nascida em 1953 e falecida em 2007, esteve no elenco de inúmeros clássicos do cinema pornô. Em 1975 participou do rape and revenge “Terri’s Revenge!” dirigido pelo ator Zebedy Colt; logo em seguida fez “The Story of Joana” (1975), drama adulto classudo de Gerard Damiano, onde interpretou a personagem título; “The Divine Obsession” (1976), produção da fase pornô de Lloyd Kaufman (usando o pseudônimo Louis Su) que depois viria a se tornar o presidente-fundador da Troma; “Honey Pie” (1976) de Howard Ziehm (não creditado), que dois anos havia realizado o imperdível “Flesh Gordon” em parceria com Michael Benveniste. “The Opening of Misty Beethoven” (1976) de Radley Metzger, que assinava suas obras com o nome Henry Paris (pornófilos lembrarão dele); “Fantasex” (1976), produção da fase pornô de Roberta Findlay (usando o pseudônimo Robert Norman); “Sex Wish” (1976) de Victor Milt (sob pseudônimo de Tim McCoy); “The Ganja Express” (1978) de Richard MacLeod, uma tentativa no cinema exploitation. Jody Maxwell, que em “Gums” interpretava a “Miss Mayhem”, esteve no elenco do blaxploitation “Bucktown” (1975) de Arthur Marks, onde dividiu cena com Fred Williamson e Pam Grier; foi atriz principal no pornô “The Devil Inside Her” (1977) de Zebedy Colt (também com Terri Hall); e nos clássicos adultos “The Satisfiers of Alpha Blue” (1980) de Gerard Damiano e “A Girl’s Best Friend” (1981) de Henri Pachard. Crystal Sync, que em “Gums” usa o pseudônimo de Rachel McCallister, trabalhou em mais de 40 filmes, quase sempre usando nomes diferentes. Em “The Night of Submission” (1976) de Joe Davian, assinou como Petula Smith; em “The Incredible Torture Show” (1976), mais conhecido pelo título alternativo “Bloodsucking Freaks” de Joel M. Reed, assinou como Erica Wolfe; em “The Fox Affair” (1978) de Fereidun G. Jorjani, assinou como Eden Whitefield e no clássico “Maraschino Cherry” (1978) de Radley Metzger (Henry Paris), como Jenny Lind. Confuso? Crystal usou ainda outros pseudônimos como Chriss Williams, Inga Fox, Erica Baron, Eleanor Barnes, Cara Mogul, Sandy Long, Melinda Sol e outros nomes para (tentar) se proteger da hipocrisia humana que aceita psicopatas assassinos mas condena atrizes pornôs. Curiosamente ela assinou com seu nome alguns filmes, como o pornô de William Lustig “The Violation of Claudia” (1977); “Punk Rock” (1977), putaria de Carter Stevens e “The Tiffany Minx” (1981) de Roberta Findlay não creditada.

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Atores de “Gums” se divertindo.

Entre os atores de “Gums” encontramos Brother Theodore” (nascido Theodore Gottlieb) que iniciou sua carreira cinematográfica em “The Strange/O Estranho” (1946) de Orson Welles e depois passou a freqüentar produções B com grande afinco. Também abrilhantou lixos como “Horror of the Blood Monsters” (1970) de Al Adamson; “Gang Wars” (1976), uma mistura envolvendo kung fu e demônios malignos saídos da cabeça do diretor Barry Rosen; o vampiresco “Nocturna” (1979) de Harry Hurwitz (sob pseudônimo de Harry Tampa), até a produção hollywoodiana “The ‘Burbs/Meus Vizinhos São um Terror” (1989) de Joe Dante, divertida comédia estrelada por um Tom Hanks antes da fama. E o Richard Lair creditado em “Gums” (que intrepretou o papel de Sy Smegma) é Richard Bolla (seu nome real é Robert Charles Kerman), uma lenda da indústria pornô americana tendo estrelado mais de 180 filmes, de filmes adultos  clássicos como “Debbie Does Dallas” (1978) de David Buckley (sob pseudônimo de Jim Clark), passando por filmaços do porte de “Cannibal Holocaust” (1980) de Ruggero Deodato e “Mangiati Vivi/Os Vivos Serão Devorados” (1980) de Umberto lenzi, até blockbusters como “Spider-Man/Homem-Aranha” (2002) de Sam Raimi em início da decadência. O pornô, definitivamente, esconde inúmeros (e variados) talentos.

Como curiosidade: a música de “Gums” foi composta por Brad Fiedel em início de carreira, anos depois ele realizou trabalhos famosos em super-produções como “The Terminator/O Exterminador do Futuro” (1984) de James Cameron e “Fright Night/A Hora do Espanto” (1985) de Tom Holland.

por Petter Baiestorf.

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Casamento na Pocilga

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Vase de Noces (“One Man and His Pig”, 1975, 80 min.) de Thierry Zéno. Com: Dominique Garny.

vase-de-noces3Essa produção é única, um perfeito exemplo da tênue linha que separa o cinema de arte do cinema vagabundo (ou vice-versa, já que ambos são estilos indispensáveis de cinemas feitos para públicos muito específicos). “Vase de Noces” conta a história de um fazendeiro que se apaixona por uma porca e, depois de muita farra sexual pelas pocilgas da fazenda, tem porquinhos mutantes com ela. O fazendeiro é meio transtornado e gosta de matar animais por diversão, também tem uma estranha fixação por cabeças de bonecas e recolhe suas fezes em frascos de vidro, mas assim que seus filhotinhos nascem ele tenta se aproximar deles e ser um bom pai. Essas tentativas são meio inúteis e os filhotinhos preferem sua mãe deixando-o com raiva, até que mata seus entes queridos num ataque de fúria paternal. Como num bom drama de Hollywood às avessas, a porca descobre os filhotinhos mortos e desesperada se suicida num lamaçal deixando o fazendeiro zoófilo desesperado quebrando todos seus pertences e, após elaborar uma infusão a base de fezes e urina, se enforca finalizando este tocante drama do absurdo.

vase-de-noces2Produzido na Bélgica, “Vase de Noces” nunca teve um lançamento comercial nos cinemas. Foi proibido em quase todo o mundo (na Austrália, por exemplo, continua proibido), fato que relegou ao filme a fama de maldito e o seu quase desaparecimento por completo. As poucas cópias da produção sobreviveram graças à festivais de cinema de arte que, de tempos em tempos, exibiam-no. Lembro que em meados da década de 1990 o filme era uma verdadeira relíquia rara e quando consegui uma cópia dele em VHS com pirateiros do Canadá me senti um verdadeiro felizardo por estar pondo meus olhos e mente em filme tão obscuro. Nos dias de hoje com a internet funcionando como uma verdadeira cinemateca global não existem mais filmes obscuros, é só pesquisar, fazer o download e assistir essas belezinhas esquecidas da sétima arte.

vase-de-nocesO diretor Thierry Zéno nasceu em 1950 na cidade de Namur, Bélgica. É um destes cineastas que filma pouco mas que sempre tem o que dizer/mostrar e influencia muitos outros cineastas com seu estilo cru e selvagem (Jörg Buttgereit me parece ser bem influenciado por ele). Depois de “Vase de Noces” realizou o documentário “Des Morts” (1979) repetindo a parceria com Dominique Garny e Jean-Pol Ferbus que já estavam trabalhando no filme anterior. Neste mórbido documentário os diretores visitaram vários países para registrar como as pessoas de diferentes locais lidam com a morte. Tomando gosto pelos documentários realizou em 1983 “Les Muses Sataniques”, novamente em parceria com Dominique Garny. Em 1987 realizou “Eugène Ionesco, Voix ET Silences” com o criador do teatro do absurdo. Nos anos de 1990 Zéno voltou suas lentes para o México e realizou dois interessantes documentários. O primeiro foi “Chroniques D’um Village Tzotzil” (1992) que levou quase dez anos para ser realizado com Thierry Zéno fazendo várias viagens, entre 1984 e 1992, à uma comunidade nos arredores de San Cristobal de las Casas até conseguir ganhar a confiança dos índios mexicanos e assim colher depoimentos. Em seguida realizou “Ya Basta!: Le Cri Des Sans-Visage” (1997) sobre vários municípios de Chiapas e a relação dos índios pobres com o Exército Zapatista de Libertação Nacional. Zéno também foi o responsável pela criação de um departamento de vídeo na Acadêmia de Dessin et des Arts Décoratifs de Molenbeek-Saint-Jean, onde foi professor e, a partir de 1999, diretor. Como curiosidade, em 1975 Zéno foi ator na comédia “Grève et Pets”, um curta de 16 minutos dirigido por Noël Godin e Yolande Guerlach (ambos assinam a obra com o pseudônimo Les Boudou).

vase-de-noces4“Vases de Noces” é bastante conhecido como “The Pig Fucking Movie”, seu título informal de internet, mas que nunca foi utilizado oficialmente em nenhum de seus raros relançamentos. O filme foi lançado em DVD na Alemanha pela distribuidora Camera Obscura e na Suécia pela Njuta Films. No Brasil continua inédito, sendo eventualmente exibido em mostras de filmes com curadoria de Gurcius Gewdner ou minha e em cineclubes que primam pela exibição de obscuridades da sétima arte.

por Petter Baiestorf para seu livro “Arrepios Divertidos”.

Assista o filme aqui:

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Viagem ao Céu da Boca

Posted in Cinema, erótico, Putaria with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on novembro 10, 2016 by canibuk

Viagem Ao Céu da Boca (1981, 82 min.) de Roberto Mauro. Com: Bianca Blonde, Eduardo Black, Angela Leclery, Eliane Gomes e Leovegildo Cordeiro.

viagem-ao-ceu-da-boca1Cada vez mais atual, “Viagem ao Céu da Boca” é um pornô com crítica social produzido no final da ditadura militar brasileira. Na história um bandidinho pé de chinelo (Eduardo Black) invade a mansão de uma ninfomaníaca (Bianca Blonde) que exige que a violente. Não muito a vontade com a milionária tarada o bandido se engraça pela travesti Paula (Angela Leclery) que estava visitando a mansão e a tortura com requintes de crueldade e a cumplicidade da ricaça. Não satisfeito com a sessão sadomasoquista que aplicou no travesti ainda estupra uma ninfetinha (Eliane Gomes, claramente uma mulher de uns 20 anos no papel de menininha de 13) desvirginando-a de modo grosseiro. Neste momento o travesti volta como uma espécie de pomba-gira do além das macumbas cinematográficas e dá um nó no pênis do bandido que desperta de seu sonho dentro de uma prisão e é torturado pela policia.

roberto-mauroCom uma produção simples e barata, mas muito eficiente em criar um climão de pesadelo sexual, “Viagem ao Céu da Boca” tem direção do veterano Roberto Mauro. Nascido no Rio de Janeiro em 1940 (e falecido em 2004), entrou nos negócios cinematográficos em 1972 realizando o documentário “Sai Dessa, Exu!” e seu primeiro longa de ficção, “As Mulheres Amam por Conveniência”, uma comédia estrelada pelo ator global Tony Vieira, Wanda Kosmo e os diretores Clery Cunha e Cláudio Cunha. Na onda do sucesso de “The Godfather/O Poderoso Chefão” (1972), de Francis Ford Coppola, produziu “O Poderoso Machão” (1974), comédia escrita por Cláudio Cunha. Dono de um senso de humor cretino, realizou todo tipo de filmes, mas sempre misturados a comédia que era sua paixão. “As Mulheres Sempre Querem Mais” (1974), escrito pelo também diretor Luiz Castellini (do horror Cult “A Reencarnação do Sexo”, 1982) e “As Cangaceiras Eróticas” (1974), zoeira com o cangaço estrelado pelas beldades Helena Ramos e Matilde Mastrangi, foram sucesso e definiram seu estilo de fazer cinema lucrativo no Brasil. Outros filmes de Roberto Mauro foram delícias como “O Incrível Seguro de Castidade” (1975); “Pesadelo Sexual de um Virgem” (1976); “A Ilha das Cangaceiras Eróticas” (1976), continuação de seu sucesso de 1974, muito mais retardado e nonsense do que o primeiro e trazendo no elenco Aldine Muller, Carlos Imperial, Wilza Carla e Índio Paraguaio; “Desejo Violento” (1978), suspense policial escrito pelos diretores Ozualdo Candeias e Luiz Castellini; “A Praia do Pecado” (1978), outro policial (que tem argumento de Carlos Reichenbach); “Eu Compro Essa Virgem” (1979), comédia com roteiro de Ody Fraga; “Taradas no Cio” (1983); “Etéia, A Extraterrestre em sua Aventura no Rio” (1983), uma comédia arriada com Zezé Macedo e o pornô “Solar das Taras Proibidas” (1984), lançado na selvagem década de 1980 que foi quando nosso cinema mais produziu verdadeiros clássicos da escatologia e do mau gosto.

Bianca Blonde

Bianca Blonde

O blog “Estranho Encontro” conta que Bianca Blonde e Eduardo Black não se sentiam atraídos um pelo outro e suas cenas eram difíceis de serem filmadas devido a implicância que nutriam um pelo outro. Também conta que o travesti Angela Leclery foi escolhido numa sessão de testes que reuniu a mais “fina flor do submundo carioca” e foi selecionado tanto por suas capacidades ativas quanto passivas. Este mesmo blog entrevistou José Louzeiro, roteirista de “Viagem ao Céu da Boca”, que nutre um ódio todo especial pelo filme e seu diretor: “Não fiz o roteiro, nem sei quem fez. Era pra ter sido baseado no meu conto. Aí fui ver, já estava na fase de edição, e fiquei horrorizado. Disse pra tirar meu nome daquela imundície, ele (Roberto Mauro) jurou que ia tirar e não tirou. Era mal pagador, não me pagou um tostão, e o pior é que ele queria fazer outro filme. Roberto Mauro foi um cineasta de triste memória, uma vergonha para a classe!”.

Independente das discórdias entre os responsáveis pela produção de “Viagem ao Céu da Boca”, é um filme bem interessante que merece ser (re)descoberto por uma nova geração de cinéfilos antes que se perca na (falta de) memória cultural do povo brasileiro. Em tempo: Vale ressaltar a genialidade do título “Viagem ao Céu da Boca”. Seria o céu da boca todo povoado de bandidos, travestis, ninfomaníacas em uma suruba eterna?… Quero acreditar que sim e quero ir prá lá!!!

Por Petter Baiestorf para seu livro “Arrepios Divertidos”.

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Ponto de Ruptura: Lições de Cinema Comercial para Iniciantes

Posted in Cinema, erótico with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on novembro 8, 2016 by canibuk

Breaking Point (1975, 95 min.) de Bo Arne Vibenius. Com: Andreas Bellis, Irena Billing, Jane McIntosch e Susanne Audrian.

breaking-point1Bob Bellings (Andreas Bellis) é um executivo que acha que toda interação que tem com as mulheres, mesmo que estranhas, possui conotação sexual. Assim o nada pacato cidadão esquizofrênico começa a fantasiar relações sexuais tornando o público seu cúmplice nas bestialidades que pratica e, sem saber distinguir fantasia da realidade, acaba estuprando e matando mulheres, desembocando numa fuga alucinada cheia de sexo explícito, violência e horror.

Assista o trailer:

breaking-point2Não tão pretensioso quanto em “Thriller – Em Grym Film/Thriller: They Call Her One Eye” (1973), seu filme anterior, Bo Arne Vibenius avançou um pouco nas suas teorias do que seria cinema comercial, desta vez com a pornografia integrada na história indo muito além das cenas de sexo explícito enxertadas (para as cenas de sexo explícito de “Thriller” ele contratou um casal que fazia apresentações de sexo explícito ao vivo em boates de terceira categoria da Suécia). Bo Arne Vibenius nasceu em 1943 na Suécia e iniciou carreira no cinema como assistente de direção de Ingmar Bergman em “Persona” (1966) e “Vargtimmen/A Hora do Lobo” (1968). Trabalhar como assistente do renomado diretor lhe permitiu tentar a produção/direção de seu próprio filme e assim o fez com “Hur Marie Träffade Fredrik” (1969), uma fantasia familiar que foi um tremendo fracasso de público. Decidido a fazer “o filme mais comercial de todos os tempos” para recuperar o dinheiro investido na produção anterior, Vibenius (usando o pseudônimo de Alex Fridolinski) concebeu o sádico “Thriller: They Call Her One Eye”, onde misturou extrema violência (boatos dizem que ele utilizou um cadáver real para filmar a cena onde arranca o olho) e sexo explícito. “Thriller” acabou virando um clássico do cinema selvagem e foi proibido até mesmo na Suécia, um dos países mais tolerantes do mundo. Logo em seguida, mostrando que aprendeu a lição em partes, Vibenius (desta vez utilizando o pseudônimo de Ron Silberman Jr.) aumentou as doses de sexo e diminuiu a violência neste “Breaking Point”, numa clara tentativa de lucrar no mercado pornográfico da Suécia e Dinamarca, países que haviam liberado a produção de cinema adulto tirando-o da clandestinidade. Mesmo não tendo mais produzido/dirigido filmes, Bo Arne Vibenius continuou trabalhando na indústria cinematográfica em produções dos mais variados estilos como nos dramas “Hempas Bar” (1977) de Lars G. Thelestam; “Tabu” (1977) de Vilgot Sjöman; “Ga Pa Vattnet Om Du Kan” (1979) de Stig Björkman e a comédia “Raskenstam” (1983) de Gunnar Hellström, onde voltou a ser assistente de direção.

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Bo Arne Vibenius

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Andreas Bellis

Andreas Bellis, que interpreta o atormentado psicopata de “Breaking Point”, não era ator (sua única experiência atuando havia sido no drama “Jag Heter Stelios”, 1972, de Johan Bergenstrahle), mas sim câmera tendo, inclusive, feito a direção de fotografia de “Thriller”, o tal “filme mais comercial do mundo” idealizado por Vibenius. Outros filmes onde trabalhou como câmera (ou diretor de fotografia) incluem o pornô “Porr I Skandalskolan/The Second Coming of Eva” (1974) de Mac Ahlberg; a comédia “O Gyrologos” (1980) de Panos Glykofrydis e os filmes de horror “Blind Date/Visão fatal” (1984); “The Wind/O Sopro do Diabo” (1986) e “In The Cold of the Night/No Frio da Noite” (1990), todos filmes dirigidos pelo gênio incompreendido Nico Mastorakis. Já as atrizes de “Breaking Point” não seguiram carreira no cinema, tendo todas suas estrelas apagadas no acender das luzes dos pulgueiros onde o filme foi exibido.

 

Como curiosidade: Ralph Lundsten, o compositor da trilha sonora de “Breaking Point” (e também de “Thriller”), foi diretor de vários curtas-metragens. Também compôs a trilha de filmes como “Som Hon Bäddar Far Han Ligga” (1970) de Gunnar Höglund e “Exponerad” (1971), drama erótico de Gustav Wiklund estrelado pela atriz Christina Lindberg.

O cinema exploitation sueco, infelizmente, continua inédito e pouco conhecido no Brasil.

por Petter Baiestorf para seu livro “Arrepios Divertidos”.

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Entrei em Pânico no Youtube

Posted in Cinema with tags , , , , , , , , , , , , , , , on fevereiro 23, 2015 by canibuk

Felipe M. Guerra escreveu me avisando que, diante da impossibilidade de realizar um lançamento em DVD/Blu-Ray (porque estes lançamentos não se pagam mais, eu mesmo parei de fazer lançamentos físicos porque vende pouquíssimo), resolveu colocar seu filme no youtube.

Na palavras do próprios Felipe:

“Em 2001, quando as duas únicas opções para fazer cinema no Brasil era ser filho de banqueiro ou aventurar-se no mundo encantando das câmeras VHS, eu fiz uma sátira aos filmes slasher chamada “Entrei em Pânico ao Saber o que Vocês Fizeram na Sexta-feira 13 do Verão Passado”, gravada em VHS e com “orçamento” de 250 reais. Na época a série “Pânico” fazia muito sucesso e tinha gerado um ‘revival’ desse tipo de produção, mas eram filmes muito ruins, sem sangue, sem mulher pelada, enfim, sem aqueles elementos que faziam os velhos “Sexta-feira 13” tão divertidos. E eu resolvi brincar com os clichês do subgênero, usando amigos como atores, sangue de suco de groselha e efeitos caseiros. Seja por causa do título gigante, seja por causa da curiosidade de uma produção de horror ter sido feita no interior do Rio Grande do Sul, o filme teve uma repercussão tremenda, bem mais do que merecia. Até hoje, acho que é um dos filmes independentes brasileiros mais conhecidos, mas menos vistos.

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“Entrei em Pânico… Parte 2” surgiu de uma piada que não funcionou no final da Parte 1, quando os protagonistas fugiam de carro deixando o assassino vivo pra trás e diziam: “A gente volta na Parte 2 pra dar porrada nele”. Obviamente era só mais uma gozação, mas o final em aberto fez com que muita gente realmente me cobrasse pela Parte 2.
Em 2006 eu lancei um filme que gosto muito, uma comédia com toques de horror chamada “Canibais & Solidão”, que não teve repercussão nenhuma porque era mais comédia que terror. Inclusive não passou em festival nenhum na época. Aí eu resolvi fazer o “Entrei em Pânico… Parte 2” e dar ao público o que queria – sangue e tripas -, porque o primeiro filme teve reportagem na SET, no Fantástico e até numa revista espanhola de cinema fantástico, e eu queria tentar repetir esse “sucesso”.
O roteiro foi escrito em 2008, mas o filme só saiu em 2011. É por isso que os personagens vivem falando que o massacre do filme original aconteceu sete anos antes, e não dez. Acontece que no começo de 2009 eu me mudei para São Paulo, para fazer meu Mestrado, e voltava à minha cidade-natal (Carlos Barbosa, RS) somente de vez em quando, e era aí que filmávamos. Por isso que levei quase três anos para terminar o filme! Os atores e atrizes mudaram de peso e corte de cabelo umas 20 vezes durante as gravações, e a história do filme se passa apenas em alguns dias, mas ninguém nunca notou nada – e, se notou, não me disse.

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Para a continuação, eu trouxe de volta vários personagens do original, inclusive um que morreu no primeiro filme (meu irmão Rodrigo, ressuscitado milagrosamente e com direito a uma piada ironizando esse tipo de absurdo em filmes). Minha ideia original era colocar todos os atores do primeiro filme neste, inclusive os que morreram, pois eles iriam aparecer como fantasmas que o personagem Goti enxergava devido ao trauma de ter sobrevivido ao massacre. Mas, durante o processo de filmagem, eu percebi que isso deixaria o filme muito longo e enrolado, e o original já era assim (demorava muito para a matança começar), então cortei toda essa ideia dos fantasmas.
Uma coisa que eu fiz questão de ter na Parte 2 eram efeitos especiais elaborados. No primeiro filme eu mesmo improvisei os efeitos sem nem saber como fazer direito, então neste eu paguei uma graninha para o Ricardo Ghiorzi, um técnico de efeitos especiais de Porto Alegre, me ajudar nesse departamento. Ele foi o responsável pela grande cena do filme, em que cinco jovens são mortos de uma vez só. Sempre achei engraçado esse negócio de, nos slashers, o assassino matar uma pessoa por vez, então fiz essa cena pensando num massacre coletivo mostrado no ótimo “Chamas da Morte” (The Burning, 1981). Levamos mais de seis horas para filmar uma cena que, editada, não chega a cinco minutos!

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“Entrei em Pânico… Parte 2” custou quase 3 mil reais e deu bastante trabalho por causa do cronograma bizarro de filmagens. Eu só podia filmar quando voltava para minha cidadezinha, mas nem sempre os atores estavam disponíveis. Então tive que cortar ou alterar cenas inteiras para me adequar ao tempo e aos atores que tínhamos disponíveis em determinados momentos. Mas é um filme que a gente se divertiu muito fazendo. Inclusive, durante a gravação da última cena, eu fiz questão de tomar um banho de sangue falso atirado sobre mim pelos próprios atores.
Este foi meu filme de maior repercussão até agora. Não tanto quanto o primeiro, que chegou a revistas e ao horário nobre da Globo, mas somente porque os tempos são outros e hoje todo mundo está fazendo seu próprio filme, então isso deixou de ser notícia. Porém o filme circulou por praticamente todos os festivais de cinema fantástico e/ou independente do Brasil, e foi exibido em mostras na Argentina, em Porto Rico e no México, o mais perto que um filme meu chegou de Hollywood! Enfim, provavelmente foi meu filme mais VISTO, enquanto o primeiro as pessoas só conhecem de nome.

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De 2011 para cá, fiquei remoendo a ideia de fazer um DVD duplo caprichado para o filme, pois tenho meia hora de cenas excluídas (incluindo umas mortes alternativas) e umas divertidas entrevistas com o elenco que fiz na época, além de making-of dos efeitos especiais. Mas o panorama do cinema independente mudou bastante de 2001, quando lancei a Parte 1, para agora. Lembro que vendi mais de 500 fitas do original, mas hoje ninguém quer mais saber de comprar filme independente, todo mundo só quer baixar ou ver de graça. Então resolvi jogar o filme no YouTube eu mesmo. O lado bom é que mais gente tem acesso ao meu trabalho. O lado ruim… Bem, eu nunca mais vou recuperar meus 3 mil, e assim fica cada vez mais difícil conseguir investir mais grana em futuras produções.

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Uma coisa que “Entrei em Pânico… Parte 2” me ensinou é que certos preciosismos de diretor xarope e de estudante de cinema não fazem diferença alguma no produto final – em outras palavras, o espectador médio nem liga para isso. Por exemplo, eu me envolvi em algumas produções mais “profissionais” em que os diretores de fotografia ficavam duas horas só acertando a luz. Aqui, eu filmei tudo com luz natural ou pontos de luz simples (tipo abajures), e nunca ninguém criticou a “continuidade da luz” entre as cenas. Outra: o filme tem dois erros grosseiros de continuidade (na verdade tem um montão mas esses dois são grosseiros MESMO), e ninguém nunca percebeu. Um é a cadeira de rodas do personagem Goti: tivemos que usar dois modelos diferentes como se fosse a mesma, e elas são COMPLETAMENTE diferentes, mas ninguém notou. O segundo é a mão falsa que usamos nas cenas em que o Eliseu Demari é ferido na mão: o Ghiorzi fez a mão falsa TROCADA, e não havia mais tempo de refazer a correta, então usamos a trocada mesmo e passou batido! Assim, fica a dica para os técnicos chatos de cinema independente: dediquem-se mais à história e menos ao perfeccionismo, porque se umas barbeiragens como essas passaram batidas, não vai ser a sua iluminação 1,5% mais fraca ou o fio de cabelo fora de lugar no cenário que vão deixar seu filme uma merda!

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Mas eu confesso que gostaria muito de fazer um “Entrei em Pânico… Parte 3″. Seria como fechar o ciclo, sabe? Porque cada filme da série foi feito num momento diferente da produção independente nacional: o primeiro em VHS no começo do século 21, o segundo em digital mini-DV dez anos depois, então agora eu queria fazer um terceiro e último em Full HD, porque hoje isso já é possível e dá uma cara mais profissional mesmo ao filme mais vagabundo feito em casa. Também seria uma homenagem ao próprio cinema independente, e eu gostaria de convidar artistas fodões tipo o Ghiorzi, o Kapel Furman e o Rodrigo Aragão para fazer uma cena de morte cada, sempre bem absurda e exagerada. Mas obviamente isso demanda tempo e dinheiro que eu não tenho. Mesmo assim, é algo que eu gostaria de fazer. Quem sabe daqui mais dez anos?”
Veja o filme aqui:

Rudolf Macho Magazine

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Ontem eu estava procurando a biografia do Edgar Allan Poe (que tenho guardada numa caixa embaixo da cama) e na minha procura encontrei a revista “Rudolf” (Macho Magazine) que era dos meus tempos de guri. Dei fim da busca pela biografia do Poe e corri aqui digitalizar a “Rudolf” número 1 (editora Ki-Bancas Ltda.) para disponibilizar ela aqui no Canibuk. Achei, também, algumas outras revistas eróticas na mesma caixa e as digitalizarei/postarei mais no futuro.

Boas punhetas com a “Rudolf”, era a pornografia que existia antes da era internet, bateu maior nostalgia!

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Na Câmara de Torturas de Skin Diamond

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Recentemente descobri, meio que sem querer, os filmes de bondage/BDSM com uma mulata americana/escocesa chamada Skin Diamond que gostei bastante. Skin tem uma interpretação de rosto ótima, faz sexo com vontade, deep throat como deve ser (profundo e completamente babado) e, geralmente, está imobilizada com cordas ou equipamentos de tortura onde é fodida por atores/atrizes pervertidos. Skin, nota-se por sua grande produção de filmes com outras meninas, que é chegada em chupar uma bela bucetinha molhada, tanto que já fez filmes com Belladonna e Katsumi, outras duas taradas por belas mulheres assumidas. Skin é uma incrível mistura de checa, alemã, dinamarquesa, iuguslava com etíope, provando de uma vez por todas que as pessoas mais belas são as que possuem mistura de etnias (este negócio de raça pura é coisa de débil mental, me desculpem).

Skin Diamond nasceu em 18 de fevereiro de 1987 com o nome de Raylin Christensen. Antes de se aventurar no fabuloso mundo maravilhoso da pornografia ela trabalhou numa crechê cuidando de crianças (Ron Jeremy teve emprego semelhante antes de virar lenda pornô). Em 2009 ela estrelou “No Panties Allowed” de James Deen e não parou mais, já tendo estrelado mais de 40 filmes, vários deles dedicados ao bondage, BDSM, humilhação e outros deliciosos fetiches sexuais. Neste ano de 2012 ela foi indicada para o prêmio AVN para a Best Three-Way Sex Scene. No tempo livre ela curte pintar. Atualmente reside em Los Angeles, USA.

“Quando era adolescente eu fiquei obcecada com a “Bizarre Magazine”, eu nunca tinha visto nada como aquilo. Então decidi que era isso que eu queria fazer. Trabalhei, trabalhei e, finalmente, me tornei capa da “Bizarre”. Aí quis ver o que mais eu poderia fazer e me tornei também modelo erótica para grandes designers como Louis Vuitton e da American Apparel!”, nos conta Skin Diamond, explicando um pouco de sua fixação por sexo sadomasoquista. Leia entrevista com Skin no site Rap Industry.

Veja “Carbon Girl” (2010) de Belladonna; “Street Hookers for the White Guy 2” (2011); “Black Anal Beauties 2” (2010) de Mike Adriano; “Kung Fu Pussy” (2011) de Joanna Angel; “This Ain’t Nurse Jackie XXX” (2011) de Stuart Canterbury; “Filthy Cocksucking Auditions” (2012) de Mike Adriano; “Corrupt Schoolgirls” (2012) de Bobby Manila; “In Bed With Katsuni” (2012) de Katsumi e todos os outros filmes onde essa mulata do sexo violento esteja no elenco.

Algumas imagens de Skin Diamond: