Archive for the Fotonovela Category

Baratão 66 e outros Lançamentos da Pitomba

Posted in Fotografia, Fotonovela, Literatura, Livro, Quadrinhos, revistas independentes brasileiras with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on janeiro 10, 2014 by canibuk

O final de 2013 trouxe para o público de quadrinhos brasileiros várias ótimas obras. E a editora Pitomba, em parceria com a revista Beleléu, se encarregaram de pelo menos um lançamento obrigatório, “Baratão 66”, fruto de uma bem-vinda parceria entre Bruno Azevêdo e Luciano Irthum. Pitomba surgiu em 2009 e se tornou a editora marginal mais ativa de São Luís/MA. E a Beleléu é um selo do Rio de Janeiro/RJ.

Baratão1“Baratão 66” (180 páginas), de Bruno Azevêdo e Luciano Irrthum. Este trabalho da dupla Bruno/Luciano (dois apaixonados por personagens marginalizadas) é um mergulho pela difícil vida fácil das putas de cidadezinhas brasileiras onde, invariavelmente, políticos, policiais, padres, pastores, empresários, fazendeiros e outros coronéis de todos os calibres orquestram arranjos em prol da saúde de seus próprios bolsos, mostrando o quanto as putas podem interferir na política local (o que nunca é uma má interferência, já que puta são muito mais humanas do que essa corja de bandidos engravatados-fardados-fantasiados). Aliás, puteiros fazem parte da cultura nacional tanto quanto samba e bunda (o que não é ruim, antes um povo com a cultura da bunda do que das armas, por exemplo), é muito comum os poderosos locais terem uma amante por pura questão de status, uma espécie de troféu para mostrar aos amiguinhos. E putas são compreensivas, são mulheres sofridas que entendem (e perdoam) qualquer falha de caráter que prefeitos, delegados, padres, seu vizinho (eu e você) possam ter. Como fã de cinema, ao ler o saboroso “Baratão 66” me deleitei com os paralelos do roteiro de Bruno com o filme “Amor Estranho Amor” (1982) de Walter Hugo Khouri (sim, “Amor Estranho Amor” é o famoso pornô da Xuxa , que de pornô não tem nada, já que sua história gira em torno de um bordel de luxo que atende os desejos mais molhados da elite política brasileira para falar de política brasileira). Claro que, para nossa sorte e tendo em mente que Bruno e Luciano são crias do underground, aqui é tudo mais debochado e divertido do que o intelectualizado Khouri. Me foi impossível saborear do “Baratão” sem imaginá-lo como um storyboard já pronto para ser filmado. “Baratão” ainda fala sobre os produtores picaretas de cultura que acham que suas “obras-primas” devem ser bancadas pelo governo (porque mamar todo mundo quer e um grande viva a quem consegue). E a exemplo da política nacional, “Baratão 66” tem uma linda história de amor cafajeste onde tudo acaba bem, com suas transviadas personagens encontrando a tão sonhada liberdade (nem que para isso seja necessário derramar algumas lágrimas, sangue e gasolina). “Baratão” é cu e buceta, ou seja, diversão total. Tive o privilégio de escrever o posfácio deste álbum, que custa R$ 30.00 e pode ser adquirido pelo site http://www.pitomba.iluria.com ou comigo pelo e-mail baiestorf@yahoo.com.br.

Baratão2

Intrusa“A Intrusa” (165 páginas) de Bruno Azevêdo. Segundo Xico Sá, “Um folhetim em chamas capaz de tostar raparigas em flor. Um erotismo de banca capaz de reverter a mais enjoada das menopausas de todos os caritós. A Intrusa é fogo en las entranhas da frígida e solene literatura contemporaneazinha. O Monstro Bruno Azevêdo , este papaléguas, alcança, com este volume que ora lateja nas mãos da mulher moderna, a condição do nosso melhor escritor pícaro-mexicano. Que outro seria capaz de erotizar o tilintar dos duralex? A pia de louça por testemunha de um tórrido amor engordurado. “Temperamento latino é fuego”, já dizia, na subida do morro, o velho Morengueira”. “A Intrusa” traz ainda ilustrações de Eduardo Arruda, um dos criadores da revista Beleléu, e a capa do livro é de autoria de Frédéric Boilét, autor de “Garotas de Tokyo”. Apesar de estar com o livro aqui em casa, em virtude das milhares de coisas que faço tudo ao mesmo tempo, ainda não consegui tirar um tempo para lê-lo com calma.

Isabel“Isabel Comics!” (Ano 2, 56 páginas) de Bruno Azevêdo e Karla Freire. Este trabalho do casal Bruno e Karla é de extrema importância para sua pequena filha Isabel, que quando crescer vai ter um registro incondicional do amor de seus pais ao poder se “ver” com dois anos de idade, se divertindo em família. Achei o registro uma ideia fantástica, daquele tipo que outros pais apaixonados por seus filhos irão adorar e se identificar. Em fotos e textos dos criativos papais ficamos sabendo da movimentada vida de criança da filhinha Isabel em uma agitada fotonovela. Confesso que não sou o público certo para este pequeno livrinho, mas quem é pai/mãe, ou quer ser pai/mãe, creio que vai amar esta linda declaração de amor. Este livrinho, assim como “A Intrusa”, podem ser adquiridos no site http://www.pitomba.iluria.com.

dicas de Petter Baiestorf.

Robur – Master of the World

Posted in Cinema, Fotonovela with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on novembro 9, 2012 by canibuk

“Master of the World” (“Robur – O Conquistador do Mundo”, 1961, 102 min.) de William Witney. Com: Vincent Price, Charles Bronson, Mary Webster e Henry Hull. Roteiro de Richard Matheson, baseado em Jules Verne.

Vi este clássico quando criança na TV Globo, no início dos anos de 1980, e nunca mais consegui revê-lo. Mas é um filme tão divertido que ficou na cabeça até os dias de hoje, 30 anos depois. A história é a seguinte: Capitão Robur (Vincent Price) tem um navio voador e, após uma erupção vulcânica (causada pelo próprio Robur), traz para sua máquina voadora o agente Strock (Charles Bronson), Prudent (Henry Hull), sua filha (Mary Webster) e o noivo desta (David Frankham). Engraçado como nesta época as produções sempre traziam a filha de algum professor, ou doutor, com seu noivo sempre a tira colo. No navio o grupo descobre que Robur pretende usar seu poder militar superior para forçar a paz mundial em todo o globo terrestre, na linha do que queria o alien Klaatu no clássico “The Day The Earth Stood Still/O Dia em Que a Terra Parou” (1951) de Robert Wise. Mas Robur é um fanático religioso e essa gente não tem nada de bom na cabeça, então o agente Strock, que trabalha para o governo americano, fará de tudo para deter o megalomaníaco Robur.

“Master of the World” foi uma tentativa da American International Picture de lucrar em cima do sucesso do filme “Around the World in 80 Days/Volta ao Mundo em 80 Dias” (1956) de Michael Anderson, também baseado na literatura de Jules Verne. Assim a A.I.P. pediu para o roteirista Richard Matheson uma aventura apartir dos romances “Robur-le-Conquérant/Robur the Conqueror/Robur, O Conquistador” (1986) e sua continuação “Maître du Monde/Master of the World/Mestre do Mundo” (1904). Com William Witney (1915-2002) no comando da produção, “Master of The World” ganhou em qualidade técnica. Witney foi o responsável por mais de 140 realizações para cinema e televisão. Dirigiu vários filmes do Zorro no início de sua carreira. Em 1940 dirigiu “Drums of Fu Manchu/Os Tambores de Fu Manchu” e “Mysterious Doctor Satan”, onde apresentava mais um cientista maluco que queria dominar o mundo. Em 1956 comandou seis episódios da série de TV “The Adventures of Dr. Fu Manchu”. Em 1964 dirigiu o episódio “Final Escape” da série “The Alfred Hitchcock Hour” onde, com roteiro de John Resko baseado em história de Randall Hood, contava a macabra tentativa de fuga de um presidiário e trazia um final digno das melhores HQs da E.C. Comics. No ano seguinte dirigiu “The Girls on the Beach”, sobre as garotas da alpha beta na praia, numa clara tentativa de lucrar com o sucesso dos filmes de praia da A.I.P. estrelados pelo casal Frankie Avalon e Annette Funicello. Na década de 1960 seus filmes de 20 anos antes foram re-editados e re-lançados com novos títulos para exibição na TV americana, como “Mysterious Doctor Satan” que passou a se chamar “Dr. Satan’s Robot”. Em 1982 dirigiu seu último filme, “Showdown at Eagle Gap”, um western que foi ambientado pós guerra civil americana.

Em “Master of the World” a parceria Price-Bronson está genial, à exemplo do clássico “House of Wax/Museu de Cera” (1953) de André De Toth. Infelizmente o filme foi lançado no Brasil apenas em cinemas e televisão, com as distribuidoras de filmes em VHS/DVD/Blu-Ray ignorando-o por completo. Como curiosidade: Em 1964 a editora Ediex lançou uma versão do filme em fotonovela como o título de “O Dono do Mundo” na “Cosmos Aventuras” número 18. Digitalizei todas as páginas desta pequena raridade e publico aqui no Canibuk.

por Petter Baiestorf.

Leia aqui a fotonovela de “Master of the World”:

A Ilha do Terror

Posted in Fotonovela with tags , , , , , , , , , , , , , , on agosto 13, 2012 by canibuk

“Ein Toter Hing Im Netz” (ou “Horrors of Spider Island” ou “It’s Hot in Paradise” ou “Girls of Spider Island” ou “Body in the Web”) nunca foi lançado em vídeo/DVD no Brasil, mas saiu por aqui em formato fotonovela com o título de “A Ilha do Terror” pela revista “Ultra Ciência” número 6 (1963) da editora Editormex Internacional Ltda. Infelizmente nossas distribuidoras de filmes não tem o costume de lançar double features (programas duplos com dois filmes vagabundos sendo lançados juntos), mas filmes como “Horrors of Spider Island” seriam candidatos perfeitos para este tipo de lançamento. Para ler sobre o filme clique  em “Um Cadáver Pendurado na Teia“.

Digitalizei a fotonovela e a publico no Canibuk na íntegra. Boa diversão!

Os Discos Voadores Atacam

Posted in Cinema, Fotonovela, Museu Coffin Souza with tags , , , , , , , , , , , , on abril 23, 2012 by canibuk

Em Maio de 1963 a editora Editormex Internacional Ltda (copyright da Editora Ediex) lançou a “Cosmos Aventuras” número 3 que trazia a fotonovela de “Earth Vs. The Flying Saucers” (com título nacional intitulado “Os Discos Voadores Atacam”). Fiz Scanner deste material e compartilho aqui com os leitores do Canibuk. Divirtam-se!

A Milhões de Quilômetros da Terra

Posted in Fotonovela, Museu Coffin Souza with tags , , , , , , , , , on janeiro 18, 2012 by canibuk

Nas décadas de 1950, 60 e 70 as fotonovelas eram extremamente populares, algumas delas eram montadas com frames de filmes, como essa “A Milhões de Quilômetros da Terra” que foi publicada aqui no Brasil pela “Cosmos Aventura” (número 9), baseada no filme “20 Million Miles to Earth” (1957) de Nathan Juran, com efeitos de stop motion do mestre Ray Harryhausen. Canibuk, através do “Museu Coffin Souza”, disponibiliza agora (digitalizada) essa fotonovela para as novas gerações se divertirem com essa arte (quase) extinta. Estamos com mais umas 20 fotonovelas de filmes (todos clássicos sci-fi ou de horror) para digitalizar (mas não digitalizarei mais nenhuma na íntegra porque são revistas antigas demais e a capa desta “A Milhões de Quilômetros da Terra” soltou os grampos enquanto eu realizava o trabalho de digitalização, as próximas vou digitalizar apenas as capas e algumas páginas internas mais empolgantes).