Arquivo para os fanzineiros do século passado

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Posted in Fanzines with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , on julho 11, 2012 by canibuk

Acabei de receber o “Segundo Anuário de Fanzines, Zines e Publicações Alternativas” editado por Douglas Utescher, com colaborações de peso, como Márcio Sno e Flávio Grão. O Anuário de Fanzines é uma publicação com um acabamento visual fantástico e muita qualidade (a capa leva uma encadernação vermelha em papel mais duro), que segue a linha do “QI” (“Quadrinhos Independentes”) de Edgard Guimarães, e tem o principal objetivo de divulgar a imprensa alternativa dos fanzines brasileiros e, também, da América Latina. Além de inúmeras resenhas (com endereços para contatos com os editores), o Anuário traz também várias mini-entrevistas (sempre de três perguntas) com editores como Wendell Sacramento, Edgar Franco, Daniel Linhares, Elydio dos Santos Neto, Denilson Rosa dos Reis, Eduardo Vomitotium, Debora Paula, Eduardo Delgado, Guido Imbroisi, Henrique Magalhães e vários outros. Além das resenhas, Márcio Sno assina um interessante texto, “Os Fanzineiros nas Bibliotecas e nas Telas”, com uma breve história dos fanzines. Para quem não sabe, Sno é o responsável pelo documentário “Os Fanzineiros do Século Passado”. Flávio Grão assina o texto “Os Fanzines Invadem as Universidades”, onde conta como o conceito dos zines está sendo introduzido em sala de aula.

Como diz Douglas no editorial, “Foi por necessidade que o fanzine nasceu. A grande imprensa, preocupada em dialogar com as massas, deixava abertas lacunas que eram preenchidas por seres apaixonados, ansiosos por conhecer e trocar informações com pessoas de interesses semelhantes”. E continua, “Acontece que a realidade neste início de século é bem diferente. As empresas estão cada vez mais atentas às demandas dos nichos específicos. Afinal, no mundo capitalista somos todos consumidores e nenhuma oportunidade pode ser desperdiçada”. E aí pergunta, “Então, porque se dar ao trabalho de pesquisar, editar, diagramar, imprimir, dobrar, grampear, distribuir e gastar dinheiro, se a informação pode ser disseminada com muito menos trabalho e seu custo algum?”. E ele mesmo se apressa em responder, “A resposta é simples e incrivelmente libertadora: Porque sim, oras!”.

O Segundo Anuário de Fanzines tem 62 páginas em tamanho grande, cheios de informações para aqueles que queiram tomar contato com os novos fanzines que surgiram (ou que nunca pararam de ser editados) deste novo milênio. Para ler, trocar, comprar, colaborar, incentivar toda uma nova geração de editores independentes. Fanzines é uma experiência bem diferente do que editar blog, por exemplo. Fanzine necessita da troca de informações entre leitores e editores para realmente ser um fanzine.

Para adquirir o “Segundo Anuário de Fanzines, Zines e Publicações Alternativas” mande e-mail para o editor, ugra.press@gmail.com; ou escreva para Douglas Utescher, Cx. Postal 777, São Paulo/SP, 01031-970; ou faça download da versão eletrônica pelo blog da Ugra Press.

Para adquirir o “QI” de Edgard Guimarães, que citei no texto, escreva para o e-mail edgard@ita.br ou Rua Capitão Gomes 168, Brasópolis/MG, 37530-000.

Veja aqui o trailer do “Os Fanzineiros do Século Passado”:

* Quem quiser ter seu fanzine, banda, filme – ou seja lá qual for o fantástico trabalho independente que você está realizando – divulgado no Canibuk, entre em contato pelo e-mail baiestorf@yahoo.com.br e teremos o maior prazer em ajudar para que seu trabalho chegue ao maior número possível de pessoas.