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Naked Things Session Vol. 1

Posted in download, Música with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on junho 19, 2019 by canibuk

Naked Things Session Vol. 1 é composto de 5 EPs gravados no ano de 2019 e lançados pelo meu selo Petter Baiestorf, no Bandcamp. O estilo musical dos EPs variam entre dark ambient, space music e industrial com pegada mais eletrônica.

NAKED THINGS SESSION VOL. 1 – BAIXE CLICANDO AQUI

EP 1 – +8Gy – “Incubo sulla città contaminata” (2019, 28 minutos).

Altri Otto Gy é um projeto de Dark Ambient de inspiração no filme “Incubo sulla città contaminata” (Nightmare City, 1980), de Umberto Lenzi, tentando transformar algumas situações do filme em ondas sonoras. Contém seis músicas:

01 – Radiazioni nucleari (04′:29″)

02 – Contaminazione (05′:10″)

03 – Altri otto Gy (05′:41″)

04 – Città dei morti viventi (03′:40″)

05 – Dannato esercito (06′:07″)

06 – Sterminatore di innocenti (03′:48″)

EP 2 – Baiestorf – “Frankenstein Bipolar” (2019, 34 minutos).

O EP “Frankenstein Bipolar” é Space Music Eletrônica, conta com três músicas inéditas e uma regravação da música “Rio 80 Tiros”, que eu tinha lançado no EP anterior que você pode baixar aqui: RIO 80 TIROS. Contém quatro músicas:

01 – Frankenstein Bipolar (14′:00″)

02 – Spaceship 90-Cyr (05′:45″)

03 – Nebulosa Zghk3-c (10′:37″)

04 – Rio 80 Tiros (04′:45″)

EP 3 – Hal9000 – “Aliens” (2019, 14 minutos).

Space Music com uma pegada de industrial. O disco anterior, “Scape Odyssey” (2018), pode ser ouvido aqui: BAIXAR.

Este novo EP contém quatro músicas, quase um ensaio-experimentação para as possibilidades de músicas que poderão ser criadas para a trilha sonora do curta “Meu Amigo Barnabé“, assim como a experimentação da Robby Robot, “Forbidden Planet“. Ouça ROBBY ROBOT AQUI. O EP contém as músicas:

01 – Reator (04′:52″)

02 – Alien em Movimentação Estranha (03′:25″)

03 – Buraco Negro Sistemático (03′:22″)

04 – Dobra Espacial (02′:37″)

EP 4 – Jurassick Aliens – “Sci-fi Vision” (2019, 16 minutos).

Este EP da Jurassick Aliens dá sequencia aos discos “A. I. 3W11 Zyrgon“, do Satellite, e “Voyage to the End of the Infinite Universe“, do Spacepongo. Ouça SATELLITE AQUI. Ouça SPACEPONGO AQUI. Contém as músicas:

01 – Delícia do Espaço (03′:29″)

02 – Narcissus Moonflower (06′:42″)

03 – Banquete Cósmico (04′:30″)

04 – Tradicionalismo na Dobra Temporal (01′:47″)

EP 5 – Zaphyr Zy – “Numa Fria” (2019, 15 minutos).

Zaphyr Zy foi um EP ensaio para o disco do Pistola Édipo, “Viril Homem do Oeste“, que você pode ouvir clicando no nome PISTOLA ÉDIPO. Este EP é um eletrônico com momento de industrial harsh, incluindo a música “Busão” que foi gravada ao vivo na rodoviária de Porto Alegre, para o desespero dos transeuntes que por lá estavam. Contém cinco músicas:

01 – Numa Fria (00′:45″)

02 – No Green Card (05′:12″)

03 – Busão (03′:56″)

04 – Deadman (03′:27″)

05 – Aventura no Ranho (02′:30″)

 

FAÇA DOWNLOAD DE NAKED THINGS SESSION VOL. 1 CLICANDO AQUI

U – Projeto Industrial de Experimentações Sonoras de um Não-Músico

Posted in download, Música with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on abril 9, 2019 by canibuk

Nessa semana lancei o novo EP do projeto industrial U, que se chama “Fim de Mundo” e está disponível no meu Bandcamp.

“Fim de Mundo” apresenta duas composições: “Fim de Mundo” e “E o Caos que se Segue”, dando sequencia as experimentações que realizei com theremin/sintetizador/white noise nos dois álbuns anteriores, “Involução no Terceiro Planeta” (2018) e “O Som dos Planetas” (2019).

O EP pode ser ouvido pelo bandcamp: FIM de MUNDO (EP) ou, se você realmente curtir, pode ser baixado em link direto via mediafire.

FIM DE MUNDO (EP) DOWNLOAD

U é um projeto que desenvolvo sozinho. Não sou músico (sou roteirista/escritor e produtor/diretor de vídeos de baixo orçamento), o que não me impede de fazer algumas experimentações sonoras envolvendo a exploração de ruídos, microfonias e outras sujeiras musicais para possível uso em trilhas sonoras de filmes meus ou de outros produtores, como no curta experimental “Purgatório Axiomático” (2019), de Fábio Marino, ou no curta ainda inédito “Brasil 2020”.

Purgatório Axiomático, assista aqui:

BRASIL 2020 (SOUNDTRACK) DOWNLOAD

Os álbuns da U estão disponíveis no Bandcamp e para download também. Você pode ouvi-los nos links abaixo:

Bandcamp: Involução no Terceiro Planeta (2018)

Mediafire: Involução no Terceiro Planeta (2018) – DOWNLOAD

Bandcamp: O Som dos Planetas (2019)

Mediafire: O Som dos Planetas (2019) – DOWNLOAD

O Som dos Planetas foi lançado pela gravadora Exhaust Valve Recs: O Som dos Planetas (Exhaust Valve Recs)

por Petter Baiestorf

Iara – A Sereia do Pantanal

Posted in Literatura with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on janeiro 24, 2019 by canibuk

Reza a lenda que foi mais ou menos pra lá dos cafundós do Pantanal que você encontrou Iara, a sereia das lendas indígenas que te assombravam quando criança.

No dia em que seu marido lhe falou sobre o plano de assaltar aquele casal de fazendeiros ricaços, seu sexto sentido de mulher grávida, lhe fez coçar as orelhas. Você sabia que devia seguir sua intuição e não ir junto, afinal estava grávida de sete meses de seu primeiro filhinho. Somente isso seria motivo mais do que suficiente para que ficasse naquele grande e caro apartamento, que possuíam graças aos roubos e seqüestros.

Você sabe que seu marido a teria deixado ficar no apartamento, mas sua ganância foi maior do que a coceirinha que você sentia atrás da orelha. Na verdade, você era viciada na adrenalina dos assaltos, na sensação de poder que o empunhar de uma arma lhe proporcionava, e queria estar lá, junto, tocando o terror naquelas pobres vítimas.

E você pensava ainda que aquele casal de ricaços idosos não tinha nada que guardar tanto dinheiro em casa. Que colocassem num banco, porra! Ou que pagassem pela segurança do dinheiro, não é mesmo? Fosse o que fosse, você queria aquele dinheiro todo pra si porque queria continuar bancando sua vida de luxo e de mordomias mil.

Você se sentia especialmente poderosa na noite em que foram assaltar os velhos. Você, seu filho de sete meses se remexendo animado em seu útero, seu marido com um sexy olhar de assassino carrasco e João, o informante paspalhão que cantou tudo sobre o casal de sovinas ricaços. O informante que vocês já haviam decidido matar após estarem com o dinheiro, afinal, agora você trazia mais uma boca para alimentar e dinheiro nunca é demais.

Vocês quatro estacionaram o carro perto da fazenda, se armaram até os dentes e calmamente seguiram sob o luar até a casa grande onde os velhos viviam sós. Sozinhos e abarrotados de dinheiro e joias, muito dinheiro e muitas joias, coisa de velhos que não confiam nos outros para guardar suas riquezas.

Era muito fácil, não?

Era só entrar na casa, atirar nos velhos e procurar com toda a calma do mundo o local onde guardavam o dinheiro e as joias. Tinha tudo para ser moleza demais, não?

Como adivinhariam que, no momento de render o casal, já dentro da casa, aqueles velhos filhos da puta estariam limpando suas armas? Como adivinhariam que o velho estaria com uma doze nas mãos e a velha, com uma espingarda de caça, como se estivessem esperando os assaltantes?

Você mal assimilou qual era o objeto que o velho carregava nas mãos quando ouviu o estampido do tiro que arrancou a cabeça de seu marido, fazendo com que toda a parede atrás dele se salpicasse de carne moída triturada e esmigalhada.

Você ficou ali, parada, surpresa, vendo seu marido sem cabeça em espasmos, tombando ao chão. E, antes que pensasse em reagir, ouviu o tiro da espingarda de caça que lhe atorou o braço esquerdo fora a fora, deixando-o meio pendurado em seu corpo.

A dor que você sentia era intensa, mas quando você viu João se mandar correndo escuridão adentro, você sacou que, mesmo com seu braço dependurado junto ao corpo, mesmo com seu filho agitado dentro de sua barriga lhe chutando nervoso como quem pede para que faça a coisa certa, você também precisava se mandar dali.

E você se mandou.

Com forças sabe-se lá d’onde conseguidas, você ignorou a dor e correu em direção ao carro, mas já era tarde, agora você o via se afastar já longe, pois João era só “rodas pra que te quero” para salvar apenas seu próprio rabo.

Confusa, sem saber muito bem o que fazer, você correu o máximo que pôde para dentro dos banhados do Pantanal que circundavam a fazenda dos velhos.

E você correu por um bom tempo pântano adentro. Correu e correu muito, até não aguentar mais e desmaiar sobre seu braço dependurado por um mix retorcido de carne e ossos.

Você já não sentia mais seu filho chutando sua barriga, alucinadamente, como se pedisse sua atenção. Você simplesmente não tinha mais forças para aguentar aquela dor toda e só queria desmaiar em paz e que, de agora em diante, fosse o que o diabo tivesse lhe reservado.

Assim, você não percebeu quando aquela velha senhora centenária, completamente enrugada e de lento andar, encontrou seu corpo todo fodido e o arrastou até o casebre construído sobre palafitas num rio qualquer do pantanal.

Você não despertou de seu desmaio enquanto a velha limpou seus ferimentos com um paninho úmido. Também não acordou quando a idosa retirou toda sua roupa e ficou, por um longo tempo, contemplando sua barriga de grávida. Barriga essa que fazia a senhora do pântano abrir um tenro sorriso em seu rosto carcomido pelo tempo.

Você não acordou quando a velha imobilizou com cipós suas pernas e seu braço ainda inteiro. O outro braço, inútil, não foi necessário imobilizar.

Você só acordou quando sentiu o facão empunhado pela velha senhora lhe rasgar a barriga. Aí sim, de um único suspiro, você recobrou a consciência sentindo as mãos da velha entrando em seu útero e arrancando de seu interior quentinho seu inocente filho.

Você tentou se livrar dos cipós, mas a dor lhe impossibilitava de ter as forças necessárias para se desvencilhar das amarras bem apertadas, no estilo indígena do Pantanal.

Urrando de dor, você viu quando a velha se afastou vagarosamente carregando seu filho banhado de seus líquidos gotejantes. Você sentiu o cordão umbilical se esticar até se romper por completo.

Sem forças nem para morrer, você viu quando a velha largou seu filho prematuramente nascido sobre a mesa da simplória cozinha do casebre. Seu filho que se remexia desesperado tentando chorar ou, simplesmente, gritar, sabendo que você o meteu naquela furada.

Você ainda viu a velha começar a preparar o que parecia ser uma refeição. Viu quando ela picou uma cebola inteira, acompanhada de três dentes de alho, salsinha a gosto mais cebolinha verde, para dar o gostinho da felicidade. Você a viu pegar quatro batatas e cortar em rodelas, logo antes de triturar cinco tomates num moedor de carne manual. Pelo jeito, a velha senhora adorava um molho bem grossinho. Manjericão, folhas de louro e um punhado de coentro também foram reservados para o delicioso prato que você via tomar forma diante de seus últimos minutos de vida.

Você ainda pensou, naquele instante, que, se tivesse ficado no conforto de seu grande e caro apartamento, poderia ter proporcionado segurança ao seu pequenino rebento ainda não assado. Mas, “e se” é algo que não existe. O que foi feito é o que foi feito. E ali estavam vocês, tu e teu filho, a mercê de uma cozinheira de tão rebuscado paladar. Você nos últimos suspiros e ele pronto para entrar na panela.

Seus pensamentos voltaram-se ao momento presente, quando você viu a velha senhora colocar banha de porco numa bandeja. Não muito, lógico, somente o suficiente para não deixar as carnes de seu filho grudarem no utensílio doméstico.

Você ficou completamente aterrorizada quando viu seu filho ser colocado na bandeja junto das batatas picadas. Você gritava de pavor enquanto a velha acrescentava os temperos e seu filho chorava indefeso, tomando o cheiro e o gosto de tão deliciosas especiarias.

Você ainda viu quando a senhora abriu a pequena portinha de seu forno de barro já pré-aquecido e enfiou seu filho lá dentro, fazendo com que a choradeira da criança logo se acabasse após alguns gritinhos mais agudos de dor. Ser assado vivo em tão tenra idade não é mole não, mamãe!

Você viu! Você viu! Você viu tudo, querida mamãe!

O silêncio desolador que você sentiu naquele momento lhe amorteceu os sentidos. Embora você soubesse que deveria sentir toda a dor do mundo – e ainda ser merecedora dessa dor – você nada sentiu quando a velha serrou seu crânio com um velho serrote sem fio.

Você apenas morreu em silêncio, aterrorizada, olhando cegamente para o forno de barro onde seu filho agora assava para compor o mais fantástico dos pratos macabros.

Morta, você nada mais sentiu quando a velha retirou de sua casca sem vida seus miolos ainda fresquinhos. Você nada sentiu quando ela passou sua massa cinzenta no moedor de carne e nada viu quando ela misturou aos tomates moídos que seriam cozidos com muito alho, cebola e uma pitadinha de manjericão com coentro.

Seu corpo morto não viu quando a velha senhora retirou seu filho assado do forno de barro e acrescentou o molho de miolos à gordura de porco que borbulhava na bandeja, deixando as carnes de seu filho crocantes, mas, ainda assim, macias.

Você não viu quando o tétrico prato ficou pronto e a velha o salpicou com muita salsinha e cebolinha verde.

Não viu quando ela cheirou o prato alegrando-se com o aroma indescritível de tão rara iguaria.

Você ali, morta, não viu o prazer magnânimo que a velha sentiu em suas papilas gustativas a cada grande naco da carne bem temperada de seu filho assado, que ela devorava com apetite voraz. A velha parecia estar a vida toda sem comer. E talvez até estivesse.

Você não viu a velha comer todo o seu filho, limpando até o último pequeno ossinho nem bem formado e lambendo os dedos engordurados para então, somente então, dar-se por saciada.

Ali, morta, você nem sequer imaginou que seu filho, e seus miolos, fossem ingredientes de um satânico ritual de uma milenar lenda do Pantanal, parte de um banquete de rejuvenescimento da sereia Iara, a bruxa canibal dos rios brasileiros.

Se você tivesse agüentado viva mais alguns minutinhos, teria visto que após o banquete a velha senhora sofreria uma sanguinolenta metamorfose, em que suas flácidas carnes de idosa centenária amoleceriam fazendo que, de seu interior gosmento, uma nova Iara belíssima, com rabo de sereia e tudo, saísse lá de dentro tal como uma borboleta deixa seu casulo, voltando a ser uma encantadora mulher-peixe, que voltaria a nadar nos rios, hipnotizando ribeirinhos e devorando solitários pescadores que se aventuram pelas alucinantes noites do Pantanal.

Escrito por Petter Baiestorf.

ilustração de Marcel Bartholo.

Fevereiro de 2018.

Compre ainda hoje o livro Narrativas do Medo Vol. 2 (clique na capa do livro)

Cartazes de Ándale!

Posted in Cinema, Posters, Vídeo Independente with tags , , , , , , , , , , , , on novembro 11, 2017 by canibuk

“Ándale!” (2017, 4 min.) – Escrito e dirigido por Petter Baiestorf. Produção: Petter Baiestorf, Carli Bortolanza, E.B. Toniolli e Elio Copini. Produção Executiva: Carli Bortolanza. Direção de fotografia: Uzi Uschi. Edição: E.B. Toniolli. Com: Elio Copini.

Cartaz oficial:

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Cartaz Opcional:

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Boca do Lixo Style: Download do Sexo Sangrento

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“Vadias do Sexo Sangrento” (2008, 30 min.) escrito, fotografado, produzido e dirigido por Petter Baiestorf. Maquiagens gore de Carli Bortolanza. Edição de Gurcius Gewdner. Com: Ljana Carrion, Lane ABC, Coffin Souza, PC, Jorge Timm e Petter Baiestorf.

lane-abc-chainsaw-em-vadias-do-sexo-sangrentoAo elaborar o “Arrombada – Vou Mijar na Porra do seu Túmulo!!!” (2007), já pensei numa espécie de trilogia da carne, que se seguiu com este “Vadias do Sexo Sangrento” (2008) e “O Doce Avanço da Faca” (2010). Todos com duração de média-metragens para, num futuro próximo, relançá-los como um longa em episódios intitulado “Gorechanchada – A Delícia Sangrenta dos Trópicos”. Inclusive neste ano de 2016 realizei uma exibição deste projeto “Gorechanchada” no Cinebancários de Porto Alegre com grande participação de público, como todos que ali estavam já conheciam os filmes rolou aquele climão de algazarra que tanto faz com que as sessões Canibal Filmes sejam a diversão que são.

ljana-carrion-coffin-souza-em-vadias-do-sexo-sangrento“Vadias” foi filmado no início do inverno de 2008 em 4 dias de filmagens e um orçamento de R$ 5.000,00. Reuni praticamente a mesma equipe de “Arrombada” (que já estava afinada) acrescida de Lane ABC e Jorge Timm (que não estava no elenco do filme anterior por estar em Tocantins). Com um roteiro melhor em mãos, cheio de metalinguagem (tentando avançar nas ideias que estava desenvolvendo na época em produções como “Palhaço Triste” (2005) e “A Curtição do Avacalho” de 2006) e pouca abertura para improvisações, fomos pro Rancho Baiestorf rodar um filme que deveria parecer improvisado do início ao fim (gosto da leveza que o clima de improvisação dá numa produção).

vadias-do-sexo-sangrentoNão lembro de nenhum contra tempo nas filmagens de “Vadias”. Foi um daqueles raros casos em que tudo deu certo e não tivemos problemas. Filmávamos apenas durante o dia (acho que apenas duas ou três seqüências que foram filmadas à noite) e ao anoitecer rolava um jantar regado à muita bebida, o que deixava a equipe e elenco bem descontraídos. O frio ainda não estava castigando, o que foi essencial para manter o bom humor do elenco que passava 90% do tempo pelado pelo set. Amo filmar com equipe reduzida, 12 pessoas no set (incluindo elenco) é o que considero o ideal, bem diferente de “Zombio 2” onde tivemos 72 pessoas trabalhando sem parar durante 23 dias.

ljana-baiestorf-e-coffin-em-vadias-do-sexo-sangrentoO lançamento do filme rolou num esquema muito parecido com o que já havíamos feito com o “Arrombada” e o relançamento de “Zombio” (1999). Desta vez resgatamos e re-editamos o policial gore “Blerghhh!!!” (1996) para relançar e completar o programa das exibições. Logo nos primeiros meses computamos 5 mil espectadores para o filme (em salas alternativas, cineclubes e mostras independentes) e as vendas do DVD duplo do filme foram de quase mil cópias. Possibilitou a produção de “Ninguém Deve Morrer” (2009) e a parte final da trilogia, “O Doce Avanço da Faca” (2010).

Todas as histórias de filmagens de “Vadias” irei contar no livro de bastidores que estou elaborando. Aguardem!!!

Para ler o roteiro de Vadias do Sexo Sangrento.

Para baixar VADIAS DO SEXO SANGRENTO.

Comprar DVD duplo de “Vadias do Sexo Sangrento” com extras e inúmeros curtas da Canibal Filmes de brinde, entre na loja MONDO CULT.

por Petter Baiestorf.

Fotos de bastidores de Vadias:

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Lane ABC e Ljana Carrion.

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Filmagens tão animadas que todos dançavam o tempo inteiro.

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Sangue cor de rosa.

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Bortolanza preparando o elenco.

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Ljana Carrion.

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Lane ABC, Ljana, Bortolanza e Jorge Timm.

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Lane, Ljana e Bortolanza.

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Jorge Timm.

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Lane e Ljana.

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Tapando as vergonhas.

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Souza e Ljana prontos para filmar.

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PC sendo preparado por Bortolanza para a massagem anal.

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PC tento prazeres incontroláveis com a massagem anal.

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Claudio Baiestorf cuidando das motosserras.

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Lane e Souza in Brazilian Chainsaw Massacre.

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Eu olhando pro pinto de Souza.

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Bortolanza, PC e Jorge Timm: Equipe dos sonhos delirantes.

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“Me dê uma expressão de horror!”

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Carli Bortolanza.

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Souza olhando pro pinto de PC.

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Elio Copini, Souza e Timm fiscalizando o orifício pomposo de PC.

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Jorge Timm pronto para receber Lane ABC em seu interior.

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Lane ABC autografando a barriga de Jorge Timm.

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Eu subindo numa árvore para tomadas aéreas.

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Eu tentando descobrir ângulos.

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Predadoras

Posted in Cinema, download, Vídeo Independente with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on dezembro 15, 2016 by canibuk

Predadoras (2004, 22 min.) de Coffin Souza. Roteiro de DG e Coffin Souza. Elenco: DG e Everson Schütz. Produção do Núcleo de Vídeo Experimental de Palmitos. Inédito em DVD, mostras e festivais de cinema.

Sinópse: Um homem invade a casa de 4 mulheres misteriosas e vive uma noite de aventuras sexuais intermináveis.

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DG: Musa de Coffin Souza e co-autora de “Predadoras”.

Este curta elaborado por Coffin Souza e DG em 2004 não foi oficialmente lançado na época, fazia parte de um longa em episódios, “Contos da Cidade dos Canibais”, que nunca foi finalizado. Até onde lembro apenas o Ivan Pohl também havia produzido um episódio, “Mike Guilhotina”, que seria acrescentado ao longa (se não me falha a memória houve um terceiro episódio, “Banco Mundial”, parcialmente filmado mas que, devido as filmagens caóticas, não foi finalizado, creio que era dirigido pelo Everson Schütz). Devido a falta de créditos no curta de Coffin Souza/DG, não lembro mais os envolvidos na produção (Everson Schütz e DG estão no elenco), mas lembro de comer amendoim com Carli Bortolanza e Elio Copini. Eu não me envolvia muito na parte criativa destes curtas do Núcleo Associado de Vídeo Experimental de Palmitos, até onde lembro fiz os trabalhos de câmera neles. Eram festas… Ops!… filmagens bem divertidas!

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Souza dirigindo os efeitos de Carli Bortolanza.

Predadoras foi filmado em apenas um dia de inverno em 2004, sem orçamento nenhum, calcado nas ideias do “Manifesto Canibal” (para assistir o curta MANIFESTO CANIBAL clique no título), que infelizmente está com a tiragem do livro esgotada, aguardando uma segunda edição.

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Uma equipe com cara do alcoolismo da produção nacional.

Fui o responsável pela distribuição deste curta mas, na época, ainda estava fazendo os lançamentos em VHS e ninguém mais queria fita VHS, as poucas cópias que preparei encalharam e, então, comecei a lançar os filmes em DVD no ano seguinte (o filme de estreia no formato foi “A Curtição do Avacalho“). Por me concentrar nas produções novas fui deixando este curta de lado e nunca o lancei e, até onde lembro, nunca foi exibido em mostras de filmes undergrounds. Compre os filmes da Canibal Filmes na MONDO CULT.

lembranças de Baiestorf.

Para assistir PREDADORAS clique no título e baixe o filme.

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Elio Copini, Carli Bortolanza e um potinho de amendoins.

Assista aqui “Zombi X”, outra produção de Coffin Souza que fiz a distribuição:

Mirindas Asesinas

Posted in Cinema, download with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on setembro 27, 2016 by canibuk

Mirindas Asesinas (1991, 11 min.) de Alex de la Iglesia.

Em seu curta de estreia Alex de la Iglesia já exercita seu peculiar senso de humor doentio. Aqui um psicótico (Álex Angulo, sempre genial) não consegue entender porque estão cobrando por uma Mirinda (um refrigerante de laranja que também era produzido no Brasil até o início dos anos 90) e mata o bodegueiro, obrigando um cliente do bar a substituí-lo.

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É interessante perceber vários elementos que depois acompanharam a carreira de Alex de la Iglesia, como a construção do absurdo das situações que geralmente tem conclusões hilárias. Já neste seu curta de estreia vemos atores e técnicos que lhe acompanharam nos filmes seguintes, como Álex Angulo (1953-2014) que esteve presente nos longas “Accion Mutante” (1993), “El Dia de la Bestia” (1995) e “Muertos de Risa” (1999); Ramón Barea presente em “Accion Mutante” e “800 Balas” (2002) e o c0-roteirista Jorge Guerricaechevarría que também escreveu para Iglesia praticamente todos seus, sempre ótimos, roteiros. A Parceria Iglesia-Guerricaechevarría é uma das mais felizes e criativas do cinema atual. Aliás, já está em pós-produção “El Bar”, com lançamento previsto para 2017, a nova comédia doente da dupla.

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Em “Mirindas Asesinas”, a título de curiosidade, Alex de la Iglesia também é o diretor de arte, repetindo a função que ele havia desempenhado de modo brilhante no curta “Mama” (1988) de Pablo Berger, diretor do excepcional longa “Torremolinos 73” (2003), lançado no Brasil com o ridículo título de “Da Cama para a Fama”.

Baixe “MIRINDAS ASESINAS” clicando no título do curta.

Veja outros curtas de Alex de la Iglesia aqui:

“Hitler Está Vivo” (2006)

“El Código” (2006):

Pequeno trecho de “Mama” (1988) de Pablo Berger:

A Cor que caiu do Espaço

Posted in Cinema, download, Vídeo Independente with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on setembro 23, 2016 by canibuk

Em 2015 fui convidado para realizar um dos episódios do longa-metragem coletivo “13 Histórias Estranhas”. No mesmo dia comecei a pesquisar projetos abandonados do cinema mudo e me deparei com um projeto de curta que iria adaptar o conto “The Colour Out of Space” de H.P. Lovecraft no ano de 1928. O roteiro de tal projeto era escrito pelo próprio Lovecraft adaptando seu conto escrito no ano interior. Achei que seria uma boa tentar fazer uma versão baiestorfiana daquela ideia e assim comecei a pré-produção do episódio “A Cor que caiu do Espaço”.

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Como estava completamente sem dinheiro por aquelas épocas (por conta da produção de “Zombio 2: Chimarrão Zombies“), apresentei o projeto para minha amiga Shunna (que foi uma das investidoras de “Zombio 2”) e ela disponibilizou o dinheiro necessário para levantar a produção e pagar atores/técnicos envolvidos no projeto. Filmamos tudo em uma madrugada com uma equipe bem pequena (se não me falha memória, no set estavam comigo apenas Leyla Buk, Carli Bortolanza e os atores Coffin Souza, Elio Copini, Jessy Ferran e o Airton “Chibamar” Bratz) e depois editei com o E.B. Toniolli em mais uns dois dias de trabalhos no intuito de sujar as imagens (hoje me arrependo de não ter sujado ainda mais).

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Com “A Cor que caiu do Espaço” tentei realizar um mix entre cinema experimental, sci-fi e cinema marginal, que são três de minhas paixões. O resultado é este curtinha que vocês podem baixar aqui: A COR QUE CAIU DO ESPAÇO.

Quanto ao longa-metragem coletivo “13 Histórias Estranhas”, não faço ideia de quando será lançado oficialmente.

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