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Guerreiros do Kung Fu Sangrento

Posted in Cinema with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on agosto 15, 2012 by canibuk

“Dong Kai Ji” (“All Man Are Brothers” ou “Seven Soldiers of Kung Fu” ou “Os Sete Guerreiros do Kung Fu”, 1975, 102 min.) de Cheh Chang e Ma Wu. Com: David Chiang, Wai-Man Chan, Yang Chang, Chuan Chen, Feng Chen Chen, Kuan Tai Chen e Betty Chung.

A história inícia num bordel de luxo onde o imperador tem seu histórico encontro com o criminoso de guerra Yen Ching (David Chiang)  que lhe perde o perdão através de sua irmã, a puta preferida do imperador. Após o perdão, Ching se une aos 108 heróis do imperador que partem numa série de sangrentos ataques para retomar cidades que os rebeldes haviam tomado. Uma a uma as cidades vão sendo reconquistadas, até que o grupo de heróis se depara com a cidade de Yongjinmen, fortaleza impenetrável, protegida por altos muros e muita água. Dois voluntários são enviados para a cidade, o plano é abrir os portões de dentro para fora. Nas ruas da cidade os invasores são reconhecidos e uma sangrenta luta tem início, com muito sangue jorrando e braços decepados. Um dos heróis, conhecido como “O Temerário”, é ferido por uma espada que fica cravada em seu estômago e continua lutando como se nada tivesse acontecido, até o momento em que arranca a espada do próprio estômago e a usa como arma, banhando as ruas com muito sangue. Cada membro-líder dos 108 heróis do imperador , que são sete guerreiros experientes e invencíveis, lutam contra milhares de inimigos em inúmeras cenas hilárias, sempre gores, que vão se sucedendo, como quando “Tattooed Dragon” (Kuan Tai Chen) continua lutando com um punhal cravado no peito ou Li Shih-Shih (Betty Chung) tem a jugular do pescoço estraçalhada e, mesmo assim, continua massacrando soldados inimigos. Perto do final um dos líderes se sacrifica ao mergulhar no mar para abrir os portões marinhos que protegiam a cidade e, finalmente, os barcos do imperador conseguem invadir Yongjinmen, com uma luta final onde um dos heróis, depois de ter o braço decepado, continua lutando animadamente contra seus inimigos enquanto o sangue jorra quente e gostoso de seu corpo.

“Dong Kai Ji” é a continuação do clássico “Shui Hu Zhuan/The Water Margin/Seven Blows of the Dragon” (1972), também de Cheh Chang, desta auxiliado por Hsueh Li Pao. O filme tem seu roteiro inspirado na obra “Shuihu Zhuan/Outlaws of the Marsh”, escrita no século XIV e que se tornou um dos quatro romances clássicos da literatura chinesa. Neste filme há todo o charme de uma produção do Shaw Brothers Studios: Ação non stop, sangue jorrando (com aquela cor de tinta guachê), diálogos idiotas, roteiros com inúmeros furos, personagens superficiais nunca desenvolvidas e ritmo alucinado onde as cenas de luta sempre são impressionantes. Uma produção extremamente divertida, exageros físicos e heroísmo a la chinês, com seus imperadores sempre tirando proveito do povo ignorante (como ocorre em qualquer outra parte do mundo).

A Shaw Brothers foi fundada em 1924 em Cingapura. Foi o primeiro estúdio cinematográfico que rodou um filme sonoro em Hong Kong e se tornou o maior e mais importante estúdio no sudeste da Ásia. Cheh Chang (1923-2002) fez inúmeros filmes para os Shaw Brothers, clássicos como “Dubei Dao/The One-Armed Swordsman” (1967) e “Wu Du/Five Deadly Venoms” (1978). Em 1950 ele co-dirigiu o filme romântico “Alishan Feng Yun”, de Ying Cgang, baseado em seu próprio roteiro, que foi sucesso e lhe garantiu mais trabalho. Acabou dirigindo mais de 100 filmes e ficou conhecido como “o poderoso chefão de Hong Kong”. Tendo sido influênciado por Sergio Leone e os filmes de samurais japoneses, incorporou as lições aprendidas e criou filmes de estilo próprio. É influência confessa na carreira de gente como John Woo, Ringo Lam e o americano Quentin Tarantino. Outros sucessos deste fantástico diretor incluem “Da Jue Dou/The Duel” (1971); “Chou Lian Huan/Iron Man” (1972); “Fen Nu Qing Nian/Street Gangs of Hong Kong” (1973); “Shao Lin Wu Zu/Five Shaolin Masters” (1974); “Shao Lin Si/Shaolin Temple” (1976); “Lei Tai/Death Ring” (1983), entre vários outros. Ele foi co-diretor, não creditado, em “The Legend of the Seven Golden Vampires” (1974) de Roy Ward Baker, parceria entre Shaw Brothers e os ingleses da Hammer. Ma Wu (1942), que co-dirigiu “Dong Kai Ji”, começou trabalhando como ator (seus filmes mais populares no ocidente talvez seja a série “Sien Nui Yau Wan/A Chinese Ghost Story”, iniciada em 1987, com direção de Siu-Tung Ching e produção do lendário Tsui Hark). Em 1970 teve a oportunidade de dirigir o drama de ação “Nu Jian Kuang Dao/Wrath of the Sword”, estrelado por Ching Tang. No ano seguinte lançou o clássico “Long Ya Jian/Deaf Mute Heroine” (1971), que se tornou um grande sucesso. Dirigiu mais de 40 filmes e trabalhou como ator em mais de 250 produções. Na entrada do novo milênio o veterano Ma Wu migrou para as produções da televisão de Hong Kong.

“Dong Kai Ji” foi lançado em DVD no Brasil pela China Vídeo com o título de “Os Sete Guerreiros do Kung Fu”, com cópia da Celestial Pictures, empresa que sempre lança filmes com cópias aceitáveis.

por Petter Baiestorf.

Assista “Dong Kai Ji” aqui:

Queen Kong

Posted in Cinema with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on junho 1, 2012 by canibuk

“Queen Kong” (ou “Queen Gorilla”, 1976, 87 min.) de Frank Agrama. Com: Robin Askwith, Rula Lenska e John Clive.

Na ânsia de lucrarem alguns poucos dólares, produtores de filmes exploitations sempre caçaram assuntos/temas em evidência para fazer de seus pequenos filmes baratos, grandes negócios lucrativos. Em 1976 o produtor Dino De Laurentiis lançou o remake de “King Kong” (1933) e Frank Agrama rapidamente lançou este hilário “Queen Kong” (que nunca foi lançado no Reino Unido devido a uma ação legal movida por De Laurentiis contra a imitação de Agrama), objeto de culto no Japão, onde o filme foi completamente redublado por comediantes japoneses para ficar ainda mais mongol. Aliás, os japoneses são tão fanáticos por King Kong que é da produção nipônica que vem “Wasei Kingu Kongu” (1933) de Torajiro Saito, um curta-metragem feito no mesmo ano do clássico de Cooper & Schoedsack e que hoje é considerado perdido (numa época foi sugerido que o filme se perdeu após os bombardeios atômicos de 1945, pronto, já deu prá entender porque USA quis tanto testar a bomba nuclear contra os japoneses); Ainda nos anos 30 os japoneses fizeram outro filme com o Kong, “Edo ni Arawareta Kingu Kongu: Henge no Maki/King Kong Appears in Edo” (1938) de Sôya Kumagai também foi produzido sem autorização da RKO Radio Pictures e mostra King Kong atacando no Japão medieval, hoje é considerado perdido também; Em 1962 a Toho Studios promoveu a luta do século em “Kingu Kongu tai Gojira/King Kong Vs. Godzilla”, dirigido pelo mestre Ishirô Honda, que também dirigiu “Kingu Kongu no Gyakushû/King Kong Escapes” (1967), onde Kong luta contra um robô gigante. Graças aos japoneses o grande macacão tarado se manteve sempre em evidência (os Shaw Brothers também contribuíram para o mito de Kong, saiba mais lendo o artigo “Evelyne e o King Hong Kong” de nosso colaborador Coffin Souza).

“Queen Kong” é uma paródia “cena por cena” do King Kong original, mas com todo o cinismo e sarcasmo dos anos 70. A produção do filme é bem pobre, as nativas da ilha de “Konga” usam um figurino colorido que parece roubado de alguma escola de samba aqui do Brasil, a fantasia da gorila é feia e desajeitada, o dinossauro com quem ela luta (foto acima) é um dos piores que já vi, as maquetes são grosseiras e os efeitos especiais mal elaborados; isso, combinado à interpretações canastronas e um roteiro cara de pau, transforma  o filme de Agrama numa grande curtição que nunca se leva a sério e tira proveito de suas próprias deficiências, enfim, um ótimo candidato para ser exibibido aos amigos acompanhado, lógico, de pizzas e caixas e mais caixas de cerveja.

Frank Agrama, o produtor/diretor por trás do filme, é um egípcio cheio de energia para empreitadas duvidosas (na Itália ele tem mais de dez processos correndo na justiça por fraudes fiscais). Em 1965 dirigiu “El Ainab el Murr” e tomou gosto pela coisa. Seus filmes seguintes não chegaram ao ocidente (leia-se Europa e USA) e fomos privados de títulos como “Toufan Bar Farase Petra” (1968) e “Bazy-E-Shance” (1968), filme onde se tornou, além de diretor, produtor de seus próprios projetos. Em 1972 escreveu, produziu e dirigiu o thriller “L’Amico del Padrino” em associação com produtores italianos, que foi estrelado por Erika Blanc (atriz do clássico cult “Operazione Paura/Kill, Baby, Kill!” (1966) de Mario Bava). Assim conseguiu chamar atenção na Europa e seu próximo filme, “Essabet el Nissae” (1973) foi estrelado por ninguém menos que o superstar turco Cüneyt Arkin (que foi ator em mais de 270 filmes, entre eles os clássicos “Kara Murat Ölüm Emri” (1974) de Natuk Baytan e “Dünyayi Kurtaran Adam” (1982) de Çetin Inanç, a versão turca de “Star Wars” que coloca o filme de George Lucas no chinelo). Seu filme mais popular como diretor é “Dawn of the Mummy” (1981), sobre modelos sendo atacadas por uma múmia com alguns ótimos momentos gore. Nos anos 80 Agrama passou apenas a produzir e ganhou certa fama com a série “Robotech”, que depois virou video game de sucesso.

O ator Robin Askwith, que em “Queen Kong” interpreta Ray Fay (trocadilho idiota com o nome de Fay Wray, estrela do Kong original), é um comediante inglês que geralmente fazia comédias sexuais como “Bless This House” (1972) de Gerald Thomas e “Cool It Carol!” (1972) de Pete Walker, ou filmes de horror como “Tower of Evil” (1972) de Jim O’Connolly, “The Flesh and Blood Show” (1972) também de Pete Walker ou seu filme mais famoso, o cult “Horror Hospital” (1973) dirigido pelo maluco Antony Balch. Em 1999 a editora Ebury Press lançou sua autobiografia “The Confessions of Robin Askwith”, infelizmente inédita no Brasil. John Clive, que também paga mico em “Queen Kong”, tem em sua filmografia grandes clássicos do cinema: “Yellow Submarine” (1968) de George Dunning, onde faz a voz de John; “The Italian Job” (1969) de Peter Collinson, onde ladrões ingleses planejam um assalto na Itália e “A Clockwork Orange/Laranja Mecânica” (1971) de Stanley Kubrick, um dos melhores filmes já produzidos pelo cinema mundial.

por Petter Baiestorf.

frame de “Wasei Kingu Kongu” (1933).

Dois Velhos Inimigos Mortais, Vampiros Dourados do Kung Fu Porreta e o Fim da Hammer

Posted in Cinema, Museu Coffin Souza with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on dezembro 14, 2011 by canibuk

Fundada nos anos 30 por Enrique Carreras e William Hinds, a produtora inglesa Hammer Films transformou-se a partir do final dos anos 50 na maior provedora de filmes de horror e suspense do mundo. Renovando os monstros clássicos (Drácula, Frankenstein, a múmia, etc) imortalizados pela Universal Pictures nas décadas de 30/40, os espertos empresários e seus contratados, acrescentaram cores, sangue e sensualidade no gênero, sem descuidar do clima gótico necessário. Foram revelados grandes diretores como Terence Fisher, Freddie Francis (posteriormente um premiado diretor de fotografia), Roy Ward Baker e uma dupla icônica de astros de terror de grande classe: Peter Cushing e Christopher Lee.

No começo dos anos 70, a produtora já havia experimentado quase todas as variações e novidades para manter o interesse do público em suas criações, e acrescentar mais violência e mais garotas peladas já não fazia diferença nas bilheterias. Procurando desesperadamente se adequar aos gostos e interesses de novos tempos, jovens executivos do estúdio tentaram então trazer um dos seus personagens de maior sucesso, o rei dos vampiros, Conde Drácula, para os dias atuais. “Dracula A.D. 1972” (“Drácula no Mundo da Minissaia”, 1972) de Alan Gibson, com roteiro de Don Hougton, trazia o vampiro de volta, em plena efervescência hippie londrina, ressuscitado por um descendente chamado Johnny Alucard e encontrando um neto de seu eterno inimigo Van Helsing (Peter Cushing). Divertido e estilizado, mesmo assim não fez sucesso e ainda foi uma afronta aos fãs mais radicais de Drácula (e ao próprio ator Christopher Lee) com suas gírias, rock psicodélico (da banda Stoneground) e roupas coloridas. A publicidade também é uma pérola: “O Conde Drácula é o Maior Sarro da Paróquia!”; “Essas quatro menininhas incrementadas fundem ainda mais a cuca do pobre conde.”

Sua continuação “The Satanic Rites of Dracula” (“Os Ritos Satânicos de Drácula”, 1973, lançado em DVD no Brasil pela London Films) da mesma dupla Gibson-Houghton, misturava horror, ação, espionagem e um plano de Drácula para destruir o mundo com uma bactéria mortal. O conde se esconde por trás da identidade de um poderoso industrial, é protegido por uma gang de motociclistas, e a Scotland Yard chama o especialista em cultos satânicos Lorrimer Van Helsing (Cushig) para dar uma mãozinha. Uma “salada de frutas” que foi divulgado primeiro com o incrível título de “Dracula is Dead and Well and Living in London” e demorou cinco nos para ser lançado na América do Norte (aonde é conhecido como “Dracula and his Vampire brides”). Algumas frases sugeridas para a publicidade nos cinemas: “Drácula está de volta com uma guarda de mulheres-vampiro!”, “O príncipe das trevas numa hedionda trama de horror!” e “Rituais de magia negra como nunca o cinema mostrou!”. O mal gera o mal no Sabá dos mortos-vivos!

Encontraram, então, no emergente gênero de filmes de artes marciais (sucesso mundial graças ao ídolo Bruce Lee) a “fórmula perfeita”: terror com Kung-Fu! (ou como diz a publicidade nacional da época “O Primeiro Filme de Caratê e Vampiro!”). A associação natural foi feita com os estúdios dos lendários Shaw Brothers, maiores produtores do gênero pancadaria de Hong Kong. “The Legend of the 7 Golden Vampires” (“ A Lenda dos Sete Vampiros”, 1974) de Roy Ward Baker, com roteiro do agora também co-produtor Don Houghton, colocava o Professor Van Helsing original (novamente e pela última vez vivido por Peter Cushing) combatendo seu nêmesis Drácula em solo oriental nos primeiros anos do século XX. Um dos problemas é que Christopher Lee, depois de ter vivido o vampiro sete vezes para a Hammer (e também em filmes espanhóis e italianos), estava muito descontente com a forma que sua criação clássica estava sendo utilizada e não queria mais vestir a capa preta e os caninos pontiagudos novamente. Foi então escalado o ator John Forbes-Robertson, ligeiramente parecido com Lee e com larga experiência teatral para assumir o posto. Na história, o monge chinês Kah (Chan Chen) faz uma longa viagem até uma parte remota da Europa para pedir ajuda ao poderoso Conde Drácula para restabelecer a força mística de seu templo maligno. Tempos depois, o velho professor Van Helsing é convidado por uma universidade chinesa para uma conferência sobre sua especialidade: o vampirismo. Um monge do bem (um dos veteranos astros do estúdio, David Chiang) convence o professor e seu filho Leyland a viajar para o interior do país, onde uma vila estaria sendo ameaçada por horrendas e putrefatas criaturas que ressurgem das tumbas. Estes mortos-vivos são escravos dos lendários Sete Vampiros Dourados, que andam a cavalo, e usam máscaras e espadas de ouro. Logo começam os embates entre os desmortos e o grupo de sete irmãos guerreiros escalados para proteger os Helsing e a linda Vanessa (Julie Ege) que os acompanha na aventura. Os heróis lutam Kung-Fu, é claro, e destroem as criaturas arrancando o coração de seus corpos apodrecidos. O que Van Helsing descobre é que seu velho inimigo Drácula está por trás de tudo, e incorporado no corpo do monge maligno, está associado com os vampiros chineses. Certamente uma das razões do conde passar grande parte do tempo sendo vivido por um ator chinês é que o Drácula de Forbes-Robertson, com sua maquiagem esverdeada e maneiras afetadas, é uma das piores encarnações do personagem na década. Os vampiros chineses e seus ajudantes zumbis são assustadores e as cenas de lutas (coreografadas por Liu Chia-Liang) bastante efetivas. Mas a direção de Roy Ward Baker perde a mão ao não conseguir misturar o estilo gótico da Hammer com a agitada ação coreografada típica dos irmãos Shaw. Além do roteiro preguiçoso de Houghton, soma-se o fato que grande parte do elenco e equipe técnica não entendia inglês (a maioria das cenas apenas com o elenco oriental foram dirigidas por Chia-Liang, que depois se revelaria um ótimo diretor de filmes de Kung-Fu legítimos), e o filme foi rodado sem som e dublado e re-dublado posteriormente. A Hammer chegou a lançar um disco de vinil com a narração da história por Peter Cushing com a trilha sonora de James Bernard, lançado como “The first Kung Fu horror sound track álbum”. Tudo em vão, pois apesar de ser um sucesso no oriente, a mistura original não foi bem recebida pela distribuidora Warner Brothers que só lançou o filme nos Estados Unidos seis anos depois, com vinte minutos a menos e com o título de “The Seven Brothers Meet Dracula”.

O produtor Michael Carreras pretendia rodar também no oriente um thriller policial moderno e uma nova aventura do Van Helsing de Cushing que se chamaria “Kali: Devil Bride of Dracula” (projeto bastante divulgado na época), mas o fracasso da produção cancelou a associação. David Chiang voltou a trabalhar com sua própria produtora de artes marciais; os Shaw Brothers continuaram com suas aventuras e, em busca de um sucessor de Bruce Lee, acertaram com seu primeiro terror genuinamente oriental , o gore e clássico “Black Magic” (“Magia Negra Oriental”, 1974) de Ho Meng-Hua . A Hammer tentaria uma nova abordagem e mirando no sucesso internacional de “O Exorcista” (1974) cometeriam “To the Devil a Daughter” (“Uma Filha para o Diabo”, 1976, lançado em DVD no Brasil pela Cult Classic) de Peter Sykes com Chistopher Lee e a linda e jovem Nastassja Kinski. Sendo que a única cena que é lembrada deste filme até hoje é um rápido strip tease da ninfeta vestida de freira, não é de estranhar que seria o último filme para o cinema da famosa “Casa do Horror” inglesa.

Escrito por Coffin Souza.

Material de divulgação que as distribuidoras enviavam para os cinemas:

Dracula AD 1972 (página 2).

Dracula AD 1972 (página 3).

Dracula AD 1972 (página 4).

Black Magic (página 2).

The Satanic Rites of Dracula (página 2).

The Satanic Rites of Dracula (página 3).

The Satanic Rites of Dracula (página 4).