Arquivo para maio, 2011

School for Submission (parte 1)

Posted in Arte Erótica, Quadrinhos with tags , , , , , , , on maio 31, 2011 by canibuk

Encontrei por engano essa HQ do artista John Gallagher e resolvi compartilhar aqui (segue por enquanto apenas a parte 1, no decorrer do próximo mês irei postando as continuações).

A Semana do Presidente

Posted in Arte e Cultura, Cinema, Vídeo Independente with tags , , , , , , , , , , , , on maio 30, 2011 by canibuk

Dia 31 de Maio, nesta terça-feira, começa a retrospectiva da Troma que a Black Vomit, em parceria com Cine Olido, estão bancando. É imperdível e completamente de graça e dia 04 de junho Lloyd Kaufman em pessoa estará no Cine Olido ministrando a Master Class, seu curso sobre como se tornar um produtor de filmes bagaceiros. Estarei lá retirando meu diploma!!!

Lloyd Kaufman, que não é o roteirista de “Quero ser John Malkovich” (Fernando Rick falou que teve mané se inscrevendo achando que é este roteirista que vem prá cá), é o Presidente da Troma, a produtora independente mais velha em atividade no Planeta. Os filmes daTroma são saborosos, cheio de absurdos maravilhosos e meninas gatas dementes!!!”Toxie Avenger”, “Troma Wars” (tá fazendo falta este filme na retrospectiva), “Tromeu and Juliet”, “Terror Firmer”, “Toxie Avenger 4” e “Poultrygeist” estão entre meus filmes preferidos de todos os tempos!!!

Lloyd Kaufman chega em São Paulo no dia 03 de junho. Em sua rápida micro-turnê por terras paulistas, planeja conhecer os costumes do hospitaleiro povo local: Quer beber na Rua Augusta; Comer pastel de quatro queijos na Av. Paulista; Olhar as mulatas da terra brasilis na Av. São João e não ser assaltado na Cracolândia, onde espera tirar belas fotográfias com os Zumbis Tropicais.

A retrospectiva da Troma em terras brasileiras acontece no Cine Olido que fica na Av. São João, número 473, no centro de São Paulo.

Programação da Retrospectiva:

31/05 (Terça-feira)
15h00 – Cannibal! The Musical
17h00 – Terror Firmer
19h30 – Toxic Avenger I

01/06 (Quarta-feira)
15h00 – Toxic Avenger II
17h00 – Toxic Avenger III
19h30 – Toxic Avenger IV

02/06 (Quinta-feira)
15h00 – Poultrygeist
17h00 – Tromeo and Juliet
19h30 – Tromatized: Meet Lloyd Kaufman

03/06 (Sexta-feira)
15h00 – All the Love You Cannes!
17h00 – Toxic Avenger I
19h30 – Tromeo and Juliet

04/06 (Sábado)
14h00 às 19h00 – Master Class com Lloyd Kaufman
19h30 – All the Love You Cannes!

05/06 (Domingo)
15h00 – Tromatized: Meet Lloyd Kaufman
17h00 – Troma is Spanish for Troma

Programação da Master Class

13h00 às 14h00 – Recepção dos participantes

14h00 às 16h30 – Master Class – parte 1

16h30 às 17h00 – Coffee-break

17h00 às 19h00– Master Class – parte 2

Lloyd Kaufman abordará os seguintes tópicos na Master Class:

1 – Escrevendo seu roteiro;

2 – Captando recursos para a produção;

3 – Pré-produção: elenco, contratando equipe, pesquisa de locação, ensaios;

4 – Produção: as três regras da produção e os problemas mais comuns, efeitos especiais, trilhas;

5 – Pós-produção: editando seu filme;

6 – Vendendo seu filme: escolhendo o título certo para seu filme e criando métodos para chamar a atenção da mídia;

7 – Distribuição: Participando dos circuitos de festivais e vendas de filmes, licenciando seu filme para o distribuidor X distribuindo por conta própria, divulgando seu filme sem ser preso.

VEJA AQUI RECADO DE LLOYD KAUFMAN AOS BRASILEIROS:

O Evento social mais imperdível deste ano de 2011, pelo menos para os fãs de cinema bagaceiro!!! NÃO PERCA!!!

Diversão com Belladonna

Posted in Arte Erótica with tags , , , , , , , on maio 28, 2011 by canibuk

Nasceu dia 21 de maio de 1981 em Biloxi, Mississipi. Com 14 anos perdeu a virgindade (numa foda descrita por ela como decepcionante) e já aos 18 anos dançava em festas de despedida de solteiros, onde foi descoberta por um agente de estrelas do cinema adulto e adotando o nome Belladonna fez sua estréia no filme “Real Sex” contracenando com Chris Cannon.

Belladonna diz que para ter um orgasmo, o melhor parceiro são seus dedos!!!

Segue algumas fotinhos de Belladonna para seu dia ficar melhor!!!

Vincent Price: O Vilão mais Carismático de todos os Tempos

Posted in Cinema, Entrevista with tags , , , , , , on maio 27, 2011 by canibuk

No dia 27 de maio de 1911 nasceu Vincent Leonard Price Jr. na família de Vincent Clarence Price, seu avô, que já tinha garantido a fortuna da família Price ao inventar o “Magic Baking Powder” (também conhecido como “Dr. Price’s Baking Powder”), o primeiro fermento em pó de creme de tártaro.

A vida acadêmica de Vincent Price foi normal e sua vida pessoal tranqüila. Acabou no cinema quando fez sua estréia no filme “Service de Luxe” (1938) de Rowland V. Lee e se firmou como ator no clássico “Laura” (1944) de Otto Preminger. Mas foi fazendo filmes de horror, sci-fi e suspense que Price se tornou uma lenda. Seu primeiro filme de horror foi ao lado de Boris Karloff e Basil Rathbone no longa “Tower of London” (1939) de Rowland V. Lee, que Roger Corman fez uma re-leitura, novamente estrelada por Vincent Price, nos anos 60.

Nos anos 50 que Vincent Price se tornou a estrela dos filmes de horror ao estrelar o remake “House of Wax” (“O Museu de Cera”, 1953) de André De Toth, uma refilmagem em 3D do filme “Mystery of the Wax Museum” (“Os Crimes do Museu”, 1933) de Michael Curtiz, que entrou no top 10 das bilheterias americanas daquele ano (a título de curiosidade: Um jovem Charles Bronson faz um de seus primeiros papéis no cinema neste “House of Wax”, como assistente de Vincent Price. Eles voltaram a contracenar em 1961 no clássico de aventura “Master of the World” (“Rubor – O Conquistador”) de William Witney). Depois de “House of Wax”, que foi lançado em DVD no Brasil pela Warner Bros., Price estrelou diversos filmes de sci-fi/horror, como “The Mad Magician” (1954) de John Brahm, “The Fly” (“A Mosca da Cabeça Branca”, 1958, Fox Filmes) de Kurt Neumann, “Return of the Fly” (1959) de Edward Bernds, “The Bat” (“A Mansão do Morcego”, 1959, London Films) de Crane Wilbur e suas parcerias hilárias com o lendário diretor/produtor William Castle: “House on Haunted Hill” (“A Casa dos Maus Espíritos”, 1959, NBO Editora) e o cult-movie “The Tingler” (“Força Diabólica”, 1959, Columbia Pictures), exibido com o novíssimo aparelho Percepto, onde a cada 10 poltronas do cinema era instalado este equipamento que era impulsionado por um pequeno motor ligado à cabine de projeção que, com o projecionista sendo guiado por pequenas marcas impressas no filme, acionava um interruptor que acionava uma vibração e uma pequena descarga elétrica nas poltronas, assustando os espectadores desavisados. “The Tingler” tem uma das primeiras (se não for a primeira) citações ao LSD no cinema. Robb White, o roteirista, tinha ouvido sobre o ácido lisérgico de Aldous Huxley e foi até a UCLA para experimentar o alucinógeno em si mesmo (antes de se tornar ilegal) e introduziu a droga no roteiro do filme. Este pequeno filme de William Castle, que custou cerca de 400 mil dólares, faturou mais de 2 milhões de dólares. Nestes filmes de Castle, ambos com um senso de humor negro delicioso, temos Vincent Price completamente a vontade em seus papéis, já dando mostras de como iria atuar nas décadas seguintes, sempre trabalhando sério mas se divertindo nas produções.

Já em 1960, Vincent Price estrelou uma série de filmes de baixo orçamento do diretor Roger Corman e da produtora American International Pictures (A.I.P.), filmes estes que resgataram Peter Lorre, Basil Rathbone, Boris Karloff e o escritor Edgar Allan Poe para uma nova geração de espectadores. O primeiro filme do pacote foi “Fall of the House of Usher” (“O Solar Maldito”, 1960) e ao seu sucesso seguiu-se “The Pit and the Pendulum” (1961, co-estrelado por Barbara Steele), “Tales of Terror” (“Muralhas do Pavor”, 1962, co-estrelado por Peter Lorre e Basil Rathbone), “The Raven” (“O Corvo”, co-estrelado por Boris Karloff, Peter Lorre, Hazel Court e o joven ator Jack Nicholson, lançado no Brasil pela Playarte), “The Haunted Palace” (“O Castelo Assombrado”, 1963, com roteiro baseado em H.P. Lovecraft, mas que entrou no pacote Poe, e co-estrelado por Lon Chaney Jr.), “The Masque of the Red Death” (“A Orgia da Morte”, 1964, co-estrelado por Hazel Court) e “The Tomb of Ligeia” (“Túmulo Sinistro”, 1964). Aliás, nos anos de 1960 Vincent Price trabalhou muito e esteve a frente do elenco em inúmeros filmes de horror que se tornaram clássicos, vale a pena relembrar/rever sempre “Tower of London” (1962) de Roger Corman, “Confessions of an Opium Eater” (1962) de Albert Zugsmith, o fantástico “The Comedy of Terrors” (“Farsa Trágica”, 1963) de Jacques Tourneur, que além de Price no elenco, ainda trazia os atros Boris Karloff, Peter Lorre, Basil Rathbone e Joe E. Brown, “The Last Man on Earth” (“Mortos que Matam”, 1964, Flashstar Vídeo) de Ubaldo Ragona, a comédia “Dr. Goldfoot and the Bikini Machine” (1965) de Norman Taurog e o sério “Witchfinder General” “O Caçador de Bruxas”, 1968) de Michael Reeves.

Na década de 1970 Vincent Price estrelou mais alguns clássicos como “Scream and Scream Again” (“Grite, Grite Outra Vez!”, 1970) de Gordon Hessler, os clássicos (e meus preferidos de toda a carreira dele) “The Abominable Dr. Phibes” (“O Abominável Dr. Phibes”, 1971) e “Dr. Phibes Rises Again” (“A Câmara de Horrores do Abominável Dr. Phibes”, 1972), ambos dirigidos por um Robert Fuest inpiradíssimo e com um elenco de apoio muito bem escolhido (na segunda parte até Peter Cushing dá as caras), verdadeiros exercícios macabros de humor negro. No mesmo clima dos filmes do Dr. Phibes, Price estrelou “Theatre of Blood” (“As Sete Máscaras da Morte”, 1973, Playarte Filmes) de Douglas Hickox.

Nos anos 80, estrelou ao lado de John Carradine e Donald Pleasence o filme “The Monster Club” (1981) de Roy Ward Baker, fez a narração do curta-metragem “Vincent” (1982) do então ainda desconhecido Tim Burton (com quem realizou também seu último papel no cinema no “Edward Scissorhands” de 1990), “House of the Long Shadows” (“A Mansão da Meia-Noite”, 1983) de Pete Walker, que merece uma espiada por conta de elenco formado, além de Price, pelas também lendas Christopher Lee, Peter Cushing e John Carradine, narrou o vídeo-clip “Thriller” (1983) de John Landis para Michael Jackson, “Bloodbath at the House of Death” (1984) de Ray Cameron, “The Offspring” (“Do Sussuro ao Grito”, 1987) do sempre incompetente Jeff Burr e o drama “The Whales of August” (“Baleias de Agosto”, 1987) de Lindsay Anderson, seu último grande papel no cinema. Seus últimos trabalhos, já nos anos 90, foram narrações para filmes produzidos diretamente para a televisão.

Vincent Price foi casado 3 vezes, era colecionador de arte (com seus cachês vivia comprando quadros e esculturas e doando dinheiro à escolas de arte), fumante inveterado e no fim da vida sofria de enfisema e da doença de Parkinson (o que fez com seu papel no “Edward Scissorhands” fosse reduzido). Morreu de câncer no pulmão em 25 de outubro de 1993.

Como Roger Corman fez vários filmes com o Vincent Price, resolvi postar aqui um trecho da entrevista que Corman concedeu aos jornalistas Charles Flynn e Todd McCarthy no dia 6 de setembro de 1973 e que foi publicada no catálogo da retrospectiva de filmes do Roger Corman realizada pela Cinemateca Portuguesa que aconteceu nos anos 80 do século passado (a edição do catálogo é de 1985).

“Gas-s-s” resume mais ou menos a sua atitude no que diz respeito aos filmes do Poe ou há algum filme da série Poe que considere como a sua opinião definitiva?

Corman: Não, nenhum em particular. Eu diria que cada um é uma tentativa para lidar com cada conto de Poe. Em nenhuma altura tentei pô-los juntos, de modo a formarem um todo. Deixo cada um falar por si. E “Gas-s-s” não era assim tão relacionado com os da série Poe. A idéia de lá por Poe foi posterior.

Você também mandou uma piada à série Poe em “The Trip” (1967).

Corman: Sim.

De fato, muitos filmes da série Poe não são para se levar completamente a sério.

Corman: Lá para o fim, sim. “The Fall of the House of Usher” (1960), “The Pit and the Pendulum” (1961), “The Masque of the Red Death” (1964), embora este fosse mais tardio, eram filmes sérios. A coisa começou com “Tales of Terror” (1962), que era um filme em episódios e que já foi feito com uma certa dose de humor. “The Raven” nós fizemo-lo para rir.

Considera-se um criador de humor negro?

Corman: Provavelmente sim. Levando-se em consedireção “A Bucket of Blood” (1959), “The Little Shop of Horrors” (1960), “Creature from the Haunted Sea” (1961) e, mais recentemente, “Gas-s-s” (1970), eu diria que eles são de humor negro. Nós os fizemos antes dol termo “humor negro” ser usado. Mas estão, de algum modo, dentro do gênero.

Os filmes da série Poe parecem visualmente muito mais elaborados do que seus filmes que vieram antes ou depois.

Corman: Acho que é verdade e há duas razões para isso. Uma era que para os filmes do Poe eu tinha um calendário de 3 semanas que foi, sem dúvida, o tempo mais longo que alguma vez tive! Tinha então muito tempo para filmar num estilo elaborado. Os filmes anteriores, “The Little Shop of Horrors” foi filmado em dois dias, “Bucket of Blood” em cinco e a maior parte dos outros entre cinco e dez dias. Não havia, portanto, tempo para um estilo cinematográfico elaborado. Eu tinha que filmar muito rápido e de maneira simples, embora tivesse por eles 0 maior interesse possível, respeitando o prazo. Com um prazo de 3 semanas para os filmes do Poe, tive um pouco mais de tempo para trabalhar a câmera. E, além disso, senti que o assunto se prestava a isso. Os filmes que vieram depois, por exemplo “The Wild Angels” (1966), eram também filmes de 3 semanas, mas eu procurava um estilo mais realista e, então, voltei deliberadamente a um movimento de câmera propositalmente mais simples.

Porque filmou os dois últimos filmes da série Poe, “The Masque of the Red Death” e “The Tomb of Ligeia”, na Inglaterra?

Corman: Simplesmente por questões econômicas. Tínhamos ofertas da Inglaterra, o plano Eddy, que era um grande subsídio  do governo inglês e por isso filmamos lá.

É verdade que usou os cenários que ficaram de “Beckett”?

Corman: Sim, para “The Masque of the Red Death” e para “Ligeia” também. Já não me lembro para qual deles foi, mais sei que utilizamos coisas pertencentes a grandes filmes ingleses e um deles foram cenários e objetos de cena do “Beckett”.

CURIOSIDADES SOBRE VINCENT PRICE

Nasceu no mesmo dia que Christopher Lee (27 de maio de 1922) e um dia antes de Peter Cushing (26 de maio de 1913).

Cozinhar era um de seus hobbies e escreveu vários livros de culinária.

Em 1951 fundou a Galeria Vincent Price no campus da East Los Angeles College para incentivar os outros a desenvolver a paixão pela arte.

Costumava ir as exibições de seus filmes trajando a roupa do personagem para atender aos pedidos dos fãs para fotos.

Possuí 2 estrelas na calçada da fama, uma referente ao seu trabalho na TV (optei por ignorar a carreira na televisão nesta postagem por ser extensa demais) e outra relacionada ao cinema.

Fez uma pequena narração na música “The Black Widow” do álbum “Welcome to My Nightmare”  (1975) de Alice Coopee, notório admirador de Vincent Price.

Interpretou o “espírito do pesadelo” no especial para TV, “Alice Cooper: The Nightmare” (1975).

Reza a lenda (possivelmente uma mentira) que quando Price e Peter Lorre  foram no funeral de Bela Lugosi em 1956 e viram o morto vestido com a capa de Drácula, Lorre teria perguntado se não deveriam enfiar uma estaca no coração, por via das dúvidas.

Participou da noite de abertura da primeira produção de Richard O’Brien, o clássico “The Rocky Horror Picture Show” (a peça, não o filme).

Nas filmagens de “The Raven” o ator Peter Lorre improvisou muitas de suas linhas de humor no filme, freqüentemente pegando os sempre sérios Price e Karloff desprevenidos.

TRAILERS DOS FILMES IMPERDÍVEIS DE VINCENT PRICE

UMA ENTREVISTA COM VINCENT PRICE

James Plath: Como você caracterizaria a arte americana? Você disse que nós apenas começamos a encontrar uma identidade?

Vincent Price: Sabe, na minha profissão, quando eles removeram a censura dos filmes, ficou apenas sexo e violência, o que é lamentável. Porque enquanto alguns dos filmes são tecnicamente maravilhosos, eles se tornam aborrecidamente realistas. E há um tipo de coisa maior no drama – Ibsen e os realistas – onde há um formulário que é brilhante, artístico, e ainda de alguma forma maior que a vida. Parece-me que um dos nossos problemas como os artistas americanos é que nós estávamos tocando para o menor denominador comum. A televisão é o principal exemplo disso. Para mim, arte é tudo. Tudo que o homem faz, conforme discriminado a partir das obras da natureza. A expressão máxima do homem é a arte.

Plath: Você esteve envolvido em um bom número de produçõies baseadas em Edgar Allan Poe (na série do Roger Corman e A.I.P.), penso que apenas “The Fall of House of Usher” e “The Masque of the Red Death” foram fiéis aos contos de Poe.

Price: É realmente muito díficil transformar um conto em um filme (risos).

Plath: Como no “The Pit and the Pendulum” que tem uma cena só do livro e o resto foi esticado ao máximo para se ter o filme.

Price: Exatamente. Você tem que explicar como chegou lá! Igual o “Tomb of Ligeia”, era um conto sobre necrofília, mas é muito arriscado você falar só de necrofília num filme. Tinha que ser apenas sugerido. Mas acho os melhores filmes aqueles que fiz que zombavam de si mesmos.

Plath: Porque?

Price: (risos) Porque ele não se levan à sério. Porque Roger Corman não se leva à sério. Quando fizemos “The Raven” pegamos apenas o título do poema do Poe, porque é impossível fazer um filme daquele poema!

Enxertos da entrevista realizada com Vincent Price por James Plath, 1985, para o fanzine “Clockwatch Review”.

E para finalizar este post em homenagem ao aniversário do Vincent Price, um ator que tenho verdadeira adoração/veneração, segue três entrevistas com ele:

Soneto ao Corvo

Posted in Fanzines, Ilustração, Nossa Arte, Quadrinhos with tags , , , , , on maio 26, 2011 by canibuk

Resolvi postar hoje um soneto que escrevi quando era adolescente inspirado em Augusto dos Anjos e que o desenhista Rui ilustrou em 1993. Originalmente publiquei ele no “Arghhh” número 3.

Creature from the Haunted Sea

Posted in Cinema with tags , , , , , , , on maio 25, 2011 by canibuk

“Creature from the Haunted Sea” (“Criaturas do Fundo do Mar”, 1961, 60 min.) de Roger Corman. Flashstar Vídeo.

Um espião americano se infiltra no grupo criminoso liderado pelo mafioso Renzo Capetto (Antony Carbone em atuação hilária) que foi contratado por um coronel cubano para transportar uma parcela da tesouraria cubana para fora da ilha e o olho gordo cresce em todos os picaretas envolvidos. O plano do grupo de Capetto é dos mais mirabolantes: Matar um a um os guardas do coronel e colocar a culpa num lendário monstro do mar que, lógico, acaba se revelando verdadeiro.

Em 1959, após concluir a produção de “The Little Shop of Horrors”, Roger Corman montou uma pequena equipe e elenco e foi para Porto Rico dirigir “The Last Woman on Earth” e produzir “Battle of Blood Island”. Já em Porto Rico Corman descobriu que se filmasse uma história criada lá teria incentivos fiscais e resolveu fazer mais um filme. O roteirista Charles B. Griffith (o mesmo de “The Little Shop of Horrors”) re-escreveu situações que já haviam sido filmadas nos roteiros de “Naked Paradise” e “Beast from Haunted Cave” e avacalhou geral com um senso de humor nonsense e farsesco que lembra em muito o cinema Marginal Brasileiro dos anos 60/70.

A criatura ridícula (dentro da fantasia está Robert Bean) foi criada com bolas de tênis para os olhos, bolas de ping-pong para as púpilas e uma espécie de capa plástica coberta por um tecido estranho e musgos diversos. Segundo o ator Antony Carbone: “Realmente tinha que fazer uma profunda concentração para não rir quando vimos isso!”.

Vários figurantes locais foram contratados para aparecer no filme ao preço de um dólar ao dia, que foi filmado em 5 dias. A música do filme, assinada por Fred Katz, foi originalmente para o filme “A Bucket of Blood”. Roger Corman queria música nova, mas segundo a lenda, Katz vendeu a mesma pontuação como se fosse música nova. Este score acabou sendo utilizado em 7 filmes, incluíndo os clássicos “The Wasp Woman” e “The Little Shop of Horrors”.

Trailer de “Creature From the Haunted Sea”

No youtube tem a versão com 14 minutos adicionais filmados por Monte Hellman, quem quiser conhecer pode conferir o filme inteiro (a versão lançada em DVD aqui no Brasil é a montagem original de Roger Corman com 60 minutos):

Gene Bilbrew – Fetish Art

Posted in Fetiche, Ilustração, Quadrinhos with tags , , , , on maio 24, 2011 by canibuk

Gene Bilbrew, foi um cartunista americano, nascido em Los Angeles em 1923 e teve seus primeiros quadrinhos publicados no Los Angeles Sentinel, com a série “The Bomber Bronze“. Na época que estudava na School of Visual Art, em Nova York, Bilbrew conheceu o outro artista fetichista Eric Stanton que, em 1951, sugeriu que Bilbrew começasse a trabalhar na empresa Irving Klaw’s News/Nutrix, editora de vários livros e quadrinhos com o tema Bondage. Neste mesmo ano fez sua estréia no gênero fetiche e alcançou grande destaque, tendo, também, muitas de suas ilustrações publicadas na revista fetichista “Exotique” entre 1956 e 1959.  Sapatos, meias e corsets sempre tiveram muito destaque em suas ilustrações onde as mulheres lembram, muitas vezes, as pin ups da década de 40, com algumas pitadas a mais de erotismo e perversidade.

Não encontrei nenhuma HQ completa pra postar aqui no blog, mas fiquem com algumas ilustrações desse cartunista pouquíssimo conhecido aqui no Brasil.

Oito Leões e um Garoto

Posted in Fanzines, Quadrinhos with tags , , , , , on maio 23, 2011 by canibuk

No “Arghhh” número 7 publiquei uma ótima HQ do Luciano Irrthum chamada “Oito Leões e um Garoto”, resgato ela aqui no blog para que os jovens que não tomaram contato com os fanzines de papéis possam conhecê-la!!!

O Caos de um Videasta

Posted in Nossa Arte, Vídeo Independente with tags , , , , , , , , , , , on maio 22, 2011 by canibuk

Bem que eu disse para todos que o fim dos tempos seria o Caos. No meu caso, o Caos já teve seu início com o estranho “Super Chacrinha e seu Amigo Ultra-Shit em Crise Vs. Deus e o Diabo na Terra de Glauber Rocha (ou Ainda bem que Jimi Hendrix Morreu)” e sua estética da falta de estética caótica anti-globalizada, onde mostro 118 minutos de Caos que se apossou (ou decidiu por se libertar) de meu cérebro.

Caos e estranheza para meus poucos amigos, já que considero-o meu filme mais pessoal e com uma narrativa boçal que não se permite o luxo de ser compreendida e apreciada pela pessoas de bom gosto (e senso) cinematográfico/videorgiástico.

Um filme único para meu público invisível.

Carli Bortolanza, o indivíduo que me acompanhou de perto nessa viagem repleta de estranhezas, que o diga. Filma!!! Filma!!! Filma!!! Menos teoria e mais Filmes!!! Mais quantidade e menos qualidade!!! Shitsu Yori Ryou!!!… Ou algo nesta linha!!! Mas só quis mostrar o Caos que se esboçava no mundo dos anos 90 e lançar a discussão na forma de um filme insuportável que discutia sobre os insuportáveis conglomerados indústriais do neo-mondo-global.

Apesar de nunca ter sentido atração pelo folclore sertanejo, o fim dos tempos fez com que eu sentisse atração pela estética sertaneja. Pela ignorância dos sertanejos. Pela burrice dos sertanejos e suas modas violas. Super Viola – o Violeiro – e Marcírio fizeram eu compreender um pouquinho as coisas sertanejas, junto daquela canção do disco-voador, antiguinha, carregada com toda a ingenuidade dos sertanejos. Ritmo sertanejo alojado em minhas velhas obsessões. Todas as variantes da chamada cultura alternativa underground, udigrudi, onde tive meu nascimento. Ou ainda, o vigor dos sertanejos perdido entre as perversidades que os curtas da Caos mostram. Ou seja na magnitude intelectual de “Deus – O Matador de Sementinhas” ou ainda nas bolhas cerebrais derretidas dos tempos de lisergia pesada de “O Homem-Cu Comedor de Bolinhas Coloridas” e também, só para finalizar essa punhetagem ególatra, na selvageria primitivista de “Boi Bom”, minha visão sobre os humanos superiores que parasitam no planeta Terra, carnívoros pela comodidade!!!

Mas nada como não precisar (ou sofrer pressões para) explicar minha nova obra de 14 anos atrás. Minha mente finalmente liberta depois deste alegre filme ruim. Quem conseguiu me acompanhar está sentado no chão bebericando de suas vidas gulosas por novidades e viagens (desta vez não lisérgicas) cada vez mais estranhas, mas nunca iguais a nada antes já explorado. Ou não. Ou sim. Quem não acompanhou, simplesmente não perdeu nada. Ou não. Ou sim.

Trilha sonora mais densa, extinção do profissionalismo, fidelidade à liberdade individual e cá (ou lá) deslizamos rumo ao esquecimento na saleta dos malditos felizes livres, algo que vocês poderão experimentar com uma picadinha de leve nas agulhas do “Super Chacrinha e seu Amigo Ultra-Shit em Crise Vs. Deus e o Diabo na Terra de Glauber Rocha” (1997, 118 min.), disponível pelo e-mail baiestorf@yahoo.com.br pela ridícula importância de R$ 10 reais (já com correio incluído).

Petter Baiestorf, noite de neve no mês maio de 2011.

Os Dois Anarquistas

Posted in Anarquismo, Literatura, Nossa Arte with tags , , , on maio 21, 2011 by canibuk

“E, vejam só, os fiéis lambem as feridas cheias de pus que conquistaram minha nádega esquerda. Lambem-nas em sinal de agradecimento, fazendo cada lambida parecer um sinal de louvor ao que represento, à força que minha presença fornece as suas almas doentes. Seus louvores nada significam para mim – excluindo do relato o alívio às coceiras que perturbam meus devaneios -, não me deixam feliz, não me tornam um anjo simpático as causas humanas. Seus clamores me mantém alheio as suas choradeiras impregnadas de soluços que transportam partículas do arrependimento. Não fico comovido com as desgraças da humanidade, muito antes pelo contrário, quando me divirto com a desgraça animal dos humanos, ajudando-me a continuar meu tedioso trabalho diário na magnífica fábrica de criação de humanos imperfeitos.”

“Sim Anjo Nú, mas não seria divertido transformar o mundo num caos? Não seria interessante nós dois pensarmos num meio, num método eficaz de destruir a economia mundial, pensarmos em como poderíamos destruir os sentimentos religiosos das pessoas!!!” – lhe disse eu, o escritor bêbado, cortando os devaneios de grandeza dele.

“Mas se fizermos isso, destruição dos interesses financeiros e religiosos, colocaremos os humanos a um passo do paraíso!”

“Ei, não estou preocupado com os humanos miseráveis, quero é encher o saco dos ricos, dos poderosos, para este tipo de humanos o mundo ficaria um caos. Pense bem, eles não teriam mais como explorar os menos afortunados, intelectual e financeiramente falando, lógico!!!”

“Gostei da idéia, boa mesmo, e chamaríamos nosso grupo terrorista secreto de ‘Os Dois’ e poderíamos usar somente roupas pretas, coturnos, gorro, luvas, tudo preto, pois preto causa medo nas pessoas e poderíamos hoje mesmo praticar nosso primeiro ataque ao Banco Central e pichar nas portas do banco, bem grande, ‘Os Dois’!!! Seria do caralho!!!”

“Sim Anjo Nú, mas primeiro temos descobrir como vamos conseguir escapar daqui!!!”, lhe disse, pois me preocupo com todos os detalhes e, acreditem, destruir a economia mundial e acabar com os sentimentos religiosos dos humanos é moleza perto de tentar escapar deste hospício, o bem guarnecido Hospício Municipal Sagrado Coração Enfartado De Jesus Flagelado. Mas não vamos desistir, “Os Dois” nunca desistem…

Texto de Petter Baiestorf.