Archive for the Manifesto Canibal Category

Posters & Capas de VHS da Canibal Filmes

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Infelizmente estou sem tempo algum para atualizar o blog. Mas nessa última semana estava selecionando material que irá fazer parte do livro “Canibal Filmes – Os Bastidores da Gorechanchada” e encontrei um material referente aos nossos lançamentos em VHS (que já estão disponíveis em DVD e que você pode comprar aqui na MONDO CULT):

Posters

1995- O Monstro Legume do Espaço

1996- Blerghhh1

1996- Blerghhh2

1996- Caquinha Superstar a Go-Go1

1996- Caquinha Superstar a Go-Go2

1996- Eles Comem Sua Carne1

1996- Eles Comem Sua Carne2

1996- Eles Comem Sua Carne3

1996- Eles Comem Sua Carne4_Folder

1996- Eles Comem Sua Carne4_Folder2

1997- Bondage 2 Amarre-me Gordo Escroto

1997- Chapado

1998- Sacanagens Bestiais dos Arcanjos Fálicos2

1998-Gore Gore Gays

Lombada das VHS

Lombada VHS- O Monstro Legume do Espaço (1995)

Lombada VHS- Eles Comem Sua Carne (1996)

Lombada VHS- Blerghhh (1996)

Lombada VHS- Bondage 2 Amarre-me Gordo Escroto (1997)

Lombada VHS- Raiva (2001)

Capas de VHS da Canibal Filmes:

VHS- Blerghhh (1996)

VHS- Chapado-Bondage 2 (1997)

VHS- Bondage 2 Capa 2 (1997)

VHS Bondage parte 1 - Capa 2 (1996)

VHS- Bondage parte 1 (1996)

VHS- Caquinha Superstar a Go-Go (1996)

VHS- Eles Comem Sua Carne (1996)

VHS- Festival Psicotrônico Vol 1 (1999)

VHS- Minimalismo Surreal Vol 1 (2002)

VHS- O Monstro Legume do Espaço (1995)

VHS- Raiva (2001)

VHS- Sacanagens Bestiais dos Arcanjos Fálicos

VHS- Zombio (1999)

Petter e poster GGG

Boca do Lixo Style: Download do Sexo Sangrento

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“Vadias do Sexo Sangrento” (2008, 30 min.) escrito, fotografado, produzido e dirigido por Petter Baiestorf. Maquiagens gore de Carli Bortolanza. Edição de Gurcius Gewdner. Com: Ljana Carrion, Lane ABC, Coffin Souza, PC, Jorge Timm e Petter Baiestorf.

lane-abc-chainsaw-em-vadias-do-sexo-sangrentoAo elaborar o “Arrombada – Vou Mijar na Porra do seu Túmulo!!!” (2007), já pensei numa espécie de trilogia da carne, que se seguiu com este “Vadias do Sexo Sangrento” (2008) e “O Doce Avanço da Faca” (2010). Todos com duração de média-metragens para, num futuro próximo, relançá-los como um longa em episódios intitulado “Gorechanchada – A Delícia Sangrenta dos Trópicos”. Inclusive neste ano de 2016 realizei uma exibição deste projeto “Gorechanchada” no Cinebancários de Porto Alegre com grande participação de público, como todos que ali estavam já conheciam os filmes rolou aquele climão de algazarra que tanto faz com que as sessões Canibal Filmes sejam a diversão que são.

ljana-carrion-coffin-souza-em-vadias-do-sexo-sangrento“Vadias” foi filmado no início do inverno de 2008 em 4 dias de filmagens e um orçamento de R$ 5.000,00. Reuni praticamente a mesma equipe de “Arrombada” (que já estava afinada) acrescida de Lane ABC e Jorge Timm (que não estava no elenco do filme anterior por estar em Tocantins). Com um roteiro melhor em mãos, cheio de metalinguagem (tentando avançar nas ideias que estava desenvolvendo na época em produções como “Palhaço Triste” (2005) e “A Curtição do Avacalho” de 2006) e pouca abertura para improvisações, fomos pro Rancho Baiestorf rodar um filme que deveria parecer improvisado do início ao fim (gosto da leveza que o clima de improvisação dá numa produção).

vadias-do-sexo-sangrentoNão lembro de nenhum contra tempo nas filmagens de “Vadias”. Foi um daqueles raros casos em que tudo deu certo e não tivemos problemas. Filmávamos apenas durante o dia (acho que apenas duas ou três seqüências que foram filmadas à noite) e ao anoitecer rolava um jantar regado à muita bebida, o que deixava a equipe e elenco bem descontraídos. O frio ainda não estava castigando, o que foi essencial para manter o bom humor do elenco que passava 90% do tempo pelado pelo set. Amo filmar com equipe reduzida, 12 pessoas no set (incluindo elenco) é o que considero o ideal, bem diferente de “Zombio 2” onde tivemos 72 pessoas trabalhando sem parar durante 23 dias.

ljana-baiestorf-e-coffin-em-vadias-do-sexo-sangrentoO lançamento do filme rolou num esquema muito parecido com o que já havíamos feito com o “Arrombada” e o relançamento de “Zombio” (1999). Desta vez resgatamos e re-editamos o policial gore “Blerghhh!!!” (1996) para relançar e completar o programa das exibições. Logo nos primeiros meses computamos 5 mil espectadores para o filme (em salas alternativas, cineclubes e mostras independentes) e as vendas do DVD duplo do filme foram de quase mil cópias. Possibilitou a produção de “Ninguém Deve Morrer” (2009) e a parte final da trilogia, “O Doce Avanço da Faca” (2010).

Todas as histórias de filmagens de “Vadias” irei contar no livro de bastidores que estou elaborando. Aguardem!!!

Para ler o roteiro de Vadias do Sexo Sangrento.

Para baixar VADIAS DO SEXO SANGRENTO.

Comprar DVD duplo de “Vadias do Sexo Sangrento” com extras e inúmeros curtas da Canibal Filmes de brinde, entre na loja MONDO CULT.

por Petter Baiestorf.

Fotos de bastidores de Vadias:

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Lane ABC e Ljana Carrion.

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Filmagens tão animadas que todos dançavam o tempo inteiro.

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Sangue cor de rosa.

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Bortolanza preparando o elenco.

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Ljana Carrion.

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Lane ABC, Ljana, Bortolanza e Jorge Timm.

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Lane, Ljana e Bortolanza.

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Jorge Timm.

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Lane e Ljana.

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Tapando as vergonhas.

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Souza e Ljana prontos para filmar.

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PC sendo preparado por Bortolanza para a massagem anal.

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PC tento prazeres incontroláveis com a massagem anal.

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Claudio Baiestorf cuidando das motosserras.

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Lane e Souza in Brazilian Chainsaw Massacre.

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Eu olhando pro pinto de Souza.

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Bortolanza, PC e Jorge Timm: Equipe dos sonhos delirantes.

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“Me dê uma expressão de horror!”

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Carli Bortolanza.

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Souza olhando pro pinto de PC.

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Elio Copini, Souza e Timm fiscalizando o orifício pomposo de PC.

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Jorge Timm pronto para receber Lane ABC em seu interior.

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Lane ABC autografando a barriga de Jorge Timm.

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Eu subindo numa árvore para tomadas aéreas.

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Eu tentando descobrir ângulos.

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Chapado

Posted in Cinema, download, Manifesto Canibal, Vídeo Independente with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on outubro 12, 2016 by canibuk

Chapado (1997, 30 min.) Escrito, Produzido, Estrelado e Dirigido por Petter Baiestorf, Coffin Souza e Marcos Braun. Também estrelando: Jorge Timm no papel de Tor Johnson.

Sinópse: Três michês resolvem se trancar dentro de um filme e ficam se utilizando de todo tipo de drogas em loop toda vez que algum cinéfilo voyeur insiste em ficar tentando entender suas desventuras com as drogas e cinema.

chapado20 anos atrás, em meados de 1996, Coffin Souza e Marcos Braun se reuniram comigo para elaborarmos um roteiro sem começo, meio e fim que simplesmente mostrasse um grupo de amigos se chapando sem qualquer tipo de moralismo ou explicações. Então, ao invés de escrevermos um roteiro, ficamos sentindo as drogas e o álcool durante um mês e registrando sem nos preocuparmos com a narrativa e com o público. A ideia era deixar correr e, depois, ver no que ia dar.

Por motivos mais do que óbvios, não lembro direito das filmagens. Sei que ficamos uns 6 meses nesta experiência lisérgica colhendo material para montar um filme e experimentando sentimentos diversos. Filmamos no Oeste de Santa Catarina, interiorzão do RS e acabamos realizando algumas cenas em Porto Alegre.

digitalizar0027Mas as filmagens tiveram vários momentos divertidos. Antes de começar a experiência fomos até numa festa tradicional da região Oeste e vimos uma iluminação dando sopa num stand de uma concessionária de carros e resolvemos roubar pela curtição de fazer algo errado. E lá fomos Braun e eu completamente grogues de uísque roubar  a luz, só que saímos correndo com ela sem perceber que ainda estava plugada numa tomada, fazendo o maior estardalhaço, com seguranças correndo atrás de nós e o Jorge Timm bêbado com o carro, onde iríamos entrar, em zigue e zague na nossa frente. Depois que iniciamos as filmagens, quase fui atropelado ao filmar sobre a ponte do Rio Uruguai, na divisa entre os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A cena em questão não estava sendo gravada ainda, mas depois simulamos novamente para ter o momento no filme (essa cena simulada está no filme). Neste mesmo dia também me pendurei numa escada enferrujada – e quase soltando – que havia no meio da ponte.

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Como queríamos uma cena de impacto no filme, resolvemos invadir um cemitério e cavar uma tumba por lá (vazia, lógico, não somos tão retardados assim). Só que chegando no cemitério avistamos uma cruz gigante e então acabamos realizando uma performance festiva nesta cruz gigante – cena que está no filme – que diz muito sobre o que achamos que qualquer tipo de religião faz com o povo. Assim que terminamos de filmar essa cena apareceu um cortejo fúnebre no cemitério, foi engraçado a gente saindo de fininho com pás, enxadões e o ator se vestindo. Talvez tenhamos traumatizado aquela família que só queria enterrar um ente querido. Em tempo: Os créditos de “Chapado” foram inseridos na metade do filme, então para ver essa cena da cruz é só continuar assistindo o filme pós os créditos finais.

“Chapado” nunca foi oficialmente exibido em lugar nenhum, sabemos que não é um filme para qualquer audiência. Mas foi feito e adquiriu vida própria, então volta e meia alguém que viu ele nos tempos do VHS (ele era comercializado numa fita junto do “Bondage 2 – Amarre-me, Gordo Escroto!!!“) me comenta que curte ficar sentindo o filme enquanto fuma um. Em DVD ele faz parte do DVD “Festival Psicotrônico Vol. 1”.

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Se você quiser conhecer o filme, pode baixar clicando no nome do filme: CHAPADO. Claro que é bem possível que você venha a odiar essa produção e achar que perdeu meia hora de sua vida (caso seja um destes fãs de cinemão de Hollywood). É só um filme pra ser sentido, como se fosse uma vídeo poesia das mais feias e cretinas – porque poetas, necessariamente, não tem a obrigação de serem bonzinhos e compreensivos.

Falta de lembranças de Petter Baiestorf.

Dei sequencia a essas experiências em 2005 com o filme “Palhaço Triste” que você pode assistir online:

Baixe a Praga Zumbi aqui e Boas Festas na Alegria Gorechanchadesca

Posted in Cinema, download, Manifesto Canibal, Vídeo Independente with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on outubro 6, 2016 by canibuk

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Zombio (1999) é considerado o primeiro filme autenticamente brasileiro de zumbis*, então nada mais natural do que reunir a mesma equipe 14 anos depois, acrescida de novos talentos da gorechanchada celebrada pela Canibal Filmes,e realizar a continuação daquela modesta produção fundo de quintal.

Veja trailer de “Zombio” aqui:

Zombio 2: Chimarrão Zombies” surgiu quase que por acidente. Eu vinha de projetos frustrados nos últimos 2 anos (em 2011 abortei o projeto “Páscoa Sarnenta”, longa episódico, por falta de dinheiro – mas tudo foi registrado pelo cineasta Felipe M. Guerra e pode virar um documentário ainda –  e em 2012 foi extremamente caótico, quando tentei produzir dois médias – “Rabo por Rabo” e “Psicose Tropical” – que nem saíram do papel) e dois fatores me influenciaram a produzir “Zombio 2”:

1- O lançamento em DVD de “Zombio 1” nos USA (que depois foi suspenso porque a distribuidora fechou);

2- Em 2012 fui ator no longa-metragem “Mar Negro”, de Rodrigo Aragão, e numa pausa das filmagens falei zoando que ia voltar pra Santa Catarina e produzir um longa de zumbis pra lançar no mesmo final de semana de “Mar Negro”.

zombio-2_cartazSó que fiquei matutando a ideia na cabeça e percebi que havia a possibilidade de conseguir realizar “Zombio 2” a tempo de lançar junto com “Mar Negro” durante o FantasPoa de 2013, fazendo uma espécie de dobradinha “Tropical Zombies” made in Brazil pra gringo ver. Só com a ideia na cabeça falei com os Fantaspoas (Nicolas e JP) e eles guardaram uma data pro lançamento. Então fiz um poster bagaceiro pra registrar a ideia e Leyla Buk desenhou o Storyboard de uma cena que eu iria incluir no roteiro – ainda não escrito – e comecei a reunir investidores e a equipe-técnica para 2 blocos de filmagens (que juntos representaram 23 dias de trabalhos duros). É uma tensão muito grande você ter até data de lançamento de um filme já confirmada e ainda não ter roteiro, nem dinheiro, nem equipe, nem data para iniciar as filmagens, mas foi um exercício de produção interessante.

zombio-2-pEntre dezembro de 2012 e janeiro de 2013, escrevi o roteiro, consegui 9 produtoras para me apoiarem financeiramente e com equipamentos – El Reno Fitas, Camarão Filmes e Ideias Caóticas, SuiGeneris Filmes, Bulhorgia Produções, Shunna, Fábulas Negras Produções, Necrófilos Filmes, Zumbilly e Gosma – e levantei uns 40 mil reais. Em fevereiro já estávamos filmando nossos zumbis tropicais com todas as alegres cores da morte. Entre o primeiro e o segundo bloco achei que não seria possível conseguir finalizar o longa até a data do Fantaspoa (em maio de 2013), porque tivemos que marcar o segundo bloco de filmagens pra abril de 2013. Mas os FantasPoas pediram pra manter a data. Bem, voltamos pro set e terminamos as filmagens, imediatamente após o término voei pro Rio de Janeiro e fiquei trancado com Gurcius Gewdner durante 18 dias montando o filme (ele foi todo filmado com duas câmeras, quase 1 terra de material bruto) e, faltando 3 dias pro lançamento no FantasPoa 2013, conseguimos finalizar o primeiro corte do longa. Foi uma aventura muito divertida.

Veja o trailer de “Zombio 2” aqui:

E agora estou disponibilizando para download uma cópia de “Zombio 2: Chimarrão Zombies”, em baixa qualidade, para que você possa conhecer essa produção que nasceu quase por acaso. Se você quiser o filme em maior qualidade pode comprar pela loja MONDO CULT.

Para baixar o filme, clique no título: ZOMBIO 2: CHIMARRÃO ZOMBIES. E ajude a espalhar essa praga zumbi para todos os cantos do planeta Terra.

Por Petter Baiestorf.

*tem alguns outros filmes de zumbi filmados antes de Zombio (1999), mas são produções que não saíram de suas cidades. Eu mesmo, em 1993, havia lançado “Criaturas Hediondas” onde um zumbi marciano dá as caras. Em 1996 criei um zumbi sedento por drogas no “Blerghhh!!!” (cujo diário de filmagens você pode ler clicando aqui). Mas Zombio foi o primeiro com hordas de mortos-vivos podres comendo pessoas explícitamente, como num bom filme de Lucio Fulci.

Super Chacrinha e seu amigo Ultra-Shit em crise Vs. Deus e o Diabo na Terra de Glauber Rocha

Posted in Cinema, download, Fan Film, Manifesto Canibal, Vídeo Independente with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on setembro 24, 2016 by canibuk

Dando prosseguimento aos filmes que estou colocando para download, segue hoje a produção “Super Chacrinha e seu Amigo Ultra-Shit em Crise Vs. Deus e o Diabo na Terra de Glauber Rocha” (1997, 118 min.).

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“Super Chacrinha…” foi uma pausa nos filmes extremos que eu vinha fazendo naquela época. Não tem ligação nenhuma com os goremovies anteriores que tinha feito – como “O Monstro Legume do Espaço” (1995), “Eles Comem Sua Carne” (1996) ou “Blerghhh!!!” (1996) – , nem com os posteriores que foram ainda mais radicais ao misturar gore com pornografia – como “Deus – O Matador de Sementinhas” (1997), “Boi Bom” (1998), “Gore Gore Gays” (1998) ou “Sacanagens Bestiais dos Arcanjos Fálicos” (1998).

“Super Chacrinha…” tem forte inspiração do filme “Abismu” (1977) do Rogério Sganzerla, entre outras produções experimentais (a citar algumas: “Matou a Família e Foi ao Cinema” (1970) de Júlio Bressane, “Cabeças Cortadas” (1970) de Glauber Rocha, “Meteorango Kid: O Herói Intergalático” (1969) de André Luiz de Oliveira e “Bang Bang” (1971) de Andrea Tonacci). Não ficou tão bacana quanto estes clássicos que o inspiraram, lógico,mas é um filme que gostei muito de realizar. Acredito que os envolvidos na produção se divertiram muito mais do que o público vá se divertir. Impossível saber quem pode gostar deste filme (já tive espectador me confidenciando que adorou cada momento do filme e espectador versando sobre o quanto é medíocre).

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As filmagens aconteceram em 4 meses durante o ano de 1997, com um roteiro que eu ia elaborando a cada dia durante a produção. Funcionava mais ou menos assim: Eu chegava num cenário com a equipe e bolava as cenas na hora. Inicialmente o filme teria 4 horas, mas quando estava editando, com ajuda de Carli Bortolanza, optamos por deixá-lo com a metade da duração originalmente planejada. O filme é uma espécie de road-movie marginal, foi filmado em uns 12 municípios de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, incluindo a cidade de Gramado onde acontecia o vigésimo quinto Festival de Gramado e, em sistema de guerrilha completo, entramos nas comemorações com nossas câmeras e filmamos algumas pontas de globais pro filme (não lembro de cabeça, mas acho que aparecem no filme, além do Ivan Cardoso, Marcos Palmeiras, Hugo Carvana, José Lewgoy e a mãe de Glauber Rocha). Todo o dinheiro arrecadado com bilheterias dos meus filmes anteriores sumiu realizando o “Super Chacrinha…”. Foi divertido para quem integrou a equipe desta produção (se não me falha a memória, Jorge Timm, Claudio Baiestorf, Carli Bortolanza, E.B. Toniolli e José Salles foram as pessoas que me acompanharam durante toda a produção).

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Para baixar o filme e assisti-lo é só clicar no nome dele: SUPER CHACRINHA E SEU AMIGO ULTRA-SHIT EM CRISE VS. DEUS E O DIABO NA TERRA DE GLAUBER ROCHA.

abaixo vídeo com Ivan Cardoso durante o Festival de Gramado de 1997 (essa entrevista foi realizada enquanto estávamos filmando o “Super Chacrinha…”).

Considerações Sobre o Kanibaru Sinema: Systema para Atores

Posted in Literatura, Livro, Manifesto Canibal with tags , , , , , , , on fevereiro 23, 2012 by canibuk

Não possuir condições de contratar atores profissionais, aqueles chatos-egocêntricos-cheirando-a-sabonete-de-rosas, não é desculpa para conseguir um bom nível de interpretação em suas obras kanibarusinematizadas. Utilize-se do Kanibaru Sinema Systema, que formou amadores-famosos e talentosos como Jorge Timm, Viola, Elio Copini, Ivan Pohl, Ljana Carrion, Lane ABC, Gisele Ferran, Minuano, Marcírio Albuquerque, Kika, Airton Bratz, Gurcius Gewdner, entre dezenas de outros.

A) Não existe ator ou atriz ruim. Existe sim, pessoas escaladas em papéis errados. Vá testando seus amigos, parentes ou vizinhos (freaks) nos mais diversos tipos de papéis (mas faça isso já rodando algum vídeo, para não desperdiçar tempo e fita virgem), os que se destacarem nos quesitos:

– Conseguir fazer diálogos;

– Conseguir fazer mais de uma expressão facial diferente;

– Ter algum talento físico (saber lutar, correr, cair, etc);

– Ter algum atributo físico (peitões moles, bunda disforme, órgão sexual avantajado, etc);

– Disposição para cenas de aberrações (sem efeitos especiais), como comer ratos, contracenar com animais perigosos ou escrotos, banhar-se em excrementos, etc.

Serão escalados para os papéis principais, os outros serão figurantes até aprenderem, por si mesmos, como aparecer.

B) Escale seu elenco já aproveitando os tipos determinados que estão ao seu redor: O gordo brincalhão, o baixinho invocado, a menina sexy, o amigo trapalhão, a amiga alucinada, etc.

C) Bebida à vontade pode ser um bom método de se conseguir atuações mais espontâneas. Evite drogas, a não ser que seja estritamente necessário ou esta seja a temática de sua obra.

D) Procure fazer seus atores sentirem um pouco o que seus personagens devem expressar. Se necessitar de uma pessoa irritada, incomode bastante a sua atriz; água suja com sabão na boca é bom para induzir ao vômito e conseguir uma expressão mais intensa de alguém com uma tendência mais dispersa. Sono, frio e desconforto físico também são ótimos aliados. Programe uma festa no dia das gravações, faça seu elenco beber e se divertir um pouco e depois atravesse a noite trabalhando, aqueles que sobreviverem até a manhã seguinte estarão dentro do método kanibaru.

E) Nunca despreze as sugestões e desejos bizarros de seu elenco freak. Se um dos atores, apesar de sua aparência máscula, diz que quer um personagem feminino, aproveite para colocá-lo no lugar daquela atrizinha que fica irritante quando com TPM. Se aquele outro, notadamente sem destreza física, bolar alguma cena tipo “vou pular por dentro de um círculo de fogo totalmente nu”, arme-se de alguns cuidados para evitar uma tragédia (e um processo) maior e… Filme!!!

F) Se um dos seus atores-amadores mais veteranos começar a se destacar muito e tiver problema com o ego e começar a imitar os nojentinhos profissionais, não o poupe, despreze-o! Coloque-o em papéis menores, sem uma linha de diálogo, ou apenas chame-o para segurar alguma iluminação secundária. No meio anarco-etílico-artístico-ateísta não existe lugar para egos inflamados (fora o seu, diretor/realizador, é claro!).

G) E mais… Se mesmo assim você estiver a milhares de quilômetros de algum ser vivo interessante (leia-se filmável) ou por alguma outra insana razão não houver atores e/ou atrizes à disposição… Isto não é desculpa para não realizar sua obra-prima vagaba. Ora! Faça vídeo-poesia, ou documentários… Faça! Faça! Faça!

escrito por Coffin Souza para o livro “Manifesto Canibal” (editora Achiamé, 2004).

Ilustrado com fotos da produção do filme “A Curtição do Avacalho” (Petter Baiestorf, 2006).

Kanibaru Sinema

Posted in Anarquismo, Cinema, Livro, Manifesto Canibal with tags , , , , , , , , , , , , , , , , on fevereiro 22, 2012 by canibuk

(ou métodos para fazer filmes sem dinheiro).

Você não precisa ser mais um capacho do sistema se agora já pode ser um messias do caos com a missão de destruir os valores sagrados do cinema milionário que estão implantando no Brasil!

O fazedor de filmes alucinados, que não está contente com os rumos do cinema brasileiro, lhes dá aqui algumas dicas básicas de como produzir sua obra sem utilizar-se do tal dinheiro:

FIGURINOS: Pegue-os nas campanhas de arrecadação de roupas para pobres (de preferência às campanhas de inverno, quando as roupas são melhores). Peça roupas velhas aos parentes e amigos. Roube uniformes militares nos quartéis (os recrutas costumam negociar apetrechos militares por um precinho bem camarada). Faça seus figurinos exclusivos utilizando-se de lixo, como plástico, latas, restos de tecido, cascas de árvores, lonas, etc. Outra opção ótima é colocar seus atores interpretando pelados.

CENÁRIOS/LOCAÇÕES: Ache coisas velhas no lixo/ferros-velhos e crie artefatos futuristas. Utilize a casa dos amigos. Consiga um porão úmido abandonado e dê vida ao mundo que habita seu cérebro. Filme em locais públicos, como ruas, calçadas, matas, praias, esterqueiras, praças, reservas florestais, botecos, casas destruídas/abandonadas, desertos, prédios públicos, parques de diversão, shoppings, puteiros, desfiles patrióticos, cemitérios, etc (mas se você gostar de alguma propriedade privada, você pode invadir e quando a polícia chegar diga que achou que o local era público ou inicie uma discussão com a polícia dizendo que “Toda Propriedade é um Roubo!”, ser preso ajuda na divulgação de sua obra!).

ILUMINAÇÃO: Filme durante o dia aproveitando a luz solar que é de graça. Se necessitar de cenas internas e/ou noturnas, ilumine com luz normal. Você ainda pode utilizar-se de liquinhos, tochas, velas, luzes de carro, etc… O importante é criar uma fotografia diferente/estranha. Outra saída é pedir iluminações profissionais emprestadas aos amigos cineastas que possuem equipamento, encha o saco deles, geralmente eles emprestarão o material para que você pare de encher.

PESSOAL/ELENCO: Utilize seus amigos e freaks em geral. Punks, putas, aleijados reais e mendigos sempre são uma ótima opção, mas guarde uma parte de seu minguado orçamento para pagar a eles um cachê, mesmo que simbólico. Certifique-se antes de que seus atores improvissados e amigos tenham idéias ideológicas parecidas com as suas, caso contrário eles acabam atrapalhando mais do que ajudam (mas mesmo assim você pode utilizá-los como figurantes).

EQUIPE-TÉCNICA: Faça você mesmo tudo, assim o filme sai do jeito que você quer. Se você precisar de ajuda chame estudantes de cinema que precisam estagiar, são ótimos profissionais que trabalham de graça!

ROTEIRO: Crie sempre histórias originais com críticas sociais, mesmo que suas histórias sejam um tanto excêntricas. Lembre-se sempre que a Igreja, O Governo/Estado, os militares, os religiosos em geral, a classe-média boçal, etc, estão aí para serem esculhambados sem dó nem piedade. Importante, às vezes a criação de um roteiro coletivo, com idéias de todo elenco, pode ser inspirador para interpretações mais viscerais, primitivas e raivosas.

EQUIPAMENTOS: Utilize qualquer tipo de câmera. Se você não tiver uma, arranje emprestado. Nos dias de hoje as câmeras de vídeo são mais comuns do que pessoas de boa índole, então é fácil conseguir uma. Para editar seu filme há várias opções que não envolvem dinheiro, as placas de vídeo estão cada vez mais baratas e acessíveis e os programas de edição por computador podem ser baixados via versões piratas. Provavelmente você tem algum amigo que edita vídeozinhos para postar no youtube, use este potencial dele e torne-o seu sócio. Outra opção é editar na câmera de vídeo mesmo. Se você filmar em VHS pode editar seu filme com a utilização de dois vídeo cassetes, mas essa técnica já está ultrapassada. Sua mensagem é o que importa, qualidade é coisa de cara reprimido!!!

ORÇAMENTO: Produza com o que você tiver a disposição. Poupe seu salário, faça vaquinha entre seus amigos, venda rifas, faça programas sexuais, seja criativo e se surpreenda. Falta de dinheiro nunca foi empecilho na vida artística dos gênios!!!

MAQUIAGENS: Faça seus make-ups se utilizando de alimentos, comida é uma ótima fonte de maquiagem amadora barata. Melado com anilina vermelha vira sangue denso e grosso, farinha e água deformam qualquer rosto e vísceras reais dão uma ótima imagem de choque. Uma opção viável é descobrir produções que finalizaram suas filmagens e ficar pedindo para que o maquiador lhes dê seu lixo, com criatividade você consegue disfarçar essas maquiagens já usadas e reutilizá-las no seu filme como se fossem inéditas.

TRILHA SONORA: Dê preferência a bandas e músicos ainda não cooptados pelo mercado capitalista. Discos velhos podem conter músicas maravilhosas completamente esquecidas. Pegue um instrumento e grave ruídos estranhos com ele e encaixe no seu filme. Músicas estranhas, regionais, experimentais e não comerciais (como gore grind, industrial harsh, noise ou a banda Os Legais) sempre dão um clima ótimo!

DIVULGAÇÃO: Pode e deve ser feita através de fanzines, flyers, revistas e jornais undergrounds e independentes. Use a internet para fazer com que seu filme pareça uma produção maior do que realmente é criando notícias relacionadas às exibições que seu filme tiver. Divulgue tudo sempre e crie seu próprio star system, as pessoas comuns adoram endeusar qualquer coisa mesmo!

DISTRIBUIÇÃO: A distribuição de cópias em DVD (ou qualquer outra sigla que venha a ser criada no futuro) pode ser feita utilizando-se dos serviços dos correios. Coloque o filme para download, acredite, não vai atrapalhar em nada suas vendas e ainda ajudará a divulgar seu trabalho. Coloque-o no youtube (mesmo que seja um vídeo somente para maiores, você vai ser censurado e depois poderá ficar divulgando este fato, é bom prá sua auto-promoção). Você também pode realizar exibições em botecos e shows alternativos de todo o Brasil. Exibições com shows de bandas locais undergrounds é ótimo porque garante público para seus primeiros filmes, já que toda e qualquer banda tem seus fãs que comparecem em qualquer coisa que elas façam.

FESTIVAIS: Cada produtor de filmes pode optar por produzir seu próprio festival de filmes, sempre não competitivos (a competição é um vício da sociedade capitalista que deve ser evitado sempre que possível!), fazendo assim um intercâmbio de produções amadoras/undergrounds/experimentais. Outra opção é a união de vários produtores independentes na realização de mostras não competitivas em paralelo aos grandes festivais de cinema, utilizando locais próximos d’onde acontece as babações d’ovos entre os poderosos e atraindo a atenção da imprensa especializada para seu pequeno festival de filmes paralelo. Não se esqueça que os festivais de “cinema oficial” estão por aí para serem invadidos e avacalhados.

LEMBRETE FINAL: Mas lembre-se sempre que não ter equipamento não é desculpa para fazer filmes bobos e/ou ruins, com o mínimo de recursos você pode fazer bons filmes vagabundos com uma produção miseravelmente bem cuidada e original.

escrito por Petter Baiestorf.

junho de 2002.

José Mojica Marins apóia e aprova o "Manifesto Canibal".

Manifesto Canibal

Posted in Literatura, Livro, Manifesto Canibal with tags , , , , , , , , , , on fevereiro 21, 2012 by canibuk

Uma declaração de guerra dos que nada têm e tudo fazem contra os que tudo têm e nada fazem.

O Cinema brasileiro, neste santo ano do ébrio senhor da Igreja Católica da Santa Roubalheira Consentida, atingiu a ruindade absoluta com suas obras globoticamente acefálicas que custam milhões de dinheiros aos cofres públicos. Ordenamos, então, que a minoria que detém a tecnologia cinematográfica de ponta seja combatida e que a discriminação ao vídeo amador cesse neste momento. Optamos pelo Kanibaru Sinema para, enfim, fazer nossos gritos ecoarem pelos domínios malignos dos cineastas pedantes corruptos. Um Kanibaru Sinema antropofágico, primitivo, selvagem, niilista, ateu e caótico, mas de uma pureza maldita capaz de assustar tanto colonizados quanto os colonizadores.
Eu, o curtidor do avacalho, o mestre da escatologia, o antiintelectual debochado, o escroto alucinado, o videasta das vísceras, PROPONHO:
1) A opção de filmar com equipamentos VHS-C/S-VHS/Digital/S-8/HD (ou qualquer outra sigla a ser criada) filmes amadores de qualquer estilo e qualquer duração;
2) A opção de filmar com equipamentos VHS-C/S-VHS/Digital/S-8/HD utilizando-se do direito de produzir obras-primas com som direto e o equipamento técnico que for possível arranjar;
3) A opção de realizar obras cinematográficas desprezando o poder capitalista do dinheiro criado por qualquer país do planeta Terra e/ou Universo. Leia-se aqui: A opção de filmar sem se utilizar do dinheiro público;
4) A opção de usar atores amadores e/ou amigos pessoais que se coloquem, de livre arbítrio e sem cobrar nada em troca, à sua disposição;
5) A opção de se utilizar do Kanibaru Sinema e sua estética do caos para finalmente poder flertar com a estética da falta de estética. Leia-se aqui: A opção por destruir todos os valores estéticos;
6) A opção pela inclusão das obras produzidas em vídeo amador nos festivais não competitivos de cinema brasileiro para que o povo decida, de livre arbítrio, o que gosta e quer ver;
7) A opção por uma produção/distribuição caseira, de forma independente e artesanal;
8) A opção por exibir os filmes em botecos e outros refúgios para pensadores beberrões;
9) A opção de escolher músicas não-convencionais/esquecidas/obscuras como hino à criatividade do Kanibaru Sinema;
10) A opção de realizar obras com cenários, figurinos, iluminação e maquiagens criados/conseguidos com lixo;
11) A opção de realizar obras com roteiros originais em sua concepção anarco-ateísta;
12) A opção por exercer seu direito de ser um criador artístico livre dos vícios da sociedade cristã castradora;
13) A opção de fazer qualquer filme/música/arte que sua criatividade permitir.

Assim propôs o fazedor de filmes alucinados.
07/06/2002
Petter Baiestorf.

(Primeira edição de “Manifesto Canibal” por Petter Baiestorf em junho de 2002; Segunda edição de “Manifesto Canibal” por Rodrigo Romanin em Outubro de 2002; Terceira edição de “Manifesto Canibal” por E.B. Toniolli no antigo site da Canibal Filmes em dezembro de 2002; Quarta edição de “Manifesto Canibal” por Jack Zombie e Roger Psycho em anexo ao zine “Criaturas Psicotrônicas de Outro Espaço” em janeiro de 2003; Quinta edição de “Manifesto Canibal” por Robson Achiamé e editora Achiamé em julho de 2004).